Na década de 1960 o ator Gordon Scott foi para Roma. Ele tinha criado fama como Tarzan nos Estados Unidos em uma série de bons filmes de aventura com esse famoso personagem. Na Europa procurava por novas oportunidades. Acabou indo parar em filmes épicos, produzidos por companhias cinematográficas italianas. Esse gênero, que mais tarde seria chamado de "Espadas e Areias" por alguns críticos, gerou alguns filmes interessantes. A maioria deles ambientados na Roma antiga. Não era nada equivocado, afinal os italianos estavam contando sua própria história. Eles tinham lugar de fala nessa questão.
E a história desse filme retornava bem longe no passado. Um conto passado até mesmo antes da República Romana, muito anterior ao surgimento dos primeiros imperadores. A época histórica aqui se passa na velha monarquia de Roma, onde essa milenar civilização teria sido governada por sete reis tiranos. Até hoje os historiadores debatem se esses reis realmente existiram ou se eram apenas uma base lendária em que se criou essa mitologia de fundação da civilização romana. De qualquer forma o roteiro abraça a mitologia e a história para contar seu enredo. Até que eu gostei do que vi. Não subestime a capacidade de realizar boas produções do cinema italiano nessa época. Eles já tinham uma indústria cinematográfica bem consolidada em Roma naquele período.
O Colosso de Roma (Il colosso di Roma, Itália, 1964) Direção: Giorgio Ferroni / Roteiro: Alberta Montanti, Antonio Visone / Elenco: Gordon Scott, Gabriella Pallotta, Massimo Serato / Sinopse: Em uma Roma antiga, dominada por reis brutais, violentos e corruptos, um bravo guerreiro romano tenta demonstrar seu valor, protegendo seus familiares e pessoas amadas dos abusos da monarquia.
Pablo Aluísio.