quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
Elvis Presley - Os Anos Finais - Parte 1
No campo profissional Elvis também tinha perdido o seu pianista preferido, que estava com ele há um longo tempo. David Briggs, mesmo recebendo U$3000 por semana como membro da banda de Elvis, preferiu voltar à Nashville para se tornar um músico de estúdio. A saúde de Elvis também não ia nada bem. O cantor tinha grandes variações de peso ao longo dos meses. Em alguns shows Elvis conseguia se apresentar esbelto e em boa forma, para logo depois voltar a comer muito e aparecer muito obeso e cansado nos concertos seguintes, suando excessivamente. Um caso que retrata bem as dificuldades que Elvis estava enfrentando aconteceu na Universidade de Maryland no dia 27 de setembro de 1974, durante uma de suas inúmeras excursões. Quando ele chegou para se apresentar em Maryland, naquela manhã, ficou evidente que ele estava muito doente novamente, obeso e desnorteado. Quando as novas medidas da roupa de Elvis chegaram para os figurinistas logo se constatou que não havia uma só jumpsuit do guarda roupa de sua equipe que lhe caberia para fazer a apresentação! Foi feita uma às pressas naquela tarde, para Elvis fazer o show durante à noite. Ele estava tão mal, que alguns amigos daquela cidade, que não o tinham visto ultimamente nem sequer o reconheceram ao encontrá-lo pessoalmente no hotel. Elvis ficou visivelmente embaraçado com a reação deles!
O pior aconteceu depois quando Elvis foi para o ginásio fazer o show. Tony Brown, que estava no lugar de Briggs, se lembrou de ter visto Elvis caindo no chão, ao sair de seu carro, lá atrás, nos bastidores do concerto. Os guardas costas logo correram para acudir Elvis caído no chão, mas quando ele enfim se levantou empurrou cada um deles, gritando: “Não me ajudem! Saiam daqui!” Atrás do palco era óbvio que alguma coisa estava acontecendo com Elvis. Todos iam e vinham, entrando e saindo dos camarins do Rei. A agitação era enorme e o medo de cancelar a apresentação era visível. O Coronel e o médico particular de Elvis tentavam acima de tudo ressuscitar Elvis atrás do palco. Ele estava muito mal, não conseguia nem sequer falar! Os caras da banda comentaram entre si, baixinho: “Como é que ele vai se apresentar desse jeito?” Quando a banda deu os primeiros acordes do show, Elvis perdeu sua deixa e entrou atrasado. Na verdade ele mal conseguia caminhar em direção ao microfone. Olhou para frente, tentou visualizar para onde deveria ir e entrou, sendo ovacionado pelo público. Segurou o microfone como se estivesse se segurando nele para não cair!
Durante os trinta primeiros minutos Elvis ficou ali, parado, segurando o microfone como se fosse um poste em que ele se encostava para não cair. Todo mundo da banda ficou assustado. James Burton saiu de sua posição original para ficar mais perto de Elvis, para socorrê-lo, caso ele caísse para trás, por exemplo. Ficou a uns dois passos dele, esperando qualquer coisa e preparado para o pior. Percebendo a situação, John Wilkinson também foi para perto de Elvis. Era óbvio que alguma coisa estava muito errada com Elvis naquele dia. Havia algo terrivelmente errado com seu corpo. John relembra aquela factível noite: “Ele tinha problemas de intestino, entre outros males, e estava em um estado tão ruim que mal conseguíamos entender o que ele cantava ou dizia. As canções eram pouco inteligíveis. Apenas torcíamos para que ele terminasse as músicas! Era óbvio que Elvis estava muito medicado. Dessa vez era óbvio que os remédios estavam atrapalhando sua coordenação motora. Os músicos da banda estavam em estado de choque com o estado deplorável de Elvis” - relembrou Wilkinson. Elvis percebeu as coisas, fazendo uma apresentação curta e encerrou rapidamente o concerto. O resto da excursão foi uma montanha-russa, com muitos altos e baixos. Um dia tudo ia bem e no seguinte era um desastre.
