Outra série que tem me chamado muita atenção nos últimos meses é The Killing. Eu sou fã das produções do canal AMC. Para quem já produz Mad Men, Breaking Bad, Hell On Wheels e outras não poderia haver erro. Por isso comecei a acompanhar The Killing. No começo o clima sórdido, sombrio, fez com que o desenrolar da trama se tornasse pesado, penoso até, mas isso faz parte da característica da série em si. Já conhecemos a feia cidade de Seattle de outros programas como Grey´s Anatomy, Rookie Blue etc, mas nunca a cidade esteve tão realista como aqui. Chove o tempo todo, há um clima de depressão no ar e o espectador é logo encoberto pelo sufocante ar local. Além de escura a cidade é úmida pois é cercada de florestas por todos os lados. Para completar ainda não tem o melhor dos aromas pois é uma cidade portuária - com aqueles portos bem decrépitos, sujos e mal conservados. Não poderia assim haver melhor local para se passar essa estória.
Na trama acompanhamos dois policiais tentando desvendar a morte de uma adolescente que foi encontrada dentro do porta-malas de um carro afundado em um lamaçal local. Após investigações se descobre a identidade da garota. O problema básico é que sua morte parece estar ligada a uma rede de prostituição da cidade cujos serviços são fartamente utilizados por poderosos e políticos influentes da região. Pois é, não é apenas no Brasil que políticos poderosos usam e abusam de redes de prostituição - lá no "puritano" Estados Unidos parece acontecer a mesma coisa. Obviamente como há peixe grande na rede os tiras enfrentarão todos os tipos de problemas para solucionar o assassinato. O elenco é muito interessante. A policial Linden é interpretada pela talentosa Mireille Enos. Ela parece estar sempre com problemas. Além da vida profissional tem que se virar para cuidar de um filho entrando na adolescência sem a ajuda do pai do garoto. É uma realidade estressante ao extremo. Já o outro tira é o oposto dela. Ex-viciado, com jeito de marginal de rua, sua caracterização feita pelo ator Joel Kinnaman é acima da média. Ele inclusive está timidamente entrando também no cinema agora com filmes como o novo Robocop. Enfim, "The Killing" é uma ótima pedida para quem gosta de séries policiais com tramas de mistério envolvendo assassinatos. É viciante porque você sempre vai correr atrás das pistas, o levando a um novo episódio e a outro e a outro... nesse processo a diversão estará garantida. Não deixe de conhecer.
The Killing (The Killing, EUA, 2011 - 2012) Direção: Ed Bianch, Phil Abraham, Phil Abraham / Roteiro: Veena Sud, Søren Sveistrup, Jeremy Doner / Elenco: Mireille Enos, Billy Campbell, Joel Kinnaman / Sinopse: Rosie Larsen (Katie Findlay) é uma adolescente encontrada morta no porta-malas de um carro abandonado. Para descobrir quem a matou os policiais Sarah Linden (Mireille Enos) e Stephen Holder (Joel Kinnaman) são designados pelo Departamento de Polícia. O que encontrarão pelo caminho os levará direto a grandes figurões da cidade de Seattle.
Episódios comentados:
The Killing 3.01 - The Jungle
Uma jovem garota de
apenas 14 anos de idade, que trabalha como prostituta nas ruas de
Seattle, é encontrada morta. O assassinato é extremamente violento, com
requintes de grande crueldade. Imediatamente o detetive Stephen Holder
(Joel Kinnaman) é indicado para solucionar o crime. Ele logo relembra
de um antigo caso que foi investigado por sua ex-parceira, Sarah Linden
(Mireille Enos). O método de execução é o mesmo e o modus operandi do
assassino se mostra semelhante ao que Linden teve que lidar no passado.
