Após se divorciar do marido, a famosa escritora Agatha Christie (Lyndsey Marshal) decide viajar, fazer turismo. O lugar escolhido é a antiga Mesopotâmia (atual Iraque) onde ela pretende visitar alguns amigos que estão participando de escavações de arqueologia de civilizações antigas. Acaba chegando no local, após uma longa viagem, justamente na mesma ocasião do assassinato de um dos ingleses que faziam parte da expedição. Assim ela decide participar das investigações e tal como o personagem mais famoso de seus livros, o inspetor belga Hercule Poirot, ela tenta decifrar o misterioso crime.
O que temos aqui é um filme que mistura fatos históricos reais e pura ficção. Sim, a escritora Agatha Christie realmente viajou até o Iraque na década de 1930 para fazer turismo, entretanto não se envolveu em uma trama de mistério e assassinato como vemos no filme. É puro realismo fantástico. Isso não significa que o filme em si seja ruim, longe disso. O roteiro é criativo, achei até bem original, muito embora o mistério não chegue nem perto das bem elaboradas tramas dos livros da verdadeira escritora. É a tal coisa, isso só seria possível se ela tivesse escrito o roteiro. Como isso obviamente não aconteceu, o que temos aqui é apenas uma pálida cópia de seus livros.
Agatha e a Maldição de Ishtar (Agatha and the Curse of Ishtar, Inglaterra, 2019) Direção: Sam Yates / Roteiro: Tom Dalton / Elenco: Lyndsey Marshal, Bronagh Waugh, Jonah Hauer-King / Sinopse: A escritora Agatha Christie se envolve em um mistério de assassinato durante uma viagem de turismo pelo Iraque, numa situação que lembra demais seus próprios livros de romances policiais.
Pablo Aluísio.