sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald

Sequência do primeiro filme. Para quem não conhece se trata de uma espécie de prequel de "Harry Potter", mas com enredo relativamente independente. Alguns personagens da saga do bruxo estão aqui, sendo o mais notório deles o professor Dumbledore, na interpretação de Jude Law. Se nos filmes de Potter ele era um velho senhor de longas barbas brancas, mais parecendo o Merlin, aqui ele está bem mais jovem, se envolvendo numa guerra interna do mundo da magia. Acontece que um sujeito chamado Gellert Grindelwald (Johnny Depp) chegou na conclusão de que os bruxos não devem mais viver escondidos, fingindo que seu mundo não existe para os "trouxas" (entende-se as pessoas que não estão envolvidas com magia nesse universo). Pois bem esse revolucionário de varinha quer mesmo tomar o poder, colocando a humanidade para escanteio, assumindo tudo, evitando guerras desnecessárias, procurando pela evolução de todos (pelo menos esses seriam seus argumentos).

No vértice dessa disputa surge um jovem chamado Credence Barebone (Ezra Miller), que parece ter poderes acima da média, um verdadeiro ungido, predestinado. Grindelwald quer ele venha para seu lado, para a sua luta contra as pessoas normais, que ele venha para o lado do mal. Assim caberá a Newt Scamander (Eddie Redmayne), o verdadeiro protagonista do filme, evitar que isso aconteça, viajando de forma ilegal para Paris. Com um personagem principal meio atrapalhado, que vive com a cabeça na lua, cuidando de seus bichinhos mágicos, não é de se admirar que Johnny Depp roube o filme para si. Ele interpreta o vilão Grindelwald que acaba sendo a melhor coisa dessa produção. Depp sempre foi um ator de mão cheia e por isso domina completamente, mesmo não tendo o mesmo espaço que os demais personagens. A verdade é que ele deita e rola em cena por não ter nenhum adversário no quesito atuação. Não se admire se em determinado momento você comece a se identificar com os argumentos de seu personagem. Um óbvio sinal da boa atuação do ator.

Outro aspecto que me chamou a atenção foi o ritmo cadenciado do filme. Em tempos atuais, onde edições nervosas formam a espinha dorsal de muitos filmes, aqui temos algo bem diferente. A estória se desenvolve no seu próprio tempo, sem pressa. Parece até mesmo com narrativas de antigos filmes, onde a trama iria se desenvolvendo com mais paciência, sem atropelos. Isso me deixou bem satisfeito, afinal cenas de ação exageradas já deram o que tinham que dar. Hoje soam desnecessárias, gratuitas, apelativas. Um pouco de sutileza, calma, em se contar uma história é mais do que bem-vindo. Nesse ponto o filme ganha bastante pontos positivos. Sem histerismo, conta seu enredo sem presssa, na calma, sendo ponderado. Pelo visto o diretor David Yates decidiu respeitar o texto original escrito por J.K. Rowling (que também assinou o roteiro). Assim ele procurou trazer para o cinema um pouco do ritmo da literatura. O filme só ganhou com essa bem acertada escolha.

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald
(Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald, Estados Unidos, Inglaterra, 2018) Direção: David Yates / Roteiro: J.K. Rowling / Elenco: Eddie Redmayne, Johnny Depp, Jude Law, Ezra Miller / Sinopse: Gellert Grindelwald (Depp) é um bruxo renegado do mundo da magia que decide recrutar outros bruxos para colocar seus planos em ação. Ele deseja que o mundo fique sob controle daqueles que possuem o dom da magia. Algo que encontrará resistência entre outros mestres, entre eles o professor Dumbledore.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Lista Negra (The Blacklist) - Terceira Temporada

The Blacklist 3.01 - The Troll Farmer (No. 38)  
Primeiro episódio da terceira temporada. É curioso porque como James Spader deixou bem claro numa entrevista que a série nem deveria ter chegado nessa terceira temporada. Ele afirmou que achava que no máximo haveria uma segunda temporada, isso se a audiência fosse realmente boa. E veja no que deu. Assim a mesma equipe técnica e o mesmo elenco retornou, afinal "Lista Negra" realmente se tornou um hit no mundo das séries. Nesse primeiro episódio a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) e Raymond 'Red' Reddington (James Spader) precisam despistar até mesmo o FBI para que seus planos tenham sucesso. Enquanto isso Dembe recebe um contato que comprometerá seu futuro. Bom episódio, gostei mesmo. / The Blacklist 3.01 - The Troll Farmer (No. 38) (Estados Unidos, 2017) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 3.02 - Marvin Gerard (No. 80)
Nesse segundo episódio a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) enfrenta problemas. Ela então consegue abrigo na embaixada russa, mas isso também pode se tornar um sério problema. Já Raymond 'Red' Reddington (James Spader) procura por outra saída, pouco convencional, contando com a ajuda de um advogado de reputação não muito confiável. O curioso é perceber que Red jamais confiou no FBI e no seu estilo de trabalho. Coisas de um sujeito acostumado com o jogo sujo do mundo internacional do crime. Detalhe curioso: esse episódio foi dirigido por Andrew McCarthy, amigo de James Spader desde os tempos em que eles atuavam juntos em filmes de adolescentes nos anos 80. Amizade duradoura é isso aí. / The Blacklist 3.02 - Marvin Gerard (No. 80) (Estados Unidos, 2017) Direção: Andrew McCarthy / Roteiro: Jon Bokenkamp, Daniel Knauf / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 3.17 - Mr. Solomon (No. 32)
Um perigoso criminoso internacional foge da prisão. O FBI desconfia que ele está envolvido no meio de uma armação para a venda de uma arma nuclear! Para Raymond 'Red' Reddington (James Spader) tudo parece óbvio demais. Ele desconfia e com razão, uma vez que tudo não passa de uma corina de fumaça. O verdadeiro objetivo não é vender uma bomba atômica no mercado internacional, mas sim matar a agente Elizabeth Keen (Megan Boone). É um acerto de contas. Por falar em Liz esse episódio traz o seu casamento com Tom, ou melhor dizendo, a tentativa de se casar. Bem no meio da igreja acontece de tudo, inclusive uma chuva de balas. Sinceramente penso que "The Blacklist" já demonstra muitos sinais de desgaste. Os roteiros já vão se tornando repetitivos e a tentativa de reatar o romance entre Liz e Tom, depois de tantas coisas, soa como pura falta de imaginação dos roteiristas. A Megan Boone, que estava grávida de verdade durante as filmagens, tenta de tudo para levantar o interesse, mas tudo em vão. A série está começando a ficar rídicula mesmo. / The Blacklist 3.17 - Mr. Solomon (No. 32) (Estados Unidos, 2016) Estúdio: Universal Television, Sony Pictures / Direção: Eagle Egilsson / Roteiro: Jon Bokenkamp, Brian Studler / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff, Ryan Eggold, Amir Arison, Lance Henriksen
 
The Blacklist 3.18 - Mr. Solomon (No. 32): Conclusion
Depois de um tempo estou retomando "Blacklist". O episódio anterior terminou com o casamento de Liz. Aliás usar o verbo terminar vem bem a calhar porque foi uma chuva de balas. O vilão Mr. Solomon tentou matá-la de todas as formas, com um verdadeiro grupo de extermínio. Ela foge e consegue ir a um hospital, mas Raymond diz que é muito perigoso para ela estar ali. Assim um centro de tratamento é improvisado dentro de um night club! E ela tem seu filho bem ali, no meio da pista de dança! Nesse episódio também temos um aspecto interessante: após o parto ela apresenta complicações e supostamente vem a falecer! Isso mesmo, a protagonista Elizabeth Keen morre após ter seu filho! Dá para confiar? Ainda não assisti obviamente os próximos episódios, mas duvido muito que ela vá morrer mesmo. Me pareceu mais uma forçada de barra dos roteiristas que diga-se de passagem andaram exagerando muito na dose do absurdo nessa terceira temporada. Ou tudo não seria apenas um toque de fino ironia do ator James Spader, que inclusive agora é o produtor executivo da série? Bom, veremos nos próximos capítulos... / The Blacklist 3.18 - Mr. Solomon (No. 32): Conclusion (Estados Unidos, 2016) Estúdio: Universal Television / Direção: John Terlesky / Roteiro: Jon Bokenkamp , Daniel Cerone / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.
 
The Blacklist 3.19 - Cape May
No episódio anterior a agente Elizabeth Keen supostamente morreu no parto (acredite se quiser!). Assim Raymond 'Red' Reddington fica arrasado. Quando esse episódio começa ele está prostrado numa cama de uma casa de ópio, muito popular no oriente e nos bairros de orientais em grandes cidades chinesas (olha a Chinatown...). Pois bem, ele finalmente é acordado, se levanta, pega o primeiro táxi que encontra pela frente e vai para Cape May, um Balneário de gente rica localizado em New Jersey. E então começa um episódio que foge totalmente dos padrões da série. O roteiro valoriza o sobrenatural e o suspense com a chegada de uma mulher misteriosa. Inicialmente Red salva ela da morte, pois ela tenta se matar nas praias geladas da região. Depois a leva para casa. Ele não sabe seu nome, não a conhece. Tudo fica nas sombras, sem explicação. Há um homem com detector de metais nas areias da praia que não viu ninguém, mulher nenhuma. Quem é ela afinal? Apenas fruto da imaginação de Red? Esse "Cape May" é até muito bem produzido, cheio de ambientações. Totalmente fora da rota do que os espectadores da série estão acostumados a assistir. / The Blacklist 3.19 - Cape May (Estados Unidos, 2016) Estúdio: Universal Television, Sony Pictures / Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Jon Bokenkamp, Daniel Knauf / Elenco: James Spader, Diego Klattenhoff, Ryan Eggold, Lotte Verbeek, Harry Lennix, Hisham Tawfiq.

