quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Possum

Título no Brasil: Possum 
Título Original: Possum 
Ano de Lançamento: 2018
País: Reino Unido
Estúdio: Fyzz Films
Direção: Matthew Holness
Roteiro: Matthew Holness
Elenco: Sean Harris, Alun Armstrong, Andy Blithe

Sinopse:
Um estranho homem vaga por um bosque. Ele está tentando se livrar de uma mala. Dentro dela há uma bizarra marionete, um crânio humano cercado de patas de aracnídeo. O boneco parece ter vida própria, assumindo o controle de seu criador. E um passado sombrio parece estar por trás de tudo o que acontece nas sombras. 

Comentários:
Filme de terror inglês bem estranho. Esse é aquele tipo de filme para poucos realmente. E por trás da história simples há significados psicológicos bem complexos. Por exemplo, qual é o sentido de tudo o que se vê na tela? Vou dar aqui minha interpretação bem pessoal. Aquele homem que anda com a mala é na verdade um pobre sujeito que quando criança foi raptado por um pedófilo. Esse é aquele senhor mais velho que contracena com ele, se dizendo seu amigo ou tio! Nada disso, é um criminoso. A marionete em forma de aranha é assim seu trauma personificado em um boneco aterrorizante, algo que ele tenta, mas que nunca consegue realmente se livrar. E como sempre acontece o abusado sexualmente cresce e logo se torna um abusador. Por essa razão em determinado momento do filme uma cirança sai de sua mala! Então, o tema é pesado. Um terror psicológico com pés (ou patas) fincadas no horror da vida real de um homem! Nem todo mundo vai aguentar, mas eu sinceramente deixo a recomendação desse filme pra lá de esquisito! 

Pablo Aluísio.

A Sétima Profecia

Título no Brasil: A Sétima Profecia
Título Original: The Seventh Sign
Ano de Lançamento: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Carl Schultz
Roteiro: Ellen Green, Clifford Green
Elenco: Demi Moore, Michael Biehn, Jürgen Prochnow

Sinopse:
Nesse filme a atriz Demi Moore interpreta a esposa de um advogado que está subindo na carreira, se envolvendo em casos judiciais controversos. E tudo desaba quando ela descobre que sua gravidez estaria envolvida numa estranha profecia e que seu filho seria uma peça importante no futuro da humanidade! 

Comentários:
O filme até que começa bem. Parece bem promissor, tem uma bonita direção de fotografia e a Demi Moore, jovem e bonita em cena, se esforçando para atuar bem. O problema é de roteiro. Eita roteiro confuso esse que se perde completamente nas tais profecias. Em determinado momento tudo fica confuso. O menino que está para nascer é um novo Messias ou o Anticristo? O roteiro não explica nada, apenas que o menino será o primeiro a nascer sem alma. O que isso significa exatamente? Aquele padre e aquele homem misterioso, que inclusive chega a ser sugerido como a reencarnação do próprio Cristo, são vilões ou mocinhos? Nem tente assistir ao filme em busca de respostas. O roteiro é tão mal escrito que nem mesmo a esses questionamentos básicos vai responder. Enfim, uma bagunça completa! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Vício Frenético

Título no Brasil: Vício Frenético
Título Original: Bad Lieutenant
Ano de Lançamento: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Bad Lt. Productions
Direção: Abel Ferrara
Roteiro: Zoë Lund, Abel Ferrara
Elenco: Harvey Keitel, Brian McElroy, Frank Acciarito

Sinopse:
Nesse filme o ator Harvey Keitel interpreta um policial de Nova Iorque. Não é um tira comum. Ao invés de defender a lei, ele passa o dia todo promovendo atos ilegais. É um viciado em drogas, que encurrala traficantes não para levar esses criminosos para a prisão, mas sim para levar as drogas que eles possuem. E a cada dia a coisa só piora. 

Comentários:
Houve um remake desse filme mais recentemente com o Nicolas Cage. Prefira esse original. Nunca vi um policial tão lixo no cinema como esse sujeito! O tenente interpretado por Harvey Keitel é o exemplo mais perfeito de tira escroto já visto nas telas! E olha que policiais assim não faltam em outros filmes. Só que esse aqui bateu mesmo todos os recordes. Quando não está cheirando pó, está bebendo ou tomando pico de heroína na veia com prostitutas. Quando não está aparecendo loucão nas cenas de crimes (como no estupro da freira) ele está chantageando jovenzinhas que foram pegas sem carteira de habilitação. Aliás essa cena pode ser considerada a mais constrangedora da carreira do Harvey Keitel. Um ator tem que ter coragem para fazer uma cena dessas! O filme decai um pouco do meio para o final, principalmente por aquele lance todo das apostas esportivas, mas seu final é mais do que adequado. Um sujeito desses, vivendo na criminalidade, realmente não merecia um final feliz, muito longe disso! 