Durante três noites em Detroit e em St Paul Elvis parecia sob controle, ainda havia vida em seus olhos nesses concertos, ele estava animado e os shows eram enérgicos, dando esperanças ao grupo de que as coisas iriam melhorar. Mas no último dia de Elvis em Detroit, quando ele voltou para a cidade para uma última apresentação, o cantor deslizou novamente. O mesmo guitarrista relembra: “Eu o encontrei no camarim, praticamente comatoso em cima de uma cadeira, incapaz de mover um único músculo de seu corpo. Fiquei muito assustado. Quando me viu ao seu lado Elvis fez um sinal de positivo para mim. Resolvi perguntar a ele: ‘Chefe, porque não cancela a excursão e tira um ano de férias?’ Elvis me deu um tapinha nas costas e disse: ‘Não se preocupe com isso. As coisas vão se acertar...” As coisas não melhoraram. Sempre havia muita confusão e tumulto em seus concertos. . Dayton, Wichita, San Antonio, Abilene... Limusines, quartos de hotel, gente gritando não deixando ninguém dormir, auditórios enormes e o jato da revista Playboy reservado para que o levassem de cidade em cidade. Isso se tornou o único ambiente em que ele vivia naqueles tempos. Era infernal e altamente estressante. Foi quando o próprio Elvis resolveu dar um tempo. Ele parou e por cinco meses não retornou aos palcos. Estava mesmo exausto, fisicamente e psicologicamente falando.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de novembro de 2005
Elvis Presley - Rocker
Eu me recordo que nunca cheguei a ver esse álbum no formato LP. Só conheci ele em CD. Em minhas memórias o primeiro lançamento desse título no Brasil só se deu na era do CD, lá por volta da primeira metade dos anos 90. Eu me recordo de ver esse CD brilhando nas prateleiras das lojas da época. E era um preço bastante salgado, tanto que nunca comprei. Só que o motivo era outro. O Rocker não passava de uma coletânea, só com versões oficiais, sendo a maioria hits. Era um tipo de lançamento que já naquele tempo não me interessava muito. Por isso deixei passar. Tirando a capa moderninha, não havia mesmo nenhuma outra novidade digna de nota.
Elvis Presley - Rocker (1984)
Jailhouse Rock
Blue Suede Shoes
Tutti Frutti
Lawdy Miss Clawdy
I Got A Woman
Money Honey
Ready Teddy
Rip It Up
Shake, Rattle & Roll
Long Tall Sally
(You're So Square) Baby I Don't Care
Hound Dog
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de novembro de 2005
Elvis Presley - That's The Way It Is - Special Edition
Assim, a pedidos, a RCA resolveu trazer em um só pacote a trilha sonora tal como chegou ao mercado em 1970 acrescida das versões de palco que aparecem no filme, tudo com rico trabalho de restauração dos registros originais. E no CD 3 ainda temos um belo pacote com várias canções diversas cantadas por Elvis em Vegas naquela temporada que nunca tinham sido lançadas antes. Achou pouco? Que tal terminar o CD com uma série de ensaios? Nada mal não é mesmo? Enfim, em minha opinião esse box foi o definitivo sobre o projeto That's The Way It Is. Impossível não ter em sua coleção.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
Elvis Presley - Guitar Man
E o que o fã ganhou com isso? Nada de bom. As gravações deveriam ser mantidas tais como foram gravadas. Faz parte de seu contexto histórico e isso é importante. Elvis não precisava ser modernizado coisa nenhuma. Ele vale pelo que fez na sua carreira, com a sonoridade que existia quando era vivo. Todo o resto me soa como puro desrespeito. De qualquer forma não pensaram assim e lançaram esse LP nos anos 80. Fruto de um ponto de vista equivocado só fez sucesso na parada country americana. O repertório era de country music, de músicas ao estilo "Lado B" da discografia de Elvis. Um disco, ao meu ver, inútil. Não precisava existir mesmo.
