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terça-feira, 9 de julho de 2013

Jurassic Park 3

Terceira e até agora última seqüência da franquia Jurassic Park (há rumores que um quarto filme esteja nos planos de Spielberg). Aqui temos a volta do personagem Dr. Alan Grant (interpretado pelo ótimo ator Sam Neill). Ele está de volta ao trabalho de pesquisa, procurando por novos fósseis e dando palestras para alunos na universidade. Ele tenta de todas as formas esquecer tudo o que lhe aconteceu no primeiro filme mas isso o persegue em todos os lugares. As coisas parecem mudar de rumo quando é contactado por Paul Kirby (William H. Macy, como sempre muito bem em cena). Ele afirma ao renomado cientista que é um grande empresário e que teria autorização para sobrevoar a ilha de Sorna ao lado da esposa. Para tanto gostaria de contratar os serviços do Dr. Grant como guia da viagem. A proposta soa tentadora e Kirby oferece uma quantia absurda pela possibilidade de contar com o renomado cientista na viagem. O que não se sabe é que na verdade o rico empresário não é tão rico como se pensa e nem está interessado em dinossauros mas sim em resgatar seu filho que desapareceu na ilha.

Como era de se esperar tudo acaba saindo errado. O avião cai e todos ficam expostos aos perigos da ilha que está recheada de dinossauros carnívoros, como Velociraptors, Tiranossauros e demais espécies. Em termos de monstros digitais a novidade vai para os Pterossauros, que ganham grande destaque na aventura. “Jurassic Park 3” não contou com a direção de Spielberg que deu o bastão para Joe Johnston que não tinha muita experiência no currículo. O resultado soa irregular. A trama é básica e a sensação de que o filme só existe para mostrar os dinos digitais é recorrente. Nem mesmo a presença de Sam Neill interpretando o carismático cientista Dr. Grant salva o filme da mesmice. Para piorar Spielberg novamente injeta sua dose de pieguice no relacionamento do garoto perdido na ilha e seus pais divorciados (uma velha obsessão do cineasta, obviamente inspirada em sua própria vida pessoal). No geral é um filme bem realizado tecnicamente, com boas seqüências de efeitos digitais e é só. O roteiro é simplório e nem os dinossauros soam mais tão fantásticos como antes. 

Jurassic Park 3 (Jurassic Park III, Estados Unidos, 2001) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Peter Buchman, Michael Crichton / Elenco: Sam Neill, William H. Macy, Téa Leoni, Trevor Morgan, Laura Dern / Sinopse: Um empresário em busca de seu filho acaba voltando para a Ilha de Sorna onde ao lado do cientista Grant tentará sobreviver ao ataque de várias espécies de dinossauros.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros

No mesmo ano em que Steven Spielberg filmou “A Lista de Schindler” ele surgiu com esse “O Parque dos Dinossauros”, dois filmes completamente diferentes, com propostas diversas. Com Schindler Spielberg tentava manter sua imagem de cineasta socialmente consciente, que procurava tratar de temas relevantes para a história. Ao dirigir filmes assim Spielberg queria efetivamente ser levado a sério. Era também sua grande aposta para finalmente vencer o Oscar de Melhor Direção e quem sabe até de Melhor Filme. Já em “O Parque dos Dinossauros” a situação era bem diferente, esse era um filme pop por excelência, voltado para o lado Peter Pan de sua carreira. Aqui Spielberg voltava para suas origens, voltando a ser o cineasta de obras feitas para o público infanto-juvenil. Jurassic Park partia de uma premissa interessante (embora fosse pura pseudociência como convém aos livros escritos por Michael Crichton), explorando a possibilidade de um dia a ciência conseguir vencer a barreira dos milênios para trazer de volta à vida os dinossauros do passado remoto de nosso planeta. O caminho encontrado seria manipular geneticamente os resquícios de DNA preservados em âmbar, dentro de insetos que supostamente teriam picado dinossauros na pré-história.

