quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Frankie Valli and the Four Seasons

Certa vez li um texto escrito por um jornalista inglês especializado em música pop dizendo, de forma bem irônica e ácida, que o Four Seasons foi “a melhor banda de casamentos da história”. Era um tom de escárnio com a música do grupo, como se quisesse desmerece-los por causa de suas canções inocentemente românticas. Bom, como diria o presidente JFK jamais confie em especialistas! Na verdade o grupo Frankie Valli and the Four Seasons marcou bastante a música americana, principalmente naquela fase de entressafra, quando a música jovem daquele país passava por uma grande mudança. A indústria que se assustara com os roqueiros rebeldes e perigosos dos anos 50 agora abraçava moços bem comportados, que só queriam emplacar sua música nas paradas de sucessos. Nada de derrubar o sistema, nem de invocar rebelião nas escolas. O grupo só queria mesmo cantar o amor juvenil daquela época para assim vender muitos discos. Esse aliás era o grande sonho do baixinho Frankie Valli, descendente de italianos, que queria mostrar o talento de seu grupo. Dono de uma voz finíssima e até estridente, Valli, mesmo que por caminhos tortuosos, conseguiu chegar lá!

O grupo nasceu em 1960 e sua formação inicial contava com o próprio Frankie Valli como líder vocal, Bob Gaudio nos teclados, Tommy DeVito na guitarra e Nick Massi no baixo.  Frankie Valli já tinha estrada pois estava tentando decolar na carreira desde 1953. Ele participou de sucessivos grupos mas a sorte não parecia bater na sua porta. Não conseguiu se sobressair e nem fazer sucesso, também pudera na década de 50 o rock americano teve uma verdadeira explosão de criatividade, dominando todas as paradas. Só na década seguinte Valli conseguiu conquistar seu lugar ao sol, justamente quando se uniu ao Four Seasons. O primeiro single foi um fracasso mas aos poucos o grupo foi chamando a atenção, conquistando seu espaço. A explosão veio com "Sherry”, seguido do sucesso número 1 da Billboard, "Big Girls Don't Cry". A partir daí o grupo se firmou e foi conseguindo um sucesso atrás do outro até a invasão britânica em 1964 que de uma forma ou outra enterrou várias carreiras de artistas americanos. É claro que o som deles jamais poderia ser páreo para os Beatles e os Rolling Stones. Não faz mal. Ouvir um álbum do Four Seasons hoje é um dos maiores prazeres que um fã da música dos anos 60 pode desfrutar. Seu som, suas letras sobre romances adolescentes e principalmente a voz de Valli ainda soam maravilhosamente inocentes e cativantes. Uma volta ao tempo que faz muito bem à alma e ao espírito. Por isso serão sempre eternos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A-ha – Memorial Beach

Nem sempre os melhores álbuns se tornam necessariamente sucessos de vendas. Um dos maiores exemplos disso é “Memorial Beach”, um dos discos mais bem produzidos e realizados do grupo norueguês A-ha, que a despeito de sua grande qualidade musical literalmente afundou nas paradas. Para se ter uma idéia o álbum não conseguiu se destacar nem nas paradas da Alemanha e Inglaterra, dois fortes redutos de fãs do grupo. Porque isso aconteceu? Muitos atribuem o fato à pouca divulgação que o disco teve em seu lançamento, já outros acreditam que seu resultado comercial pífio foi resultado das próprias músicas presentes no álbum pois tinham pouca vocação comercial, sendo em sua grande maioria faixas mais românticas, ternas, que em pouco lembravam os hits radiofônicos dos discos anteriores do grupo. De uma forma ou outra “Memorial Beach” acabou mesmo sendo ignorado pelo grande público, circulando apenas entre os fãs mais fieis ao A-ha.

