segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Godzilla, O Monstro do Mar

Título no Brasil: Godzilla, O Monstro do Mar
Título Original: Godzilla, King of the Monsters!
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Toho Company, Jewell Enterprises Inc
Direção: Ishirô Honda, Terry O. Morse
Roteiro: Shigeru Kayama, Takeo Murata
Elenco: Raymond Burr, Takashi Shimura, Momoko Kôchi, Akira Takarada, Akihiko Hirata, Sachio Sakai

Sinopse:
Após um teste de uma bomba atômica no oceano, um dinossauro gigante desperta de seu sono milenar, surgindo das profundezas para destruir a capital japonesa de forma avassaladora.

Comentários:
O Godzila, mesmo sendo uma criação antiga, segue dando frutos no cinema. Recentemente tivemos mais um filme nos cinemas brasileiros, mostrando a força desse monstro radioativo. Aliás o próprio conceito dele é algo bem de acordo com as paranoias que andavam em alta durante a guerra fria. A energia nuclear era vista como uma grande ameaça, algo que poderia inclusive mudar a natureza das coisas, fazendo surgir monstros como esse dinossauro que emergia das profundezas do oceano. No mais fica a dica para quem deseja ir fundo na história do personagem, em suas raízes. Essa produção entre Estados Unidos e Japão traz tudo o que um fã de cinema trash quer ver. Dublês em roupas de borracha, cidades de papelão sendo destruídas e, é claro, um sabor nostálgico que sobrevive a tudo, até mesmo a um envelhecimento brutal de seus primitivos efeitos visuais. Afinal esse tipo de diversão não tem mesmo idade. É ver para conferir.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Cinema Clássico - Montgomery Clift

Montgomery Clift
(1920–1966) foi um dos atores mais marcantes de Hollywood e um dos grandes nomes associados ao “Método” de interpretação, ao lado de Marlon Brando e James Dean.

Morte
Clift morreu em 23 de julho de 1966, em Nova York, aos 45 anos. Ele foi encontrado morto por seu secretário, no apartamento onde vivia. A causa oficial foi um infarto fulminante enquanto dormia. Nos anos anteriores, sua saúde já estava bastante debilitada por conta do uso excessivo de álcool e medicamentos, além das sequelas do grave acidente de carro que sofreu em 1956, durante as filmagens de seu mais recente filme. Esse acidente desfigurou parte de seu rosto e afetou sua saúde física e mental.

Legado como ator
O legado de Montgomery Clift é enorme, especialmente na forma como ajudou a transformar a atuação no cinema americano:

Interpretação naturalista e intensa – Foi um dos pioneiros em trazer para o cinema uma atuação mais contida, psicológica e realista, rompendo com o estilo teatral e artificial que dominava Hollywood.

Ícone do “Método” – Junto com Brando e Dean, é considerado parte da “trindade” que revolucionou a interpretação, influenciando gerações de atores como Al Pacino, Robert De Niro e Daniel Day-Lewis.

Personagens complexos e vulneráveis – Em filmes como Um Lugar ao Sol (1951), A Um Passo da Eternidade (1953) e Julgamento em Nuremberg (1961), deu vida a personagens cheios de dilemas morais, fragilidades e profundidade emocional.

Símbolo de autenticidade – Sua recusa em se submeter totalmente ao sistema de estúdios de Hollywood e sua busca por papéis de qualidade o tornaram um ator respeitado, admirado por colegas e cinéfilos.

Clift deixou uma filmografia relativamente curta (17 filmes), mas cada papel seu é lembrado pela intensidade e humanidade que conseguia transmitir. Muitos críticos o consideram um dos maiores atores de todos os tempos.

Pablo Aluísio. 

