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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Maurice

Título no Brasil: Maurice
Título Original: Maurice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Merchant Ivory Productions, Cinecom Pictures
Direção: James Ivory
Roteiro: Kit Hesketh-Harvey, baseado no romance de E.M. Forster 
Elenco: James Wilby, Rupert Graves, Hugh Grant, Ben Kingsley, Helena Bonham Carter

Sinopse: 
Dois jovens ingleses de classe aristocrática entram em um dilema após descobrirem que estão apaixonados um pelo outro. Além do aspecto moral envolvido eles teriam que agir com muita cautela pois poderiam ser presos por causa de seu afeto homossexual. Essa opção sexual ainda era considerada crime na Inglaterra naquele período histórico.

Comentários:
Não faz muito tempo (em termos históricos) que o homossexualismo era considerado crime grave punido com prisão na Inglaterra. Até nomes famosos como Oscar Wilde foram condenados por sua opção sexual. "Maurice" é um drama histórico que se desenvolve justamente nesse contexto histórico. Antes de mais nada gostaria de dizer que James Ivory sempre foi um dos meus cineastas preferidos de todos os tempos. Poucos diretores foram tão elegantes e finos como ele. Sua filmografia é uma prova dessa afirmação. Curiosamente nunca tinha assistido a essa produção dirigida por Ivory em 1987. A produção, como não poderia ser diferente, é luxuosa e de bom gosto. O elenco é bem acima da média com destaque para um jovem Hugh Grant (antes de virar astro de comédias românticas americanas) e Ben Kingsley esbanjando sofisticação. Também vale lembrar a presença de Helena Bonham Carter, que durante certo tempo foi uma espécie de musa do diretor, participando de vários filmes dirigidos por ele. O roteiro mostra com muita sensibilidade a tumultuada e complicada relação entre dois jovens ingleses ricos durante a primeira década do século passado. Embora apaixonados não podiam exteriorizar esse sentimento pois poderiam ir para a cadeia por isso. "Maurice" é um filme menor de James Ivory mas merece ser redescoberto, principalmente nos dias de hoje pois o tema parece nunca sair da ordem do dia. Conheça e reflita sobre a mensagem proposta por esse grande diretor.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Um Lugar Chamado Notting Hill

Alguns filmes são bem badalados em seus lançamentos e depois de alguns anos caem no esquecimento quase completo. Um exemplo? Ora, basta lembrar desse "Um Lugar Chamado Notting Hill", comédia romântica com ares de superprodução que contou no elenco com dois queridinhos do cinema americano da década de 1990: Hugh Grant e Julia Roberts. Grant foi o modelo do inglês boa pinta que caiu nas graças do público depois do sucesso do cult "Quatro Casamentos e um Funeral". Sempre interpretando ingleses sem jeito, tímidos, mas bem charmosos ele foi durante grande parte de sua carreira um galã diferente, que se encaixava como poucos no imaginário feminino. Depois que foi pego em flagrante com uma prostituta nas ruas de Nova Iorque sua imagem foi levemente arranhada mas ele de forma muito inteligente usou de sua persona nas telas para escapar do escândalo, que de uma forma ou outra, por mais incrível que isso possa parecer, acabou ajudando ainda mais em sua fama. Já Julia Roberts foi outra que virou estrela da noite para o dia por causa do sucesso de "Uma Linda Mulher", comédia sem pretensão da Touchstone que acabou virando um grande sucesso de bilheteria. No começo de sua carreira ainda era uma graça mas depois de tantos anos virou uma dessas divas insuportáveis que Hollywood sabe muito bem produzir.

Assim tudo o que "Um Lugar Chamado Notting Hill" faz é se aproveitar do carisma de ambos para atrair o público. O enredo, como não poderia deixar de ser, é bobinho e derivativo. Além disso procura encher ainda mais a bola de Julia Roberts a retratando como uma grande diva, com milhões de fãs dispostos a saber tudo sobre sua vida pessoal. Ah que tédio hein? A própria atriz deu pitacos no roteiro pois a sua personagem nada mais é do que uma caricatura dela mesma, tentando se vender o máximo possível como diva absoluta, perseguida por malvados paparazzis e a imprensa, sempre cruel com esses "maravilhosos" artistas. Assim Julia Roberts interpreta Anna Scott, a megastar do cinema americano que acaba se apaixonando pelo pacato dono de livraria Will (Hugh Grant). Eu me recordo que vi esse filme no cinema e que já naquela época achava a Roberts muito egocêntrica para o meu gosto. Só vi mesmo a produção por causa do Hugh Grant, ator limitado (ele só interpreta ele mesmo em seus filmes) mas que simpatizo. De bom mesmo aqui só indico a charmosa direção de arte e o roteiro que tenta a muito custo parecer de bom gosto. Até que vale a pena, apesar da Julia Roberts imersa em si mesma, se achando o máximo o tempo todo.