The Blacklist 3.20 - The Artax Network (No. 41)
Nesse episódio temos o funeral da agente Elizabeth Keen! Embora eu ainda esteja assistindo a série já deu para perceber que tudo isso parece mesmo um grande engodo por parte dos roteiristas! De qualquer maneira a morte de uma das protagonistas está na ordem do dia. Pois bem, depois disso Raymond 'Red' Reddington (Spader) decide ir até a casa do avô de Keen. Que ligação haveria entre esses dois homens? O que o passado escondeu? O roteiro apenas passeia na borda, mostrando numa série de diálogos em que é sutilmente sugerido que eles possuem seus segredos, mas sem nunca revelar quais são. Detalhe importante: esse personagem é interpretado pelo ator Brian Dennehy, um nome muito conhecido para quem curtia cinema nos anos 80. Entre os filmes ícones daquela década ele esteve em "Rambo" e "Cocoon", entre tantos outros. Revê-lo ao lado de James Spader (que interpretava riquinhos de má índole naqueles tempos) não deixa de ser um belo exercício de nostalgia para quem viveu a década de 1980. Por fim, é interessante salientar também que no final do episódio Red decide voltar para sua colaborção com o FBI, afinal de contas a série precisa seguir em frente. Negócios são negócios! / The Blacklist 3.20 - The Artax Network (No. 41) (Estados Unidos, 2016) Direção: Donald E. Thorin Jr / Roteiro:  Jon Bokenkamp, Dawn DeNoon / Elenco: James Spader, Brian Dennehy, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 3. 21 - Susan Hargrave (No. 18) 
Quem é Susan Hargrave? Essa personagem assumirá importância cada vez maior nos episódios seguintes, por isso fique atento a ela. Para a crítica americana ela foi introduzida na série para contrabalancear a saída de Elizabeth Keen. E por falar nela o episódio começa justamente quando Raymond 'Red' Reddington (James Spader) vai atrás de seus assassinos. Na sua investigação descobre a existência de uma empresa que supostamente prestaria serviços de segurança, mas que na verdade faz todo tipo de jogo sujo, inclusive para o governo americano. Um dos melhores momentos do episódio acontece quando Red encontra a CEO, a executiva-chefe dessa empresa. Após um tenso encontro Red resolve colocar fim a tudo, disparando sua pistola. Assista para conferir. / The Blacklist 3. 21 - Susan Hargrave (No. 18) (Estados Unidos, 2016) Direção:  Andrew McCarthy / Roteiro:  Jon Bokenkamp, Vincent Angell / Elenco: James Spader, Famke Janssen, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 3.22 - Alexander Kirk (No. 14) 
Penúltimo episódio da terceira temporada. O russo Alexander Kirk é o grande responsável pela morte da agente Keen. Um milionário russo que fez fortuna após a queda da União Soviética. Ele agora investe no tabuleiro político dos Estados Unidos, financiando um senador para concorrer à presidência. Jogo sujo, lavagem de dinheiro. 'Red' Reddington (James Spader) sabe que a melhor forma de atingi-lo é asfixiando suas finanças e assim é feito. Um assalto a banco é arquitetado como cortina de fumaça para a invasão ao sistema da agência onde ele mantém seu dinheiro. Nesse episódio também descobrimos mais coisas sobre Susan Hargrave. Ela é a mãe desconhecida de um dos personagens principais da série, enrolando ainda mais o meio de campo de Blacklist (no Brasil a série recebeu o título de "Lista Negra"). Com tantas reviravoltas não é de se admirar que os roteiristas tenham trabalho em dobro para manter o interesse do público no programa. / The Blacklist 3.22 - Alexander Kirk (No. 14) (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Dinner / Roteiro:  Jon Bokenkamp, Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Famke Janssen, Ulrich Thomsen, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 3.23 - Alexander Kirk (No. 14): Conclusion  
O que aconteceu nesse último episódio de Blacklist? A maior surpresa vem do fato de que a agente Elizabeth Keen (Megan Boone) não está morta! Isso mesmo, acredite se quiser. Quando o episódio começa Raymond 'Red' Reddington (Spader) está firme em sua busca de vingança. Ele quer acabar com a raça de Alexander Kirk, pois o culpa pela morte de Elizabeth. Só que Alexander também tem cartas na manga. Ele decide revidar o ataque, sequestrando a pequena Agnes e seu pai. Só que o episódio está cheio de reviravoltas. Quando o assassino contratado por Alexander está quase colocando as mãos neles, uma surpresa surge no ar. Eles despistam todos e vão para Cuba em uma avião monomotor! Mais estranho ainda, lá encontram finalmente Elizabeth Keen, que está sã e salva. E tudo foi armado pela velha assistente do próprio Red! Enfim, um jogo de traições sem limites! E não fica por aí. Na última cena duas revelações bombásticas. Elizabeth na verdade se chama Masha. É uma russa! E seu pai se revela a ela. Não é Red, como alguns pensavam, mas sim o próprio Alexander Kirk! Ok, agora pode explodir sua cabeça com tantas surpresas! / The Blacklist 3.23 - Alexander Kirk (No. 14): Conclusion (Estados Unidos, 2016) Direção: Bill Roe / Roteiro:  Jon Bokenkamp, Lukas Reiter / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Penny Dreadful - Terceira Temporada

Penny Dreadful 3.01 - The Day Tennyson Died
Primeiro episódio da nova temporada. É interessante que no final da temporada anterior todos os personagens pareciam ir embora, para sempre. Agora todos estão de volta, de uma forma ou outra. Vanessa Ives (Eva Green) ressurge depois de uma forte depressão que a deixou arrasada. Escondida em sua casa, com muita sujeira e lixo, ela finalmente recomeça a andar. Aos poucos se recuperando, ela começa a frequentar uma terapeuta e conhece um interessante professor de história natural no museu de Londres. Sir Malcolm Murray (Dalton) é outro que parece retornar. Em um continente distante, ele percebe que é chegada a hora de retornar para Londres. Já o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) ressurge para apresentar o novo personagem da série, o Dr. Henry Jekyll (sim, do clássico "O Médico e o Monstro", aqui interpretado pelo ator Shazad Latif em papel de um indiano!). Victor quer sua ajuda para destruir suas "criações"! Outro excelente ponto narrativo surge com Ethan Chandler (Josh Hartnett) que de volta aos Estados Unidos acaba sendo sequestrado por uma quadrilha de bandoleiros, provavelmente a mando de seu pai. O que esses cowboys criminosos nem desconfiam é que estão correndo risco todas as noites, principalmente naquelas com lua cheia. Por fim, na cena final, uma ótima notícia para os fãs da série que desejam a chegada do maior dos vampiros, o Conde Drácula. Ele finalmente surge, mas sem sair das sombras, por enquanto. Tudo o que podemos ouvir é sua voz, imersa nas sombras da noite. Ele quer colocar as mãos em determinadas pessoas e começa a usar seus vassalos para isso. Enfim, gostei bastante desse novo episódio. Trazendo novos personagens clássicos de terror, mantendo o mesmo nível das boas temporadas anteriores. Uma coisa parece certa: vem coisa boa por aí. Só nos resta aguardar. / Penny Dreadful 3.01 - The Day Tennyson Died (Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Damon Thomas /  Roteiro:  John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green, Harry Treadaway, Josh Hartnett.

Penny Dreadful 3.02 - Predators Far and Near 
Esse episódio é vital para compreender essa nova temporada, principalmente pela última cena que revela a verdadeira identidade do Conde Drácula. Pois bem, mas antes disso coisas interessantes acontecem. Ethan Chandler segue prisioneiro no oeste selvagem. Seu pai contratou um bando de criminosos para capturá-lo, só que uma lua cheia acaba ficando bem no meio do caminho. Daí já sabemos: massacre e corpos por todos os lados. Uma das jovens bruxas, da temporada anterior, o segue pelo meio do deserto, revelando uma verdadeira parceria entre as bestas. Enquanto isso Vanessa continua suas sessões de análise. Dessa vez ela resolve contar tudo (ou quase tudo) para sua terapeuta, que grava tudo em uma primitiva máquina de gravação (ainda nos primórdios do gramofone de rolo!). Ao se recuperar Vanessa acaba se interessando verdadeiramente por um culto (e tímido) professor de zoologia do museu de história natural de Londres. Ela inclusive o chama para um encontro e ambos acabam assistindo a uma sessão primitiva de cinema onde o personagem Nemo, de Julio Verne, é a grande estrela. Tudo muito agradável, porém Vanessa, embora enamorada, já começa a sentir os primeiros instintos de que algo não está certo. Por fim o casal formado por Dorian Gray e sua musa salvam uma jovem de um evento brutal e insano onde um bando de ricaços pagam para ver a morte real de uma pessoa inocente. Claro que Gray e sua querida dama acabam matando todos os presentes. Mais um banho de sangue dentro da série, que nessa terceira temporada, ainda está tecendo todos os detalhes de um enredo que aos poucos vai se conectando. / Penny Dreadful 3.02 - Predators Far and Near (Estados Unidos, 2016) Direção: Damon Thomas / Roteiro: John Logan / Elenco: Reeve Carney, Timothy Dalton, Eva Green.

Penny Dreadful 3.03 - Good and Evil Braided Be
E segue a terceira temporada de "Penny Dreadful". Nesse episódio algumas cenas são mais do que interessantes. Vanessa Ives (Eva Green) continua encantada com o charmoso e elegante professor do museu de ciências naturais de Londres, sem nem ao menos desconfiar sobre sua real identidade. O sujeito é o próprio Drácula! Confesso que não gostei muito do ator Christian Camargo que foi escalado para esse papel. Não faz jus ao personagem mitológico. Há uma boa sequência na sala de espelhos de um parque de diversões antigos que me chegou a lembrar de Orson Welles, porém nada muito aprofundado. Já para os que gostam de cenas mais sangrentas há uma orgia celebrada por Dorian Gray (Reeve Carney) e suas súditas. Visceral, mas também impactante. No eixo central da trama também temos ainda a caça em busca de Ethan Chandler (Josh Hartnett). Ele está cruzando o velho oeste americano ao lado de uma das jovens bruxas (da temporada anterior). Apesar de bem realizadas essas cenas ainda não impressionaram muito e nem despontaram como era previsto. Anda me soando como encheção de linguiça. Espero sinceramente que melhorem. E por fim há a descoberta por parte de John Clare de sua antiga família. Com resquicios de mémorias, antes de se tornar a criatura do Dr. Victor Frankenstein, ele finalmente reencontra sua esposa e filho. Essa linha narrativa com certeza promete. / Penny Dreadful 3.03 - Good and Evil Braided Be (Estados Unidos, 2016) Direção: Damon Thomas / Roteiro: John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green, Josh Hartnett.

Penny Dreadful 3.04 - A Blade of Grass  
Em se tratando de "Penny Dreadful" você nunca estará totalmente surpreendido, pois surpresas podem surgir a cada episódio. Veja o caso desse quarto episódio da terceira temporada. Ele é todo passado dentro de um cela de manicômio. É lá que está Vanessa Ives (Eva Green), ou melhor dizendo, é lá que está a mente dela. Ives resolve radicalizar em sua terapia e se submete a uma sessão de hipnose. Isso a leva para os dias em que estava completamente enlouquecida, internada em um hospício. A partir daí, dentro dessa cela com paredes acolchoadas para evitar tentativas de se matar, ela começa a surtar, tendo alucinações, misturando delírio com realidade. Ótimo roteiro, até com toques teatrais. Em cena praticamente temos apenas três atores. Em um primeiro plano Eva Green e Patti LuPone, na sessão de hipnose, e no segundo encontramos Green e Rory Kinnear (como o funcionário da instituição psiquiátrica que lhe serve refeições). Quando Vanessa se recusa a se alimentar ele usa de meios violentos para que ela não morra de inanição e fome. E no roteiro temos um aspecto curioso, com o surgimento do próprio anjo caído e do senhor das criaturas da noite, tentando dominar a alma de Vanessa Ives, que para eles tem um enorme valor espiritual. Quem vencerá esse duelo sobrenatural? Assista ao episódio para conferir. Enfim, um dos melhores episódios dessa temporada, algo pesada, nada sutil ou leve, mas tudo muito bem realizado e interpretado. Excelente. / Penny Dreadful 3.04 - A Blade of Grass (Estados Unidos, 2016) Direção: Toa Fraser / Roteiro: John Logan / Elenco: Eva Green, Timothy Dalton, Rory Kinnear, Patti LuPone, Harry Treadaway, Josh Hartnett / Estúdio: Showtime Networks.

Penny Dreadful 3.09 - The Blessed Dark
A série se encerra aqui, nesse episódio. Três temporadas apenas e nada mais. Os produtores tiveram o bom senso de não saturar o programa, alongando temporada após temporada, apenas para faturar em cima de uma boa audiência. O fato é que algumas tramas não necessitam de muitas e infindáveis temporadas para serem contadas. É melhor ser preciso e eficiente, indo direto ao ponto. De maneira em geral "Penny Dreadful" manteve essa linha, com ótima produção, temporadas pequenas, excelentes roteiros e efeitos especiais que ajudaram a contar o enredo, não tomando o protagonismo. Nesse último episódio temos como destaque (não poderia ser diferente) o foco na personagem Vanessa Ives (Eva Green). Durante toda a série ela transitou entre a luz e as sombras e aqui finalmente encontrou seu destino final. Gostei da resolução, onde a trama ficou sem pontas soltas. Sem dúvida essa série foi acima da média, mantendo ótima qualidade em seus episódios, do primeiro ao último. Uma série de fato primorosa em aspectos técnicos e artísticos. / Penny Dreadful 3.09 - The Blessed Dark (Estados Unidos, 2016) Direção: Paco Cabezas / Roteiro: John Logan / Elenco: Eva Green, Timothy Dalton, Harry Treadaway, Josh Hartnett.

