Título no Brasil: O Grito da Selva
Título Original: The Call of the Wild
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Pictures
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Jack London, Gene Fowler
Elenco: Clark Gable, Loretta Young, Jack Oakie
Sinopse:
Jack Thornton (Clark Gable) está sempre em dificuldades financeiras. Jogador inveterado ele tenta ganhar uma nova bolada para seguir viagem rumo ao Alaska onde pretende participar da verdadeira corrida ao ouro que está sendo realizada por lá, após se espalhar a notícia que o valioso metal foi encontrado nas montanhas geladas da região. Mas ele não desiste e ao lado de um trenó guiado por cães se aventura pelos campos isolados do local. Na viagem ao lado de um ex-presidiário acaba salvando uma mulher da morte; Esse encontro certamente mudará completamente os rumos de sua vida.
Comentários:
Pelo visto não é de hoje que as distribuidoras nacionais dão títulos estúpidos para filmes americanos. Esse "The Call of the Wild" foi chamado por aqui de "O Grito da Selva" mas pasmem, não tem selva nenhuma no filme. Ele se passa praticamente todo no Alaska, região nevada e selvagem mas que não tem selva nenhuma como estupidamente sugere o nome nacional da fita. Talvez os distribuidores brasileiros quisessem enganar o público o levando a crer que iria ver um filme ao estilo de Tarzan com Clark Gable no papel principal, vai saber... Deixando essas bobagens de lado o que temos aqui é uma aventura ao velho estilo, com Gable posando de herói das neves, salvando mocinhas inocentes de lobos famintos e correndo atrás da fortuna na região mais do que hostil dos campos gelados do Alaska. É impressionante o nível técnico do cinema americano já naquela época distante, afinal estamos falando de um filme rodado há mais de 70 anos! Por causa dessa excelência podemos ver essa aventura hoje sem problema algum. O roteiro é redondinho e a aventura mostrada bem divertida. Sem dúvida um belo programa para cinéfilos que gostam de filmes clássicos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
A Saia de Ferro
Katharine Hepburn foi uma das atrizes mais premiadas e celebradas da história de Hollywood. Isso não quer dizer que ela sempre atuou em dramas pesadas ou algo do tipo. Entre os 53 filmes em que atuou também havia espaço para produções mais leves, com foco no bom humor. É o caso desse "A Saia de Ferro", cujo próprio título é uma sátira à expressão "Cortina de Ferro" que foi criada pelo primeiro ministro inglês Winston Churchill durante a guerra fria. Era justamente essa cortina de ferro que separava os países capitalistas do ocidente e as nações comunistas do leste europeu lideradas pela União Soviética. O filme tem um roteiro que brinca justamente com isso. Katharine Hepburn interpreta uma comandante de caça MIG que decide ir para os Estados Unidos. Pilotando sua aeronave de combate ela invade o espaço aéreo americano, é interceptada e pousa na América. Imediatamente é presa, colocada sob os cuidados do tenente interpretado por Bob Hope. Só que como estamos em uma comédia romântica e não em um filme sério sobre a guerra fria, tudo desanda para um roteiro com muito bom humor, mostrando as diferenças entre a comandante russa (e seu forte sotaque) e os costumes do capitalismo americano.
O filme é bem leve, talvez até leve demais. As situações de choque cultural vão sendo explorados pelo roteiro à exaustão, o que talvez canse o espectador após 90 minutos de duração. O comediante e apresentador de TV Bob Hope nunca foi muito popular no Brasil, até porque ele fez sua carreira em programas televisivos que nunca passaram por aqui. Fica a curiosidade então de ver a grande Katharine Hepburn em sua tentativa de fazer humor com sua personagem, a dura e disciplinada capitã aviadora Vinka Kovelenko. Funciona bem no papel? Algumas vezes sim, outras não, por causa do próprio roteiro que apela muito para estereótipos dos americanos em relação aos russos. De qualquer forma, até mesmo por ela estar em um filme fora de seu habitual, tentando vencer no humor, já vale a pena conhecer.
A Saia de Ferro (The Iron Petticoat, Estados Unidos, 1956) Direção: Ralph Thomas / Roteiro: Ben Hecht / Elenco: Bob Hope, Katharine Hepburn, Noelle Middleton / Sinopse: Capitã soviética, pilotando um caça MIG, invade os céus dos Estados Unidos e é presa para força aérea daquele país. Em terra começa a se apaixonar pelo tenente que é designado para sua custódia no ocidente. Enquanto isso a KGB tenta eliminá-la, pois sendo uma heroína comunista não ficaria bem para o partido vê-la se render às delícias do capitalismo ocidental.
Pablo Aluísio.