A tese cientifica era realmente tentadora – e bem bolada – mas o fato é que Jurassic Park não se trata de um filme cientifico mas sim de uma diversão blockbuster feito para as grandes platéias. Provavelmente foi a primeira vez que percebi o poder de marketing dos grandes estúdios. Acontece que nos meses que antecederam o lançamento do filme aconteceu um súbito interesse nesses animais que sempre povoaram a imaginação da humanidade. De repente os dinossauros estavam nas revistas, na TV, nos jornais, isso com uma intensidade fora do comum. Ora não era preciso ser gênio para entender que tudo era um muito bem elaborado plano de publicidade dos diretores do filme de Spielberg. Deixando isso de lado é fato incontestável que Jurassic Park é realmente um produto muito bem realizado com efeitos digitais revolucionários que trouxe de voltas às telas, com extrema fidelidade, todos esses seres pré-históricos. O roteiro não era grande coisa mas o impacto de todos aqueles efeitos digitais deixaram isso em segundo plano. A fórmula se tornou certeira e Spielberg conquistou o maior sucesso de bilheteria de sua carreira (superando até mesmo “E.T. O Extraterrestre”, sua obra prima artística e comercial). Revisto hoje em dia o filme já não causa tanto impacto mas mantém o carisma original. Não restam dúvidas que é certamente um dos mais queridos filmes do eterno Peter Pan do cinema americano.

Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, Estados Unidos, 1993) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Michael Crichton, David Koepp, baseados no livro "Jurassic Park" de Michael Crichton / Elenco: Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough  Samuel L. Jackson / Sinopse: Através de engenharia genética um cientista consegue recriar os dinossauros da era pré-história, os trazendo de volta à vida depois de milênios de sua extinção. Agora ele tentará ganhar muito dinheiro os exibindo em um parque temático localizado numa ilha distante – mas as coisas não sairão bem como planejado.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

2019 - O Ano Da Extinção

Antes de tudo esqueça o bizarro título nacional. Esqueça também a moda dos vampiros que assola Hollywood. Se você passar por cima dessas duas coisas já terá um bom motivo para assistir esse Daybreakers. O filme tem um ponto de partida bem bolado: o que aconteceria se praticamente toda a humanidade se tornasse vampira? Onde os seguidores de Vlad iriam arranjar sangue humano para sobreviver? É a partir dessa crise que se desenvolve o argumento principal do filme. O grande problema de Daybreakers é que mesmo com uma boa idéia nas mãos os roteiristas não conseguiram desenvolver bem o tema. É o típico caso de uma idéia que ficou pelo meio do caminho.

A mistura High Tech futurista com vampiros não deu muito certo. Não deixa de ser chato termos que encarar vampiros na pele de militares ultra bem armados. O charme que sempre acompanhou os seres da noite se perde totalmente em coisas como essa. A tal "cura" mostrada também não convence. É uma solução simples demais e pouco verossímil (pelo menos dentro da mitologia dos vampiros). O elenco também apenas passeia em cena. Até bons atores (como Willem Dafoe) não parecem se interessar muito. Em controle remoto a única coisa que chama atenção em sua interpretação é seu visual "Raul Seixas citando Elvis Presley". Fora isso o filme se torna apenas mediano. Parece muito com seriado de TV inspirado em quadrinhos. Para se tornar um filme realmente bom faltou um melhor desenvolvimento por parte dos roteiristas.

