Título no Brasil: Antes de Dormir
Título Original: Before I Go to Sleep
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott Free Productions, Millennium Films
Direção: Rowan Joffe
Roteiro: Rowan Joffe, baseado na novela de S.J. Watson
Elenco: Nicole Kidman, Colin Firth, Mark Strong, Anne-Marie Duff
Sinopse:
Após sofrer um sério acidente, Christine (Nicole Kidman) perde a capacidade de reter memórias recentes. Isso faz com que ela toda manhã acorde sem saber nada sobre o que aconteceu em sua vida nos últimos vinte anos. Seu marido Ben (Colin Firth) precisa todas as manhãs lhe dizer que está casado com ela há 14 anos e que ele tem esse problema sério causado pelas sequelas do acidente. O Dr. Nasch (Mark Strong), um neurologista que cuida de seu caso, aconselha que Christine use uma câmera todos os dias para gravar suas impressões e memórias, para serem assistidas dia após dia. Em pouco tempo ela descobre que há algo muito errado em sua vida.
Comentários:
Temos aqui um thriller de suspense muito enxuto (com apenas 70 minutos de duração) que tenta contar uma estória muito interessante e curiosa sobre uma mulher que perdeu a capacidade de lembrar do que aconteceu recentemente em sua vida. Tudo o que ela consegue relembrar são flashes de momentos marcantes de sua vida passada. Esse é aquele tipo de roteiro que você deve falar o mínimo possível com receios de estragar as surpresas para quem ainda não conferiu o filme. A grande força do enredo vem justamente de uma grande reviravolta que acontece na terça parte final do filme. Alguns matarão a charada logo, outros porém vão ser surpreendidos. O fato porém é que mesmo com a boa trama e talvez pela curta duração do filme, o espectador acaba ficando com uma sensação de que faltou algo. Nicole Kidman continua linda, mas esperava-se mais de seu encontro com o talentoso e oscarizado Colin Firth. O filme basicamente só tem cinco personagens, por isso cada cena com os dois acaba trazendo uma expectativa que nunca se cumpre completamente. Esse é apenas o quarto filme assinado pelo roteirista Rowan Joffe (de "Um Homem Misterioso") e essa falta de experiência em dirigir atores explica o fato dele, apesar de ter um excelente elenco em mãos, não conseguir arrancar grandes interpretações nem de Kidman e nem de Firth. A sensação fria que fica deixa uma incômoda percepção que tudo poderia ser melhor trabalhado e desenvolvido, resultando talvez em um grande filme. Do jeito que está, temos apenas uma película ok, mediana, que se tornará bastante esquecível após sua exibição.
Pablo Aluísio.