Um Lugar Chamado Notting Hill (Notting Hill, Estados Unidos, 1999) Direção: Rogers Michell / Roteiro: Richard Curtis / Elenco: Hugh Grant, Julia Roberts, Hugh Bonneville, Emma Chambers, James Dreyfus, Rhys Ifans / Sinopse: Grande estrela do cinema (Roberts) se apaixona por pacato dono de livraria (Grant) o que dará origem a muitas confusões em suas vidas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Diário de Bridget Jones

O tempo passa rápido demais. Eu me recordo que há mais de dez anos quando o nome da texana Renée Zellweger foi anunciado para fazer o papel de Bridget Jones a reclamação foi generalizada. Isso porque Jones era uma personagem tipicamente britânica que já tinha seu público formado por causa dos livros de grande sucesso editorial. E qual era a razão de todo esse sucesso? Bridget Jones era muito humana, uma mulher comum que lutava contra os estereótipos impostos pela sociedade. Ela tinha mais de 30 anos, era solteira, com peso acima da média, fumava e se comportava de forma inadequada. Se em países como Brasil mulheres com esse perfil sofrem preconceito imagine na Inglaterra onde os padrões sociais são bem mais rígidos! Mesmo com toda essa pressão Bridget Jones não deixava de sonhar, ser irônica e dentro de suas possibilidades, ser feliz. Com tanta personalidade não é de se admirar que tenha criado tanta identificação em suas leitoras. Claro que uma personagem tão querida assim se torna bem complicada de transpor para as telas mas diante do resultado final desse filme podemos ter certeza que tudo saiu a contento. Até a americana Renée Zellweger se saiu maravilhosamente bem. Contratou uma especialista em sotaques e realmente brilhou falando exatamente como uma inglesa de sua posição social.

Como se não bastasse a atriz ainda se esforçou para trazer o biótipo de Bridget Jones, engordando vários quilos em um curto espaço de tempo. Em entrevistas defendeu o direito das mulheres serem acima de tudo "normais", bem longe dos ideais de beleza impostos por revistas e agências de moda. Eu achei bem curiosas suas declarações pois logo após a conclusão do filme Renée se submeteu a um rigoroso regime com baterias de exercícios físicos para recuperar a forma, ficando mais de acordo com os mesmos padrões de magreza que criticou durante o lançamento do filme! Será que tudo o que falou foi da boca pra fora? É possível. Voltando ao filme: O Diário de Bridget Jones é uma comédia romântica muito simpática mas de certa forma menos ácida do que o livro no qual se inspirou. Isso porém não é defeito ou demérito até porque nem sempre adaptações de livros no cinema costumam ser fiéis. Agora inegavelmente o charme e o carisma de Renée Zellweger emprestaram muita força para a personagem em cena. Ela tem esse jeito pessoal de ficar bem pouco á vontade, nervosinha, chegando a se tornar atrapalhada. Isso casou muito bem com sua personagem resultando tudo em ótimos momentos de humor. O filme não foi um sucesso espetacular nas bilheterias mas se saiu bem, rendendo quase quatro vezes o seu custo inicial o que abriu as portas para uma continuação. Para quem ainda duvidava do potencial de se tornar uma estrela de Renée Zellweger a produção veio como uma confirmação do brilho próprio da atriz.

O Diário de Bridget Jones (Bridget Jones' Diary, Estados Unidos, 2001) Direção: Sharon Maguire / Roteiro: Helen Fielding, Richard Curtis, Andrew Davies / Elenco: Rénee Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant, Gemma Jones, Jim Broadbent, Embeth Davidtz, Shirley Henderson, Sally Phillips, James Callis./ Sinopse: Bridget Jones (Renée Zellweger) é um solteirona com problemas de auto estima que encontra uma grande chance de finalmente subir em sua carreira. Além disso está prestes a encontrar o homem de seus sonhos. Porém nada disso será fácil.

Pablo Aluísio.