2019 - O Ano da Extinção (Daybreakers, Estados Unidos, 2009) Direção: Michael Spierig, Peter Spierig / Roteiro: Michael Spierig, Peter Spierig / Elenco: Ethan Hawke, Willem Dafoe, Sam Neill / Sinopse: O que aconteceria se praticamente toda a humanidade se tornasse vampira? Onde os seguidores de Vlad iriam arranjar sangue humano para sobreviver? É a partir dessa crise que se desenvolve o argumento principal do filme.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Homem Bicentenário

Muito malhado na época de seu lançamento, O Homem Bicentenário não conseguiu também agradar integralmente os fãs de ficção. O fato é que o filme foi baseado em famosa obra de Isaac Asimov e toda adaptação  desse autor é bem complicada. Para piorar os produtores resolveram realizar algo mais pop e menos existencialista que é a chave do livro original. A trama é até singela: Uma família compra um robô de tarefas domésticas chamado Andrew (Robin Williams). O que parecia ser apenas mais um objeto para facilitar a vida de todos acaba surpreendendo pois ele é um robô diferente, que consegue exteriorizar muita personalidade e caráter, duas características próprias do ser humano. Andrew consegue mostrar sentimentos para com as pessoas, começa a elaborar dúvidas sobre si mesmo e entra em conflito na sua convivência com os membros da família. Suas atitudes seriam a materialização de um velho sonho dos cientistas em desenvolver uma inteligência artificial? Só assistindo para conferir. 

Em minha concepção O Homem Bicentenário é bem abaixo da profundidade da obra literária original. O que ameniza é saber que nem sempre há como adaptar Asimov com fidelidade (outras adaptações são mais medonhas do que essa). No final temos um produto cinematográfico que consegue trazer, mesmo que em pequenas doses, alguns dos questionamentos mais relevantes do autor. No final o que prejudicou o filme foi seu custo elevado para a época (mais de 100 milhões de dólares de orçamento) e a escalação do diretor errado, Chris Columbus, que tem mais intimidade com o universo infanto-juvenil, nunca tendo antes dirigido uma ficção desse nível. Assim o filme não conseguiu agradar ao público do universo Sci-fi e nem atraiu a garotada que forma a maior parte da platéia de Columbus. Apesar disso o filme não foi o fracasso todo que dizem - certamente teve um prejuízo mas foi relativamente pequeno diante da ousadia de se produzir algo assim. Hoje em dia é interessante ser visto, mesmo sabendo de antemão que é em essência um produto meramente pop, bem longe da expressividade da obra de Asimov. 

O Homem Bicentenário (Bicentennial Man, Estados Unidos, 1999) Direção: Chris Columbus / Roteiro: Nicholas Kazan. baseado na obra de Isaac Asimov / Elenco: Robin Williams, Sam Neill, Oliver Platt, Embeth Davidtz, Wendy Crewson./ Sinopse: Um robô criado para realizar tarefas rotineiras e domésticas começa a desenvolver traços humanos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Para Sempre

A jovem Paige (Rachel McAdams) sofre um sério acidente de carro e perde sua memória mais recente. Ela esquece dos últimos anos de sua vida, embora não tenha perdido a lembrança sobre sua família, seus pais e seu antigo namorado. O problema central é que ela não se lembra de seu marido, nem do casamento, absolutamente nada que envolva esse relacionamento. A premissa vai fazer você se lembrar imediatamente de um antigo filme com Drew Barrymore e Adam Sandler chamado "Como se Fosse a Primeira Vez". Realmente são argumentos semelhantes pois assim como naquele, aqui o marido (interpretado por Channing Tatum) vai tentar reconquistar o amor de sua vida. A diferença básica é que o filme de Adam Sandler era uma comédia enquanto "Para Sempre" se leva bem mais à sério. O enredo inclusive é baseado em fatos reais de um casal de Chicago (que também serve de bom cenário para esse drama romântico moderno). O tom da produção, como não poderia deixar de ser, é bem romântico, o que provavelmente irá agradar muito mais ao público feminino que tem muito mais sensibilidade do que os homens, que só assistirão ao filme mesmo por insistência das namoradas.

