E Jim fica nessa situação desesperadora por um longo ano de viagem - vivendo praticamente sozinho na grande nave, sem ter nenhum ser humano para conversar ou conviver. Apenas o robô barman Arthur (Michael Sheen) traz uma falsa impressão que ele realmente não está sozinho nessa longa viagem que para ele não terá fim e nem um destino. Então Jim toma uma decisão moralmente condenável, mas compreensível, ao despertar uma jovem escritora de sua hibernação. Obviamente ele jamais poderia fazer isso, mas acaba tomando a decisão, trazendo Aurora Lane (Jennifer Lawrence) para seu convívio. Muito bem, se eu fosse definir esse filme de maneira bem simples diria que se trata mesmo de um "Romance Espacial". Achou estranho? Pois é, o roteiro soa assim realmente. Claro que um casal sozinho em uma nave enorme iria se relacionar mais cedo ou mais tarde e assim começa a parte romântica do filme que não é de todo mal, pelo contrário, acaba se revelando a melhor coisa dessa ficção. Eles sabem que estão condenados a viver até o fim de seus dias dentro dos corredores daquele nave espacial e acabam se apaixonando. Acabei gostando do filme, confesso. A fita tem colecionado críticas negativas, mas como passo longe de ser um desses críticos ranzinzas, terminei curtindo a proposta do roteiro. Claro que contou pontos a favor disso o fato de ter um lado romântico à prova de tudo. O namoro dos personagens acabou fazendo com que eu ficasse cativado pelo filme. Até Oscar Wilde gostaria, tenho certeza. O romantismo é meio bobo mesmo, mas não existe nada melhor, pode ter certeza. Deixe o emocional falar mais alto e se divirta!
Passageiros (Passengers, Estados Unidos, 2016) Direção: Morten Tyldum / Roteiro: Jon Spaihts / Elenco: Jennifer Lawrence, Chris Pratt, Michael Sheen, Andy Garcia / Sinopse: Dois passageiros de uma viagem espacial acabam sendo despertados antes da hora de suas câmaras de hibernação, o que acaba selando seus destinos para sempre.
Pablo Aluísio.