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sábado, 19 de junho de 2021

Bancando a Ama-Seca

Título no Brasil: Bancando a Ama-Seca
Título Original: Rock-a-Bye Baby
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Tashlin
Roteiro: Frank Tashlin, Preston Sturges
Elenco: Jerry Lewis, Marilyn Maxwell, Connie Stevens, Salvatore Baccaloni, Hans Conried, Isobel Elsom

Sinopse:
Clayton Poole (Jerry Lewis) precisa cuidar de três bebês, mesmo não tendo nenhuma experiência com crianças antes. Vai ter que aprender tudo na prática, cometendo seus próprios erros. E isso, claro, dá origem a muitas confusões, enquanto sua ex-namorada se torna uma estrela de cinema.

Comentários:
Quem costumava assistir a Sessão da Tarde da Globo nos anos 70 e 80 certamente assistiu a essa comédia de Jerry Lewis que foi reprisada a exaustão na programação das tardes. É um dos clássicos mais lembrados de Jerry Lewis em nosso país. E ele, como sempre, estava ótimo no filme. Aqui a dupla com Dean Martin já havia sido desfeita e Jerry precisava levar o filme sozinho nas costas. E quer saber a verdade? Poucos sentiam falta de Martin. Na realidade Jerry Lewis bastava para trazer muita diversão e humor em suas produções na carreira solo. O filme também é bem lembrado pela cena hilária que Jerry imita e satiriza Elvis Presley. Cantando uma letra sem nenhum sentido, ele canta e toca um rock em pleno palco com sua banda. E não é que ficou ótimo? Mesmo com sua conhecida voz estridente... Enfim, excelente e nostálgico momento de Jerry Lewis no cinema.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de setembro de 2020

O Invencível

Kirk Douglas teve uma das filmografia mais longas e produtivas da história de Hollywood. São 92 filmes, onde o ator ao longo de cinco décadas de carreira, mostrou todo o seu talento, indo do drama à comédia, dos filmes de guerra aos filmes de western. Tudo realizado com grande talento e empenho profissional. Um de seus grandes filmes foi esse "O Invencível" de 1949, onde chegou inclusive a ser indicado ao Oscar de melhor ator. Muitos na época acreditavam que Kirk Douglas era o favorito ao prêmio, mas como em termos de Academia tudo pode acontecer, ele não levou a estatueta para casa. Claro, foi decepcionante para ele que apareceu na festa bem animado, mas não deu, Kirk não se tornou o escolhido daquela noite. Nesse filme Kirk Douglas interpretou um esportista conhecido como Midge, um sujeito de origem humilde que começa a subir na carreira de lutador de boxe. Conforme cresce e se torna uma figura importante no mundo esportivo, ele começa a esquecer todos aqueles que lhe ajudaram nessa longa caminhada. Abandona a mulher que fez tudo por ele e começa a ignorar parentes e amigos dos duros anos da pobreza. Como se vê é um personagem complicado de se interpretar, uma vez que na verdade se trata de um sujeito de caráter duvidoso, que acaba se deslumbrando com a sua própria fama e sucesso.

Para muitos especialistas na biografia de Kirk Douglas esse foi um dos filmes definitivos de sua carreira, pois o alçou para o estrelado. Não é para menos pois Kirk está completamente à vontade no papel do inescrupuloso Midge, uma pessoa que fica embriagada com seu próprio êxito nos ringues. O filme tem um clima noir dos mais marcantes, com belo uso da fotografia preto e branco, obviamente inspirado no cinema alemão da época. As cenas de lutas são extremamente bem editadas, o que valeu o Oscar de melhor montagem para o filme naquele ano. Até porque uma luta de boxe no cinema exigia emoção e nada melhor do que uma boa edição para realçar ainda mais esse aspecto.  

A atriz Marilyn Maxwell (grande amiga pessoal de outro astro da época, Rock Hudson) está perfeita no papel de Grace. Curiosamente o filme teria problemas anos depois no auge da chamada "Caça às Bruxas" pois o roteiro foi considerado o símbolo perfeito do sentimento subversivo que havia sido acusado o cinema americano daqueles anos. O roteirista Carl Foreman acabou sendo acusado de ser comunista e entrou para a lista negra. Bobagem paranoica, tipicamente da mentalidade débil mental do Macarthismo. Deixe tudo isso de lado, "O Invencível" é um perfeito retrato das mudanças de um homem que não conseguiu mais separar seu sucesso profissional de sua vida pessoal. Não se trata de uma ode à ideologia socialista. Assim fica a recomendação para os fãs do cinema noir da década de 1940, pois "Champion" é sem dúvida uma grande obra cinematográfica daquele período histórico do cinema americano.

O Invencível (Champion, Estados Unidos, 1949) Direção: Mark Robson / Roteiro: Carl Foreman, Ring Lardner / Elenco: Kirk Douglas, Marilyn Maxwell, Arthur Kennedy / Sinopse: Boxeador (Douglas) começa a colecionar vitórias nos ringues ao mesmo tempo em que começa a esquecer todos aqueles que o ajudaram a subir na carreira. O destino porém lhe reservará uma grande lição de vida. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição (Harry Gerstad). Também indicado nas categorias de melhor ator (Kirk Douglas), melhor ator coadjuvante (Arthur Kennedy), melhor roteiro (Carl Foreman), melhor direção de fotografia em preto e branco (Franz Planer) e melhor música (Dimitri Tiomkin). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor direção de fotografia em preto e branco (Franz Planer).

Pablo Aluísio.