O filme é bem leve, talvez até leve demais. As situações de choque cultural vão sendo explorados pelo roteiro à exaustão, o que talvez canse o espectador após 90 minutos de duração. O comediante e apresentador de TV Bob Hope nunca foi muito popular no Brasil, até porque ele fez sua carreira em programas televisivos que nunca passaram por aqui. Fica a curiosidade então de ver a grande Katharine Hepburn em sua tentativa de fazer humor com sua personagem, a dura e disciplinada capitã aviadora Vinka Kovelenko. Funciona bem no papel? Algumas vezes sim, outras não, por causa do próprio roteiro que apela muito para estereótipos dos americanos em relação aos russos. De qualquer forma, até mesmo por ela estar em um filme fora de seu habitual, tentando vencer no humor, já vale a pena conhecer.
A Saia de Ferro (The Iron Petticoat, Estados Unidos, 1956) Direção: Ralph Thomas / Roteiro: Ben Hecht / Elenco: Bob Hope, Katharine Hepburn, Noelle Middleton / Sinopse: Capitã soviética, pilotando um caça MIG, invade os céus dos Estados Unidos e é presa para força aérea daquele país. Em terra começa a se apaixonar pelo tenente que é designado para sua custódia no ocidente. Enquanto isso a KGB tenta eliminá-la, pois sendo uma heroína comunista não ficaria bem para o partido vê-la se render às delícias do capitalismo ocidental.
Pablo Aluísio.
Os Desgraçados não Choram
Clássico noir estrelado pela atriz Joan Crawford. Ela interpreta uma dona de casa, mãe de um garoto de seis anos, que é atropelado enquanto andava de bicicleta. A morte do menino faz com que ela repense sua vida. Seu casamento vai mal, o marido é um tipo rude, grosseiro e miserável. Assim depois da morte do menino nada mais a segura nessa união falida. Ela dá um basta e vai para Nova Iorque. Na nova cidade ela começa a trabalhar como balconista. As coisas começam a dar certo e em pouco tempo ela faz novas amizades. Só que entre seus novos conhecidos se encontram membros da máfia.
Em pouco tempo ela se infiltra dentro da organização criminosa e é enviada para a costa oeste, com a finalidade de descobrir se um gângster que toma conta de um cassino na Califórnia está roubando os chefes da quadrilha. Essa parte do roteiro é obviamente baseado na história real do mafioso Bugsy Siegel, que teve inclusive uma versão de sua vida levada para o cinema, com direção e atuação de Warren Beatty. A situação que ela se coloca é perigosa, pois ao menor deslize pode ser eliminada. O filme, quando começa, mostra a polícia encontrando um corpo no deserto. Então começa um grande flashback, justamente para contar a história da personagem de Joan Crawford.
O filme tem todo aquele charme das produções ao estilo noir dos anos 50. Os cenários são escuros, com farto uso de luz e sombras em cada cena. Joan Crawford está bastante convincente como essa mulher que decide tomar as rédeas do destino em suas próprias mãos, embora com desdobramentos sequer imaginados por ela. Chegando ao ponto de assumir uma falsa identidade, com o sobrenome dos milionários Forbes, ela começa a afundar cada vez mais em sua ganância pessoal. Joan Crawford que ficou tristemente marcada por causa do livro biográfico de sua filha que a retratava como uma mulher cruel e louca, aqui mostra seu talento de atriz. Embora fosse perturbada em sua vida pessoal. na tela do cinema se mostrava uma atriz bem talentosa. Sua atuação é o grande atrativo para se assistir a esse filme nos dias de hoje.
Os Desgraçados não Choram (The Damned Don't Cry, Estados Unidos, 1950) Direção: Vincent Sherman / Roteiro: Harold Medford, Jerome Weidman / Elenco: Joan Crawford, David Brian, Steve Cochran / Sinopse: Após a morte de seu filho de seis anos, Ethel Whitehead (Joan Crawford) decide acabar seu casamento, que já vinha muito mal e parte para Nova Iorque. Assume outra identidade, passando-se a se chamar Lorna Hansen Forbes e se envolve com a máfia local.
Pablo Aluísio.
Em pouco tempo ela se infiltra dentro da organização criminosa e é enviada para a costa oeste, com a finalidade de descobrir se um gângster que toma conta de um cassino na Califórnia está roubando os chefes da quadrilha. Essa parte do roteiro é obviamente baseado na história real do mafioso Bugsy Siegel, que teve inclusive uma versão de sua vida levada para o cinema, com direção e atuação de Warren Beatty. A situação que ela se coloca é perigosa, pois ao menor deslize pode ser eliminada. O filme, quando começa, mostra a polícia encontrando um corpo no deserto. Então começa um grande flashback, justamente para contar a história da personagem de Joan Crawford.
