Certa vez Friedrich Nietzsche escreveu a impactante frase: "Deus está Morto!". Claro que isso mexeu com os brios de muitos. Só que esqueceram mesmo de analisar a fundo o que havia por trás de uma afirmação tão polêmica e sugestiva. A verdade é que temos que analisar um pouco o contexto histórico da própria vida do escritor e filósofo Nietzsche.
Ele nasceu em uma família muito religiosa. E isso naquela época significava ser criado em um núcleo familiar muito fechado, muito opressor. Tudo era pecado, tudo ia contra a vontade de Deus. As pessoas se vestiam de negro, as casas eram escuras e mal ventiladas. Era complicado até mesmo respirar em um ambiente como aquele. Castigos físicos eram naturais. Qualquer frase mal colocado era reprimida com um forte tapa na cara!
É natural que sendo uma pessoa sensível e inteligente como Nietzsche ele algum dia iria se revoltar contra aquilo tudo, contra aquela loucura onde seres espirituais cuidavam e puniam os vivos. Mortos cuidando da vida de pessoas vivas! Onde algo assim iria fazer algum sentido? Nietzsche leu o evangelho, o estudou com cuidado. Ele foi um ser humano dos mais inteligentes e logo descobriu que na prática nada do que estava nos textos do evangelho era aplicado. Muitas vezes era o oposto disso! As pessoas mais religiosas da comunidade eram as piores. Verdadeiros patifes!
O pai queria que ele fosse pastor, mas Nietzsche conhecia os religiosos de seu tempo. Eram todos grandes hipócritas, gente que lia uma coisa e que na vida fazia outra. O Deus estava mesmo morto! Se formos levar em conta o Deus idealizado dos primeiros escritos cristãos, certamente está morto! O Deus original foi deixado de lado, principalmente no Brasil onde a religiosidade se resume a fanatismo e busca por bens materiais. Deus está morto e foi morto por todos os que diziam seguir sua mensagem.
Pablo Aluísio.