Deixando a questão meramente comercial de lado e analisando o trabalho apenas em seu lado artístico não há como negar que “Memorial Beach” é sem dúvida um dos melhores discos do A-ha. As canções, todas extremamente bem escritas e executadas, levam o ouvinte a realmente se sentir numa praia durante um entardecer preguiçoso. Há grandes baladas aqui, todas com melodias inspiradas, sem qualquer pressa de chegarem ao fim. O clima relaxante e romântico dita o tom de todas as demais músicas. Isso porém não quer dizer que haja apenas baladas. “Move to Memphis”, por exemplo, é ótima, ideal para dançar e se divertir. Curiosamente o disco foi gravado em um frio e isolado estúdio localizado nos arredores de Minneapolis, o que deve ter contribuído ainda mais para o clima soturno de “Memorial Beach”. Enfim, fica a dica para quem não conhece e pensa que o A-ha é apenas um grupo vocacionado para sucessos descartáveis de FM. Eles são bem mais do que isso e “Memorial Beach” prova isso muito bem.

A-ha - Memorial Beach (1993)
Dark Is the Night for All
Move to Memphis
Cold as Stone
Angel in the Snow
Locust
Lie Down in Darkness
How Sweet It Was
Lamb to the Slaughter
Between Your Mama and Yourself
Memorial Beach

Pablo Aluísio.

Jimmy Clanton

Algumas histórias no mundo da música são mais do que divertidas, são na verdade finas ironias do destino. Veja o caso de Jimmy Clanton. Ele surgiu no vácuo deixado por Elvis Presley após ele ser convocado pelo exército americano no final da década de 50. Caindo nas graças do influente DJ Alan Freed, o jovem mal tinha saído do High School e já estava vendo sua carreira decolar rapidamente. Numa conversa informal com um produtor do selo Ace Records, Freed teria dito: “Qualquer garoto bonito pode fazer o mesmo sucesso que Elvis. Eu vou transformar esse garoto em um cantor maior que Presley, espere e verá!”. E no começo as coisas realmente pareciam ir muito bem. De repente Jimmy Clanton começou a aparecer nas paradas de sucesso, na TV (no popular American Bandstand) e sua gravação "Just a Dream" subiu ao primeiro posto da Billboard (vendendo mais de um milhão de cópias!). Um feito maravilhoso, só comparado a Elvis, é claro! Mas eles queriam mais. Após mais um sucesso, a deliciosamente descerebrada “Go Jimmy Go”, o cantor foi parar nas telas de cinema.

Ele assim surgiu estrelando mais um daqueles típicos filmes de rock ´n´ roll, “Go, Johnny Go!”. Na película ele interpretava o personagem Johnny Melody, uma paródia de si mesmo. Vieram mais sucessos em seguida, "A Letter to an Angel," "Ship on a Stormy Sea," e "Venus in Blue Jeans". A verdade é que enquanto Elvis Presley estava virando picolé no frio da Alemanha, Jimmy Clanton deitava e rolava nas paradas e no cinema até que... bem, a festa certamente não duraria para sempre! Em 1960, bem no exato momento em que Elvis voltava para os EUA com ampla repercussão da mídia, Clanton era convocado pelo exército americano! Existe ironia mais interessante do que essa no mundo da música americana? Eu acredito que não. Ele acabou sendo vitima do mesmo destino que havia prejudicado Elvis e que em última análise o tinha transformado em um astro!. Clanton acabou ficando dois anos em serviço militar e quando voltou o mundo musical já era bem outro. Os Beatles estavam nas paradas e ninguém mais daria muita bola para um artista que sempre vivera na sombra de Elvis Presley (já naquela época também passando sufoco para competir com a invasão britânica). A moral de toda essa história? Ora, definitivamente o mundo dá voltas meus amigos...

Pablo Aluísio

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

The Trashmen - Surfin' Bird

Provavelmente você não conheça assim de nome, afinal quem se lembraria de um grupo de rock chamado “Os Lixeiros”? Se não lembra do grupo certamente se lembrará de seu som ao ouvir o maior sucesso deles, "Surfin' Bird"! A música foi lançada em um single sem maiores pretensões em 1963 e conseguiu a façanha de alcançar o quarto lugar entre os mais vendidos da parada Billboard, provavelmente o maior feito comercial de uma banda de garagem da história da música americana! Sim, o Trashmen era uma banda de amigos de Minnesota que nunca se levaram muito a sério (bom, basta ouvir Surfin Bird para entender isso).