O filme tem todo aquele charme das produções ao estilo noir dos anos 50. Os cenários são escuros, com farto uso de luz e sombras em cada cena. Joan Crawford está bastante convincente como essa mulher que decide tomar as rédeas do destino em suas próprias mãos, embora com desdobramentos sequer imaginados por ela. Chegando ao ponto de assumir uma falsa identidade, com o sobrenome dos milionários Forbes, ela começa a afundar cada vez mais em sua ganância pessoal. Joan Crawford que ficou tristemente marcada por causa do livro biográfico de sua filha que a retratava como uma mulher cruel e louca, aqui mostra seu talento de atriz. Embora fosse perturbada em sua vida pessoal. na tela do cinema se mostrava uma atriz bem talentosa. Sua atuação é o grande atrativo para se assistir a esse filme nos dias de hoje.
Os Desgraçados não Choram (The Damned Don't Cry, Estados Unidos, 1950) Direção: Vincent Sherman / Roteiro: Harold Medford, Jerome Weidman / Elenco: Joan Crawford, David Brian, Steve Cochran / Sinopse: Após a morte de seu filho de seis anos, Ethel Whitehead (Joan Crawford) decide acabar seu casamento, que já vinha muito mal e parte para Nova Iorque. Assume outra identidade, passando-se a se chamar Lorna Hansen Forbes e se envolve com a máfia local.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de dezembro de 2018
Mortos que Matam
Grande filme. Provavelmente Vincent Price nunca esteve melhor do que aqui nessa fita de terror diferente. Ele interpreta literalmente o último homem sobre a Terra. Um vírus se espalhou pela humanidade, infectando praticamente todas as pessoas. As que não morreram imediatamente se tornaram zumbis, embora ecos de vampirismo também estejam presentes. O cientista Dr. Robert Morgan (Price) parece ter sido o último a ficar sadio, sem sinais de contaminação. Em um flashback ficamos sabendo que ele era um homem feliz, com esposa e filha adoráveis. Depois da disseminação da praga tudo acabou. Ele agora vive sozinho numa casa. Durante o dia ainda consegue andar pela cidade em busca de mantimentos, combustível e objetos necessários para sua sobrevivência. Porém ao anoitecer isso se torna impossível pois os infectados ganham as ruas, rastejando em busca de seres humanos e animais indefesos. Apenas uma estaca enfiada no coração consegue aniquilar essas criaturas. A luta pela sobrevivência é travada dia após dia, sem esperanças.
O roteiro é muito bom. Jogando inclusive com o lado mais psicológico do protagonista. Quando o filme começa ele já está há três anos isolado, vivendo completamente sozinho. A mente começa assim a torturar seus pensamentos. O filme se desenvolve muito bem e tem um desfecho que achei bem surpreendente, na cena da igreja. Com ecos de terror e também sci-fi dos anos 50, esse "Mortos que Matam" conseguiu vencer a barreira do tempo por causa de seu enredo muito original e inteligente. E quando tinha um bom material em mãos, o mestre Vincent Price brilhava com todo o seu talento.
Mortos que Matam (The Last Man on Earth, Estados Unidos, 1964) Direção: Ubaldo Ragona, Sidney Salkow / Roteiro: William F. Leicester, Richard Matheson / Elenco: Vincent Price, Franca Bettoia, Emma Danieli / Sinopse: Vincent Price interpreta o último homem na Terra. Um cientista que após a morte da família e a destruição da civilização por um vírus mortal, tenta viver um dia de cada vez, enquanto é cada vez mais cercado por zumbis infectados pela estranha doença altamente contagiosa.
Pablo Aluísio.
O roteiro é muito bom. Jogando inclusive com o lado mais psicológico do protagonista. Quando o filme começa ele já está há três anos isolado, vivendo completamente sozinho. A mente começa assim a torturar seus pensamentos. O filme se desenvolve muito bem e tem um desfecho que achei bem surpreendente, na cena da igreja. Com ecos de terror e também sci-fi dos anos 50, esse "Mortos que Matam" conseguiu vencer a barreira do tempo por causa de seu enredo muito original e inteligente. E quando tinha um bom material em mãos, o mestre Vincent Price brilhava com todo o seu talento.
Mortos que Matam (The Last Man on Earth, Estados Unidos, 1964) Direção: Ubaldo Ragona, Sidney Salkow / Roteiro: William F. Leicester, Richard Matheson / Elenco: Vincent Price, Franca Bettoia, Emma Danieli / Sinopse: Vincent Price interpreta o último homem na Terra. Um cientista que após a morte da família e a destruição da civilização por um vírus mortal, tenta viver um dia de cada vez, enquanto é cada vez mais cercado por zumbis infectados pela estranha doença altamente contagiosa.
Pablo Aluísio.