Pablo Aluisio.

Penny Dreadful - Segunda Temporada

Penny Dreadful 2.01 - Fresh Hell
Temporada nova, novo arco narrativo. Logo nesse primeiro episódio os monstros que irão surgir são apresentados. São Necromantes, mais popularmente conhecidas como bruxas. O curioso é que o design das criaturas segue bem parecido com os vampiros da primeira temporada, sem pelos no corpo, brancas como a neve e com sede de sangue (não necessariamente nessa ordem). Pode ser uma boa ideia, mas ainda é cedo para avaliar. A primeira cena resume tudo o que está por vir. Vanessa Ives (Eva Green) e Ethan Chandler (Josh Hartnett) estão retornando para a casa durante a madrugada quando são atacados. Durante a fúria do ataque Vanessa começa a falar um idioma desconhecido, que depois descobre-se ser a linguagem dos seres sombrios que habitam a escuridão espiritual. Ótima sequência por sinal. Enquanto ela tenta destruir monstros reais e imaginários, Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) enterra sua querida filha Mina. No cemitério encontra sua ex-esposa e o diálogo é pontuado por ódio, raiva e frustração. Ele fica abalado, mas pronto para retornar a Londres onde pretende enfrentar a nova ameaça que se vislumbra no horizonte. Por fim e não menos importante, nesse episódio o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) resolve atender o pedido de sua criatura e revive uma jovem recentemente falecida (alguém aí lembrou do clássico do terror "A Noiva de Frankenstein" de 1935?). Pois é, os roteiristas dessa série manjam mesmo do universo pop de terror... / Penny Dreadful 2.01 - Fresh Hell (EUA, 2015) Direção: James Hawes / Roteiro: John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green, Harry Treadaway, Josh Hartnett.

Penny Dreadful 2.02 - Verbis Diablo
Depois dos ataques das criaturas necromantes no episódio anterior a equipe liderada por Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) vai atrás de velhos registros arqueológicos para decifrar o Verbis Diablo, uma língua morta, tão velha como o Aramaico falado por Jesus. Lendas antigas afirmam que seria a própria linguagem do anjo caído, Lúcifer, assassino e mentiroso desde o começo dos tempos. O que eles não sabem é que o estranho e afetado Dr. Ferdinand Lyle (Simon Russell Beale), especialista em línguas mortas, está na verdade fazendo o jogo do inimigo. Na outra linha narrativa o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) interage pela primeira vez com sua nova criatura, uma espécie de companheira que ele trouxe do mundo dos mortos para fazer parte da vida de John Clare (Rory Kinnear). Para sua surpresa ela apresenta boa capacidade cognitiva, revelando ter inteligência acima do que era esperado. Para despistar seu passado Victor lhe diz que ela é sua prima, que perdeu sua memória em um acidente e que ele irá lhe ajudar em todo esse processo de recuperação. Aqui temos também o primeiro encontro entre Vanessa Ives (Eva Green) e a criatura do Dr. Frankenstein. Tudo se passa em um abrigo para doentes de cólera. Ives, quem diria, acaba tendo um ótimo diálogo com ele, onde questões de teologia envolvendo paganismo e religião se tornam a tônica da conversa. Finalizando o episódio temos uma das cenas mais chocantes da série até o momento. Algo que não indico para pessoas com estômago fraco. Uma das necromantes cerca um casal em um vagão de trem de Londres. Os pais são mortos e o bebezinho raptado, tudo com o objetivo de usá-lo em rituais de magia negra. Uma violência chocante, não recomendada para pessoas impressionáveis. Pois é, "Penny Dreadful" a cada dia vai ficando cada vez mais perturbadora. / Penny Dreadful 2.02 - Verbis Diablo (EUA, Inglaterra, 2015) Direção: James Hawes / Roteiro: John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green, Harry Treadaway, Simon Russell Beale.

Penny Dreadful 2.03 - The Nightcomers
Mais um ótimo episódio dessa série que nesse nicho de terror e suspense é o que há de melhor na TV americana atualmente. Como se viu nos primeiros episódios dessa segunda temporada o foco todo se mira em uma irmandade de necromantes (bruxas). Aqui os roteiristas aproveitaram para explicar em um longo flashback a ligação existente entre Vanessa Ives (Eva Green) e as vilãs. Assim o espectador é levado para o passado quando Vanessa vai até um lugar remoto e isolado em busca de respostas. Ela viaja até uma casa isolada bem no meio da floresta onde vive uma necromante chamada Joan Clayton (Patti LuPone). Ela está lá para descobrir porque sempre teve visões sombrias, algo que a vem perturbando desde que era uma criança. O encontro das duas é muito bem trabalhado e desenvolvido pelos roteiristas da série, resultando em ótimos diálogos e situações. Com esse episódio tudo vai ficando mais claro, valorizando ainda mais a linha narrativa adotada pela série nessa segunda temporada. Também é mais uma ótima oportunidade para Eva Green brilhar mais uma vez com seu talento, uma vez que o episódio é todo centrado em sua personagem. Ótima direção de arte e fotografia com direito a um final realmente assustador ao velho estilo da inquisição protestante e sua famigerada caça às bruxas. / Penny Dreadful 2.03 - The Nightcomers (EUA, 2014) Direção: Brian Kirk / Roteiro: John Logan / Elenco: Eva Green, Patti LuPone, Helen McCrory.

Penny Dreadful 2.04 - Evil Spirits in Heavenly Places
Se existe uma série que vale muito a pena assistir essa é a da Penny Maldita. Os roteiros são ótimos e a direção de arte é de encher os olhos do espectador. Nesse episódio Penny (ou melhor dizendo, Vanessa) e seu grupo continuam tentando desvendar a mensagem que está espalhada em um grupo de artefatos que pertenceram a um monge no passado. Ao que tudo indica esse religioso acabou sendo possuído por entidades demoníacas que acabaram escrevendo uma verdadeira autobiografia do anjo caído, sim, o próprio Satã! Mas isso é o de menos. Há toda uma complexa rede de bruxas tentando destruir todos eles. Esse episódio tem ótimos efeitos digitais, principalmente na camuflagem delas em relação às paredes da casa de Vanessa Ives (Eva Green). Elas querem acabar com todos os que podem se tornar uma ameaça para sua comunidade de necromantes imundas. E para isso vale tudo, até armadilhas vis. Ethan Chandler (Josh Hartnett) acaba caindo numa delas. Uma das filhas do diabo o engana, se fazendo passar por donzela em apuros. Ela arma uma situação em que quase morre atropelada por uma carruagem. Tudo um mero ardil para que Ethan se aproxime dela e a conheça. No fundo não passa de mais uma besta das fossas infernais. E em uma breve linha narrativa o eternamente jovial Dorian Gray (Reeve Carney) resolve passear com sua nova paixão por Londres, uma travesti. Eles saem e vão jogar ping pong, uma atração exótica da capital inglesa. Achou esquisito e bizarro? Bem-vindo ao mundo de Penny Dreadful! / Penny Dreadful 2.04 - Evil Spirits in Heavenly Places (EUA, 2015) Direção: Damon Thomas / Roteiro: John Logan / Elenco: Reeve Carney, Timothy Dalton, Eva Green.

Penny Dreadful 2.08 - Memento Mori
Um dos melhores episódios da série, com ótimas escolhas em termos de narração e diálogos. É o momento crucial para vários personagens, inclusive para Lily (Billie Piper), que mata pela primeira vez e parece extasiada com a experiência. Dorian Gray (Reeve Carney), por sua vez, tem o seu grande segredo revelado. Para quem não conhece Gray da literatura ele foi um personagem criado pelo maravilhoso escritor Oscar Wilde em seu livro "Picture of Dorian Gray". Ele era um dândi do século XIX que parecia nunca envelhecer. Ao invés dele pagar o preço pelos anos vividos, um quadro escondido em seus aposentos ia revelando a decrepitude de sua velhice e as marcas físicas de sua falta de caráter, além da moralidade inexistente. Na série, Gray, já farto de todos os excessos, acaba tendo um romance com um travesti. Esse, por mero acaso, acaba encontrando o infame quadro o que sela seu destino para sempre. A taça caindo ao chão, se fazendo em pedaços, é apenas uma representação do final de sua própria existência lasciva. Agora, o grande momento do episódio vem com Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton). Além de ser revelado a ele a mensagem de todos aqueles artefatos de bruxaria e magia, ele ainda tem um reencontro com seus familiares queridos, sua esposa, seu filho e sua amada filha, Mina. Ele os encontra em uma espécie de transe. A boa notícia é que todos eles estão lá, para lhe abraçar. A má notícia é que eles também estão mortos... / Penny Dreadful 2.08 - Memento Mori (EUA, 2015) Direção: Kari Skogland / Roteiro: John Logan / Elenco: Reeve Carney, Timothy Dalton, Eva Green.

Penny Dreadful 2.10 - And They Were Enemies 
Esse foi o último episódio da segunda temporada. "Penny Dreadful" não é apenas uma bela produção, com excelentes roteiros, mas também uma série que explora muito bem esses personagens do terror clássico. Nesse episódio final Vanessa Ives (Eva Green, cada vez mais intensa) acaba encontrando o próprio anjo caído. Ele se utiliza de uma velha boneca voodu para que Vanessa o adore (e perca sua alma em troca de uma vida normal, feliz, com filhos e marido!). O confronto - mais psicológico do que propriamente físico - rende uma das melhores sequências da série. O curioso é que quando esse episódio foi filmado ainda não se sabia ao certo se a série teria uma terceira temporada, assim tudo vai caminhando para um desfecho conclusivo e final para praticamente todos os personagens. Uma coisa boa de "Penny Dreadful" é que a série vai renovando os ciclos narrativos a cada nova temporada, mantendo porém os mesmos personagens. Assim vamos chegando no clímax para cada um deles. A criatura (que usa o nome de John Clare, interpretado pelo bom ator Rory Kinnear) consegue finalmente escapar do dono do museu de cera que o queria explorar como uma aberração viva para os visitantes. O Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) e Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) acabam caindo em uma verdadeira armadilha psicológica, alucinando com seus próprios fantasmas do passado. Como se isso não fosse o bastante o dândi Dorian Gray (Reeve Carney) acaba encontrando a companheira ideal para sua eterna vida de decadência moral. Tudo muito bem realizado e de bom gosto. / Penny Dreadful 2.10 - And They Were Enemies (Estados Unidos, 2015) Direção: Brian Kirk / Roteiro: John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green, Harry Treadaway, Rory Kinnear.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Penny Dreadful - Primeira Temporada

Penny Dreadful 1.01 - Night Work
Havia recebido poucas referências, mas mesmo assim comecei a assistir a essa nova série. Existem seriados que você descobre logo no episódio piloto que vem coisa boa por aí. Bastaram pouco mais de dez minutos para que eu compreendesse que estava na presença de algo realizado com muita qualidade, tanto em termos de atuação como de produção. Sem exageros, essa série tem um nível que coloca muitos filmes por aí no chinelo. Coisa fina, com ótimos figurinos, direção de arte primorosa e roteiro muito bem articulado, valorizando cada minuto de suspense. Na trama um lorde inglês, antigo aventureiro, resolve reunir um grupo de especialistas ao redor com o objetivo de encontrar sua jovem filha desaparecida. Detalhe mais do que importante: ela foi levada por criaturas da noite, isso mesmo, vampiros! Sujos, imundos, vivendo nos morgues putrefatos de uma Londres escura e sombria. As citações com os grandes clássicos do terror estão em toda parte, principalmente envolvendo os monstros clássicos da Universal em seus bons tempos. Some-se a isso um show de maquiagem e efeitos e você terá um produto raro em mãos. Vale destacar por fim a presença do ex-James Bond Timothy Dalton como Sir Malcolm Murray, mostrando o grande ator que sempre foi. Em suma, para apreciadores de séries de terror e suspense esse "Penny Dreadful" é de fato um prato gourmet, não vá perder. / Penny Dreadful 1.01 - Night Work (EUA, 2014) Direção: J.A. Bayona / Roteiro: John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green,  Olivia Llewellyn.