A questão porém é que um homem foi acusado dos crimes anteriores e
atualmente se encontra no corredor da morte, mas pelo visto o
verdadeiro serial killer continua à solto. O alvo acaba sendo
basicamente o mesmo: jovens garotas que vagam pelas ruas da grande
cidade. Teria mesmo havido um erro nas investigações de Linden no caso
original? Na outra linha narrativa acompanhamos duas garotas jovens que
passam o dia pelas ruas de Seattle - uma delas consegue uma cama quente
para passar a noite numa instituição religiosa, já a outra que foi
expulsa de casa pela própria mãe (que mais parece uma daquelas mulheres
sem quaisquer valores morais) fica no meio da rua e sem alternativas
acaba entrando em um carro na madrugada para mais um programa. Pode ser o
serial killer agindo novamente. Esse segmento do enredo é muito
interessante porque mostra o outro lado da sociedade americana, onde
existe muita pobreza, miséria e falta de perspectivas, principalmente
pelos mais jovens que muitas vezes ficam desempregados e são colocados à
margem da sociedade. Uma boa amostra para quem acha que a América é a
terra dos sonhos, onde tudo é fácil e simples. Pelo contrário. A
realidade da moçada que vive pelas ruas de Seattle é muito triste.
Jogadas à própria sorte elas tentam sobreviver embaixo do frio e da
chuva. Esse é o primeiro episódio da terceira temporada da premiada e
consagrada série "The Killing". Na primeira e segunda temporadas tive
uma sensação ruim que os roteiristas esticavam ao máximo a trama,
causando um certo cansaço no espectador. De fato havia uma certa
lentidão em desenvolver os personagens e solucionar os mistérios, mesmo
assim nunca deixei a série de lado porque de fato havia um produto de
qualidade ali. Esse certo marasmo era fruto da própria característica
dos escritores, uma maneira de seguir os passos dos programas europeus,
que possuem esse timing diferenciado das séries americanas. O que não
se pode negar é que se trata de mais um bom seriado da AMC, canal
maravilhoso que ultimamente tem chegado a competir até mesmo com a
poderosa HBO. A iniciativa é a mesma: produzir séries que fujam do lugar
comum. / The Killing 3.01 - The Jungle (EUA, 2013) Direção: Ed Bianchi
/ Roteiro: Veena Sud / Elenco: Mireille Enos, Joel Kinnaman, Elias
Koteas.
The Killing 3.02 - That You Fear the Most
Sarah
Linden (Mireille Enos) deixou o seu serviço na polícia de Seattle.
Velhos hábitos porém são complicados de se deixar de lado. Ela acaba se
envolvendo novamente em uma investigação policial. Procurada por seu
antigo parceiro, Stephen Holder (Joel Kinnaman), ela descobre alarmada
que o modos operandi de um serial killer que ela investigou no passado
está de volta. O problema é que há uma pessoa no corredor da morte
acusado justamente daqueles crimes! Assim ela teme ter condenado a
pessoa errada, deixando o verdadeiro psicopata solto. Ela então se
empenha em cumprir uma investigação informal do crime e acaba
descobrindo que, assim como acontecia nos crimes do passado, esse
assassino também é daqueles que levam uma lembrança de suas vítimas, no
caso anéis que ele retira das jovens moças que assassina. Além disso
através dos desenhos de um garoto ela acaba descobrindo uma vala, bem no
meio da floresta, cheia de corpos de jovens garotas! O terror, ao que
tudo indica, está de volta à sua vida! Se você gosta de boas séries
policiais "The Killing" é uma boa pedida. Extremamente bem escrita e
produzida sempre apresenta roteiros instigantes e viciantes. Não deixe
de assistir. / The Killing 3.02 - That You Fear the Most (EUA, 2013)
Direção: Lodge Kerrigan / Roteiro: Veena Sud, Dan Nowak / Elenco:
Mireille Enos, Joel Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.05 - Scared and Running
As