E foi justamente esse o segredo do sucesso desse single – a sonoridade era tão absurdamente estúpida e a letra tão completamente debilóide que obviamente caiu nas graças dos jovens de forma imediata! Foi um estouro de vendas! Era tola, ridícula e... irresistível! O grupo acabou em 1967, quase no anonimato já que Surfin Bird tinha sido a única grande “criação” deles (na verdade uma fusão de duas outras músicas, "The Bird's the Word" e "Papa-Oom-Mow-Mow" que não foram creditadas na época) mas quem se importa? Surfin Bird é uma das melhores representantes da surf music, que aqui surge em sua essência, uma ode ao doce sabor da juventude sem problemas da década de 60! Quem disse que toda música tem que mudar o mundo? O Trashmen provou justamente o contrário disso!

Pablo Aluísio.

Patsy Cline

Certa vez durante uma reunião com amigos um deles me fez uma pergunta das mais interessantes: “Pablo qual foi na sua opinião a voz feminina dos anos 60?”. Nem pensei muito. “Patsy Cline” – respondi. Infelizmente poucos se lembram de Patsy, principalmente no Brasil, onde apenas colecionadores mais atentos se lembram da maravilhosa voz dessa cantora, em um timbre vocal que sempre gostei de chamar de angelical. Além disso é impossível ouvir uma canção de Patsy sem lembrar imediatamente dos chamados anos dourados. É uma associação imediata. Sua voz, seus arranjos, as letras, tudo soa muito evocativo àquele período.

Patsy Cline foi uma estrela cadente. Gravou apenas três álbuns de estúdio e teve sua vida encerrada muito cedo, morrendo com apenas 30 anos em 1963 mas seu legado é fenomenal. Ela começou a carreira no universo country mas logo despontou com um pop romântico fantástico que logo alcançou repercussão nas paradas. “Crazy” é sintomático nessa nova fase. Como uma típica garota daqueles anos ela teve que conciliar sua carreira musical com seus casamentos, que não deram muito certo. Ela vivia nessa dualidade entre a vida de cantora e dona de casa mas a vocação falou mais alto. Patsy morreu em um acidente de carro perto de Camdem, uma cidade importante na história da música americana pois foi lá que nasceu a RCA Victor uma das companhias mais importantes da indústria fonográfica. Felizmente seus discos preservaram o que de melhor havia nela, seu grande talento vocal.

Discografia de Patsy Cline:
Patsy Cline (1957)
Patsy Cline Showcase (1961)
Sentimentally Yours (1962)

Pablo Aluísio.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eagles - Hotel California

Eu adoro o Eagles. Essa banda tem aquele sonzão poderoso da década de 70 que sempre me agrada. O meu primeiro álbum do Eagles, ainda na era do vinil, foi esse "Hotel California" que traz a música mais conhecida do grupo. Basta começar o excelente dedilhado de introdução para todos os ouvintes saberem de que música se trata. A canção é conhecidíssima e envolta em muitas lendas urbanas por causa de sua letra que para alguns é muito sinistra e sombria. Afinal o que seria o Hotel California? O purgatório? O próprio Hades? Cada um aparece com uma interpretação diferente o que mitifica ainda mais a música que é realmente maravilhosa. O Eagles é um dos grupos mais interessantes do country rock americano pois ao mesmo tempo em que são campeões de vendas de discos nunca perderam seu estilo muito singular, que qualifico tranquilamente como alternativo. Seu som único embala há gerações e eles ainda hoje seguem com o pé na estrada mostrando a vitalidade de seu nome mesmo nos dias de hoje. Sempre tocando em concertos com lotação esgotada por onde se apresentam o Eagles tem um público fiel, só comparado aos grandes nomes da história da música como Beatles, Elvis ou Pink Floyd.

Hoje eles soam bem mais comportados mas na década de 70 os membros do Eagles não eram nada fáceis. Suas histórias extravagantes durante as turnês são lendárias. Formado por grande beberrões e farristas o Eagles surpreende por ter sobrevivido àqueles anos alucinados. Viveram realmente o lema do "Sexo, Drogas e Rock n Roll" em plenitude. Esse álbum foi gravado naquela fase conturbada. Como viviam brigando entre si o Eagles teve muitas formações diferentes ao longo dos anos. Aqui o grupo surge pela primeira sem o membro fundador Bernie Leadon que resolveu deixar a banda para alcançar vôos solos. Sem dúvida uma grande perda pois além de ótimo vocalista era um letrista dos mais capazes. Mesmo com sua saída o grupo seguiu em frente, demonstrando que poderiam seguir sem Bernie.