41ª DP: Inferno no Bronx
Título no Brasil: 41ª DP: Inferno no Bronx
Título Original: Fort Apache the Bronx
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Daniel Petrie
Roteiro: Heywood Gould, Thomas Mulhearn
Elenco: Paul Newman, Edward Asner, Ken Wahl, Danny Aiello, Rachel Ticotin, Kathleen Beller
Sinopse:
No sul do Bronx, violento bairro pobre de Nova Iorque, um policial e seus companheiros de farda tentam sobreviver um dia de cada vez nas violentas ruas da região. Roteiro baseado em fatos reais.
Comentários:
Esse filme foi lançado em VHS no Brasil durante os anos 80 e se minha memória não falha ele chegou no mercado com outro título nacional, bem mais interessante ao meu ver. Por aqui ele ficou conhecido como "Forte Apache Bronx", um nome bem mais próximo ao original inglês. Em minha concepção ficou bem melhor. Deixando esse aspecto de lado é bom frisar também que os anos 70 e os anos 80 foram o auge do gênero policial. Grandes filmes nesse estilo foram produzidos nessas décadas e nada superou depois a qualidade dessas produções. O conceito era bem mais realista e cru, tentando mesmo reproduzir no cinema as dificuldades de combate ao crime, principalmente nas grandes cidades americanas. Esse aqui sempre foi um dos mais violentos e incisivos da época. Paul Newman está excelente em seu papel, a de um sujeito que apesar de tudo contra ainda tenta remar contra a maré. Na época tentaram convencer Newman a migrar para a TV, transformando o filme numa série, porém o ator não aceitou o convite. O orgulho de astro de cinema no fim falou mais alto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fort Apache the Bronx
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Daniel Petrie
Roteiro: Heywood Gould, Thomas Mulhearn
Elenco: Paul Newman, Edward Asner, Ken Wahl, Danny Aiello, Rachel Ticotin, Kathleen Beller
Sinopse:
No sul do Bronx, violento bairro pobre de Nova Iorque, um policial e seus companheiros de farda tentam sobreviver um dia de cada vez nas violentas ruas da região. Roteiro baseado em fatos reais.
Comentários:
Esse filme foi lançado em VHS no Brasil durante os anos 80 e se minha memória não falha ele chegou no mercado com outro título nacional, bem mais interessante ao meu ver. Por aqui ele ficou conhecido como "Forte Apache Bronx", um nome bem mais próximo ao original inglês. Em minha concepção ficou bem melhor. Deixando esse aspecto de lado é bom frisar também que os anos 70 e os anos 80 foram o auge do gênero policial. Grandes filmes nesse estilo foram produzidos nessas décadas e nada superou depois a qualidade dessas produções. O conceito era bem mais realista e cru, tentando mesmo reproduzir no cinema as dificuldades de combate ao crime, principalmente nas grandes cidades americanas. Esse aqui sempre foi um dos mais violentos e incisivos da época. Paul Newman está excelente em seu papel, a de um sujeito que apesar de tudo contra ainda tenta remar contra a maré. Na época tentaram convencer Newman a migrar para a TV, transformando o filme numa série, porém o ator não aceitou o convite. O orgulho de astro de cinema no fim falou mais alto.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de dezembro de 2018
Arco do Triunfo
Título no Brasil: Arco do Triunfo
Título Original: Arch of Triumph
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Lewis Milestone
Roteiro: Lewis Milestone, Harry Brown
Elenco: Ingrid Bergman, Charles Boyer, Charles Laughton
Sinopse:
No inverno de 1938, Paris está cheia de refugiados do nazismo, que vivem nas sombras negras da noite, tentando fugir da deportação do governo local. Entre eles se encontra o Dr. Ravic (Charles Boyer), que apesar de não ter licença para clinicar na França, o faz de forma clandestina, tudo para ajudar pessoas em sua situação. Por mero acaso acaba encontrando com Joan Madou (Ingrid Bergman), uma mulher que mudará os rumos de sua vida.
Comentários:
Baseado no romance de mesmo nome de Erich Maria Remarque, publicado em 1945, o filme "Arch of Triumph" tenta capturar parte do drama dos refugiados de guerra. Como se sabe muitos intelectuais, cientistas e políticos alemães não tiveram outra saída a não ser abandonar a Alemanha quando Hitler assumiu o poder absoluto em seu país. Esse enorme grupo de pessoas acabou sendo perseguido pelos serviços de inteligência alemão, onde quer que eles estivessem, até mesmo em países estrangeiros. O pior é que a França acabou também sendo ocupada por tropas nazistas, levando ao desespero parte desses imigrantes. Dirigido pelo prestigiado cineasta Lewis Milestone, o mesmo de grandes clássicos como, por exemplo, Sem Novidade no Front (1930), O Grande Motim (1962) e O Tempo Não Apaga (1946), o filme tem uma das melhores recriações do período da ocupação alemã na França. Roteiro bem escrito e elenco maravilhoso, liderado pela estrela Ingrid Bergman e pelos veteranos Charles Boyer e Charles Laughton, completam o quadro de uma bela obra da sétima arte em seu período clássico.