Pablo Aluísio.

Punhos de Aço: Um Lutador de Rua

Título no Brasil: Punhos de Aço: Um Lutador de Rua
Título Original: Any Which Way You Can
Ano de Lançamento: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Buddy Van Horn
Roteiro: Stanford Sherman, Jeremy Joe Kronsberg
Elenco: Clint Eastwood; Sondra Locke, Geoffrey Lewis

Sinopse:
Nesse filme Clint Eastwood interpreta um cara durão, bom de briga, que ganha uma boa grana em lutas de rua, completamente ilegais. Então ele cai nas mãos de uma quadrilha de criminosos que raptam sua namorada. Caso não lute, eles vão matar ela. Então o jogo muda e vira uma questão de vida ou morte. 

Comentários:
Eu tinha uma lembrança afetiva desse filme porque ele passava muito na Sessão da Tarde durante os anos 80. E na época, ainda bem jovem, me divertia muito assistindo. Então resolvi rever agora. Pois bem, alguns filmes envelhecem mal mesmo. É o caso aqui. O filme tem um tipo de humor que envelheceu. Quase beirando os Trapalhões, principalmente naquela gangue de motoqueiros nazistas que no fundo são verdadeiros palhaços. O Clint também abriu muito espaço para sua esposa na época. A Sondra Locke canta uma música country atrás da outra. OK, Clint, entendi o que você estava querendo fazer, mas chega uma hora que cansa. Ele queria levantar a carreira de cantora dela e para isso usava o cinema. Melhor ver o Fats Domino numa rápida cena onde ele canta uma canção no palco do bar. Tem também o macaco Clyde que gosta de defecar nos carros patrulhas da polícia. Rende bons momentos. E a cena final, uma longa briga de socos, hoje em dia já não convence. Então é isso. Achei bem bobinho pra falar a verdade. Alguns filmes merecem ficar no passado mesmo. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Cem Mil Dólares para Ringo

Título no Brasil: Cem Mil Dólares para Ringo
Título Original: 100.000 dollari per Ringo
Ano de Produção: 1965
País: Itália, Espanha
Estúdio: Balcázar Producciones Cinematográficas
Direção: Alberto De Martino
Roteiro: Alfonso Balcázar
Elenco: Richard Harrison, Fernando Sancho, Luis Induni

Sinopse:
Lee 'Ringo' Barton (Richard Harrison) é um pistoleiro e cowboy errante que chega numa distante cidadezinha perdida do velho oeste. Lá acaba sendo confundido com um antigo morador chamado Ward Cluster que todos pensavam ter morrido durante uma batalha sangrenta na Guerra Civil Americana. Ringo obviamente não é Cluster, mas a confusão de identidades acaba desencadeando uma série de eventos perigosos na cidade.

Comentários:
Mais um Spaghetti Western com o famigerado pistoleiro Ringo (que só não foi mais popular do que Django e Trinity dentro desse estilo de filme). Para quem aprecia cinema italiano em geral a primeira coisa que chama a atenção aqui é a presença do diretor e roteirista romano Alberto De Martino. Sim, o mesmo diretor que dirigiu outros Spaguettis famosos como "Django Atira Primeiro" e "A Carga da Sétima Cavalaria". Curiosamente o cineasta começou sua carreira de filmes populares não em faroestes, mas sim em épicos ao estilo sandálias e areias. Foi assim que assinou películas como "O Gladiador Invencível", "O Triunfo de Hécules" e "Os Gladiadores Espartanos". Pode-se criticar seu cinema popularesco mas não sua versatilidade, pois até mesmo pelo terror italiano resolveu se aventurar - assinando o estranho, mas cult "O Anticristo" em 1974. Já "100.000 dollari per Ringo" é um faroeste tipicamente produzido para o cinema italiano dos anos 60. Cenas absurdas, violência estilizada (diria até cartunesca) e balas voando para todos os lados. Quem interpreta Ringo aqui é Richard Harrison, que ao contrário de muitos astros de Spaguettis, não era um italiano usando um pseudônimo americano, mas sim um norte-americano de verdade, nascido em Utah. Sua presença gringa mantém o interesse, embora o filme em si seja apenas mediano no final das contas. 

Pablo Aluísio.