Penny Dreadful 1.02 - Séance
Segundo episódio da série "Penny Dreadful". Como já havia ficado mais ou menos claro no episódio piloto, aqui também temos uma verdadeira reunião de personagens clássicos do universo dos filmes de terror, principalmente dos chamados monstros clássicos da Universal. Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) é certamente um deles. Ele aqui começa a ensinar as primeiras e rudimentares regras de etiqueta social para sua criatura, que diga-se de passagem não se parece em nada com o que você já viu no cinema antes. No fundo é apenas um homem como outro qualquer, que traz resquícios da memória de seu passado antes de retornar à vida através das experiências de Frankenstein! Um dos destaques absolutos desse episódio é a cena de possessão demoníaca protagonizado pela personagem Vanessa Ives (interpretada pela excelente atriz Eva Green). Ela resolve participar de uma sessão de invocação aos mortos, mas a coisa sai do controle e surge uma entidade maligna e poderosa das profundezas do inferno. Green mostra porque é considerada uma das mais talentosas atrizes de sua geração. A cena além de ser poderosa do ponto de vista físico, também é muito forte em termos de simbologia. Por fim, para coroar uma série que cada vez mais tem me agradado, surge finalmente em cena o famoso personagem da literatura criado por Oscar Wilde, o Dorian Gray (Reeve Carney). Ele é um dândi vitoriano que consegue atingir a beleza e a jovialidade eternas, enquanto um quadro pintado com sua imagem vai se desgastando com o tempo, sofrendo e materializando todas as suas mazelas comportamentais e completa ausência de ética moral. De certa forma ele era a personificação da decadência de costumes da Inglaterra vitoriana de Oscar Wilde. Uma grande aquisição a uma já farta galeria de personagens clássicos que desfilam nessa série do Showtime. / Penny Dreadful 1.02 - Séance (EUA, 2014) Direção: J.A. Bayona / Roteiro: John Logan / Elenco: Reeve Carney, Timothy Dalton, Eva Green.

Penny Dreadful 1.03 - Resurrection
Pelo andar da carruagem em breve teremos a ilustríssima presença do Conde Drácula na série. Um sinal disso encontramos aqui nesse episódio quando Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) encurrala um vampiro vassalo no Zoológico de Londres. A criatura é uma bestial referência ao estado em que se encontra, rastejando pelas sombras, procurando por pequenos animais para saciar sua imensa sede de sangue fresco e quente. Ele cita seu mestre e afirma que ele está em todos os lugares, em cada canto escuro da cidade. O nome Drácula não vem à tona, porém como a série tem trazido os chamados monstros clássicos da literatura e cinema não tardará para que as presas do famoso Conde surjam em cena, mais cedo ou mais tarde. Na outra linha narrativa o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) é surpreendido pela chegada de sua primeira criatura, o monstro original. Para sua surpresa encontra um indivíduo que apesar da sua aparência grotesca apresenta muita eloquência e inteligência no modo de pensar e expor seus mais íntimos pensamentos. O episódio de forma em geral gira praticamente todo em torno de suas lembranças, pois ele começa a contar para seu criador tudo o que lhe aconteceu após ser abandonado à própria sorte. Depois de ser espancada em uma rua escura da capital inglesa por causa de sua aparência assustadora e repugnante, ele finalmente encontra alguém disposto a lhe ajudar, um veterano ator de teatro que o leva para trabalhar em sua companhia teatral, especializada em peças de terror e suspense. Lá acaba desenvolvendo o gosto pelas artes e pela poesia, mostrando um lado surpreendente para uma criatura forjada e criada em cima de restos mortais de cadáveres insepultos! Um belo episódio da série que capta o melhor da essência do personagem originalmente criado nas páginas escritas pela imortal Mary Shelley. / Penny Dreadful 1.03 - Resurrection (EUA, 2014) Direção: Dearbhla Walsh / Roteiro: John Logan / Elenco: Reeve Carney, Timothy Dalton, Eva Green.

Penny Dreadful 1.05 - Closer Than Sisters
Essa série tem se firmado cada vez mais como uma das melhores coisas atualmente em exibição na TV. Com ótimos roteiros e direção de arte digna de grandes filmes, "Penny Dreadful" tem se tornado um prato cheio para os fãs do terror mais tradicional. Como já escrevi antes a proposta é reunir personagens famosos da literatura e do cinema em uma só trama, assim verdadeiros clássicos do gênero são reunidos de uma só vez numa nova história original criada pelo roteirista John Logan. Nesse episódio conhecemos o passado da amizade entre Vanessa Ives (Eva Green) e Mina Harker (Olivia Llewellyn). Essa última você já conhece pois veio diretamente do romance Drácula, escrito pelo mestre Bram Stoker. Pois bem, o episódio é um longo flashback. Mina está desaparecida e Vanessa lhe escreve uma longa carta relembrando seu passado ao seu lado. Assim o espectador volta ao tempo para presenciar o começo da amizade delas, quando ainda eram crianças. Depois, ao chegarem na adolescência, começam os conflitos impulsionados pela natural fase passional em que vivem, principalmente depois que Vanessa resolve roubar o grande amor de Mina. Depois dessa traição não há mais volta. As duas rompem, embora se gostassem além do normal. Com o fim da aproximação daquela que era considerada praticamente uma irmã, Vanessa entra em colapso mental. Apresentando sintomas clássicos de possessão demoníaca ela acaba indo parar em um manicômio, daqueles bem sinistros, típicos do século XIX. Sua vida assim é literalmente jogada no fundo de um poço frio e escuro, sem esperanças. Esse é um grande episódio que procura valorizar mais o drama do que propriamente o terror. Já cansei de elogiar o trabalho da atriz Eva Green, mas sempre é bom destacar sua brilhante atuação mais uma vez. Eva tem um olhar marcante e seus traços característicos casam perfeitamente com seu papel. Um desempenho realmente excepcional. / Penny Dreadful 1.05 - Closer Than Sisters (EUA, 2014) Direção: Coky Giedroyc / Roteiro: John Logan / Elenco: Eva Green, Timothy Dalton, Olivia Llewellyn.

Penny Dreadful 1.06 - What Death Can Join Together 
Outra série essencial nos dias de hoje, ainda mais se você é fã incondicional de filmes de terror como esse que lhe escreve. A premissa é muito boa: reunir uma só série todos os grandes personagens clássicos da literatura de horror. Tudo levado em um tom de seriedade e drama que é raro nesse tipo de produção. Nesse episódio a sombria Vanessa Ives (Eva Green) acaba sendo seduzida e cortejada pelo galante Sr. Dorian Gray (Reeve Carney). Esse personagem foi imortalizado na obra de Oscar Wilde. Ele é um dândi romântico inglês que faz um pacto com forças malignas para jamais perder o frescor da sua juventude. Ao invés de envelhecer fisicamente, uma velha pintura escondida em seu porão vai recebendo as marcas do tempo, enquanto ele sempre surge belo e jovem. Envolto em um mundo de sedução e decadência ela vai destruindo sua própria alma em um oceano de luxúria. Aqui Vanessa acaba caindo em seus jogos de sedução o que abre margem a muita sensualidade e erotismo, algo que definitivamente não é muito comum em se tratando de "Penny Dreadful". Enquanto Ives se farta nos lençóis de Gray, Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) descobre uma boa pista sobre o paradeiro de sua filha desaparecida Mina. Ela pode estar em um navio isolado em quarentena no porto de Londres. A embarcação foi impedida de atracar no caís após se constatar que a maioria dos marinheiros estavam mortos. Supostamente uma peste teria se espalhado entre a tripulação. Para Murray isso poderia ser um sinal de que criaturas da noite estariam naquele barco. Ao lado de apenas dois seguranças ele vai até lá, o que abre margem a uma das melhores cenas de toda a série. Por fim e não menos importante, esse episódio mostra um encontro mais do que interessante entre o Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway) e o Professor Abraham Van Helsing (David Warner), ambos personagens mais do que clássicos da literatura de horror. Helsing revela a Victor que o mundo está prestes a ser assolado por uma praga de proporções inéditas, provocada por estranhas criaturas sedentas de sangue, os vampiros. Para quem sempre curtiu esse universo não poderia haver nada mais interessante. Pena que os roteiristas tenham se precipitado um pouco demais com a conclusão dessa cena. Faltou um pouco mais de bom senso com os rumos que a série poderia tomar dali para frente. Não faz mal, "Penny Dreadful" é realmente muito boa naquilo que se propõe. Um programa imperdível. / Penny Dreadful 1.06 - What Death Can Join Together (EUA, 2014) Direção: Coky Giedroyc / Roteiro: John Logan / Elenco: Timothy Dalton, Eva Green, Harry Treadaway, Reeve Carney, David Warner.

Penny Dreadful 1.07 - Possession
Na era vitoriana da Inglaterra do século XIX se tornou muito popular um tipo de literatura de bolso que trazia velhas histórias de terror. Eram edições baratas, simples, vendidas a preços promocionais. Logo se tornaram extremamente populares entre a classe trabalhadora. Popularmente esse tipo de livro passou a ser conhecido como Penny Dreadful. Vem daí a inspiração para o título dessa excelente série do canal Showtime. Eu sempre gostei de filmes de terror em geral e por essa razão tenho uma preferência natural por esse seriado. As referências são muitas e cada episódio é uma surpresa nesse aspecto. Esse aqui chamado "Possession" (Possessão) eu indicaria especialmente para quem é fã do cultuado clássico do horror "O Exorcista", aquele que para muitos é o maior e melhor filme de terror de todos os tempos (opinião com a qual aliás concordo plenamente). No final do episódio anterior Vanessa Ives (Eva Green) acabava ficando possuída por um espírito imundo após uma noite de prazer e luxúria na cama do dândi Dorian Gray (Reeve Carney). Pois bem, de lá para cá as coisas só pioraram. Ela fica completamente enlouquecida, subindo literalmente pelas paredes. Além disso começa a falar em línguas desconhecidas, descobrindo e revelando os piores segredos de todos aqueles que tentam de alguma forma lhe ajudar. Nem a presença de um padre parece conter as manifestações sobrenaturais sobre ela. O destaque vai mais uma vez para a atriz Eva Green que considero extremamente talentosa. Dona de um rosto marcante, expressivo, ela aqui demonstra excepcionalmente bem como uma atuação física consegue impressionar o espectador. Ótimo episódio, muito recomendado para quem gosta de histórias de exorcismos e possessões demoníacas. Afinal de contas um pouco de sombras não faz mal a ninguém. / Penny Dreadful 1.07 - Possession (EUA, 2014) Direção: James Hawes / Roteiro: John Logan / Elenco: Reeve Carney, Timothy Dalton, Eva Green.