duas primeiras temporadas de "The Killing" exigiram uma certa dose de
paciência, isso porque a trama foi sendo alongada além do necessário em
minha opinião. Nessa terceira temporada a história está fluindo de
maneira muito mais eficiente. O caso policial central envolve o
desaparecimento de uma jovem adolescente, uma garota filha de uma
família completamente desestruturada. Vivendo pelas ruas ao lado de
outros jovens pobres e desamparados como ela, logo se torna alvo de um
pedófilo insano que curte realizar vídeos de pedofilia dentro da pousada
de sua própria mãe, localizada na região mais pobre e miserável de
Seattle. Para piorar esse quadro por si só já tão terrível, muitas delas
foram mortas após participarem dessas fitas. Resta a Linden (Mireille
Enos) e Holder (Joel Kinnaman) tentar encontrar o paradeiro da jovem
antes que ela seja assassinada também. Assim nesse episódio eles
promovem várias buscas, nos bosques, nos arredores, até mesmo dentro de
canos de aquedutos abandonados. No centro de todo o problema parece
estar a própria mãe da menina desaparecida. Uma mulher imatura, que
ficou grávida na adolescência, se tornou mãe solteira e viu de certa
forma sua vida ser destruída aos pedaços. Mal ligando para a filha ela
acabou se envolvendo com homens errados ao longo dos anos. Agora, ao que
tudo indica, ela realmente perdeu o rumo completamente, se envolvendo
emocionalmente com aquele que pode ser justamente o assassino de sua
filha. / The Killing 3.05 - Scared and Running (EUA, 2013) Direção:
Daniel Attias / Roteiro: Veena Sud, Coleman Herbert / Elenco: Mireille
Enos, Joel Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.06 - Eminent Domain
A
série "The Killing" é um caso curioso. As duas primeiras temporadas
esticaram em demasia uma trama que facilmente caberia em apenas uma.
Mesmo assim, exigindo uma dose extra de paciência por parte do
espectador, resolvi seguir em frente, mesmo em que em determinados
momentos tenha mesmo ficado irritado com a falta de um ritmo mais
eficiente no desenrolar dos acontecimentos. Nessa terceira temporada os
roteiristas acertaram na mão. Na verdade a série é muito boa, daquelas
em que você mesmo não estando plenamente satisfeito não abre mão.
Conforme os episódios avançam vamos entendendo a importância do trabalho
do ator Joel Kinnaman dentro do programa. Ele que está começando
também uma boa carreira no cinema (vide os recentes "RoboCop" e "Noite
Sem Fim") acabou se tornando a alma desse seriado. Pois bem, nessa nova
temporada ficamos sabendo que Sarah Linden (Mireille Enos) cometeu um
erro crucial no passado quando indiciou em seu inquérito policial o
suspeito Ray Seward (Peter Sarsgaard) de ter matado a própria esposa.
Levado a julgamento acabou condenado à morte. Os episódios acompanham
sua rotina em direção ao cadafalso, ao mesmo tempo em que mostra sua
resignação em tudo o que lhe foi imputado. Em "Eminent Domain" seu
vizinho de cela no corredor da morte não aguenta mais a pressão de estar
naquele buraco há mais de 3 anos e resolve colocar um fim em tudo, se
matando enforcado com o próprio lençol da cama. Ray assiste a tudo,
impassível. Enquanto isso Linden e Holder (Kinnaman) continuam atrás de
um pedófilo assassino que grava filmes pornôs com menores de idade para
depois os assassinar, jogando seus corpos em uma floresta próxima de
Seattle. Barra pesada. Não houve nenhum acontecimento mais importante
nesse episódio, mas isso não significa que ele seja irrelevante para
quem anda acompanhando essa temporada. Só espero que os roteiristas não
voltem a enrolar como aconteceu nas temporadas passadas. / The Killing
3.06 - Eminent Domain (EUA, 2013) Direção: Keith Gordon / Roteiro:
Veena Sud, David Wiener / Elenco: Mireille Enos, Joel Kinnaman, Elias
Koteas.