Lobisomens Sobre Rodas

Título no Brasil: Lobisomens Sobre Rodas
Título Original: Werewolves on Wheels
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: South Street Films
Direção: Michel Levesque
Roteiro: David M. Kaufman, Michel Levesque
Elenco: Steve Oliver, Donna Anders, Gene Shane

Sinopse: 
Um grupo de motoristas no estilo dos Hell's Angels (mas neste caso, chamado The Devil's Advocate), percorre o sudoeste dos Estados Unidos procurando encrenca, bebendo cerveja e assustando os velhinhos. Ao se encrencarem com uma seita demoníaca (!) são "amaldiçoados" e começam a morrer de forma misteriosa...

Comentários:
Fime de drive-in. Por essa época, começo dos anos 1970, esse tipo de cinema onde o sujeito entrava com seu carro em uma grande área aberta com um telão na frente já estava em franca decadência mas ainda resistia em cidades empoeiradas do interior americano. O preço era a metade de um cinema normal então os filmes exibidos geralmente eram porcarias trashs feitas a toque de caixa. "Werewolves on Wheels" foi apenas mais um dos quatro filmes dirigidos por Michel Levesque, todos trashs. Pior do que colocar lobisomens andando de motos só "Sweet Sugar", seu filme seguinte, que não tinha roteiro nenhum, só um monte de garotas de bikinis andando seminuas nas praias da Costa Rica. Afinal quem precisa de algo a mais do que isso?"

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Cine Clássico - Montgomery Clift - Filmografia


Aqui está a filmografia completa de Montgomery Clift, com o título em português (no Brasil), o título original e o ano de lançamento.

Montgomery Clift (1920–1966) teve uma carreira relativamente curta, mas intensa — atuou em apenas 17 filmes e é lembrado como um dos maiores atores do cinema clássico americano.


🎬 FILMOGRAFIA COMPLETA DE MONTGOMERY CLIFT

  1. Rio Vermelho
    Título original: Red River
    Ano: 1948
    🐂 Faroeste clássico de Howard Hawks, coestrelado por John Wayne.

  2. Os Amores de Lídia
    Título original: The Search
    Ano: 1948
    🎖️ Drama sobre a Europa devastada pela guerra. Clift recebeu sua primeira indicação ao Oscar.

  3. A Place in the Sun (Um Lugar ao Sol)
    Título original: A Place in the Sun
    Ano: 1951
    💔 Um dos papéis mais marcantes de sua carreira, ao lado de Elizabeth Taylor.

  4. O Preço da Glória
    Título original: The Big Lift
    Ano: 1950
    ✈️ Drama militar sobre a ponte aérea de Berlim.

  5. Assim Estava Escrito
    Título original: The Heiressnão! ele não participa.
    ⚠️ (Correção: filme de 1949 “The Heiress” é com Olivia de Havilland e Montgomery Clift não participa.)
    → próximo título correto:

  6. A Luz é para Todos
    Título original: The Big Lift — já listado. Vamos seguir a ordem correta:


🗓️ Ordem Cronológica Correta

  1. Rio Vermelho (Red River) – 1948

  2. A Procura (The Search) – 1948

  3. O Preço da Glória (The Big Lift) – 1950

  4. Um Lugar ao Sol (A Place in the Sun) – 1951

  5. Tarde Demais (I Confess) – 1953
    🎥 Dirigido por Alfred Hitchcock. Clift interpreta um padre acusado injustamente de assassinato.

  6. Mocidade Audaciosa (Terminal Station / Indiscretion of an American Wife) – 1953
    💔 Drama romântico com Jennifer Jones.

  7. Os Desajustados (The Misfits) – 1961
    🌵 Último filme completo de Marilyn Monroe e Clark Gable.

  8. De Repente, no Último Verão (Suddenly, Last Summer) – 1959
    🌺 Clift atua com Elizabeth Taylor e Katharine Hepburn.

  9. O Julgamento de Nuremberg (Judgment at Nuremberg) – 1961
    ⚖️ Indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