O Filho de Django

Título no Brasil: O Filho de Django
Título Original: Il figlio di Django
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Denwer Film
Direção: Osvaldo Civirani
Roteiro: Alessandro Ferraù, Tito Carpi
Elenco: Gabriele Tinti, Guy Madison, Ingrid Schoeller

Sinopse:
O famoso pistoleiro Django é morto covardemente pelas costas. Seu único filho, Jeff Tracy (Gabriele Tinti), decide fazer de sua vida uma cruzada em busca dos assassinos de seu pai. Isso o leva até uma cidadezinha dominada por dois poderosos fazendeiros. Tracy acaba descobrindo que um deles muito provavelmente esteja envolvido na morte de Django. O cenário se revela o ideal para que ele sacie sua sede de justiça e vingança.

Comentários:
O sucesso de Django com Franco Nero deu origem a dezenas de cópias, feitas exclusivamente para faturar alguns trocados nos cinemas populares ao redor do mundo. A maioria dessas produções eram de péssima qualidade. "O Filho de Django" é mais uma tentativa de lucrar em cima do nome do famoso pistoleiro do western spaghetti. O curioso é que para soar um pouco diferente os produtores decidiram que não mais apostariam no nome de Django, mas sim em seu filho! A produção como era de se esperar é de baixo orçamento. A edição é bem ruim, dando saltos na narrativa, sem ter nem ao menos a preocupação de situar melhor o espectador no contexto da estória que está contando. O roteiro é bem derivativo de centenas de outros filmes - a velha narrativa do filho buscando vingança pela morte do pai. De bom mesmo apenas a trilha sonora - com direito a um bom número musical em um saloon - e a presença de Guy Madison no papel do Padre Fleming, um curioso sacerdote rápido no gatilho. Já Gabriele Tinti que dá vida ao filho de Django é bem inexpressivo, contribuindo ainda mais para a má qualidade do filme como um todo. Melhor rever o único e original Django de 1966.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Os Três Mosqueteiros

Título no Brasil: Os Três Mosqueteiros
Título Original: The Three Musketeers
Ano de Lançamento: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Sidney
Roteiro: Robert Ardrey
Elenco: Lana Turner, Gene Kelly, Vincent Price, Angela Lansbury, Van Heflin, June Allyson

Sinopse:
Um jovem chamado D'Artagnan decide ir para Paris para realizar seu sonho de ser um mosqueteiro do Rei Luís XIII. Ao chegar porém acaba se envolvendo numa grande intriga política com o maléfico Cardeal Richelieu e a nobre perversa Lady de Winter. Adaptação para o cinema da obra de Alexandre Dumas. 

Comentários:
Eu sei que é um clássico do gênero "Capa e Espada". E nem preciso falar da relevância do livro original. Isso todo mundo sabe. Porém o fato é que não consegui gostar dessa versão cinematográfica dos anos 40. E isso é curioso porque sempre gostei dos nomes que formam seu elenco principal. O problema, ao meu ver, vem do roteiro. Ele surge muito truncado, tentando colocar muitas coisas em um curto espaço de tempo. As situações assim vão se atropelando no decorrer da história. E o interessante é que o filme como produção não ficou tão datado. É um filme bem produzido e tudo mais. Só esse humor realmente ficou muito antiquado. O Gene Kelly era um dançarino e um acrobata, então tirou de letra as acrobacias de seu personagem. Só não convence na idade pois já tinha passado da idade certa para interpretar o quase adolescente D'Artagnan. Melhor se sai a dupla de malvados Vincent Price e Lana Turner. Eles mantiveram o nível de atuação em um patamar aceitável. Pelo menos isso. 

Pablo Aluísio.

O Monstro dos Mil Olhos

O Monstro dos Mil Olhos 
Esse filme nada mais é do que uma sequência do sucesso "A Mosca da Cabeça Branca". Aliás o título original do filme não deixa nenhuma dúvida sobre isso. Os produtores na época queriam obviamente faturar mais uma vez em cima dessa história, mas havia problemas a superar. Por exemplo, o personagem do Vincent Price morria no final. Como escalar Vincent Price novamente se seu personagem tinha morrido? Bom, os roteiristas sempre dão jeito, mesmo que seja na pura cara de pau. Assim nesse segundo filme Price retorna como... o irmão gêmeo de seu personagem no primeiro filme! Pois é, os caras deram um jeito mesmo. E para não se perder o fio da meada as pesquisas recomeçam, agora com o filho do cientista do primeiro filme! Não vá perder a linha narrativa... tudo cascata! 

Esse segundo filme é muito inferior ao primeiro que é considerado um clássico do terror e também da ficção. Esse segundo não tem suspense e nem clima. E isso é uma morte anunciada porque ver o homem mosca andando por aí com aquela cabeça mal feita, é prato cheio para o humor involuntário. No primeiro filme a maquiagem não era melhor, mas o diretor teve o bom senso de não expor demais isso. Era tudo encoberto, aumentando a tensão. Aqui tudo vira quase um deboche, embora nunca tenha sido a intenção de seus realizadores. Enfim, puro caça-níquel. 