Elvis Presley - Guitar Man (1981)
Guitar Man
After Loving You
Too Much Monkey Business
Just Call Me Lonesome
Lovin' Arms
You Asked Me To
Clean Up Your Own Backyard
She Thinks I Still Care
Faded Love
I'm Moving On
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Elvis sings Memphis, Tennessee
Essa foi uma tentativa por parte de Elvis em produzir material de qualidade superior ao que estava sendo apresentado nas trilhas sonoras dos anos 1960. Infelizmente muitas dessas próprias canções seriam desperdiçadas como bônus songs perdidas nas mesmas trilhas sonoras por determinação de Tom Parker e a RCA. A velocidade em que seus filmes eram lançados se tornou tão grande que não havia sobrado nem tempo para gravar álbuns completos para as trilhas. Assim ao invés de lançar essas faixas como um álbum próprio, solo, a gravadora decidiu, de forma absurda, usar muitas das canções como meros "tapa buracos" das trilhas sonoras. O LP de estúdio inicialmente planejado, que viria para trazer um sopro de ar fresco para a carreira musical de Elvis, foi deixado de lado e o material acabou sendo retaliado entre trilhas, singles sem divulgação e Lados B obscuros. Uma grande pena. De uma forma ou outro esse CD do selo FTD procura trazer essas canções de volta à tona, tais como foram gravadas. Qualidade sonora excelente aliada a repertório agradável.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 24 de novembro de 2005
Elvis Presley - FTD Follow That Dream
Em relação ao "FTD Follow That Dream" houve bastante críticas em relação ao excesso de takes de "Angel". Para piorar a sensação de cansaço o produtor Ernst a distribuiu entre a seleção fazendo com que o ouvinte de vez em quando tivesse que ouvir mais uma versão da canção. Se tivesse concentrado todos os takes juntos esse tipo de situação seria evitada. Já "A Whistling Tune" é um dos destaques. Como escrevi antes a música foi deliberadamente deixada de lado por anos e anos. A RCA a considerou sem relevância. Bom, isso pode ser até verdade mas para os fãs de Elvis qualquer registro que contenha sua voz é precioso. Passa muito longe de ser uma obra prima ou uma música que valha a pena mas de qualquer modo seu resgate histórico é muito bem-vindo. No mais é isso, ainda bem que temos aqui um CD único já que mesmo que existisse a íntegra das sessões de gravação seria muito cansativo ouvir dois CDs com repetições e mais repetições dessas canções. Seria exaustivo e nada produtivo, do jeito que está ficou de bom tamanho.
FTD Follow That Dream
1: Follow That Dream
2: Angel
3: What A Wonderful Life
4: I'm Not The Marrying Kind
5: Sound Advice
6: A Whistling Tune
7: Angel (1, 2)
8: Follow That Dream (1, 2)
9: What A Wonderful Life (2, 1)
10: A Whistling Tune (2, 3)
11: Angel (4)
12: I'm Not The Marrying Kind (2, 3, 4, 6)
13: Follow That Dream (3)
14: Sound Advice (1)
15: Angel (5)
16: What A Wonderful Life (3, 4, 5, 6)
17: Angel (6)
18: Follow That Dream (4)
19: Angel (7)
20: Angel (vocal overdubs)
21: A Whistling Tune (master com overdubs)
22: On Top Of Old Smokey
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - FTD Blue Hawaii
As sessões de gravação de "Blue Hawaii" sobreviveram ao tempo e estão praticamente completas como se pode perceber nesse CD duplo lançado pelo selo FTD. Essa foi uma trilha sonora meio problemática para Elvis e banda uma vez que ele jamais havia cantado nada parecido na carreira. Música havaiana certamente ficava muito longe do universo musical de um artista do interior dos EUA como Elvis. Mesmo assim o cantor aos poucos foi se adaptando ao material e como sempre acontecia deu o melhor de si.
