A história do filme se passa na década de 1940. Macarena Granada (Penélope Cruz) é uma atriz espanhola que faz sucesso em Hollywood. Muitos anos depois ela retorna para sua terra natal para trabalhar em um filme contando a história da Rainha Isabel. As filmagens se passam em uma Espanha dominada pela ditadura do general Franco. Macarena odeia Franco pois seu pai foi morto pelos seguidores do tirano. E quando um velho diretor reaparece, após passar anos preso nas prisões do regime militar, ela tenta ajudá-lo de alguma forma, planejando uma forma de libertá-lo de sua pena. Afinal ele não cometeu crime algum, apenas foi contra a ditadura. E as coisas só pioram quando a atriz principal do filme resolve ter um caso amoroso com um dos membros da equipe, o astro galã gay investe em cima de um ator coadjuvante espanhol e o próprio Franco decide visitar o set de filmagens!
Um bom filme, que poderia ser melhor. Poderia ser um drama mostrando os horrores de Franco, mas os roteiristas decidiram apostar em algo mais leve, menos dramático. Há um certo humor que atravessa todo o filme, muito embora não se possa considerar uma comédia. Para quem gosta de cinema há algumas referências interessantes como o galã americano que no fundo é gay e vive no armário, o velho diretor que passa as filmagens inteiras cochilando em sua cadeira, sem saber direito o que está acontecendo e várias citações de astros e estrelas da época como Errol Flynn e Rita Hayworth. Mesmo assim fiquei com aquela sensação ruim de que o filme nunca decola, ficando apenas na promessa de que algo melhor vai acontecer.
A Rainha da Espanha (La reina de España, Espanha, 2016) Direção: Fernando Trueba / Roteiro: Fernando Trueba / Elenco: Penélope Cruz, Antonio Resines, Cary Elwes, Neus Asensi / Sinopse: Uma equipe de filmagem de Hollywood vai até a Espanha para filmar a história da rainha Isabel em plena ditadura do general Franco. O filme é estrelado pela atriz espanhola temperamental Macarena Granada (Penélope Cruz).
Pablo Aluísio.