O Monstro dos Mil Olhos (Return of the Fly, Estados Unidos, 1959) Direção: Edward Bernds / Roteiro: Edward Bernds, George Langelaan / Elenco: Vincent Price, Brett Halsey, David Frankham / Sinopse: O filho do cientista do primeiro filme retorna as experiências envolvendo uma máquina de desintegração e reintegração da matéria, mas acaba sendo alvo de seu próprio assistente, que deseja colocar as mãos naquela invenção inovadora. 

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Bill Haley And His Comets - Haley's Juke Box

Bill Haley And His Comets - Haley's Juke Box
No finalzinho da década de 1950 Bill Haley brigou com os executivos da gravadora Decca. Ele reclamava de que ganhava muito pouco no contrato que tinha com a gravadora. E ganhava pouco mesmo. Para se ter uma ideia ele levava apenas 1 por cento do preço das vendas de capas de seus discos, logo aqueles que seriam os maiores sucessos de sua carreira. Não dava mais para continuar no selo. Após muitas brigas, inclusive pela imprensa, o bom e velho Haley foi embora da Decda batendo a porta. Ele foi para Los Angeles e assinou com a Warner Records, a gravadora do famoso estúdio de cinema. O novo contrato prometia muito sucesso e o próprio Bill Haley tinha esperanças nesse sentido.

Esse foi o seu primeiro disco nessa nova gravadora. Infelizmente as coisas não foram tão bem quanto ele esperava. A Warner se envolveu demais na escolha das músicas e na produção dos arranjos. Bill Haley se viu amordaçado, sem controle artístico do álbum. Ele logo percebeu que também não ria dar muito certo na Warner. Para piorar estava começando uma batalha judicial pelo controle de suas músicas contra a Decca que iria durar anos e anos. O Bill Haley estava esgotado emocionalmente e o resultado não saiu bom. O disco não fez sucesso e acabou sendo uma decepção nas lojas de discos, não vendendo muitas cópias. Pois é, os anos de sucesso e glória pareciam coisa do passado. 

Bill Haley And His Comets - Haley's Juke Box (1960)
Singing The Blues
Candy Kisses
No Letter Today
This Is The Thanks I Get
Bouquet Of Roses
There's A New Moon Over My Shoulder
Cold, Cold Heart
The Wild Side Of Life
Any Time
Afraid
I Don't Hurt Anymore
Detour

Pablo Aluísio. 

Johnny Cash - The Fabulous Johnny Cash

Johnny Cash - The Fabulous Johnny Cash
Esse foi o segundo disco da carreira do Johnny Cash. Assim como Elvis Presley, ele havia começado na Sun Records de Sam Phillips. E assim como Elvis também largou o pequeno estúdio de Memphis para ir gravar em uma das grandes gravadoras da época, no caso aqui a Columbia, que tinha Sinatra em seu elenco. Muitos qualificam esse álbum como sendo de folk e rockabilly. Discordo completamente. Esse é um disco de country music, sem tirar e nem colocar nada em seu lugar. É um tipo de country que fugia um pouco do que era feito em Nashville, por causa das próprias peculiaridades do Cash, mas ainda assim Country em sua mais pura essência. 

As letras das músicas giravam em torno de um tema básico, onde o personagem principal poderia ser identificado como um homem pobre, trabalhador e honesto, do meio rural, vivendo no sul dos Estados Unidos, com dificuldades inerentes à sua condição social para dar uma certa segurança para sua família. O Cash retratava mesmo o homem simples do campo e seu ambiente familiar, lutando para viver dignamente. Um aspecto curioso é que Cash trouxe para esse disco o grupo vocal The Jordanaires, o mesmo que fazia o apoio vocal para os discos de Elvis. Não combinava muito com o estilo seco de Cash, mas funcionaram perfeitamente bem nas músicas em que atuaram. Estão presentes em apenas 5 faixas. Enfim, um retrato em crônicas musicais de Johnny Cash sobre o seu povo, seu tempo e suas amarguras. Muito bom de se ouvir. 

Johnny Cash - The Fabulous Johnny Cash (1958)

Lado A:
1. Run Softly, Blue River
2. Frankie’s Man, Johnny
3. That’s All Over
4. The Troubadour
5. One More Ride
6. That’s Enough

Lado B:
1. I Still Miss Someone
2. Don’t Take Your Guns to Town
3. I’d Rather Die Young
4. Pickin’ Time
5. Shepherd of My Heart
6. Supper-Time

Pablo Aluísio.