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segunda-feira, 16 de junho de 2025

O Colosso de Roma

O Colosso de Roma
Na década de 1960 o ator Gordon Scott foi para Roma. Ele tinha criado fama como Tarzan nos Estados Unidos em uma série de bons filmes de aventura com esse famoso personagem. Na Europa procurava por novas oportunidades. Acabou indo parar em filmes épicos, produzidos por companhias cinematográficas italianas. Esse gênero, que mais tarde seria chamado de "Espadas e Areias" por alguns críticos, gerou alguns filmes interessantes. A maioria deles ambientados na Roma antiga. Não era nada equivocado, afinal os italianos estavam contando sua própria história. Eles tinham lugar de fala nessa questão. 

E a história desse filme retornava bem longe no passado. Um conto passado até mesmo antes da República Romana, muito anterior ao surgimento dos primeiros imperadores. A época histórica aqui se passa na velha monarquia de Roma, onde essa milenar civilização teria sido governada por sete reis tiranos. Até hoje os historiadores debatem se esses reis realmente existiram ou se eram apenas uma base lendária em que se criou essa mitologia de fundação da civilização romana. De qualquer forma o roteiro abraça a mitologia e a história para contar seu enredo. Até que eu gostei do que vi. Não subestime a capacidade de realizar boas produções do cinema italiano nessa época. Eles já tinham uma indústria cinematográfica bem consolidada em Roma naquele período. 

O Colosso de Roma (Il colosso di Roma, Itália, 1964) Direção: Giorgio Ferroni / Roteiro: Alberta Montanti, Antonio Visone / Elenco: Gordon Scott, Gabriella Pallotta, Massimo Serato / Sinopse: Em uma Roma antiga, dominada por reis brutais, violentos e corruptos, um bravo guerreiro romano tenta demonstrar seu valor, protegendo seus familiares e pessoas amadas dos abusos da monarquia. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 9 de junho de 2025

O Moinho das Mulheres de Pedra

O Moinho das Mulheres de Pedra 
Não é todo dia que eu assisto um filme como esse, um terror e suspense dos anos 60, produzido na Itália! Pois então, devo logo começando essa análise dizendo que gostei muito e de certa maneira até fiquei surpreso pelo requinte da produção. Não se engane sobre isso, esse filme tem uma direção de arte belíssima! Os cenários, a ambientação, tudo um luxo só! Não ficava nada a perder se formos comparar com os filmes da Hammer inglesa, por exemplo. Aliás em muitos aspectos até mesmo superava as produções feitas na Inglaterra. Por essa época o cinema italiano já era uma indústria cultural consolidada. Não me admira que tenha sido tudo produzido nos lendários estúdios da Cinecittà em Roma. Palmas para os realizadores do filme! 

Então tudo bem, é um filme bem produzido e tudo, mas você deve estar se perguntando se a história é boa! Eu gostei! Sim, tem alguns elementos meio, digamos, inocentes demais para os padrões atuais, mas ainda assim apreciei a história contada. Nela temos um jovem pesquisador que vai até um antigo moinho, realmente histórico, para consultar documentos sobre sua fundação. O lugar hoje pertence a um professor de arte especializado em bonecos de cera e estátuas de mármore. Algo bem renascentista. Só que o veterano mestre também tem seus segredos, inclusive em relação a uma misteriosa filha, que vive dentro desse moinho sombrio. Falar mais seria revelar aspectos da história que ajudam o filme a ser o que é. Uma produção italana dos anos 60 que deve ser redescoberta nos dias atuais, ainda mais se você aprecia filmes clássicos de terror e suspense. 

O Moinho das Mulheres de Pedra (Il mulino delle donne di pietra, Itália, 1960) Direção: Giorgio Ferroni / Roteiro: Pieter van Weigen, Remigio Del Grosso, Giorgio Ferroni / Elenco: Pierre Brice, Scilla Gabel, Wolfgang Preiss / Sinopse: Jovem pesquisador vai até o interior em busca de informações sobre um antigo moinho que data dos tempos medievais. Lá mora um professor de arte e sua estranha filha. E conforme o tempo passa, o forasteiro vai percebendo que existe algo de muito sinistro naquele lugar. 

Pablo Aluísio.