Stanley Kubrick não foi um diretor convencional e nem tampouco um diretor de fácil digestão. Ele não estava nem um pouco interessado em fazer um cinema que fosse acessível a todos os tipos de públicos. Pelo contrário, Stanley Kubrick fazia cinema para ele mesmo e para um seleto grupo de admiradores de seu estilo. Para muitos essa ficção foi sua maior obra prima. O filme pelo qual ele sempre será lembrado. E de fato não era algo fácil a transposição para o cinema do famoso livro de Arthur C. Clarke. Kubrick fez uma bela adaptação para a sétima arte, entretanto é bom saber, de antecedência, que o filme parte da premissa que o espectador conheça pelo menos um pouco o livro original, leu alguns capítulos. Caso contrário a coisa começa a parecer sem muito sentido realmente.
Outro ponto é que o roteiro também espera que aquele que vai assistir ao filme saiba, nem que seja um pouquinho, sobre astronomia e astrofísica. Conceitos como espaço x tempo, buracos negros, viagem na velocidade da luz, múltiplas dimensões, tudo isso é jogado na tela. Outra discussão muito interessante se refere ao tema da inteligência artificial. Até que ponto dotar uma máquina da capacidade de pensar por si mesma seria seguro para a humanidade? Bom, pelos exemplos dados já deu para ter uma ideia da complexidade desse filme. É sem dúvida uma das maiores ficções da história do cinema. E esse título não foi lhe dado em vão, pelo contrário, temos aqui grande cinema de fato.
2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, Estados Unidos, 1968) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, baseado na obra de Arthur C. Clarke / Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester / Sinopse: Depois de descobrir um misterioso artefato enterrado sob a superfície lunar, a humanidade parte em uma busca para encontrar suas origens com a ajuda do supercomputador inteligente denominado H.A.L. 9000.
Pablo Aluísio.