A produção ficou a cargo do maestro Joseph Lilley mais uma vez. O grupo ao redor de Elvis contou ainda com outros instrumentistas que não faziam parte do grupo habitual que gravava com o cantor. Eram especialistas nesse tipo de material mais Hollywoodiano (e falso havaiano para dizer a verdade). A trilha conta com alguns grandes clássicos da carreira de Elvis como por exemplo "Can't Help Falling In Love" e "No More" mas infelizmente temos que reconhecer também que no meio do repertório havia várias bobagens como a bem ruim "Ito Eats", canção bizonha com letra pior ainda que só funcionava mesmo no filme (se é que alguém riu com uma letra sobre um cara gordinho chamado Ito que comia o tempo todo, ora depressa, ora devagar...). Santa abobrinha Batman!
O problema é que o disco vendeu milhões de cópias, aliás foi o disco mais vendido durante a vida de Elvis e isso selou suas perspectivas tanto em Hollywood como no mundo da música durante os anos seguintes. Elvis, apesar dos excelentes resultados comerciais, não gostou muito da sonoridade, tanto que só levaria poucas canções para seus shows nos anos 70. "Can't Help Falling In Love" se tornaria a canção de despedida de todos os seus concertos e esporadicamente cantaria coisas como "Hawaiian Wedding Song" em algumas ocasiões (uma versão ao vivo pode inclusive ser conferida no disco oficial "Elvis in Concert", lançado após sua morte). Em minha forma de entender não seria necessária a edição de um álbum duplo desse título. O fato é que a audição dessa trilha logo se torna cansativa ao ouvinte, pois as músicas, não há como negar, não são tão marcantes ou relevantes.
Temos aqui uma típica trilha sonora de Elvis Presley na década de 60 com tudo de bom e ruim que isso significava. Há excesso de versões de canções como "Steppin' Out Of Line" e "Slicin' Sand" (outra bobagem), que nada acrescentam. Enquanto isso não se deu a atenção devida ao maior clássico do repertório que é a badalada "Can't Help Falling In Love", afinal a grande maioria dos takes presentes aqui já tinham sido lançados em outros CDs. No final das contas o que faltou mesmo foi mais organização e poder de síntese na escolha das canções. Já para os fãs de vinis uma boa notícia: o título também ganhou uma edição luxuosa em vinil, com capa dupla e muitas fotos de ótima qualidade gráfica no encarte. Item de colecionador certamente.
CD-1: Original release and outtakes - Blue Hawaii / Almost Always True / Aloha Oe / No More / Can't Help Falling In Love / Rock-A-Hula Baby / Moonlight Swim / Ku-U-I-Po / Ito Eats / Slicin' Sand / Hawaiian Sunset / Beach Boy Blues / Island Of Love / Hawaiian Wedding Song / Steppin' Out Of Line (movie) / Beach Boy Blues (movie) / Can't Help Falling In Love (movie) / Moonlight Swim (undubbed master) / Steppin' Out Of Line (record version) / Blue Hawaii (1, 2, 3) / Almost Always True (3) / Aloha Oe (sec #2) (1) / No More (7) / Can't Help Falling In Love (13) / Rock-A-Hula Baby (1, 2, 3) / Moonlight Swim (2) / Ku-U-I-Po (1) / Ito Eats (1, 2) / Slicin' Sand (1, 2, 3) / Hawaiian Sunset (1) / Island Of Love (8) / Hawaiian Wedding Song (1)
CD-2: Outtakes - Hawaiian Sunset (2) / Hawaiian Sunset (6, 3) / Aloha Oe (sec #2) (6) / Aloha Oe (sec #2) (splice 7/5) / Ku-U-I-Po (2, 4, 5) / Ku-U-I-Po (6, 7) / No More (1, 2, 4, 8) / No More (11, 15 (insert ending) / Slicin' Sand (4) / Slicin' Sand (5, 6, 7) / Slicin' Sand (8, 13, 15, 16, 14) / Blue Hawaii (4, 5, 6) / Ito Eats (4, 6, 5) / Island Of Love (1, 2, 4, 6) / Island Of Love (7, 9)/ Steppin' Out Of Line (movie) (4, 5, sp7/8) / Steppin' Out Of Line (record) (10, 11, 16, 15) / Steppin' Out Of Line (tag for movie) (18/19) / Always Almost True (2, 4, 5) / Almost Always True (7, 6) / Moonlight Swim (1, 4) / Can't Help Falling In Love (14, 15, 16) / Can't Help Falling In Love (17, 19, 20, 21, 22, 24) / Can't Help Falling In Love (25, 26)
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de novembro de 2005
Elvis Presley - FTD Wild in the Country
