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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Galante e Sanguinário

Ben Wade (Glenn Ford) é líder de um bando de assaltantes e assassinos cruéis. Eles interceptam uma diligência atravessando o deserto e a assaltam, matando o condutor do veículo. Após o ato criminoso chegam em uma pequenina cidade perdida do velho oeste. Lá Ben é finalmente capturado pelo xerife local. O resto do bando porém foge mas jura voltar para resgatar seu chefe. Praticamente sozinho o xerife decide recrutar alguns moradores locais para lhe ajudar entre eles Dan Evans (Van Heflin) um rancheiro endividado que pretende provar aos seus filhos menores que tem bravura suficiente para levar Ben até a estação de trem onde ele finalmente será levado para julgamento no tribunal da cidade de Yuma. Mesmo que você não assista filmes de western clássicos certamente conhece esse enredo. Isso porque “Galante e Sanguinário” virou remake há poucos anos com Russel Crowe e Ben Foster com o nome de “Os Indomáveis”. A estória é praticamente a mesma, com pequenas mudanças pontuais. O que faz de “3:10 to Yuma” tão interessante é seu enredo, tirando muito proveito da tensão crescente envolvendo a custódia do líder do grupo criminoso por um simples rancheiro. Cercado por todos os lados por membros de sua gangue ele decide demonstrar sua bravura, levando com firme propósito a missão de colocar Ben no trem que o levará às raias da justiça.

Esse é provavelmente um dos melhores momentos da carreira de Glenn Ford. Acredito que apenas “Cimarron” seja melhor. Ele está perfeito em sua caracterização do frio assassino Ben Wade. Para um ator que sempre fazia o papel de mocinho ele demonstrou muito jeito e estilo como o bandido que joga psicologicamente o tempo inteiro com o rancheiro que o mantém prisioneiro. Esse é mais um ótimo faroeste dirigido por Delmer Daves. Roteirista de mão cheia ele fez pouco mais de 30 filmes mas praticamente todos bem marcantes. Ao lado de Glenn Ford brilhou em faroestes como nesse “Galante e Sanguinário” e “Cowboy” que rodaria logo depois. É inegável que Daves usou muitos elementos que já tinham marcado muito em “Matar Ou Morrer” com Gary Cooper. A tensão, a ansiedade, os closes no relógio que teima não passar os minutos e a passagem em tempo real da ida à estação de trem. Vejo nesse aspecto uma homenagem ao grande clássico de Cooper que mesmo já tendo sido utilizado brilhantemente antes volta a funcionar muito bem aqui também. Em conclusão podemos dizer que “Galante e Sanguinário” é um western psicológico bem marcante que joga muito bem com a situação chave da trama. Um grande momento da carreira de Glenn Ford em um papel que o marcaria para sempre.

Galante e Sanguinário (3:10 to Yuma, Estados Unidos, 1957) Direção: Delmer Daves / Roteiro: Halsted Welles, Elmore Leonard / Elenco: Glenn Ford, Van Heflin, Felicia Farr, Henry Jones, Richard Jaeckel / Sinopse: Ben Wade (Glenn Ford) é líder de um bando de assaltantes e assassinos cruéis. Eles interceptam uma diligência atravessando o deserto e a assaltam, matando o condutor do veículo. Após o ato criminoso chegam em uma pequenina cidade perdida do velho oeste. Lá Ben é finalmente capturado pelo xerife local. O resto do bando porém foge mas jura voltar para resgatar seu chefe.

Pablo Aluísio.