The Killing 3.07 - Hope Kills
A
vida não é fácil, principalmente se você é jovem, pobre e lésbica nas
ruas de Seattle. Assim como acontece no Brasil, quando muitos
homossexuais precisam se entregar à prostituição para sobreviver, o
mesmo ocorre nos Estados Unidos. Nessa temporada de "The Killing"
acompanhamos um grupo de garotas que passam os seus dias pelas ruas da
cidade, trocando sexo barato por alguns trocados. Quando várias delas
são mortas brutalmente a dupla de policiais Sarah Linden (Mireille Enos)
e Stephen Holder (Joel Kinnaman) entram no caso para tentar descobrir a
verdadeira identidade do assassino em série. Para sua surpresa as
investigações acabam levando à figura de um renomado pastor protestante
da região, que inclusive trabalha em um abrigo para jovens sem teto.
Pensando bem, não poderia haver melhor lugar para um psicopata desses
trabalhar. Ao lidar com jovens desamparadas ele acaba se tornando o
próprio protótipo do lobo em vestes de ovelha. Para Holder ele se
enquadra perfeitamente no perfil do criminoso pedófilo e assassino.
Insistindo em seguir seus instintos, ele acaba descobrindo no
departamento de polícia que o sujeito definitivamente não é quem diz ser
e o pior de tudo: ele estaria usando uma identidade falsa, de um homem
que teria morrido há 2 anos. Com o cerco fechado não existem maiores
dúvidas sobre sua real intenção. Com uma ficha criminal que o aponta
como indiciado em um desaparecimento de outra jovem no Arizona, o
mistério vai realmente sendo solucionado. Mais um bom episódio de "The
Killing", excelente série policial que se passa na ruas sinistras e
alagadas dessa feia e escura Seattle (pelo visto chove todos os dias sem
parar por lá!). Enfim, se não conhece e não acompanha a série, nunca é
tarde para começar. / The Killing 3.7 - Hope Kills (EUA, 2013)
Direção: Tricia Brock / Roteiro: Veena Sud, Brett Conrad / Elenco:
Mireille Enos, Joel Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.08 - Try
A
agente Sarah Linden (Mireille Enos) cai em uma armadilha. Sem saber
acaba se tornando refém em seu próprio carro. O sequestrador é o pastor
cujas investigações apontam como o responsável pela morte das jovens e
adolescentes que se utilizam do abrigo que ele administra. Um teto
provisório nas noites frias para adolescentes que passam o dia pelas
ruas. Um disfarce perfeito para pedófilos assassinos em geral. Com uma
arma na cabeça, o sujeito manda Linden dirigir, indo para uma região
isolada. Ela então fica planamente convencida que chegara finalmente sua
hora pois provavelmente será morta em um lugar inóspito bem no meio da
floresta. Como último recurso de sobrevivência ela consegue deixar seu
rádio ligado sem que o criminoso perceba, o colocando bem escondido ao
lado de sua cadeira, obviamente com a intenção de chamar a atenção dos
outros policiais que agora começam a sentir sua falta. Para sorte dela
seu parceiro, Stephen Holder (Joel Kinnaman), consegue captar ao ouvir
a transmissão clandestina uma dica preciosa passada por ela, dando a
direção para onde está indo, um antigo píer desativado em Seattle. A
partir daí tudo vira um jogo de gato e rato, onde o mais importante de
tudo é tentar sobreviver. Um excelente episódio, com carga de suspense
na medida certa. Inicialmente, pelo andar da carruagem, você ficará
quase convencido que Linden será mesmo morta! Os roteiristas conseguiram
criar um clima de tensão que permeia toda a trama. Além disso o
desfecho é bem fora do que usualmente se espera, fugindo do lugar comum
em situações como essa! Fora dos padrões e muito bem idealizado. Dessa
terceira temporada é certamente um dos melhores episódios. / The
Killing 3.08 - Try (EUA, 2013) Direção: Lodge Kerrigan / Roteiro: Veena
Sud, Nic Sheff / Elenco: Mireille Enos, Joel Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.09 - Reckoning