Esse foi um título do selo FTD que me causou certa surpresa. Escrevo isso porque essa trilha sonora sempre foi tão obscura e secundária, sem grandes hits, que pensei sinceramente que não fosse ganhar uma edição especial dentro da coleção. Mas eis que finalmente foi lançada. Muito provavelmente houve aqui uma tentativa de consertar um erro histórico já que as músicas nunca tinham sido reunidas e lançadas em um só título enquanto Elvis viveu. Ficaram por ali, realmente esquecidas, como já escrevi no texto anterior. Alguns CDs como "Today, Tomorrow And Forever", "Silver Screen Stereo" e "Out In Hollywood" já tinham levado ao público takes desconhecidos dessa sessão, o que sinalizava que sim, a RCA tinha preservado grande parte do material gravado por Elvis para esse filme da Fox. Na coleção "Elvis Aron Presley" conhecemos o primeiro take inédito da trilha, o take 16 da canção título, "Wild in the Country", o que já era um bom sinal do que estava por vir.
Com o lançamento dessa edição especial então finalmente o fã de Elvis tem acesso à parte mais relevante da sessão. Obviamente nem tudo está aqui, pois não é um FTD exaustivo. Vamos convir também que não existem motivos para críticas pois uma trilha sonora com apenas cinco canções não se tornaria viável comercialmente em uma edição dupla, até porque a audição se tornaria cansativa demais até para o mais interessado fã de Elvis. Mesmo assim há muito o que comemorar já que há mais de quinze versões inéditas presentes entre a seleção musical. Alguma espetacular? Não, a verdade é que o material, as músicas em si, nunca foram marcantes ou fenomenais. Diria até que são bem medianas. De fato se trata de composições bem Hollywoodianas, vamos colocar assim. Mas há pelo menos dois bons momentos que valem a citação. O primeiro é a versão solo de "Lonely Man". Acrescentou bastante à bela melodia da música. O segundo ponto que chama a atenção é a faixa denominada "Slipped, I Stumbled, I Fell (low key)". São pequenos detalhes de arranjos, instrumentos e vocais que chamam a atenção, embora não seja algo realmente nada fora de série. Concluindo deixo a recomendação do CD, principalmente para aquele que não quer deixar lacunas na coleção. Já para o fã eventual de Elvis o título pode vir até mesmo a ser dispensado sem maiores problemas. Até porque até mesmo os gênios possuem seus momentos banais.
FTD Wild in the Country
Wild in the Country
Lonely Man
I Slipped I Stumbled I Fell
In My Way
Forget Me Never
Lonely Man (solo)
I Slipped, I Stumbled, I Fell (low key)
Lonely Man (take 1)
Wild in the Country (takes 1, 2)
Wild in the Country (takes 10, 11)
I Slipped, I Stumbled, I Fell (takes 1, 2, 3)
Lonely Man (solo, take 1)
In My Way (take 1)
Forget Me Never (takes 2, 1)
Lonely Man (take 4)
Lonely Man (solo, takes 2, 3)
In My Way (take 2)
In My Way (takes 4, 5, 6/8)
Wild in the Country (takes 12, 13)
Wild in the Country (take 14)
I Slipped, I Stumbled, I Fell (takes 7, 8, 9)
I Slipped, I Stumbled, I Fell (take 11)
Lonely Man (takes 6, 7, 8)
Lonely Man (takes 11, 12)
I Slipped, I Stumbled, I Fell (takes 14, 15, 16)
Wild in the Country (take 16)
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - G. I. Blues Vol. 1
Aqui temos uma avalanche de gravações de Elvis para a trilha sonora do filme "Saudades de um Pracinha". Além das ditas versões oficiais (que entraram no disco original) há ainda um monte de versões diferentes (que ao longo dos anos foram lançados em outros discos) e faixas inéditas que só estão chegando agora aos fãs colecionadores. È material que exige muito interesse do ouvinte. Coisa para quem já ultrapassou a mera discografia oficial de Elvis. E olha que esse é apenas o primeiro volume! Sim, havia ainda material para um segundo lançamento que falaremos em breve. Abaixo segue a longa lista de faixas e gravações presentes nesse primeiro CD duplo. Para quem curte essa soundtrack em especial não haveria nada melhor disponível n mercado. Aproveite.