Pablo Aluísio.
Título Original: Arch of Triumph
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Lewis Milestone
Roteiro: Lewis Milestone, Harry Brown
Elenco: Ingrid Bergman, Charles Boyer, Charles Laughton
Sinopse:
No inverno de 1938, Paris está cheia de refugiados do nazismo, que vivem nas sombras negras da noite, tentando fugir da deportação do governo local. Entre eles se encontra o Dr. Ravic (Charles Boyer), que apesar de não ter licença para clinicar na França, o faz de forma clandestina, tudo para ajudar pessoas em sua situação. Por mero acaso acaba encontrando com Joan Madou (Ingrid Bergman), uma mulher que mudará os rumos de sua vida.
Comentários:
Baseado no romance de mesmo nome de Erich Maria Remarque, publicado em 1945, o filme "Arch of Triumph" tenta capturar parte do drama dos refugiados de guerra. Como se sabe muitos intelectuais, cientistas e políticos alemães não tiveram outra saída a não ser abandonar a Alemanha quando Hitler assumiu o poder absoluto em seu país. Esse enorme grupo de pessoas acabou sendo perseguido pelos serviços de inteligência alemão, onde quer que eles estivessem, até mesmo em países estrangeiros. O pior é que a França acabou também sendo ocupada por tropas nazistas, levando ao desespero parte desses imigrantes. Dirigido pelo prestigiado cineasta Lewis Milestone, o mesmo de grandes clássicos como, por exemplo, Sem Novidade no Front (1930), O Grande Motim (1962) e O Tempo Não Apaga (1946), o filme tem uma das melhores recriações do período da ocupação alemã na França. Roteiro bem escrito e elenco maravilhoso, liderado pela estrela Ingrid Bergman e pelos veteranos Charles Boyer e Charles Laughton, completam o quadro de uma bela obra da sétima arte em seu período clássico.
Pablo Aluísio.
A Carta
Título no Brasil: A Carta
Título Original: The Letter
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Wyler
Roteiro: W. Somerset Maugham, Howard Koch
Elenco: Bette Davis, Herbert Marshall, James Stephenson, Frieda Inescort, Gale Sondergaard, Bruce Lester
Sinopse:
Uma americana, Leslie Crosbie (Bette Davis), esposa de um administrador de uma fazenda na distante Cingapura, atira em um nativo local, afirmando ter atirado em legítima defesa. Depois de sua morte ela é levada a julgamento. Tudo parece confirmar sua versão dos fatos, exceto uma suposta carta reveladora que é encontrada. Teria sido mesmo apenas um crime por legítima defesa? Filme indicado a sete Oscars, incluindo Melhor Filme, Direção (William Wyler), Atriz (Bette Davis), Ator Coadjuvante (James Stephenson), Fotografia e Edição.
Comentários:
"A Carta" foi baseada em uma antiga peça de sucesso que estreou na Broadway durante os anos 1920. Na década seguinte o texto ganhou sua primeira versão cinematográfica com Jeanne Eagels, que estava tão bem em cena que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Esse é o remake dos anos 1940, já com a diva Bette Davis no papel principal. O roteiro é primoroso (injustamente não ganhou indicação ao prêmio da Academia, talvez pelo fato do filme ter tido outras sete indicações) mas revela que atrás de toda grande atuação há sempre um bom roteiro por trás. E por falar em boas atuações o filme está repleto delas, em especial a própria Davis que era ótima para esse tipo de personagem, ao qual você não consegue descobrir se é de fato uma mocinha ou uma vilã! James Stephenson, que também foi indicado ao Oscar, brilha como um advogado de defesa bem dúbio em suas intenções. O filme foi dirigido pelo mestre William Wyler (1902 - 1981), um dos maiores cineastas de todos os tempos. Com tanto Know-how essa película se torna mesmo indispensável na coleção de todo fã de cinema clássico.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Letter
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Wyler
Roteiro: W. Somerset Maugham, Howard Koch
Elenco: Bette Davis, Herbert Marshall, James Stephenson, Frieda Inescort, Gale Sondergaard, Bruce Lester
Sinopse:
Uma americana, Leslie Crosbie (Bette Davis), esposa de um administrador de uma fazenda na distante Cingapura, atira em um nativo local, afirmando ter atirado em legítima defesa. Depois de sua morte ela é levada a julgamento. Tudo parece confirmar sua versão dos fatos, exceto uma suposta carta reveladora que é encontrada. Teria sido mesmo apenas um crime por legítima defesa? Filme indicado a sete Oscars, incluindo Melhor Filme, Direção (William Wyler), Atriz (Bette Davis), Ator Coadjuvante (James Stephenson), Fotografia e Edição.