  10. Freud – Além da Alma (Freud: The Secret Passion) – 1962
    🧠 Interpreta Sigmund Freud sob direção de John Huston.

  11. A Árvore da Vida (Raintree County) – 1957
    🌳 Drama romântico com Elizabeth Taylor.

  12. O Grande Pecado (Lonelyhearts) – 1958
    📰 Adaptação de peça de Nathanael West.

  13. Os Canhões de Navarone – ❌ (não participa, apenas confusão comum com Gregory Peck).

  14. Até a Eternidade (From Here to Eternity) – 1953
    ⚓ Clássico de guerra; indicado ao Oscar de Melhor Ator.

  15. Rio de Sangue (The Defector) – 1966
    🔚 Seu último filme, lançado após sua morte.

  16. O Deserto Vivo (The Young Lions) – 1958
    🎖️ Filme de guerra com Marlon Brando e Dean Martin.


🧾 RESUMO EM ORDEM CRONOLÓGICA FINAL

Ano Título no Brasil Título Original
1948 Rio Vermelho Red River
1948 A Procura The Search
1950 O Preço da Glória The Big Lift
1951 Um Lugar ao Sol A Place in the Sun
1953 Tarde Demais I Confess
1953 Até a Eternidade From Here to Eternity
1953 Mocidade Audaciosa Indiscretion of an American Wife (Terminal Station)
1957 A Árvore da Vida Raintree County
1958 O Deserto Vivo The Young Lions
1958 O Grande Pecado Lonelyhearts
1959 De Repente, no Último Verão Suddenly, Last Summer
1961 O Julgamento de Nuremberg Judgment at Nuremberg
1961 Os Desajustados The Misfits
1962 Freud – Além da Alma Freud: The Secret Passion
1966 Rio de Sangue The Defector

Carlitos Bombeiro

Título no Brasil: Carlitos Bombeiro
Título Original: The Fireman
Ano de Produção: 1916
País: Estados Unidos
Estúdio: Mutual Film
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin, Vincent Bryan
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Lloyd Bacon, Eric Campbell, Leo White, James T. Kelley

Sinopse:
Carlitos (Charles Chaplin) arranja um novo emprego no corpo de bombeiros da cidade. Tudo começa bem calmo, mas logo se transforma em caos quando ele e seus companheiros precisam apagar um grande incêndio em uma casa. E quem poderia imaginar que ele iria encontrar o grande amor de sua vida nessa tragédia?

Comentários:
Depois do sucesso de seus primeiros filmes Chaplin finalmente pôde colocar em prática suas ideias de humor físico mais bem elaborado. Agora ele pedia ao estúdio não apenas um grande elenco de apoio, com coadjuvantes e extras, etc, mas também cenários muito bem elaborados. Para esse filme Chaplin pediu duas casas para incendiar, além de acesso sem restrições ao quartel do corpo de bombeiros de Los Angeles, dois pedidos que foram aceitos, não sem grande sacríficio. Os bombeiros adoravam Chaplin e não se recusaram a aparecerem no filme. Até porque foi necessário mesmo a presença deles por causa das casas pegando fogo - e de verdade! O filme é muito divertido, como era de se esperar. Com 24 minutos de duração, o que hoje em dia seria considerado um curta-metragem, foi também um dos últimos filmes de Chaplin em que ele investiu basicamente no humor físico, sem desenvolver muito os personagens, algo que em breve iria acontecer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Cinema Clássico - Vincent Price


Cinema Clássico - Vincent Price
O ator Vincent Price, símbolo maior dos filmes de terror clássico capricha na pose e na caracterização em cena do filme "Nos Domínios do Terror" que trazia três contos de horror, para deleite dos fãs.

Pablo Aluísio. 

Cinema Clássico - Anthony Perkins


Cinema Clássico - Anthony Perkins
O ator Anthony Perkins, o eterno Norman Bates do filme "Psicose" de Alfred Hitchcock, procurou trilhar outros caminhos na carreira, como nesse filme "Profanação", um bom thriller psicológico lançado nos anos 60.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Tarzan e o Vale do Ouro

Estreia do ator Mike Henry na pele do famoso personagem criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs. Aqui já temos uma tentativa de modernizar Tarzan, o Rei das Selvas. Ele se comporta menos como um selvagem e mais como um galã bem polido, com cabelo cheio de brilhantina e modos gentis e educados, principalmente com as mulheres que cruzam seu caminho. Algo que fugia de certo modo da forma como foi concebido originalmente por seu criador. Nessa aventura filmada no México (mas que no roteiro seria a África) Tarzan precisa lidar com um grupo de criminosos, terroristas acostumados a enviar relógios explosivos a seus inimigos. Eles agora tencionam encontrar uma mitológica cidade de ouro escondida nos confins da floresta.