O filme é estrelado por Rachel McAdams que parece ter alcançado melhores papéis depois do sucesso de "Meia Noite em Paris". Ela é bonita e carismática e se sai bem. O que faltou mesmo a ela em cena foi um partner melhor, pois o tal de Channing Tatum não ajuda. Ele definitivamente não está bem em seu personagem pois aparece travado, sem expressividade, apático. Para quem vive um momento tão delicado em sua vida era de se esperar do papel grandes momentos de dramaticidade mas Tatum não consegue disponibilizar nada para o público, uma decepção! Ele não tem presença e surge sempre de forma tosca em suas intervenções. Melhor se sai Scott Speedman como o antigo namorado de Paige. O antigo galã de Felicity acaba roubando a cena do bobão Tatum. O filme foi dirigido por Michael Sucsy que é praticamente um novato no mundo do cinema. Já o conhecia da ótima produção da HBO, "Grey Gardens". Ainda não foi nesse "Para Sempre" que ele conseguiu despontar mas quem sabe nos anos que virão não possa desenvolver um trabalho melhor. Em conclusão "Para Sempre" não é um excelente romance mas é mediano, passável e indicado para os mais românticos. Se é o seu caso arrisque, possa ser que você venha a gostar.

Para Sempre (The Vow, Estados Unidos, 2012) Dureção: Michael Sucsy / Roteiro: Jason Katims, Abby Kohn / Elenco: Rachel McAdams, Channing Tatum, Sam Neill, Scott Speedman / Sinopse: A jovem Paige (Rachel McAdams) sofre um série acidente de carro e perde sua memória mais recente. Ela esquece dos últimos anos de sua vida, embora não tenha perdido a lembrança sobre sua família, seus pais e seu antigo namorado. O problema central é que ela não se lembra de seu marido, nem do casamento, absolutamente nada que envolva esse relacionamento.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Caçador

Uma boa produção australiana. O filme conta a estória de um caçador (Willem Dafoe) que é contratado por uma grande empresa de engenharia genética para ir até a Tâsmania (na Austrália) com o objetivo de capturar o que seria a última espécie de um famoso tigre que é dado como extinto pela ciência desde a década de 20. Chegando lá ele acaba conhecendo a família de um ecologista desaparecido. Também tem que lidar com a hostilidade dos moradores locais que pensam que ele também é um pesquisador ecologista, O fato é que a indústria madeireira da região é a única fonte de trabalho dos moradores do local. O filme é lindamente fotografado em uma região extremamente bela da Oceania. Há longas tomadas da fauna e flora da densa floresta australiana. O roteiro soube explorar bem esse lado mais natural sem esquecer também de desenvolver o afeto que o caçador vai nutrindo pela família que lá encontra.

Os fãs do cinema americano provavelmente vão estranhar um pouco o ritmo da produção que não tem pressa nenhuma em contar a estória. Há uso de efeitos digitais também mas eles são discretos e necessários uma vez que o tal tigre da Tasmânia está extinto mesmo e eles tiveram que recriar o animal digitalmente. O roteiro é bem escrito e redondinho e não tem pretensões de ser épico ou tentar desenvolver os personagens mais profundamente. No fundo é um misto de mensagem ecológica com cenas de cartão postal. A única crítica mais severa que faço a "The Hunter" é o seu desfecho que achei realmente imoral e indigno. Poderiam ter desenvolvido outro destino para o animal caçado - do jeito que ficou o final me deixou realmente aborrecido. De qualquer forma assistam, penso que irão gostar (principalmente os defensores da natureza).

O Caçador (The Hunter, Austrália, 2011) Direção: Daniel Nettheim / Roteiro: Alice Addison / Elenco: Sam Neill, Willem Dafoe, Frances O'Connor, Sullivan Stapleton , Dan Wyllie, Callan Mulvey, Jacek Koman, Morgana Davies / Sinopse: Martin David (Willem Dafoe) é um caçador que é contratado por uma empresa de biotecnologia para ir até distante floresta australiana com o objetivo de capturar o último tigre da Tasmânia.

Pablo Aluísio.