Comentários:
"A Carta" foi baseada em uma antiga peça de sucesso que estreou na Broadway durante os anos 1920. Na década seguinte o texto ganhou sua primeira versão cinematográfica com Jeanne Eagels, que estava tão bem em cena que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Esse é o remake dos anos 1940, já com a diva Bette Davis no papel principal. O roteiro é primoroso (injustamente não ganhou indicação ao prêmio da Academia, talvez pelo fato do filme ter tido outras sete indicações) mas revela que atrás de toda grande atuação há sempre um bom roteiro por trás. E por falar em boas atuações o filme está repleto delas, em especial a própria Davis que era ótima para esse tipo de personagem, ao qual você não consegue descobrir se é de fato uma mocinha ou uma vilã! James Stephenson, que também foi indicado ao Oscar, brilha como um advogado de defesa bem dúbio em suas intenções. O filme foi dirigido pelo mestre William Wyler (1902 - 1981), um dos maiores cineastas de todos os tempos. Com tanto Know-how essa película se torna mesmo indispensável na coleção de todo fã de cinema clássico.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Em Roma na Primavera
Título no Brasil: Em Roma na Primavera
Título Original: The Roman Spring of Mrs. Stone
Ano de Produção: 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: José Quintero
Roteiro: Gavin Lambert, baseado na obra de Tennessee Williams
Elenco: Vivien Leigh, Warren Beatty, Coral Browne
Sinopse:
Karen Stone (Vivien Leigh) é uma atriz veterana dos palcos, cuja idade começa a atrapalhar sua carreira. Perto dos 50 anos os convites vão ficando cada vez mais raros na Broadway. Ela então decide passar suas férias em Roma mas na viagem seu marido e empresário, 20 anos mais velho do que ela, sofre um ataque cardíaco e morre. Desolada, Karen decide alugar um apartamento na cidade eterna das sete colinas. Para curar sua desilusão uma condessa italiana, muito conhecida por arranjar jovens para mulheres mais velhas solitárias, lhe apresenta Paolo di Leo (Warren Beatty). A aproximação entre ambos será dramática e de consequências imprevisíveis.
Comentários:
Depois que Vivien Leigh brilhou em "Uma Rua Chamada Pecado" no papel de Blanche em 1951, muitos esperavam que ela voltasse a interpretar nas telas algum outro texto do genial Tennessee Williams. Foi necessário dez anos para que isso voltasse a acontecer. Esse foi o penúltimo filme de Vivien Leigh, em um texto que remonta levemente aspectos de sua própria vida pessoal, afinal de contas ela, naquela altura de sua carreira, também era uma veterana em situação bem parecida com a de sua personagem Karen Stone. Sua atuação é brilhante. Muitos inclusive esperavam por uma indicação ao Oscar mas a academia caprichosamente resolveu indicar outra atriz do elenco ao prêmio, Lotte Lenya, que interpreta a condessa Magda Terribili-Gonzales. Como sempre acontecia em seus escritos, esse texto de Tennessee Williams também explora o lado mais sórdido de seus personagens. A mulher envelhecida que se deixa enganar por um garotão que só deseja o seu dinheiro, a mulher inescrupulosa que se torna uma verdadeira cafetina, apesar de usar um título de condessa e o jogo cínico e lascivo de todos os que se envolvem nessa situação. Uma produção que anda bem esquecida nos dias de hoje, injustamente aliás, pois é de extrema qualidade cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Roman Spring of Mrs. Stone
Ano de Produção: 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: José Quintero
Roteiro: Gavin Lambert, baseado na obra de Tennessee Williams
Elenco: Vivien Leigh, Warren Beatty, Coral Browne
Sinopse:
Karen Stone (Vivien Leigh) é uma atriz veterana dos palcos, cuja idade começa a atrapalhar sua carreira. Perto dos 50 anos os convites vão ficando cada vez mais raros na Broadway. Ela então decide passar suas férias em Roma mas na viagem seu marido e empresário, 20 anos mais velho do que ela, sofre um ataque cardíaco e morre. Desolada, Karen decide alugar um apartamento na cidade eterna das sete colinas. Para curar sua desilusão uma condessa italiana, muito conhecida por arranjar jovens para mulheres mais velhas solitárias, lhe apresenta Paolo di Leo (Warren Beatty). A aproximação entre ambos será dramática e de consequências imprevisíveis.