O velho mito do Eldorado que tantas vezes povoou a imaginação dos conquistadores. Para isso acabam raptando um garoto que parece saber onde o vale de ouro se localiza. O roteiro foi parcialmente inspirado em uma história em quadrinhos que fez muito sucesso durante os anos 1960. Uma boa aventura acima de tudo, só prejudicada um pouco talvez pela falta de experiência de Mike Henry, que era forte, jogador de futebol americano, mas que não sabia atuar muito bem. De qualquer maneira vale a matinê.
 
Tarzan e o Vale do Ouro (Tarzan and the Valley of Gold, Estados Unidos, Suíça, 1966) Direção: Robert Day / Roteiro: Clair Huffaker, baseada na obra do escritor Edgar Rice Burroughs / Elenco: Mike Henry, David Opatoshu, Manuel Padilla Jr.

Pablo Aluísio.

Cinema Clássico - Elvira


Cinema Clássico - Elvira
Uma personagem com o estilo das antigas rainhas trash do terror. Assim era Elvira, uma criação da atriz Cassandra Peterson que chegou a dar origem a vários filmes nos anos 80.

Pablo Aluísio. 

Os Filmes de James Stewart

James Stewart foi um dos melhores atores da era de ouro do cinema americano. Atuou em mais de 100 filmes e muitos deles são considerados grandes clássicos da história do cinema dos Estados Unidos. Com seu jeito interiorano, um pouco caipira e tímido, o ator acabou se tornando um dos preferidos de grandes cineastas da época. Além de talentoso era um profissional confiável, que não causava problemas, que atuava com dedicação e compromisso pessoal. Colecionar os filmes de James Stewart também é colecionar obras-primas da fase mais dourada de Hollywood. Nessa série de textos vou deixar dicas de seus principais filmes, alguns deles essenciais para qualquer cinéfilo que se preze.

Sua carreira começa em 1934 com um curta-metragem chamado "Art Trouble". É uma pequena participação do ator. Seu primeiro filme de verdade em Hollywood pode ser considerado "Entre a Honra e a Lei" (The Murder Man, 1935). É um filme policial com trama envolvendo assassinato no mundo dos negócios. Um empresário rico e influente é morto. Para tentar desvendar o caso um jornalista investigativo começa a reconstruir os últimos passos da vítima. Esse bom filme, com toques de cinema noir, não era estrelado por James Stewart, mas sim pelo excelente Spencer Tracy.

O próximo filme de Stewart foi um musical romântico chamado "Rose Marie" (Rose-Marie, 1936). Esse filme é interessante porque ao longo de sua carreira Stewart iria passear bem por todos os gêneros cinematográficos, mas musicais realmente não eram os seus favoritos. Tanto que esse filme, feito no comecinho de sua carreira, foi basicamente o único em que participou. Piegas e com excesso de romantismo exagerado, essa produção realmente não era das melhores.

Musicais realmente não eram indicados para atores que não sabiam cantar, mas filmes românticos poderiam ser uma boa opção para James Stewart em seu começo de carreira. Assim ele se deu muito bem em "Amemos Outra Vez" (Next Time We Love, 1936). Se atuar ao lado de grandes atores era um objetivo, aqui ele contracenou com um dos mais bem conceituados de Hollywood, Ray Milland. O filme contava a história de um jovem casal que tinha que se separar logo no começo do casamento. O marido era enviado para trabalhar como correspondente de guerra na Europa e a esposa ficava nos Estados Unidos onde começava a trilhar uma carreira de sucesso como estrela de teatro.

Pablo Aluísio.