O som aqui surge mais bem elaborado, com ótimos arranjos. Não há espaços em branco no som do Eagles. Há sempre uma guitarra solando no fundo (às vezes até duas ou mais) o que deixa a sonoridade encorpada e brilhante. Credito a Hotel California o título de um dos mais roqueiros trabalhos do grupo. Seu som ficou mais forte, com muita pegada. Um exemplo é a ótima "Life in the Fast Lane" onde Don Henley consegue uma vocalização extremamente bem integrada com a parte instrumental (há também um dos melhores solos do Eagles).  Don Henley aliás predomina na parte vocal, sendo seguido de perto por Glenn Frey e Joe Walsh, ambos em grande forma. Tanto bom gosto resultou em excelentes números. "Hotel California", o álbum, vendeu 16 milhões de cópias apenas nos EUA, um número fantástico. Junte-se a isso os 3 singles extraídos do disco (todos campeões de vendas) e você entenderá o sucesso do Eagles. Sua coletânea "Eagles Greatest Hits" vendeu inacreditáveis 42 milhões de cópias o que mostra a força do grupo dentro do mercado fonográfico. Isso porém é o de menos. O que vale a pena é sempre ouvir esses loucos maravilhosos e sua sonoridade única. Eagles é realmente tudo de bom.

Eagles - Hotel Califórnia (1976)
Hotel California
New Kid in Town
Life in the Fast Lane  
Wasted Time  
Wasted Time (Reprise)  
Victim of Love
Pretty Maids All in a Row
Try and Love Again
The Last Resort

Pablo Aluísio.

Eagles - On the Border

Ultimamente tenho ouvido bastante esse álbum. É interessante porque o grupo Eagles é gigante dentro das fronteiras americanas. Um de seus discos se encontra no seleto grupo dos cinco álbuns mais vendidos da história na indústria fonográfica dos Estados Unidos. Só que isso só acontece mesmo entre os fãs de country - rock naquele país. Em outros lugares do mundo, como Europa e Brasil, o Eagles é mais conhecido por Hotel California e olhe lá! É isso não deixa de ser uma injustiça porque foi um grupo excepcional dentro de seu nicho musical. Eram excelentes músicos, tanto de palco como de estúdio, por essa razão mereciam ter maior prestígio nos demais países estrangeiros.

Esse disco em particular tem uma excelente seleção musical. Ele foi lançado originalmente em 1974. Produzido pela dupla de talentosos produtores musicais formada por Bill Szymczyk e Glyn Johns, foi o primeiro disco do Eagles a trazer o jovem guitarrista Don Felder. A capa, trazendo uma bela arte, mostrava uma águia voando no deserto do oeste, com destaque para as formações rochosas do Monument Valley, algo bem no estilo country and western. Minha faixa preferida nesse disco abria o lado B do vinil original. Era "James Dean". O título já entregava o jogo. Uma homenagem do grupo ao ator James Dean, morto em 1955. O refrão retomava o lema de viver rapidamente, sendo muito jovem para morrer. A melodia era aquele tipo de sonoridade que grudava na mente do ouvinte. Colocaram até o som de um carro acelerando para reforçar a mensagem. Ficou muito bom. Outro destaque é a bela canção "Already Gone", que já abria as cortinas do disco em grande estilo.

Eagles - On the Border (1974)
Already Gone
You Never Cry Like a Lover
Midnight Flyer
My Man
On the Border
James Dean
Ol' 55
Is It True?
Good Day in Hell
Best of My Love

Pablo Aluísio.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Eagles - Their Greatest Hits (1971 - 1975)

Qual foi o disco mais vendido da história? Acredite, por anos e anos foi justamente esse "Their Greatest Hits" do grupo americano de country rock Eagles! No total esse álbum vendeu 18 milhões de cópias e isso quase que exclusivamente nos Estados Unidos. Assim percebemos como o Eagles é bem maior dentro das fronteiras do Tio Sam do que no resto do mundo. Dentro dos Estados Unidos o Eagles é considerado um dos maiores grupos de rock da história. No resto do mundo eles são apenas encarados como uma boa banda dos anos 70. Injustiça!