Penny Dreadful 1.08 - Grand Guignol
Episódio final da primeira temporada. Essa fusão de vários personagens famosos da literatura e cinema de terror se mostrou realmente excelente. A série que começou um pouco dispersa só foi melhorando com o passar da temporada. Os melhores episódios foram aqueles em que se procurou ir fundo nas motivações psicológicas e emocionais dos principais personagens. Nesse último episódio Vanessa Ives (em excelente interpretação da talentosa atriz Eva Green) pressente que Mina (Olivia Llewellyn) esteja escondida em um velho teatro vitoriano da capital inglesa. Mina Harker, como você já deve saber, é uma das principais figuras do livro original "Drácula" de Bram Stoker e tal como na literatura ela está também sob dominação dessa figura mitológica do universo de terror. Seu pai, o aventureiro e explorador Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton), resolve então ir atrás dela com sua equipe. O confronto com esse verdadeiro ninho de vampiros que se esconde no local dá origem a uma das melhores sequências de toda a série. Como tramas paralelas ainda acompanhamos a profunda crise existencial que se abate sobre a criatura criada pelo Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadaway). Mesmo sendo produto de uma experiência macabra ele demonstra ter sentimentos e alma, algo que intriga seu criador. Por fim o episódio ainda explora a caçada que é realizada para levar Ethan Chandler (Josh Hartnett) de volta aos Estados Unidos. Seu pai acaba contratando dois agentes da Agência Nacional de Detetives Pinkerton (muito conhecida no século XIX) para levar Ethan de volta. O que eles não contavam era o fato de que Chandler na verdade esconde um segredo completamente sinistro sobre si mesmo (o que no fundo servirá para introduzir mais um monstro clássico na série). Enfim, "Penny Dreadful" é divertido, nostálgico, muito bem produzido, magistralmente atuado e com ótimas soluções de roteiro. Se você é um fã do universo dos livros e filmes de terror não pode perder. / Penny Dreadful 1.08 - Grand Guignol (EUA, 2014) Direção: James Hawes / Roteiro: John Logan / Elenco:  Timothy Dalton, Eva Green, Josh Hartnett, Olivia Llewellyn.

Pablo Aluísio.

FBI

FBI 1.01 - Pilot
A atriz Missy Peregrym (de "Rookie Blue") está de volta numa nova série policial. Pelo título já deu para entender. Ela interpreta uma agente do FBI trabalhando em Nova Iorque. No primeiro episódio um atentado a bomba coloca abaixo um pequeno prédio de um bairro de periferia dominada por gangues rivais, a grande maioria delas formada por jovens negros sem perspectivas de vida. Algo até comum. O que não é comum é o uso de uma bomba daquela potência. A investigação vai seguindo em frente e após uma segunda explosão eles acabam achando uma ligação envolvendo um famoso líder de supremacistas brancos. Que ligação seria possível entre um grupo de ideologia nazista com gangues negras de criminosos? Improvável? O roteiro acaba dando um jeito. A cena final acontece em um fórum de minorias. Todos precisam ser evacuados antes que tudo vá pelos ares com uma outra explosão. Foi um episódio inaugural apenas OK. A produção em certos momentos deixa a desejar, principalmente nos efeitos especiais envolvendo explosões, mas no geral fica na média das séries policiais americanas. Só esse roteiro, calcado muito na polaridade que anda forte dentro da sociedade americana, vai incomodar um pouco, mas nada demais. Dá para assistir numa boa. / FBI 1.01 - Pilot (Estados Unidos, 2018) Estúdio: CBS Television Studios / Direção: Niels Arden Oplev / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel, Dallas Roberts, Connie Nielsen, Mac Brandt.

FBI 1.02 - Green Birds
Segundo episódio dessa nova série policial. A agente Maggie Bell (Missy Peregrym) e seu parceiro passam a investigar um estranho caso de envenenamento. Várias pessoas morrem após suas refeições em um restaurante da cidade. As investigações acabam levando a um grupo estrangeiro que alicia garotas americanas para cometerem atos terroristas em nome de uma visão fundamentalista e radical do Islã. O alvo são meninas com baixa autoestima, que sofrem bullying na escola. Será que algo assim poderia acontecer na vida real? Tenho minhas dúvidas, porém no mundo em que vivemos nada é realmente impossível. Bom episódio que explora a guerra contra o terrorismo dentro das fronteiras americanas de uma maneira bem diferente, original. Enfim, mantém o interesse da primeira à última cena. / FBI 1.02 - Green Birds (Estados Unidos, 2018) Direção: Nick Gomez / Roteiro:  Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.03 - Prey
Mais um episódio que explora um tipo de crime que tem se tornado cada vez mais comum: o tráfico de pessoas. No enredo um grupo de garotas ucranianas é levada de forma ilegal até os Estados Unidos. Uma vez lá começam a sofrer todos os tipos de extorsões para se prostituir. E quando começam a apresentar algum tipo de problema  para a quadrilha que as traficou, logo são mortas e enterradas de forma clandestina em um bosque. A agente Maggie Bell (Missy Peregrym) e sua equipe vão desfiando o fio da meada até descobrir essa trágica realidade. No geral gostei bastante desse terceiro episódio da série. Talvez o roteiro pudesse ser melhor desenvolvido em dois episódios interligados, porém da forma como foi apresentado não ficou ruim. É um tema que inclusive pode se tornar bem recorrente na série uma vez que no mundo real o FBI tem se deparado cada vez mais com casos como esse. / FBI 1.03 - Prey (Estados Unidos, 2018) Direção: Norberto Barba / Roteiro:  Dick Wolf, Craig Turk / Elenco:  Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.04 - Crossfire
Um veterano de guerra em um momento péssimo da vida resolve se vingar da sociedade. Após a morte da esposa e de ter perdido seu emprego, ele resolve subir até o alto de um prédio para fazer tiro ao alvo com seu rifle nas pessoas que andam calmamente pelas ruas da cidade. Uma tragédia, que inclusive já aconteceu na vida real, na década de 1960, quando um veterano da guerra do Vietnã, completamente enlouquecido, subiu na torre de uma universidade e saiu matando a esmo. O roteiro desse episódio adaptou essa triste história do FBI para os dias de hoje. O resultado ficou muito bom com um clímax ocorrendo no alto da torre de uma igreja, lembrando em muito o fato histórico real. Seguramente um dos melhores episódios dessa primeira temporada. / FBI 1.04 - Crossfire (Estados Unidos, 2018) Direção: Arthur W. Forney / Roteiro:  Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.07 - Cops and Robbers
Um carro forte é roubado. Os criminosos se disfarçam de policiais e enganam os funcionários da empresa de transporte de valores. Durante as investigações os agentes do FBI descobrem a origem do carro que foi usado no roubo. Pertence a um homem, cujo irmão já tinha ficha criminal. E a partir daí, como um castelo de cartas, um a um dos membros da quadrilha começam a cair. Um deles é um veterano de guerra, um ex-soldado com problemas psicológicos, algo que sensibiliza o agente Omar Adom 'OA' Zidan. O problema é que ele acaba perdendo assim a racionalidade e a objetividade necessário para agir, colocando em risco até mesmo a segurança e a vida de sua parceira, a agente Maggie Bell. / FBI 1.07 - Cops and Robbers (Estados Unidos, 2018) Direção: Jean de Segonzac / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.08 - This Land Is Your Land
Um químico russo é sequestrado bem ao lado do consulado russo em Nova Iorque. Ele havia participado da guerra química (suja) que foi usada contra os sírios em sua guerra civil. Inicialmente o FBI pensa que ele foi levado pelos próprios russos pois o sujeito tinha intenção de publicar um livro contando tudo. Porém quando as investigações avançam a agente Maggie Bell (Missy Peregrym) descobre que os verdadeiros autores do crime fazem parte de um grupo radical e fanático de extrema-direita que não reconhece o governo americano como legítimo. Eles querem usar o químico russo em um grande atentado em solo americano. / FBI 1.08 - This Land Is Your Land (Estados Unidos, 2018) Direção: Charlotte Brändström / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco:  Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.09 - Compromised
Velho problema. Ocorre quando pessoas que fazem parte do serviço de proteção às testemunhas são encontradas pelos criminosos que querem matá-las. O episódio acontece justamente quando uma testemunha importante em um caso de condenação de um criminoso de um cartel mexicano de tráfico de drogas é assassinada. O que aconteceu? Quem vazou sua nova identidade e sua localização para os traficantes? Para piorar a situação tudo leva a crer que um delegado federal estaria envolvido nos vazamentos, na venda dos nomes das listas onde estavam localizadas as testemunhas que deveriam ser protegidas justamente por quem as estavam comprometendo. Um caso, claro, feito para o FBI desvendar. / FBI 1.09 - Compromised (Estados Unidos, 2018) Direção: Edward Ornelas / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco:  Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.10 - The Armorer's Faith
Nesse episódio o agente do FBI OA Zidan precisa se infiltrar numa negociação envolvendo tráfico de armas. E não são armas comuns. São 50 armamentos do tipo míssil anti-tanque. Armamento pesado, que muito provavelmente vai parar nas mãos de um perigoso cartel mexicano que atua nos Estados Unidos. Trabalho perigoso, ainda mais sabendo-se que o negociador das armas original foi morto justamente quando subia em um avião na Inglaterra em direção à América. E para trabalhar ao seu lado OA precisa ainda lidar com um agente mais velho, que foi seu instrutor na academia. Alguém que nunca simpatizou com ele em nada. Uma relação mais do que complicada. / FBI 1.10 - The Armorer's Faith (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Rubio / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.11 - Identity Crisis 
Uma juíza e sua filha são mortas ao saírem do tribunal. As investigações apontam para uma boate exclusiva, que depois se descobre pertencer a um grupo de traficantes de drogas, inclusive com conexões os ligando a um violento cartel mexicano. Conforme as investigações avançam uma agente do FBI que trabalha infiltrada no lugar, chamada Gina, demonstra uma certa fragilidade em sua função de agente federal. Ora ela parece colaborar ocm o FBI, ora parece gostar mesmo do traficante que é um dos donos do estabelecimento. Jogo duplo, síndrome de Estocolmo. Uma verdadeira crise de identidade, como sugere o título original do episódio. / FBI 1.11 - Identity Crisis (Estados Unidos, 2019) Direção: Norberto Barba / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noelr.

