Mostrando postagens com marcador Don Bluth. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Don Bluth. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Fievel - Um Conto Americano

Título no Brasil: Fievel - Um Conto Americano
Título Original: An American Tail
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Bluth
Roteiro: Judy Freudberg, Tony Geiss
Elenco: Dom DeLuise, Christopher Plummer, Erica Yohn, John Finnegan, Will Ryan, Hal Smith

Sinopse:
Ao emigrar para os Estados Unidos, um jovem ratinho russo chamado Fievel se separa de sua família, enquanto tenta sobreviver em um novo país e a uma nova realidade de vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor música original ("Somewhere Out There" de James Horner, Barry Mann e Cynthia Weil).

Comentários:
Até a década de 1980 a Disney reinava soberana no mercado de animações em longa-metragem para o cinema. Simplesmente não havia concorrência. A partir de filmes como "Fievel" essa realidade começou a mudar. Essa animação foi produzida pela Universal, quase como um teste de mercado, para sondar se havia espaço mesmo para outras animações que não fossem dos estúdios do ratinho Mickey Mouse. E o resultado foi melhor do que o esperado. O filme foi elogiado pela crítica e rendeu uma boa bilheteria, chamando a atenção para todos os demais estúdios de Hollywood, o que fez mudar definitivamente esse mercado de animações. E não podemos deixar de elogiar também o trabalho do diretor Don Bluth. Cineasta e animador talentoso, ele vinha justamente dos estúdios Disney onde havia trabalhado por muitos anos. Não havia nome melhor para enfrentar o império Disney do que alguém formado em seus próprios estúdios de animação. Então é isso, "Fievel" não foi apenas uma ótima animação, foi também uma mudança de paradigma em todo esse universo das animações cinematográficas.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de abril de 2018

Anastasia

Essa foi a primeira animação da Fox. Veio em um momento em que esse mercado começava a ser disputado pelos demais estúdios de Hollywood por causa dos grandes sucessos de bilheteria da Disney, que reinava sozinha e absoluta nesse mundo de longas de animação. Tecnicamente é um filme perfeito, a tal ponto de chegou a concorrer a dois Oscars (ambos relacionados ao maravilhoso trabalho que foi realizado em sua trilha sonora). O enredo foi escrito em cima da lenda que persistiu por décadas após a morte da família do último czar da Rússia, Nicolau II. Dizia-se que a sua filha mais jovem, Anastasia, teria sobrevivido ao massacre da revolução comunista. Ela teria ido embora, morar em algum lugar lugar da Europa. Era a última representante da monarquia destronada.

Claro que historicamente você não deve esperar muito dessa animação. A ideia dos produtores e do diretor Don Bluth (de "Fievel") era contar uma estorinha de conto de fadas, com princesas perdidas, etc. Nada de dissecar o que de fato aconteceu na revolução russa! O grande vilão é Rasputin, que na história real era um protegido da família Romanov (veja que ironia!). Os verdadeiros vilões da morte da família Romanov foram os comunistas que comandados por Lênin, promoveram um banho de sangue inocente na Rússia. Isso porém não é mostrado na animação. Todo o mal cabe apenas ao bruxo Rasputin, aqui voltando do mundo dos mortos, o que rende algumas sequências que na minha opinião nem eram muito adequadas para crianças. Afinal ele retorna praticamente como um zumbi, com pedaços de seu corpo caindo pelo caminho! Mesmo assim gostei de praticamente tudo, das músicas, do romance entre Anastasia e um jovem que vive de pequenos golpes, do estilo e da riqueza dos desenhos, da paleta de cores, etc. No final o filme foi elogiado pela crítica, mas não chegou a ser um campeão de bilheteria, apenas retornando um pequeno lucro para a Fox Talvez essa coisa toda de revisitar um período tão complicado da história tenha atrapalhado um pouco seu sucesso. Ignore esse aspecto e procure se divertir com o que a animação tem de melhor.

Anastasia (Anastasia, Estados Unidos, 1997) Direção: Don Bluth, Gary Goldman / Roteiro: Susan Gauthier, Bruce Graham / Elenco (dubladores): Meg Ryan, John Cusack, Christopher Lloyd, Kirsten Dunst, Angela Lansbury / Sinopse: O bruxo Raputin resolve amaldiçoar a família imperial da Rússia. Depois de uma noite de caos e violência apenas a princesa Anastasia consegue sobreviver. Ela vai parar em um orfanato, sem memória, sem lembrar de seu passado. Após se encontrar com um jovem ela decide ir a Paris para reencontrar sua avó, que a procura por anos e anos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música ("Journey To The Past" de Stephen Flaherty e Lynn Ahrens) e Melhor Trilha Sonora Original (Stephen Flaherty, Lynn Ahrens e David Newman).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Titan

Seguindo os passos da Disney, o estúdio Fox também entrou no concorrido mundo da animação. Eles seguiram basicamente a mesma fórmula: contratar atores famosos para dublar os personagens, promover uma grande campanha de marketing e obviamente esperar pelo melhor: lucros e mais lucros provenientes das bilheterias de cinema. O curioso é que ao invés de apostar no mundo dos contos de fadas e era medieval (como faz a major Disney) aqui os produtores escolheram uma aventura espacial como tema. A estorinha se passa no ano 3028 quando o planeta Terra é invadido por uma civilização extraterrestre selvagem e cruel. A maioria da humanidade é destruída, mas alguns seres humanos escapam. O protagonista, o jovem Cale Tucker (dublado por Matt Damon), consegue ir para o espaço.  E é justamente nos confins do universo que ele acaba se envolvendo em uma grande aventura.

A Fox investiu 75 milhões de dólares nessa animação, mas não se deu bem. O filme não foi bem de bilheteria e nem de crítica. Isso demonstrou aos executivos do cinema que não seria fácil vencer nesse mercado tão concorrido da indústria cinematográfica. Mesmo assim, com esse relativo fracasso comercial em mãos, o estúdio não desistiu e continuou investindo até encontrar o sucesso tão esperado com a franquia "Shrek", aquela mesmo do ogro verde que caiu nas graças da criançada. Por fim, apesar de tudo, "Titan" ainda conseguiu arrancar três indicações ao Oscar da animação, o Annie Awards. As indicações foram para categorias bem técnicas, nada de espetacular, mas pelo menos serviu como reconhecimento de que pelo menos do ponto de vista técnico o filme era realmente caprichado.

Titan (Titan A.E, Estados Unidos, 2000) Direção: Don Bluth, Gary Goldman / Roteiro: Hans Bauer, Randall McCormick / Elenco: Matt Damon, Nathan Lane, Drew Barrymore, Bill Pullman, John Leguizamo / Sinopse: Um jovem humano, sobrevivente da maior invasão do planeta Terra por uma raça de extraterrestres, tenta superar o trauma da separação de sua família enquanto se envolve numa grande aventura espacial ao lado de seus novos amigos.

Pablo Aluísio.