Comentários:
Depois que Vivien Leigh brilhou em "Uma Rua Chamada Pecado" no papel de Blanche em 1951, muitos esperavam que ela voltasse a interpretar nas telas algum outro texto do genial Tennessee Williams. Foi necessário dez anos para que isso voltasse a acontecer. Esse foi o penúltimo filme de Vivien Leigh, em um texto que remonta levemente aspectos de sua própria vida pessoal, afinal de contas ela, naquela altura de sua carreira, também era uma veterana em situação bem parecida com a de sua personagem Karen Stone. Sua atuação é brilhante. Muitos inclusive esperavam por uma indicação ao Oscar mas a academia caprichosamente resolveu indicar outra atriz do elenco ao prêmio, Lotte Lenya, que interpreta a condessa Magda Terribili-Gonzales. Como sempre acontecia em seus escritos, esse texto de Tennessee Williams também explora o lado mais sórdido de seus personagens. A mulher envelhecida que se deixa enganar por um garotão que só deseja o seu dinheiro, a mulher inescrupulosa que se torna uma verdadeira cafetina, apesar de usar um título de condessa e o jogo cínico e lascivo de todos os que se envolvem nessa situação. Uma produção que anda bem esquecida nos dias de hoje, injustamente aliás, pois é de extrema qualidade cinematográfica.
Pablo Aluísio.
O Amanhã Que Não Virá
Título no Brasil: O Amanhã Que Não Virá
Título Original: Kiss Tomorrow Goodbye
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Harry Brown, Horace McCoy
Elenco: James Cagney, Barbara Payton, Helena Carter
Sinopse:
Ralph Cotter (James Cagney) é um prisioneiro condenado que decide fugir após uma distração dos guardas. Na fuga seu colega de cela acaba sendo morto. Isso porém não é problema para Cotter que está desesperado em ser novamente um homem livre, para dar continuidade em sua vida no crime. De volta às ruas, ele acaba se envolvendo em um roubo, mas após ser pego pelo inspetor de polícia descobre que ele pode ser corrompido por dinheiro. Isso coloca o policial nas mão de Cotter, que agora não vê mais limites para seus planos no mundo do crime.
Comentários:
James Cagney foi o mais adorado vilão do cinema americano. Baixinho, atarracado e com cara de mau, ele construiu toda a sua carreira interpretando bandidos, assassinos e gangsters, todos com raro brilhantismo. Na era de ouro do cinema clássico ele foi o mais famoso "homem mau" das telas de cinema. Aqui Cagney volta a interpretar um criminoso, um sujeito que em nenhum momento tenta se fingir de bonzinho ou ser dado a crises de consciência. Pelo contrário, seu personagem Ralph Cotter é um escroque assumido. Após gravar o inspetor de polícia negociando com ele uma propina ele começa a ter o tira nas mãos. Ao lado de um advogado também sujo (Luther Adler, em excelente atuação como Keith 'Cherokee' Mandon) ele acaba percebendo que não haverá mais limites para seus golpes no mundo da criminalidade. Como porém nada é perfeito, acaba cometendo dois erros, justamente ao se envolver com as mulheres erradas, a irmã de seu companheiro morto na fuga e a filha de um milionário e político influente. Quem conhece a carreira de James Cagney sabe que em todo filme seu personagem deveria protagonizar uma cena de extrema violência. Algumas vezes ele amassava uma fruta na cara de alguma mulher que ousasse lhe enfrentar. Aqui ele perde a cabeça após ser agredido por uma garota e lhe dá uma surra com toalhas de banho - imagine algo assim em plenos anos 1950, onde o moralismo era muito presente, inclusive em filmes. O público adorava até porque todos tinham pago para ver o lado mais perverso e cruel de Cagney e certamente saíam plenamente satisfeitos do cinema após verem cenas como essa.
Pablo Aluísio.
Título Original: Kiss Tomorrow Goodbye
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Harry Brown, Horace McCoy
Elenco: James Cagney, Barbara Payton, Helena Carter
Sinopse:
Ralph Cotter (James Cagney) é um prisioneiro condenado que decide fugir após uma distração dos guardas. Na fuga seu colega de cela acaba sendo morto. Isso porém não é problema para Cotter que está desesperado em ser novamente um homem livre, para dar continuidade em sua vida no crime. De volta às ruas, ele acaba se envolvendo em um roubo, mas após ser pego pelo inspetor de polícia descobre que ele pode ser corrompido por dinheiro. Isso coloca o policial nas mão de Cotter, que agora não vê mais limites para seus planos no mundo do crime.