FBI 1.12 - A New Dawn
Um figura influente da extrema direita dos Estados Unidos é assassinado. Um coquetel Molotov é jogado dentro do quarto onde ele se encontrava. Era um pregador do ódio, supremacista branco, canalha. Porém para o FBI o dever é descobrir quem teria matado ele. Assim começam as investigações e tudo vai parar em um campus da universidade de Chicago. Um grupo que se auto intitula "A New Dawn" parece estar por trás da morte. Formado por alunos inspirados em um professor radical de literatura brasileira (é sério, é isso mesmo!) que defende uma luta feroz contra fascistas em geral. Enfim, interessante episódio que mostra como a sociedade americana está politicamente polarizada (algo muito semelhante também acontece no Brasil). FBI 1.12 - A New Dawn (Estados Unidos, 2019) Direção: Terry Miller / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.13 - Partners in Crime  
Esse episódio se chama "Os Parceiros do Crime". E quem seriam esses parceiros? Um assaltante de bancos e lojas e duas garotas, raptadas por ele e mantidas em cativeira na sua casa. E tudo começa quando um assalto a um banco dá bem errado. Um velho policial estava no local e reage prontamente. Tiros são trocados, o veterano tira morre, mas a garota que estava ao lado do criminoso também é ferida com um tiro na perna. Depois da fuga, alguns dias depois, eles são cercados e fazem reféns. E aí a situação complica, fica tensa e perigosa. A agente especial do FBI Maggie Bell (Missy Peregrym) se disfarça de paramédica para entrar no estabelecimento comercial onde os reféns estão. A intenção é na primeira bobeada do sequestrador, mandar ele dessa para pior. Bom episódio, bem movimentado, com bastante ação e suspense. Quem gosta da série vai certamente curtir. / FBI 1.13 - Partners in Crime (Estados Unidos, 2019) Direção: Jean de Segonzac / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.14 - Exposed  
Um jornalista é assassinado em um parque público, durante á noite. No começo o FBI pensa ser um crime de ódio, causado por um hater de seu blog, porém depois descobre-se que há muita coisa por trás. Na realidade ele foi morto por um profissional, um assassino contratado. O jornalista havia descoberto um grande esquema envolvendo laboratórios chineses, drogas experimentais e mortes de pacientes. Por isso acabou sendo eliminado. Outro aspecto interessante desse episódio é que o lado pessoal da agente Maggie Bell é mais explorado. Acontece que seu marido foi assassinado anos antes e ao que tudo indica foi esse mesmo assassino que cometeu crime. Mas quem o pagou? Qual foi o motivo? Tudo fica no ar. / FBI 1.14 - Exposed (Estados Unidos, 2019) Direção: Norberto Barba / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk/ Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.15 - Scorched Earth  
Uma bomba é deixada em uma corretora de Wall Street. A executiva morre na explosão. Só que não acaba por aí. Outras bombas explodem. Um caso para o FBI. Após as investigações se descobre que há um forte suspeito, um executivo que foi demitido dessa mesma corretora. Sua carreira ficou arruinada. Só há um problema. Ele está em coma em um hospital, então não poderia ser ele. E de fato não era, mas sim seu filho, um jovem que quer vingança contra todos os que prejudicaram seu pai. Bom episódio, com direito a cena final com uma bomba prestes a explodir em um restaurante fino, frequentado por ricaços de Wall Street. / FBI 1.15 - Scorched Earth (Estados Unidos, 2019) Direção: Nick Gomez / Roteiro:  Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

FBI 1.16 - Invisible  
Uma garota é sequestrada. Uma menina inteligente, estudiosa, querida por todos. Quem poderia ter sequestrado ela? As investigações inicialmente apontam para um empregado do pai, mas esse no fundo era apenas um tolo, querendo se vingar de seu patrão. Os verdadeiros sequestradores são todos estudantes, jovens cheios de ódio, querendo a fama, mesmo que de forma completamente errada, ao estilo massacre de Columbine. Um deles acaba se matando, pulando de um prédio. Achar e prender o outro é que vai ser o grande desafio. Bom episódio, explorando o problema de jovens criminosos, um problema bem sério dentro da sociedade americana. / FBI 1.16 - Invisible (Estados Unidos, 2019) Direção: Charles S. Carroll / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel. 

FBI 1.17 - Apex 
Há um serial killer matando em Nova Iorque. Ele se auto intitula "Apex". Suas vítimas são todas mulheres, morenas, ali na faixa dos 20 anos. Ele usa um aplicativo de encontros para atrair as garotas. O pior é que conforme as investigações avançam, se descobre que o tal Apex é na verdade um herdeiro muito rico da cidade. Seus pais são donos de vários imóveis da cidade. E o prefeito, claro, quer abafar tudo, colocar tudo debaixo do tapete. É a velha corrupção que tenta livrar a cara dos muito ricos, algo que acontece no Brasil, mas que também acontece nos Estados Unidos, não se engane sobre isso! / FBI 1.17 - Apex (Estados Unidos, 2019) Direção: Jean de Segonzac / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel. 

FBI 1.18 - Most Wanted 
Para entrar na lista dos mais procurados do FBI o criminoso tem que realmente cometer um crime terrível. E isso o que faz o fugitivo desse episódio. Ele era um agente do departamento de imigração, tinha um bom emprego e tudo mais, porém surta durante uma noite e mata sua esposa e seus dois filhos pequenos. Um massacre. Depois disso foge e o FBI vai atrás em uma verdadeira caçada humana. O interessante desse episódio é que o principal agente nessa busca não é a agente Maggie Bell (Missy Peregrym), mas sim o agente do FBI Jess LaCroix (Julian McMahon). Penso que foi uma tentativa da série em diversificar melhor os personagens, o que sinceramente não seria uma má ideia, uma vez que na vida real o FBI tem milhares de agentes por todo o país. / FBI 1.18 - Most Wanted (Estados Unidos, 2019) Direção: Fred Berner / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Julian McMahon, Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel. 

FBI 1.19 - Conflict of Interest
Esse episódio se chama "conflito de interesses". E esse surge quando um suspeito é preso, acusado de ter participado do assassinato de um diplomata americano. Ele é um ex-viciado em drogas, um imigrante nigeriano, que tem justamente como padrinho um dos agentes do FBI envolvido no caso. Esse episódio tem o maior número de mortes de procurados de toda a série. Os agentes do FBI matam nesse episódio, isso é certo. Até a agente especial Maggie Bell (Missy Peregrym) mata um sujeito que se recusa a entregar sua arma em um beco de saída de uma boate da pesada. Em suma, os policiais do FBI nesse episódio em especial estão com as taxas de letalidade bem altas. / FBI 1.19 - Conflict of Interest (Estados Unidos, 2019) Direção: Christine Swanson / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk/ Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel. 

FBI 1.20 - What Lies Beneath
A dupla de agentes do FBI precisa proteger um importante membro do governo do Egito que se encontra nos Estados Unidos para um transplante do coração. Há um assassino profissional internacional à solta, que está justamente em perseguição a esse homem que eles precisam proteger. E esse Hitman é um sujeito que faz tudo para cumprir seus "contratos". Certa vez explodiu um avião inteiro para matar apenas um dos alvos. Nesse episódio ele planeja explodir todo um hospital para matar o homem pelo qual foi contratado. Um sério problema para o FBI resolver. / FBI 1.20 - What Lies Beneath (Estados Unidos, 2019) Direção: Vincent Misiano / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel. 

FBI 1.21 - Appearances  
Um agente do FBI é assassinado. Ele era casada uma agente da agência e isso, claro, acaba tornando tudo mais dramático. Conforme as investigações avançam se descobre que ele havia se encontrado com uma amante na noite do crime. inicialmente os agentes do FBI acreditavam que ele havia sido morto por causa de um traficante latino chamado Ramirez. As coisas vão avançando e ficando mais complexas, inclusive com o envolvimento de uma gangue de motoqueiros e um advogado rico e famoso. No final a agente Maggie Bell (Missy Peregrym) descobre que seu amado falecido Jason também tinha uma amante. E isso a deixa desnorteada. Bom episódio, o penúltimo dessa primeira temporada. / FBI 1.21 - Appearances  (Estados Unidos, 2019) Direção: Jean de Segonzac / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel. 

FBI 1.22 - Closure 
Esse é o último episódio dessa primeira temporada da série FBI. E o que acontece em seu final? Uma executiva do mercado financeira é raptada em plena luz do dia. O sequestrador é um Hitman, um matador de aluguel. A agente especial Maggie Bell (Missy Peregrym) e seu parceiro Omar Adom 'OA' Zidan (Zeeko Zaki) entram no caso. O problema é que eles depois descobrem o corpo dela jogada ao lado de latas de lixo. Pior do que isso, Maggie tem uma ligação pessoal com a vítima, pois foi amante de seu marido, antes dele ser assassinado. E as investigações acabam revelando uma perigosa ligação de uma empresa americana com um cartel mexicano de tráfico internacional de drogas. A executiva morta teria ligação com um esquema de lavagem de dinheiro para os criminosos do México. Bom episódio, que fecha muito bem essa primeira temporada. / FBI 1.22 - Closure (Estados Unidos, 2019) Direção: Nicole Rubio / Roteiro: Dick Wolf, Craig Turk / Elenco: Missy Peregrym, Zeeko Zaki, Ebonee Noel.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Bates Motel

A série "Bates Motel" foi exibida entre os anos de 2013 a 2017. No total houve cinco temporadas, com em média dez episódios em cada uma. A série surgiu com a pretensão de trazer o personagem Norman Bates que havia sido imortalizado nos filmes da franquia de cinema "Psicose" para a TV. Algo complicado, já que esses filmes, em especial o primeiro dirigido por Alfred Hitchcock, são considerados verdadeiros clássicos da sétima arte. Mesmo com esse peso enorme nas costas os produtores foram em frente e não decepcionaram nem o público e nem a crítica. "Bates Motel" é uma boa série, que acabou fazendo jus ao legado dos filmes.

Os roteiristas porém deslocaram um pouco o enredo no tempo. Aqui Norman Bates ainda é um jovem acompanhado sua mãe, Norma. Sim, ela está viva, ao contrário dos filmes para o cinema onde havia apenas seu corpo idolatrado pelo filho, um homem adulto com sérios problemas psicológicos. Uma das coisas que ajudaram a série foi a presença de uma boa dupla de protagonistas. Tanto Vera Farmiga (Norma) como Freddie Highmore (Norman) convenceram plenamente em seus personagens. Eles se encaixaram muito bem na proposta da série, cativando o público espectador, tanto que a atriz acabou na última temporada assumindo também a função de produtora executiva. Assim "Bates Motel" acabou sendo um sucesso até inesperado, acima das expectativas, chegando até mesmo a ter várias indicações ao Primetime Emmy Awards (o Oscar da TV americana). Foi mais do que merecido! Abaixo segue uma lista de episódios que comentei ao longo desses anos. 

Bates Motel 1.09 - Underwater
Outra série que estou atrasado mas que não vou largar - pelo menos por enquanto. "Bates Motel" continua mantendo o interesse embora eu tenha a opinião de que os roteiristas queimaram muito cedo as situações de terror e suspense que poderiam surgir. Já houve tantas mortes e assassinatos dentro do Motel em apenas nove episódios que fica complicado antecipar o que mais irá acontecer por lá! Como não poderia deixar de ser o grande destaque continua sendo a atriz Vera Farmiga! Em certos aspectos ela carrega a série nas costas. Nesse episódio em particular acabei tendo uma noção bem curiosa, a de que ela tem uns olhos maravilhosos. O diretor do episódio resolveu dar uns closes em seu rosto e assim pude perceber que ela tem lindos olhos azuis - profundamente azuis para ser mais exato! Maravilhosa mesmo! Estou animado com "Bates Motel" e seguirei em frente, acompanhando./ Bates Motel 1.09 - Underwater (Estados Unidos, 2013) Direção: Tucker Gates / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 1.10 - Midnight
Esse foi o último episódio da primeira temporada. Fazendo uma rápida análise confesso que gostei dessa série e irei continuar assistindo, muito embora tenha que reconhecer que não faz jus nem ao grande clássico de Alfred Hitchcock e nem muito menos às sequências cinematográficas (que são bem melhores do que muitos críticos dizem por aí). Uma das coisas que me incomodou em "Bates Motel" foi a escolha dos produtores em passar todo o enredo nos dias atuais. Isso tirou parte do charme da estória que conhecemos nos cinemas, afinal aquele motel de beira de estrada fica bem mais sinistro em preto e branco e com estilo vintage. Se a série fosse passada nos anos 1950 certamente teríamos uma obra de arte televisiva em mãos. Voltemos porém ao episódio. Aqui Norma Louise Bates (Vera Farmiga) está novamente em apuros. Ela precisa arranjar cem mil dólares para pagar um assassino, numa transação que ela nem mesmo sabe como surgiu na sua frente. O criminoso está convencido que ela tem o dinheiro, mas na verdade ela mal sabe do que se trata. Após denunciar o crime ao novo xerife esse lhe promete que resolverá tudo. Simples assim. Depois ela entenderá que ele de fato estava falando a mais pura verdade! Na outra linha narrativa o jovem Norman Bates (Freddie Highmore) resolve convidar sua amiga Emma Decody (Olivia Cooke), que é apaixonada por ele, para lhe acompanhar no baile da escola. Confesso que me lembrei de "Carrie a Estranha" por causa do clima de breguice desse tipo de festa, dos figurinos, cenários, etc. Outra coisa que me incomodou é saber o porquê dele não namorar com ela... É a tal coisa, muitas vezes na vida não percebemos que o amor pode estar bem na frente do nosso nariz e o deixamos escapar. Depois vem o arrependimento da oportunidade perdida. De uma forma ou outra o final é o melhor. Especialmente indicado para quem estava reclamando que "Bates Motel" tinha muito drama familiar e pouco sangue. Pois é, amigos fãs de séries, ele finalmente fez o que o tornou notório no mundo da cultura pop! É assistir para conferir o nascimento de um ícone do suspense. / Bates Motel - Midnight (EUA, 2013) Direção: Tucker Gates / Roteiro:  Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.01 - Gone But Not Forgotten