Tonight's Is So Right For Love / What's She Really Like / Frankfort Special / Wooden Heart / G. I. Blues / Pocketful Of Rainbows / Shoppin' Around / Big Boots / Didja' Ever / Blue Suede Shoes / Doin' The Best I Can / Tonight's All Right For Love [A Leg. Perf. Vol. 1 / Shoppin' Around [BO] (11) [G. I. Blues (1997)] / Frankfort Special [HO] (13) [A Leg. Perf. Vol. 3] / Big Boots [M1O] (7) [Collectors Gold] / Pocketful Of Rainbows [NO] (12*) / Big Boots [M1OX] (2) [G. I. Blues (1997)] / Tonight Is So Right For Love [KO] (4*) / Tonight Is So Right For Love (1, 2) [Silver Screen Stereo] / What's She Really Like (1*, 2*, 3*, 4*, 5*) / Frankfort Special [HO] (1*, 2) [G. I. Blues (1997)] / Wooden Heart (1) [Close Up] / G. I. Blues (1) [Collectors Gold] / Pocketful Of Rainbows [NO] (1*, 2) [G. I. Blues (1997)] / Shoppin' Around [BO] (1) [Silver Screen Stereo] / Big Boots [M1O] (1*, 2*) / Big Boots [MO] (1*) / Didja' Ever (1) [G. I. Blues (1997)] / Tonight's All Right For Love (1*) /
Doin' The Best I Can (1*, 2*, 3) [Silver Screen Stereo]
CD-2: Outtakes - April Sessions
Pocketful Of Rainbows [NO] (3*) / Shoppin' Around (instr) [AO] (4*) / Shoppin' Around [BO] (2*, 3, 4*) / Shoppin' Around [BO] (5) [Elvis Aron Presley] / Doin' The Best I Can (4*, 5*, 6*, 7*) / Doin' The Best I Can (8*, 9) [G. I. Blues (1997)] / G. I. Blues (2*, 3*, 4*) / G. I. Blues (5) [Today, Tomorrow...] / Tonight Is So Right For Love (3) [Platinum] / Tonight Is So Right For Love (4*) / Tonight Is So Right For Love (5*, 6*, 7*) / Frankfort Special [HO] (3*, 4*, 5*, 6*, 7*) / Frankfort Special [HO] (8*) / Big Boots [M1O] (3*) / Big Boots [M1O] (4*) / Big Boots [MO] (2*, 3*) / What's She Really Like (6*, 7) [G. I. Blues (1997)] / What's She Really Like (8*, 9*, 10*, 11*) / What's She Really Like (12*, 13*) / Pocketful Of Rainbows [NO] (4*, 5*, 6*, 7*) / Pocketful Of Rainbows [NO] (8*) / Pocketful Of Rainbows [NO] (9*) / Pocketful Of Rainbows [NO] (10*) / Wooden Heart (2, 3, 4 [M]) [A Leg. Perf. Vol. 4]. / * Faixas Inéditas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 22 de novembro de 2005
Elvis Presley - Flashback
Vamos tecer alguns breves comentários sobre mais esse CD do selo FTD que tem como foco principal justamente a carreira de Elvis Presley nos anos 1950. Ernst Jorgensen, o produtor responsável pelos títulos Follow That Dream, não se limitou durante todos esses anos a apenas colocar no mercado edições especiais de álbuns clássicos de Elvis, mas também shows ao vivo e coletâneas de takes alternativos, categoria a que pertence esse “Flashback”.
