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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Guardiões da Honra

Título no Brasil: Guardiões da Honra
Título Original: The Lords of Discipline
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Franc Roddam
Roteiro: Pat Conroy, Thomas Pope
Elenco: David Keith, Robert Prosky, G.D. Spradlin
  
Sinopse:
Durante a década de 1960, em uma academia militar americana localizada no sul do país, um jovem negro chamado Tom Pearce (Mark Breland) precisa enfrentar o racismo velado de seus colegas de farda. Ele sofre humilhações e até agressões físicas para desistir da escola. Para piorar o cadete Will McLean (David Keith) descobre que o comportamento lamentável dos demais alunos é incentivado pelo alto escalão militar, inclusive contando com o apoio oculto das maiores patentes, entre eles um coronel e um general cinco estrelas.

Comentários:
Bom filme que mostra uma realidade que ainda vive nos porões dos Estados Unidos (não se engane sobre isso). Pelo visto as feridas da guerra civil americana ainda se encontram abertas principalmente em relação à questão racial. É o que o roteiro desse filme procura explorar. Historicamente, durante a luta pelos direitos civis no governo JFK, houve forte resistência contra negros serem matriculados em escolas e universidades que até então eram exclusivas para brancos. Em uma sociedade fortemente segregada não havia espaço para que ambos convivessem em um mesmo lugar. Até os bebedouros, lugares nos cinemas e em transportes públicos seguiam esse tipo de demarcação racial bem delimitada. E apesar dos esforços do presidente Kennedy em derrubar essas barreiras havia ainda forte resistência para que isso efetivamente nunca acontecesse de fato. Aqui temos como cenário o Carolina Military Institute. Situado em um dos estados mais segregados da América o lugar se tornou um verdadeiro campo de batalha surdo depois que recebeu o primeiro jovem negro em suas fileiras de alunos. Um retrato triste de uma época que se recusa a ser enterrada pela história.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Uma Noite com o Rei do Rock

Nos anos 1970 um jovem sonha em se tornar uma grande estrela do rock mas sua vida é muito dura para tentar concretizar esse tipo de sonho. Sua mãe passa por uma crise depressiva e ele não tem grana para montar uma grande banda. Quando Elvis Presley chega para cantar em sua cidade ele resolve colocar em prática um plano maluco: raptar o artista para que ele possa cantar para sua mãe pessoalmente! O plano acaba dando certo e Elvis, longe dos shows e do fechado círculo em que vive, começa a tomar gosto novamente pelas coisas simples da vida, voltando nesse processo a ter mais uma vez prazer em cantar e tocar sua velha música. "Uma Noite com o Rei do Rock" é uma típica produção da Touchstone Pictures (o braço de filmes convencionais do grupo Disney na década de 80). Esse estúdio se notabilizou por suas comédias leves, limpas, feitas para a família americana. Aqui o alvo é o cantor Elvis Presley em sua fase Las Vegas. Com roupas brancas (jumpsuits) o cantor se notabilizava - segundo o roteiro do filme - por ter virado um artista quadradão, ultrapassado, que sempre se apresentava para um público envelhecido que o via ainda como um ídolo de sua juventude perdida. Um artista meramente nostálgico e sem relevância para os jovens da época (encarnados pelo garoto que o rapta).

Nesse ponto de vista o filme adota até mesmo uma atitude cruel com o Elvis dos anos 70. Em muitos momentos o jovem fala para o próprio Elvis que ele estava acabado, que só cantava para velhas e coisas do tipo. Em certo momento do filme o garoto critica Elvis dizendo que ele era revolucionário quando jovem mas que agora a rapaziada não mais o ouvia como acontecia no passado. Ele havia virado um ídolo de velhas e solteironas. Ao mesmo tempo o personagem começa a se convencer disso adotando poses e imagens que o fizeram famoso na década de 50. Fica óbvio para quem assiste que o argumento do filme se apoia em algumas bobagens e até mesmo preconceitos. Para os fãs de Elvis, que acompanharam sua carreira, isso certamente vai parecer uma besteira pura e simples. Mesmo assim se não formos analisar tudo de forma tão detalhista (o que é de certa forma o certo já que se trata de uma comédia descartável) até que podemos nos divertir um pouco. Infelizmente os números musicais são desastrosos (o ator que interpreta Elvis passa longe de conseguir repetir a dança do cantor) e as músicas são todas interpretadas por covers de Elvis Presley em algumas versões bem caricatas. No saldo final o que temos aqui é uma comediazinha adolescente que usa Elvis apenas como chamariz de público, muito embora (como sempre aliás) fique longe de ser considerado algo realmente relevante.

Uma Noite Com o Rei Do Rock (Heartbreak Hotel, Estados Unidos, 1988) Direção: Chris Columbus / Roteiro: Chris Columbus / Elenco: David Keith, Tuesday Weld, Charlie Schlatter / Sinopse: Jovem resolve raptar o famoso cantor Elvis Presley e o leva para casa para que ele possa cantar pessoalmente para sua mãe que passa por uma crise depressiva.

Pablo Aluísio.