E começa a nova temporada de mais uma adaptação de personagem famoso do cinema para a telinha. A bola da vez é Norman Bates do clássico "Psicose". Pois bem, como todos sabemos aqui em "Bates Motel" ele não passa de um adolescente tímido e confuso, que tenta levar a vida em frente, mesmo após se apaixonar platonicamente pela linda e bonita Bradley Martin (Nicola Peltz). A questão é que a garota de seus sonhos agora está mais desnorteada do que ele. Após a morte de seu pai, ela finalmente recebe alta de uma instituição psiquiátrica e está de volta em casa. Enquanto isso Bates (Freddie Highmore) vai absorvendo seu primeiro assassinato, justamente o de sua própria professora que o seduziu no episódio final da primeira temporada. Apresentando sinais claros de perturbação, ele parece curtir muito fazer visitas periódicas ao túmulo de sua primeira vítima. Isso se torna tão estranho que logo sua mãe Norma Louise Bates (Vera Farmiga) começa a ficar realmente preocupada e desconfiada. Para piorar tudo, o comportamento bizarro de Bates também começa a chamar a atenção do xerife, que não tarda a pensar nele como um dos possíveis suspeitos do crime. Bom, se "Bates Motel" tinha pouca coisa a ver com o clima de opressão do filme original em sua temporada inicial, agora as coisas começam a ficar mais sombrias. Some-se a isso o fato de que uma nova rodovia está para ser construída e isso será um desastre completo para o motel. No geral, como sempre, a série não decai a ponto de pensarmos em deixar de acompanhar, embora ainda haja bastante coisa para melhorar. Vamos seguir em frente. / Bates Motel 2.01 - Gone But Not Forgotten (EUA, 2014) Direção: Tucker Gates / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.02 - Shadow of a Doubt
Bradley Martin (Nicola Peltz) acaba ficando escondida no porão de Norman Bates (Freddie Highmore), afinal ela matou um famoso produtor de maconha da região. Claro que um assassinato como esse acaba despertando uma verdadeira guerra entre as quadrilhas de traficantes, algo que o xerife não pode admitir. Todos acreditam que o crime foi um acerto de contas e nem desconfiam que o gatilho foi apertado por uma simples adolescente enfrentando uma grande crise existencial. Norman que sempre foi apaixonado platonicamente por ela lhe dá toda a cobertura e depois pede ao próprio irmão que a leve para pegar um ônibus para fora do estado. A intenção é recomeçar do zero, começar a viver uma nova vida em outro lugar, em uma realidade completamente diferente da que ela vinha vivendo até então. O curioso é que enquanto seus filhos vão se envolvendo em crimes, mortes e histórias mal contadas, Norma Bates (Vera Farmiga) parece viver em uma outra realidade. Ao ver casualmente um anúncio de testes para o musical South Pacific resolve tentar a sorte ao lado de Norman, que acha tudo meio fora de propósito, mas para não desapontar a mãe aceita acompanhá-la ao teatro. A audição acaba proporcionando um ótimo momento para a atriz Vera Farmiga na série pois ela canta e encanta os espectadores! Uma bela voz que vale por todo o episódio! / Bates Motel 2.02 - Shadow of a Doubt (EUA, 2014) Direção: Tucker Gates / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.04 - Check-Out
Essa boa série "Bates Motel" segue em frente. Nesse episódio surge o grande drama na vida de Dylan (Dylan Massett) quando ele descobre que é fruto não apenas de um estupro, mas também de um incesto! Sua mãe Norma Louise Bates (Vera Farmiga) havia sido violentada por anos e anos pelo próprio irmão! Assim aquele que ele considerava ser apenas seu tio camarada, um sujeito bacana, na realidade é um criminoso... e seu pai! Uma revelação terrível para qualquer pessoa. Enquanto a vida familiar de Dylan desmorona ao seu redor sob o peso de um passado avassalador, seu irmão Norman Bates (Freddie Highmore) tem seu primeiro surto psicótico, já relevando a personalidade psicopata que o acompanharia pelo resto de seus dias. Aqui vale a pena chamar a atenção para o fato de que tanto o roteiro original do filme "Psicose" como os dos episódios dessa série são muito bem resolvidos no tocante à origem dos problemas psicológicos de seu protagonista. Norman seria apenas fruto de uma situação familiar desastrosa e disfuncional. Um rapaz tímido e até muitas vezes bem intencionado que é sugado por uma realidade tão extrema que literalmente joga seu último fio de sanidade pelo esgoto. É assim na vida real e também no mundo ficcional. Do ponto de vista psicológico "Bates Motel" de fato acertou em cheio nas suas premissas. Some-se a isso o excelente trabalho desenvolvido por todo o elenco - em especial Vera Farmiga - e você entenderá porque essa série ainda pode ser considerada uma das melhores coisas da TV americana no momento. / Bates Motel 2.04 - Check-Out (EUA, 2014) Direção: John David Coles / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.05 - The Escape Artist
Como se viu nos episódios anteriores, o conselho municipal deseja construir uma nova via de acesso para a cidade, algo que tiraria o Bates Motel de visibilidade para potenciais novos hóspedes. A falência seria praticamente certa. Para Norma Bates (Vera Farmiga) isso não poderia vir em pior hora. Sua sorte porém parece mudar quando ela conhece Nick Ford (Michael O'Neill), um milionário misterioso que resolve lhe ajudar. Ele tem diversos problemas com um dos conselheiros municipais e deseja derrubá-lo politicamente. Assim ele dá de presente para Norma um relatório ambiental mostrando que a construção da nova estrada iria destruir e levar para a extinção um roedor raro que tem seu habitat justamente na região das obras. O que Norma nem desconfia é que o tal sujeito que posa de bom samaritano é na verdade um traficante internacional. Enquanto isso o filho Norman Bates (Freddie Highmore) vai curtindo sua nova namorada, uma garota fora do comum, que curte rock pesado e diversões perigosas, justamente o extremo oposto do próprio jeito de ser dele, sempre muito tímido e calado. Já o irmão Dylan passa por vários problemas, tanto na vida pessoal como "profissional". Desde que a casa do xerife foi incendiada sua quadrilha de pequenos traficantes de maconha passaram a ficar na mira da lei. Para piorar ele acaba participando de uma intensa troca de fogo na rua principal da cidade, na frente de todos. Embora não possa sequer ser comparada com o clássico filme de Hitchcock o fato é que a série continua em uma boa levada. Os episódios são bons e mantém um bom nível. Os espectadores porém continuam esperando que Norman finalmente comece a cometer os atos que o imortalizaram como um dos mais famosos psicopatas da história do cinema. Aguardemos. / Bates Motel 2.05 - The Escape Artist (EUA, 2014) Direção: Christopher Nelson / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.06 - Plunge
Norman Bates (Freddie Highmore) tem uma nova namoradinha. Para sua mãe Norma (Vera Farmiga) isso não é bem algo a se comemorar. Desde o começo ela não foi com a cara da garota. Ouvindo rock pauleira o tempo todo, com maquiagem carregada e pose desafiadora com os mais velhos, essa não parece ser a nora que Norma sempre sonhou. Para piorar ainda mais a situação, Emma (Olivia Cooke) conta para Norma que seu filho anda tendo apagões estranhos, ficando fora de órbita por alguns momentos. Geralmente esses momentos ocorrem em situações de grande stress e raiva. A informação faz com que Norma resolva impedir que seu filho tire finalmente sua carteira de motorista, o que poderia lhe deixar em perigo caso apagasse enquanto estivesse dirigindo. Nem precisa dizer que isso deixa o garoto irado, prestes a explodir. De qualquer maneira nem todas são notícias ruins no lar dos Bates. Norma consegue, para surpresa geral, ser escolhida como nova conselheira municipal, algo que talvez salve seu pequeno motel da falência certa, pois assim ela poderá impedir que uma nova rota costeira seja construída, desviando seus clientes em potencial para essa nova estrada a ser construída. Já para Dylan Massett (Max Thieriot) a boa nova vem ao conhecer sua "patroa" na plantação clandestina de maconha. Ela é jovem, bonita e interpretada pela atriz Kathleen Robertson (velha conhecida de fãs de séries, pois já participou de alguns clássicos seriados da telinha como "Barrados no Baile", por exemplo). Extrovertida e sexualmente agressiva logo se torna o novo affair de Dylan! Jovem de sorte esse! / Bates Motel 2.06 - Plunge (EUA, 2014) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot, Kathleen Robertson.

Bates Motel 2.07 - Presumed Innocent
Presunção de inocência? É bem por aí. Nesse episódio Norman Bates (Freddie Highmore) vai parar na delegacia para prestar esclarecimentos sobre a morte do pai de sua namoradinha. O velho caiu de uma escada durante uma discussão com ele, mas os policiais não precisam saber todos os detalhes disso. Além do mais acidentes fatais não são necessariamente uma novidade na vida dele, apesar da pouca idade. Um sinal do que virá em seu futuro sombrio. Depois de tomar alguns depoimentos o xerife chega na conclusão em seu inquérito que tudo não passou de um acidente, uma fatalidade, algo que infelizmente também acontece com certa frequência em muitas residências americanas. Norman assim retorna para casa, quase triunfante. A única coisa que ele não contava era que seu DNA se tornaria compatível com outra cena de crime. Enquanto Norman entra e sai da delegacia seu irmão Dylan (Max Thieriot) também vai se envolvendo em inúmeros problemas com a lei. Membro de uma quadrilha que planta e vende maconha ele acaba se recusando a participar de um incêndio criminoso para prejudicar os concorrentes e rivais de seu bando no mercado de drogas da região, algo que custará muito caro para ele. Nessa altura do campeonato posso dizer que ainda gosto bastante de "Bates Motel" pois é com certeza uma daquelas séries que valem a pena acompanhar. Só sinto muita falta de uma melhor ambientação histórica e já falei isso diversas vezes aqui no blog. Que legal seria se "Bates Motel" fosse passada nos anos 1940 ou 1950 de acordo com o que vimos no clássico de Alfred Hitchcock (onde Norman já estava mais velho, na década de 1960). Ser fiel com a cronologia original seria a cereja do bolo. A única razão para que isso não tenha acontecido é mesmo os custos da produção pois certamente seria uma série bem mais cara. Tudo bem, tirando isso tudo de lado até que vale a pena continuar acompanhando a adolescência de um dos mais famosos psicopatas da história do cinema. / Bates Motel 2.07 - Presumed Innocent (EUA, 2014) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.08 - Meltdown