Pois bem, aqui nesse disco temos os maiores sucessos do grupo em sua fase de maior criatividade e maior sucesso comercial. Os membros eram jovens, estavam compondo suas melhores músicas e eles estavam surfando na onda do sucesso. É o auge deles como grupo, sem dúvida. Some-se a isso a formação clássica, considerada a melhor do grupo em todos os seus anos de carreira. Se você é um ouvinte ocasional do Eagles, que não faz questão de colecionar a discografia deles, esse álbum vai satisfazer todas as suas pretensões. Já se você quiser ir mais a fundo da música do Eagles, bem nesse caso o disco vai soar bem superficial mesmo. É tudo uma questão de ponto de vista.

Eagles - Their Greatest Hits (1971 - 1975)
Take It Easy
Witchy Woman
Lyin' Eyes
Already Gone
Desperado
One of These Nights
Tequila Sunrise
Take It to the Limit
Peaceful Easy Feeling
Best of My Love

Pablo Aluísio.

Eagles - One of These Nights

Assim como aconteceu com o Pink Floyd o auge dos Eagles se deu nos 1970. Em meados daquela década o grupo estava super entrosado e afiado. As inúmeras turnês trouxeram uma maestria sonora ao grupo que jamais seria alcançada em nenhum outro momento de sua história. Some-se a isso o fato dos membros do conjunto estarem no auge de sua juventude, vivendo pelas estradas empoeiradas dos Estados Unidos o sonho de ser um rockstar. O bom momento se reflete justamente nesse excelente disco, "One of These Nights", que seria o quarto álbum do grupo e o antecessor imediato da obra prima deles, "Hotel California".

E basicamente o que temos aqui? Uma coleção primorosa de belos arranjos e letras acima da média. Assim que chegou nas lojas o público correu para transformar o vinil em um dos mais vendidos da história, com quatro milhões de cópias consumidas em poucas semanas. Isso abriu as portas do sucesso internacional ao Eagles que saiu em sua primeira turnê fora dos Estados Unidos. O resto é história. Embora hoje em dia o Eagles seja considerada apenas uma banda de rock country blues ao estilo jurássico, o fato é que o som das águias atravessou o tempo, comprovando a extrema qualidade de suas gravações, que resistiram bravamente ao teste do tempo. / Produção: Bill Szymczyk / Formato Original: Vinil / Músicos: Don Felder, Glenn Frey, Don Henley, Bernie Leadon, Randy Meisner

Eagles - One of These Nights (1975)
One of These Nights
Too Many Hands
Hollywood Waltz
Journey of the Sorcerer
Lyin' Eyes
Take It to the Limit
Visions
After the Thrill Is Gone
I Wish You Peace.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ultraje a Rigor - Nós Vamos Invadir sua Praia

Talvez seja um dos discos de estreia mais importantes da geração do rock Brasil dos anos 80. É incrível, mas olhando para a seleção de músicas ficamos com a impressão de que o disco seria uma coletânea e não a estreia de uma banda de rock brasileira. Eu acho que o Ultraje a Rigor nunca mais poderia superar um LP como esse - e realmente eles nunca mais repetiram o feito, em toda a sua discografia. Pena que com o tempo o grupo fosse perdendo o foco. Mudanças de formação e falta de turnês mais consistentes minaram um pouco o brilho desse grupo de rock.

As faixas, com poucas exceções, são todas boas e fizeram sucesso. O Lobão chegou a fazer uma pequena participação na faixa título do álbum. No mais só clássicos do Ultraje a Rigor como "Eu me Amo", que tem uma letra simples, mas muito bem sacada e "Rebelde sem Causa", trocadilho com o nome do famoso filme de James Dean. "Ciúme" completa a lista das melhores. Fora essas ainda tem a engraçadinha "Marylou" e  "Jesse Go", que segundo o próprio Roger Rocha Moreira foi composto em "homenagem" ao Paulo Ricardo e seu estrelismo misturado com egotrip.

Ultraje a Rigor - Nós Vamos Invadir sua Praia (1985)
Nós Vamos Invadir sua Praia
Rebelde sem Causa
Mim Quer Tocar
Zoraide
Ciúme
Inútil
Marylou
Jesse Go
Eu Me Amo
Se Você Sabia
Independente Futebol Clube

Pablo Aluísio.