Finalmente
depois de vários episódios em busca de um assassino de jovens
adolescentes que vivem pelas ruas de Seattle, os policiais Sarah Linden
(Mireille Enos) e Stephen Holder (Joel Kinnaman) descobrem sua
verdadeira identidade. Aqui surge um aspecto curioso. O verdadeiro
assassino já havia surgido na série como suspeito bem lá atrás, ainda
nos primeiros episódios. Depois os roteiristas colocaram outros
suspeitos no meio de caminho e só agora, na reta final da temporada,
voltaram a ele. Muitos não gostaram muito disso, acusando a série de ter
enrolado durante muito tempo. Na minha forma de ver a situação isso é
de até esperado. Não iriam resolver o caso tão facilmente como se
esperava - até porque se isso acontecesse a temporada teria no máximo
quatro a cinco episódios. Enganando o espectador, o levando a acreditar
em falsas pistas, a coisa rendeu bem mais. O pesar nesse episódio vem
pela morte de Bullet (Bex Taylor-Klaus), uma garota lésbica que serviu
de informante para Holder durante grande parte da temporada. O curioso é
que muita gente pensa que se trata de um ator interpretando uma garota
lésbica, mas na verdade a Bex é realmente uma menina, bonita e tão
talentosa que muita gente boa por aí pensou que era realmente um jovem
rapaz interpretando sua personagem feminina. Pois bem, a morte de Bullet
mexe mesmo com Holder. O cara simplesmente desaba, desabafando sobre
si mesmo. Ele ainda se vê como um doidão viciado em metanfetamina! Para
piorar ele confunde as coisas e tenta de forma bem desastrada beijar
sua própria colega, Linden, que desvia no último segundo, gerando um
enorme constrangimento entre os dois! (não tem jeito, sempre que uma
série mostra dois policiais parceiros em atividade, mais cedo ou mais
tarde a tensão sexual entre eles acaba despertando esse tipo de
situação). Afinal, quem realmente ainda acredita que um homem e uma
mulher que se sentem atraídos um por outro, podem ser apenas bons
amigos? / The Killing 3.09 - Reckoning (EUA, 2013) Direção: Jonathan
Demme / Roteiro: Veena Sud, Dan Nowa / Elenco: Mireille Enos, Joel
Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.10 - Six Minutes
Esse
episódio é todo centrado na execução do personagem Ray Seward (Peter
Sarsgaard, ótimo em cada momento). Ele foi condenado a morrer na forca
após ser condenado pela morte de sua esposa na frente de seu próprio
filho, um garotinho de apenas 10 anos de idade. Sarah Linden (Mireille
Enos) acredita que ele pode ser inocente, uma vez que um anel
pertencente a sua esposa foi encontrado entre os souvenirs das vítimas
de um pedófilo assassino que foi preso (em trama explorada no episódio
anterior). Assim as últimas horas de vida de Ray acabam se transformando
numa verdadeira maratona para Linden. Ela tenta um adiamento com o
Procurador-Geral, tentando de todo jeito evitar que Ray seja pendurado
na corda. Nesse meio tempo ela acaba tendo uma surpresa desagradável ao
encontrar o filho de Ray, que foi lhe fazer a última visita antes de
sua morte. O garoto, em sua inocência, acaba dizendo a Linden que seu
pai estava presente mesmo no momento da morte de sua mãe e que ele
definitivamente nunca foi a pessoa inocente como ela pensa crer. Que
reviravolta! Com essa mudança de visão da realidade, do que realmente
aconteceu, a cabeça de Linden entra em parafuso e ela não consegue mais
saber em que direção deve seguir. Continuar tentando o adiamento da
execução ou deixar ele morrer para que se cumpra enfim a justiça? Dessa
temporada esse é seguramente um dos melhores episódios, não apenas por
mostrar os últimos momentos de um condenado no corredor da morte, mas
também por explorar as várias nuances que a personalidade humana pode
apresentar, ora surgindo como um inocente sendo condenado injustamente à
morte, ora mostrando como para muitos psicopatas é fácil vestir a