Comentários:
James Cagney foi o mais adorado vilão do cinema americano. Baixinho, atarracado e com cara de mau, ele construiu toda a sua carreira interpretando bandidos, assassinos e gangsters, todos com raro brilhantismo. Na era de ouro do cinema clássico ele foi o mais famoso "homem mau" das telas de cinema. Aqui Cagney volta a interpretar um criminoso, um sujeito que em nenhum momento tenta se fingir de bonzinho ou ser dado a crises de consciência. Pelo contrário, seu personagem Ralph Cotter é um escroque assumido. Após gravar o inspetor de polícia negociando com ele uma propina ele começa a ter o tira nas mãos. Ao lado de um advogado também sujo (Luther Adler, em excelente atuação como Keith 'Cherokee' Mandon) ele acaba percebendo que não haverá mais limites para seus golpes no mundo da criminalidade. Como porém nada é perfeito, acaba cometendo dois erros, justamente ao se envolver com as mulheres erradas, a irmã de seu companheiro morto na fuga e a filha de um milionário e político influente. Quem conhece a carreira de James Cagney sabe que em todo filme seu personagem deveria protagonizar uma cena de extrema violência. Algumas vezes ele amassava uma fruta na cara de alguma mulher que ousasse lhe enfrentar. Aqui ele perde a cabeça após ser agredido por uma garota e lhe dá uma surra com toalhas de banho - imagine algo assim em plenos anos 1950, onde o moralismo era muito presente, inclusive em filmes. O público adorava até porque todos tinham pago para ver o lado mais perverso e cruel de Cagney e certamente saíam plenamente satisfeitos do cinema após verem cenas como essa.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
A Piscina Mortal
Título no Brasil: A Piscina Mortal
Título Original: The Drowning Pool
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Tracy Keenan Wynn, Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Anthony Franciosa
Sinopse:
O detetive Harper (Paul Newman) é contratado por uma antiga namorada, que agora vive como rica dama da sociedade em New Orleans, para desvendar um mistério envolvendo aspectos obscuros de seu ciclo familiar e social. Seguindo pistas e descobrindo relações ilícitas, Harper acaba desvendando uma complexa rede criminosa envolvendo figurões da cidade.
Comentários:
Um raro momento em que Paul Newman voltou a interpretar o mesmo personagem em uma sequência, isso porque "The Drowning Pool" nada mais é do que uma continuação de "Harper - O Caçador de Aventuras" de 1966. O detetive Lew Harper, com todo seu jeito de sujeito malandro que consegue se sair das maiores enrascadas, pelo visto cativou mesmo Newman que retornou ao mesmo papel quase dez anos depois. Como não poderia ser diferente Newman resolveu trazer também sua esposa de longa data, Joanne Woodward, para o elenco. A Warner aliás já vinha tentando filmar esse script há muitos anos, mas sempre esbarrava na negativa de Paul Newman, já que naquela época sequências não eram tão comuns como hoje em dia. Depois de ter sido reescrito várias vezes finalmente o roteiro foi considerado satisfatório pelo ator que resolveu topar encarnar o cínico detetive mais uma vez. Nesse segundo filme - que passa bem longe de ser tão bom quanto o original - o personagem de Newman desvenda uma trama (típica de produções como essa) bem menos complicada. A cena final no grande tanque do balneário quase levou o filme a ser indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Por fim, como mera curiosidade, esse filme foi também um dos primeiros da carreira da atriz Melanie Griffith que aqui interpreta a personagem coadjuvante Schuyler. No saldo final vale a pena assistir, embora não seja dos melhores filmes do mito Paul Newman.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Drowning Pool
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Tracy Keenan Wynn, Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Anthony Franciosa
Sinopse:
O detetive Harper (Paul Newman) é contratado por uma antiga namorada, que agora vive como rica dama da sociedade em New Orleans, para desvendar um mistério envolvendo aspectos obscuros de seu ciclo familiar e social. Seguindo pistas e descobrindo relações ilícitas, Harper acaba desvendando uma complexa rede criminosa envolvendo figurões da cidade.
Comentários:
Um raro momento em que Paul Newman voltou a interpretar o mesmo personagem em uma sequência, isso porque "The Drowning Pool" nada mais é do que uma continuação de "Harper - O Caçador de Aventuras" de 1966. O detetive Lew Harper, com todo seu jeito de sujeito malandro que consegue se sair das maiores enrascadas, pelo visto cativou mesmo Newman que retornou ao mesmo papel quase dez anos depois. Como não poderia ser diferente Newman resolveu trazer também sua esposa de longa data, Joanne Woodward, para o elenco. A Warner aliás já vinha tentando filmar esse script há muitos anos, mas sempre esbarrava na negativa de Paul Newman, já que naquela época sequências não eram tão comuns como hoje em dia. Depois de ter sido reescrito várias vezes finalmente o roteiro foi considerado satisfatório pelo ator que resolveu topar encarnar o cínico detetive mais uma vez. Nesse segundo filme - que passa bem longe de ser tão bom quanto o original - o personagem de Newman desvenda uma trama (típica de produções como essa) bem menos complicada. A cena final no grande tanque do balneário quase levou o filme a ser indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Por fim, como mera curiosidade, esse filme foi também um dos primeiros da carreira da atriz Melanie Griffith que aqui interpreta a personagem coadjuvante Schuyler. No saldo final vale a pena assistir, embora não seja dos melhores filmes do mito Paul Newman.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)