A proposta é muito boa uma vez que dá opção ao fã de Elvis em adquirir um produto com seleção musical mais variada, sem tanto rigor especifico como acontece nas edições de discos oficiais. Aqui temos um CD enfocando os trinta primeiros meses da carreira de Elvis (de janeiro de 1956 até junho de 1958). Para muitos estudiosos da obra de Elvis, esta é a época de ouro da carreira do Rei do Rock. Na seleção, muitas gravações inéditas, todas com excelente qualidade de som. O CD foi lançado no dia 20 de maio de 2004 nos Estados Unidos e chegou em edição de luxo, acompanhada de um livro com mais de 170 páginas, com excelentes fotos de Presley nesse período de sua vida artística.
Na seleção musical eu pincelo alguns bons momentos, entre eles as canções que foram gravadas em Nova Iorque logo nas primeiras sessões de Elvis na RCA. Acompanhar o cantor tentando chegar no tom certo das músicas é sempre um prazer renovado. Particularmente gosto bastante dos takes alternativos das músicas que fizeram parte do disco “Elvis” (1956). Nesse aspecto o destaque vai para os três takes do excelente rock de Little Richard, “Rp It Up”. Melhores do que a versão do cantor original. Outra gravação que merece menção é “Ain't That Loving You Baby”, o maior exemplo de take alternativo que se torna melhor do que a versão oficial, que infelizmente não tem pique nem embalo dessa gravação excelente. A melhor versão dessa canção que já ouvi até hoje foi lançada no álbum “Reconsider Baby” de 1985 (lançado em vinil no Brasil).
Caso parecido ocorre com “Treat Me Nice” cuja melhor versão é aquela que ouvimos no filme, uma vez que a que saiu no single foi produzida além do necessário, tirando parte de seu charme cru. Infelizmente poucos takes alternativos chegaram até nós da maravilhosa “Blueberry Hill”, o que é uma pena, pois é uma releitura fantástica de Elvis para o hit de Fats Domino. Caso você esteja em busca de uma coletânea de takes alternativos da década de 1950 esse CD intitulado “Flashback” sem dúvida se torna uma excelente opção. Além disso você levará para casa um material impresso dos anos em que Elvis Presley foi o legitimo e verdadeiro Rei do Rock. Tudo de muito bom gosto.
FTD Elvis Presley Flashback (2004)
1. Heartbreak Hotel - take 5 (1. part), 4 (2. part) / 2. Money Honey - take 10 intro only / 3. I'm Counting On You - takes 1,2, unknown take / 4. I Was The One - take 7 unedited / 5. Lawdy, Miss Clawdy - takes 11,12 / 6. Shake, Rattle And Roll - takes 3,5,6,7 / 7. I Want You, I Need You, I Love You - take 3 / 8. Rp It Up - takes 10,11,12,16 / 9. Loving You (slow) - takes 2,3 / 10. I Need Your Love Tonight - takes 12,13 / 11. A Big Hunk O Love - take 2 / 12. Ain't That Loving You Baby - take 8 - fast fade on Elvis laughing / 13. A Fool Such As I - takes 4,5 / 14. I Got Stung - takes 4-8 The BINAURAL Outtakes / 15. That's When Your Heartaches B / egin - take 1 / 16. It Is No Secret - take 5 / 17. Blueberry Hill - take 3 / 18. Have I Told You Lately That I Love You - takes 6,7 / 19. Is It So Strange - takes 8,9 / 20. Loving You (main title version) - take 6 / 21. Loving You (main title version) - take 12 / 22. Treat Me Nice (1st version) - takes 1,2,3 / 23. Young And Beautiful - take 6 / 24. I Want To Be Free - take 11 / 25. Don't Leave Me Now - takes 7,8.
Pablo Aluísio.