vestimenta do coitadismo e do vitimismo. Uma boa aula sobre a
complexidade da alma humana. / The Killing 3.10 - Six Minutes (EUA,
2013) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Veena Sud / Elenco: Mireille
Enos, Joel Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.11 - From Up Here
Eu
costumo dizer que "The Killing" é uma das melhores séries policiais da
TV americana, mas você precisará ter uma dose extra de paciência para
acompanhar. Na verdade muito de seu sucesso se deve ao par de detetives
policiais formado por Sarah Linden (interpretada pela ruiva e
talentosa Mireille Enos) e Stephen Holder (sempre com boas atuações de
Joel Kinnaman, sim ele mesmo, o ator que estrelou o novo remake de
RoboCop). A cada temporada há um novo psicopata a se caçar. A questão é
que os episódios acabam se revelando intrigados ao extremo, com
reviravoltas em torno de reviravoltas. Assim não estranhe se você
passar toda a temporada pensando que o criminoso é um determinado
personagem para no final surgir de dentro da cartola a verdadeira
identidade do assassino, deixando todo mundo surpreso. Foi justamente o
que aconteceu nessa terceira temporada. Esse é o penúltimo episódio da
temporada e só agora os roteiristas resolveram deixar as coisas mais
claras. O curioso é que nos Estados Unidos os dois últimos episódios
foram exibidos em sequência pela canal amc, tal como se fosse um
longa-metragem. Achei muito bom o resultado final. Eu já tinha me
aborrecido bastante com lentidão das duas primeiras temporadas, mas
agora mais calejado aproveito melhor o ritmo bem peculiar de "The
Killing". Paciência é a chave para curtir a série melhor. Além disso é
sempre divertido saber que o verdadeiro serial killer estava ali bem
próximo dos personagens principais, praticamente na escrivaninha ao
lado! Ops, acho que estou revelando demais... assim vou encerrando por
aqui! / The Killing 3.11 - From Up Here (EUA, 2013) Direção: Phil
Abraham / Roteiro: Veena Sud, Eliza Clark / Elenco: Mireille Enos, Joel
Kinnaman, Elias Koteas.
The Killing 3.12 - The Road to Hamelin
Último
episódio da terceira temporada. Nos Estados Unidos foi exibido junto
com o episódio anterior em um especial de duas horas de duração. O texto
a seguir conterá spoiler, então se você vem acompanhando a série e não
deseja saber dados essenciais para o desfecho da trama sugiro que pare
de ler por aqui. Pois bem. Essa temporada se desenvolveu completamente
em cima de investigações para descobrir quem seria o serial killer de
adolescentes, jovens garotas perdidas que viviam pelas ruas de Seattle.
A maioria delas pobres, provenientes de famílias disfuncionais. Nas
ruas elas acabam no ramo da prostituição, mesmo sendo um crime duplo,
primeiro porque a própria prostituição é um ato criminoso naquele estado
e segundo porque todas elas eram menores de idade, o que configuraria
pedofilia. Um submundo horrível em uma das cidades mais desenvolvidas e
prósperas da América. Durante os 12 episódios a suspeita recaiu sobre
diversos personagens, desde pedófilos conhecidos pela polícia, passando
por um condenado no corredor da morte, até um policial do
departamento. De fato Sarah Linden (Mireille Enos) e Stephen Holder
(Joel Kinnaman) estão convencidos no começo do episódio de que o
verdadeiro assassino de adolescentes seria o colega Carl Reddick (Gregg
Henry). Realmente o assassino era um policial, mas a dupla acabou
errando o alvo, suspeitando do tira errado. Durante uma visita na casa
do detetive James Skinner (Elias Koteas, que também interpreta um
policial em outra série, "Chicago PD"), Linden descobre que a filha de
Skinner está usando um anel que pertenceu a uma das vítimas do
psicopata. Ligando as pontas ela finalmente descobre que o verdadeiro
serial killer é Skinner, alguém que esteve ao lado deles o tempo todo.