Depois que o xerife descobriu sêmen do pacato Norman Bates (Freddie Highmore) no corpo de sua professora Blair, ele começa a prestar mais a atenção naquele rapaz que não parecia ter qualquer ligação com a morte dela. Aos poucos vai tentando extrair a verdade, embora isso não seja nada fácil. Pressionado, Norman nega e se esquiva, mas para ele o jogo parece ter se fechado. Afinal não há como contestar uma prova científica. Problemas e mais problemas parecem ser uma constante na vida da família Bates. Enquanto o filho tenta escapar do cerco do xerife, sua mãe Norma (Vera Farmiga, a cada episódio mais bonita) tenta também se distanciar de um sujeito que lhe ajudou a ser escolhida como membro do conselho municipal. Agora ele quer a volta, a troca de favores e pede que ela encontre seu outro filho, Dylan, para marcar um encontro com ele. Interessante lembrar que a cidade está bem no meio de uma guerra de traficantes de drogas e Dylan acaba se tornando peça chave nesse verdadeiro acerto de contas entre criminosos. Bates Motel mantém um bom nível. Mesmo atrasado (como sempre) nunca perdi o interesse em acompanhar as temporadas. Além dos bons roteiros o destaque também vai para todo o elenco, com especial atenção nos dois personagens principais, mãe e filho, Norma e Norman, cada vez mais estranhos e com comportamento fora dos padrões. / Bates Motel 2.08 - Meltdown (EUA, 2013) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 2.10 - The Immutable Truth
Último episódio da segunda temporada. Dylan elimina Ford, em sua própria casa, com um golpe certeiro. Agora o importante é saber onde Norman foi parar. Ele está desaparecido. Com a ajuda do xerife eles conseguem localizar o lugar isolado onde Norman se encontra. Como visto no episódio anterior ele foi colocado em uma caixa, bem no meio da floresta. Algo terrível. Depois que começa a gritar finalmente Norman é salvo da morte certa. De volta ao Bates Motel ele vai se recuperando aos poucos com a ajuda de Norma, sua mãe. Psicologicamente porém ele não está nada bem e chega ao ponto de tentar o próprio suicídio. Salvo na última hora volta são e salvo para casa. Isso porém não é o fim dos tormentos de Norman. O xerife quer que ele faça um teste com um detector de mentiras. A pergunta crucial que será feito a ele é simples: você matou sua professora? Para surpresa de todos Norman finalmente passa no teste. Afinal ele é um psicopata (e já começa a dar sinais claros disso) e por essa razão não fica nervoso diante de uma máquina como aquelas. Na última cena do episódio Norman já demonstra, com seu olhar, que está caminhando rapidamente para a insanidade total. Seu futuro é sombrio. / Bates Motel 2.10 - The Immutable Truth (EUA, 2014) Direção: Tucker Gates / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 5.05 - Dreams Die First
Nessa altura da série o espectador já deve saber que Norman está completamente doido. A mãe dele já morreu, seu cadáver está escondido na casa. Em sua mente ele pensa que ela está viva e interagindo com como se ele ainda estivesse entre todos. O único que tem maior noção do que está acontecendo é o Chick, que a troco de ter onde morar e viver topa conviver com Norman. Fica a pergunta: quem em sã consciência dormiria no mesmo teto que esse sujeito tão perturbado? Nesse episódio temos três acontecimentos importantes. No primeiro o irmão de Norma é finalmente eliminado. Ele engravidou a irmã, dando origem ao Dylan. o incesto nunca foi completamente superado. Agora ele está no porão - acorrentando e esperando o que vai acontecer. Normam decide libertá-lo, mas o lado da mãe se sobrepõe novamente e sai atirando. Na correria ele acaba sendo atropelado na rodovia pelo próprio Chick. Detalhe interessante: o vidreiro (ou seja lá o que ele for) acaba fazendo um enterro viking para o sujeito. Porquê? Simplesmente não deixar pistas para a polícia. Na outra linha o Norman acaba se engraçando pela loirinha que trabalha na lojinha de antiguidades. Ela é casada, mas isso não a impede de flertar com o tímido e educado rapaz (nem sabe o doente que se esconde atrás dessa fachada). E ai acontece o esperado: surge o lado psicótico de sua mente, concretizando no alter ego da mãe, colocando em risco a vida da garota. Por fim, o xerife está em plena fuga (ele conseguiu fugir da prisão no episódio anterior). Após levar um tiro de um rapaz caipira ele tenta de tudo para sobreviver. Seu objetivo é voltar para o Bates Motel para um acerto de contas definitivo com Norman. É esperar para ver! / Bates Motel 5.05 - Dreams Die First (Estados Unidos, 2017) Direção: Nestor Carbonell / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 5.06 - Marion
Para a maioria das pessoas que nem são fãs de "Bates Motel" o grande atrativo desse episódio é ver Rihanna atuando. Ela interpreta uma mulher que decide roubar o banco onde trabalha, indo parar no Bates Motel para esperar seu namorado, um homem casado que também está envolvido no crime. Claro que uma vez no pequeno motel logo chama a atenção de Norman Bates que entre uma simpatia e outra começa a ter vontade de matá-la! Ora, pense um pouco, é justamente esse o enredo do primeiro filme "Psicose" lá dos anos 60, o que foi dirigido pelo mestre Alfred Hitchcock! Agora, os roteiristas sejam por receio ou até mesmo por respeito a Hitchcock não quiseram ir até o fundo da suposta homenagem! Há duas cenas no chuveiro, em ambas você pensa que enfim teremos a recriação da famosa sequência do filme original, só que isso não acontece. A primeira cena é com Rihanna. Eu pensei que o esfaqueamento se daria aqui. Não aconteceu. Depois temos seu namorado indo para o chuveiro e aí tudo acontece, mas achei sem impacto. O certo seria colocar a garota sendo morta. Seria uma simpiose perfeita com a cena que transformou "Psicose" numa das franquias mais bem sucedidas do cinema. Faltou mesmo um pouquinho de coragem e, é claro, o famoso tema musical que ainda hoje ecoa em todos os filmes de terror e suspense. / Bates Motel 5.06 - Marion (Estados Unidos, 2017) Estúdio: Universal Television / Direção: Phil Abraham / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot, Rihanna, Olivia Cooke, Nestor Carbonell

Bates Motel 5.07 - Inseparable
O cerco vai se fechando em torno de Norman Bates. A polícia descobre os primeiros corpos ao puxarem um carro afundado no lago e ele começa a receber com certa insistência a visita da xerife da cidade. Também não era para menos. Norman está completamente insano, com dupla personalidade, ora sendo o frágil Norman, ora incorporando a personalidade da mãe, Norma. E como se tudo isso não fosse ruim o bastante para ele ainda tem que lidar com a chegada de seu irmão Dylan. Ele vai até a velha casa na colina para descobrir o que de fato aconteceu com sua mãe. Também descobre que Norman não anda mais tomando seus remédios. O seu médico particular desapareceu, o que aumenta ainda mais suas suspeitas. Na última cena Norman literalmente enlouquece na sala de jantar. Ele volta a incorporar a mãe e tenta esfaquear o irmão Dylan. Lutando contra si mesmo ele evita um esfaqueamento. O episódio termina com Norman ligando para a delegacia de polícia para reportar um assassinato! Estaria se entregando? Isso você só vai descobrir mesmo no próximo episódio. A temporada vai chegando ao final e a série vai igualmente ficando mais interessante. É esperar para ver. / Bates Motel 5.07 - Inseparable (Estados Unidos, 2017) Direção: Steph Green / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot, Nestor Carbonell.

Bates Motel 5.08 - The Body
Esse episódio se chama "The Body" (O Corpo). Que corpo é esse? Justamente o que a polícia encontra dentro de um poço, bem no meio de uma floresta gelada. Foi para lá que Norman indicou onde estaria uma de suas vítimas. O interessante desse episódio é que Norman (Freddie Highmore) está completamente alucinado. Ora ele assume a personalidade da mãe Norma, ora ele reencontra sua própria personalidade. Quando é Norman quer entregar tudo, mostrar onde estão os corpos das pessoas assassinadas. Quando é Norma faz de tudo para esconder todos os crimes, tentando se safar de ser preso (ou presa!). Nesse episódio há também um momento de puro humor negro quando Chick Hogan decide ir ao porão da casa sombria da família Bates para começar a escrever um romance de terror, baseado justamente no que aconteceu entre aquelas paredes velhas e sujas. Ele acaba sendo encontrado pelo ex-xerife Alex Romero que está lá justamente para dar cabo da vida de Norman, só que ao encontrá-lo perde a paciência completa com o festival de baboseiras que saem da boca de Chick. Resultado? Ele decide enfiar uma bala em sua cabeça. Foi tão surreal e surpreendente que deu margem até mesmo para aquele sorrisinho de nervoso, tão comum em momentos black humor como esse! Bem-vindo à casa da insanidade total! / Bates Motel 5.08 - The Body (Estados Unidos, 2017) Direção: Freddie Highmore / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot, Olivia Cooke, Nestor Carbonell, Natalia Cordova-Buckley

Bates Motel 5.09 - Visiting Hours
Penúltimo episódio da série. Aqui acontecem várias coisas importantes para o seu desfecho. Norman é levado para uma sessão preliminar de julgamento. Enquanto sua sentença não sai ele fica em uma cela na delegacia local. Um prato cheio para o insano policial Romero que quer sua vingança. Armado, ele consegue render os policiais e leva Norman com ele, exigindo que ele mostre onde está o corpo de Norma. Como se viu nos episódios anteriores o filho levou sua falecida mãe para o meio da floresta gelada, para evitar que as autoridades a localizassem. Insanidade completa. E é no meio das árvores, durante a noite, entre frio e desolação, que Norman e Romero finalmente vão acertar suas contas definitivamente. No meio da luta, por mais improvável que isso pudesse parecer, o frágil Norman acabou se dando melhor, acabando de vez com a vida de Romero! Algo que já era esperado, de uma maneira ou outra / Bates Motel 5.09 - Visiting Hours (Estados Unidos, 2017) Direção: Olatunde Osunsanmi / Roteiro: Carlton Cuse, Kerry Ehrin / Elenco: Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot.

Bates Motel 5.10 - The Cord
Esse é o último episódio da série! Depois de 50 episódios finalmente o espectador que vinha acompanhando a série por anos e anos acabou sendo premiado com seu desfecho. Confesso que fiquei um pouco decepcionado, isso porque acreditava que Norman iria sobreviver para envelhecer e assim criar um vínculo lógico com os filmes de "Psicose" no cinema. Era o caminho natural, mais racional. Porém os roteiristas decidiram que Norman iria morrer nesse episódio final da série, se unindo no mundo espiritual definitivamente com sua querida mãe! Eu não esperava por esse tipo de final. Pensei que Norman seria preso em uma instituição psiquiátrica, onde ficaria por longos anos, sendo finalmente solto já com seus 40, 50 anos. Nisso haveria um gancho para a série de acontecimentos que vimos nos filmes do cinema. De qualquer forma a decisão errada (ao meu ver) dos roteiristas não atrapalharam o conjunto da obra. Considero "Bates Motel" um achado da safra atual de séries americanas de TV. Tudo muito bem escrito, atuado e produzido. Chegou a ficar aquela sensação de "quero mais" quando o episódio finalmente chegou ao seu fim. Não poderia haver atestado maior de qualidade do que esse. / Bates Motel 5.10 - The Cord (Estados Unidos, 2017) Direção: Tucker Gates / Roteiro: Carlton Cuses, Kerry Ehrin / Elenco:  Vera Farmiga, Freddie Highmore, Max Thieriot. 

Pablo Aluísio.