Uma típica reviravolta de roteiristas mais calejados. Até que achei
interessante o desfecho dessa temporada, ainda mais na cena final
quando Linden e Skinner vão atrás de uma das últimas vítimas do
policial. Eles travam um ótimo diálogo no carro, com Skinner tentando
demonstrar as motivações que o levaram a cometer todos os crimes. O que
se revela nessa cena é uma mente muito, muito doentia. Um desfecho
acima da média para uma série que, apesar de muitas vezes torrar nossa
paciência, sempre manteve um ótimo nível. Agora vamos em frente rumo em
direção para a quarta e última temporada. / The Killing 3.12 - The
Road to Hamelin (EUA, 2013) Direção: Daniel Attias / Roteiro: Veena
Sud, Dawn Prestwich / Elenco: Mireille Enos, Joel Kinnaman, Elias
Koteas.
Pablo Aluísio.
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sábado, 3 de novembro de 2012
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
The Catch
Logo no começo somos apresentados aos principais personagens, investigadores privados contratados por grandes empresas para descobrirem quem as estariam prejudicando. No caso a principal investigadora é a bonita ruiva Alice Vaughan (Mireille Enos). Há tempos ela vem investigando um fraudador e vigarista internacional conhecido apenas como Mr. X. Ele já desviou milhões de dólares de seus clientes. Assim seu objetivo é identificar o criminoso. Mal sabe ela que o inimigo mora ao lado, pois ele na verdade é o seu próprio noivo, Christopher Hall (Peter Krause), que usa esse relacionamento justamente para colocar as mãos em dados confidenciais.
Partindo do que vi nesse primeiro episódio posso adiantar que a série é apenas na média, sem nada de muito especial a não ser uma edição bem feita e um roteiro esperto, cheio de reviravoltas. Seu grande atrativo vem mesmo do elenco a começar por Mireille Enos, aqui fortemente maquiada para fazer o estilo mulherão. Um visual bem distante de sua personagem mais famosa, a policial Sarah Linden de "The Killing", onde fazia o estilo mais bagaceira. Já Peter Krause eu já conhecia bem de "Parenthood". Se lá ele interpretava um paí de família quadradão, aqui ele dá vida a um estelionatário com talento para fugir do FBI e da cadeia. Em suma, vou acompanhar os próximos episódios para ver se a série melhora com o tempo. É questão de esperar para ver.
The Catch 1.01 - Pilot (The Catch, Estados Unidos, 2016) Direção: Julie Anne Robinson / Roteiro: Allan Heinberg, Kate Atkinson / Elenco: Mireille Enos, Peter Krause, Alimi Ballard / Sinopse: Investigadora particular contratada por uma grande empresa descobre que o seu alvo na verdade é o seu próprio noivo! Criando assim uma série de situações delicadas e no mínimo constrangedoras!
Pablo Aluísio.
Partindo do que vi nesse primeiro episódio posso adiantar que a série é apenas na média, sem nada de muito especial a não ser uma edição bem feita e um roteiro esperto, cheio de reviravoltas. Seu grande atrativo vem mesmo do elenco a começar por Mireille Enos, aqui fortemente maquiada para fazer o estilo mulherão. Um visual bem distante de sua personagem mais famosa, a policial Sarah Linden de "The Killing", onde fazia o estilo mais bagaceira. Já Peter Krause eu já conhecia bem de "Parenthood". Se lá ele interpretava um paí de família quadradão, aqui ele dá vida a um estelionatário com talento para fugir do FBI e da cadeia. Em suma, vou acompanhar os próximos episódios para ver se a série melhora com o tempo. É questão de esperar para ver.
The Catch 1.01 - Pilot (The Catch, Estados Unidos, 2016) Direção: Julie Anne Robinson / Roteiro: Allan Heinberg, Kate Atkinson / Elenco: Mireille Enos, Peter Krause, Alimi Ballard / Sinopse: Investigadora particular contratada por uma grande empresa descobre que o seu alvo na verdade é o seu próprio noivo! Criando assim uma série de situações delicadas e no mínimo constrangedoras!
Pablo Aluísio.
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