segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 110

Coração Rebelde
Data: janeiro de 1961 / Fonte: site EPHP (Pablo Aluísio) / Texto: Pablo Aluísio / Photo: 20th Century Fox / Local: Hollywood, USA. 

Coração Rebelde - Um ano após deixar o exército Elvis Presley deu seguimento ao seu plano de se tornar um ator respeitado em Hollywood. Depois de fazer concessões aos estúdios com G.I.Blues Elvis se sentia forte o suficiente para exigir certo controle artístico sobre sua carreira no cinema. O chefão da Fox, Darryl F. Zanuck, já havia dado carta branca a Elvis para ele escolher o roteiro que quisesse para seu próximo filme no estúdio. Então Elvis foi à caça de uma boa estória para ser filmada. Depois de ler pilhas de scripts e roteiros Elvis escolheu "Wild in The Country", uma adaptação de uma peça teatral que havia sido escrita para ser estrelada pelo ator Montgomery Clift. 

Infelizmente antes das filmagens programadas Clift sofreu um sério acidente de carro ao sair da casa de Elizabeth Taylor e teve o rosto completamente desfigurado pelo painel de seu carro. Com isso o projeto do filme foi arquivado. Ao cair nas mãos de Elvis no verão de 1960 o rei do rock se entusiasmou pelo roteiro e pela chance de finalmente fazer um filme com conteúdo mais dramático. Para Elvis esse filme deveria ser filmado de forma fiel à adaptação da peça teatral. Com a aprovação de Darryl F. Zanuck o projeto começou a tomar forma com a contratação do conceituado diretor Phillp Dune e a escalação das atrizes Hope Lange, Tuesday Weld e Cristina Crawford. 

Tudo ia bem até o dia em que o coronel Parker resolveu ler o teor da estória do novo filme de Presley. Parker ficou chocado com o que leu! Em primeiro lugar a estória era completamente dramática com final trágico - Elvis faria um personagem que se envolvia com uma mulher mais velha, não haveria músicas e o pior: Elvis se suicidaria no final! Uma coisa inaceitável na visão de Tom Parker, sempre preocupado com a imagem de seu principal (e único) cliente! Atuando pelas costas de Elvis o coronel começou a tomar as rédeas do projeto: o final foi mudado por um grupo de roteiristas contratados pelo empresário, o romance entre Elvis e uma mulher mais velha foi suavizado e foi encaixada diversas músicas dentro do filme (no roteiro original o personagem principal nem sabia cantar!). Elvis ficou completamente desapontado pois o filme agora se aproximava cada vez mais de sua comédias bobocas! Tudo em que havia apostado agora estava indo por água abaixo! 

Tentou vencer a queda de braço com Parker e Zanuck mas não conseguiu, principalmente depois que o diretor Phillip Dune resolveu ceder às pressões comerciais envolvidas na realização da película. Assim Elvis se viu totalmente sozinho na defesa do roteiro original que havia lido. Finalmente o presidente da Fox se reuniu com Elvis e demonstrou que as mudanças seriam mais benéficas ao sucesso do filme. Elvis resolveu então tentar salvar o que restava do script mas não obteve êxito em um set completamente controlado pela mão forte do todo poderoso magnata Darryl F. Zanuck. Finalmente acabou cedendo as pressões, com um forte sentimento de frustração e decepção com a maneira de fazer filmes em Hollywood. 

E assim "Coração Rebelde" se tornou um filme sem identidade própria, um mistão indigesto que tentava colocar sob o mesmo teto conceitos teatrais complexos com romances inventados na última hora para suavizar a forte densidade melodramática da trama. E também se tornou o adeus de Elvis às suas pretensões de exercer uma atividade de ator independente de sua carreira musical, principalmente depois do sucesso arrasa quarteirão do filme "Feitiço Havaiano", que chegou nas telas nesse mesmo ano. E a fusão desse dois fatores: o sucesso de "Feitiço Havaiano", comédia musical leve cheia de canções, e o relativo fracasso de "Coração Rebelde", filme com pretensões mais sérias, iria determinar como seria a futura carreira de Elvis no cinema, onde ele não iria mais sair do esquema imposto pelos grandes estúdios, das comédias musicais românticas. Era o fim do sonho de Elvis em se tornar um novo Marlon Brando ou James Dean. Será que se tivesse tido a oportunidade ideal, Elvis teria se tornado um grande ator? Nunca saberemos ao certo, infelizmente.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 109

Spinout
Data: 1966 / Fonte: site EPHP (Pablo Aluísio) / Texto: Pablo Aluísio / Photo: MGM Pictures / Local: Hollywood, USA. 

Minhas três noivas (Spinout) - Em 1966 Elvis Presley completou dez anos de carreira em Hollywood. Os executivos da MGM então resolveram elaborar um intenso projeto de marketing para celebrar a data com muito material promocional, posters, álbuns, comerciais, folders etc. No centro das comemorações estava a realização de mais um filme de Elvis na produtora: Spinout (Minhas três noivas, no Brasil). As filmagens começaram em fevereiro de 1966 e duraram dois meses. Para contracenar com Elvis foram chamadas três beldades da época: Shelley Fabares (que já havia atuado ao lado de Elvis), Debora Walley (que chegou a ter um casinho com Elvis no set de filmagem) e Diana McBaine. 

Na direção o "pau-pra-toda-obra" dos estúdios Norman Taurog. Infelizmente os executivos da MGM não quiseram se arriscar e resolveram apostar na velha fórmula dos filmes anteriores de Elvis, que já estavam bastante desgastados pela crítica e até mesmo pelos fãs, que vinham exigindo atráves do fanzine "Elvis Monthly" mudanças na carreira de Elvis. Ou seja, muitos fãs estavam mais lamentando esse "aniversário" do que comemorando tal data. A falta de inovação da carreira de Elvis o levou a um impasse: ele tinha que mudar o rumo que vinha tomando há tempos ou afundaria de vez e se tornaria apenas uma "lenda viva" sem relevância artística. Os primeiros sinais já tinham aparecido no ano anterior com as más bilheterias de seus últimos filmes. 

O público estava cansado dos mesmos roteiros, das mesmas estórias e o pior de tudo: da má qualidade do material musical apresentado nesses filmes. E Elvis tinha consciência disso, porém preso a muitos contratos cinematográficos desde a primeira metade dos anos 60 o cantor se viu amordaçado não só aos grandes estúdios como também à sua própria gravadora que lançava todas as trilhas sonoras - e que por sua vez também estava presa à obrigações com os estúdios de cinema. Por incrível que isso possa parecer a melhor coisa a acontecer na carreira de Elvis nesse período era um grande fracasso no cinema! 

E o que todos de certa forma já previam finalmente aconteceu! Spinout foi lançado em novembro de 1966 e afundou nas bilheterias! Nem todo o marketing do mundo o salvou de ser um dos piores fracassos da carreira de Elvis! Até mesmo os fãs resolveram boicotar o lançamento e isso acabou sendo muito bom, pois acendeu de vez a luz vermelha nas organizações Presley - não dava mais para seguir essa velha linha "Trilha / Filme". Para se ter uma idéia do tamanho da bomba, basta afirmar que o filme não conseguiu ficar nem entre os 50 mais vistos do ano - logo Elvis que mesmo em suas bilheterias mais fracas conseguia ficar no top 10 ou até mesmo no top 20. O ano que viria apenas iria corroborar essa visão e tudo isso iria desbancar na realização do NBC TV Special de 68 que iria reviver a carreira de Elvis e o levar de uma vez por todas para longe de Hollywood, para o seu próprio bem e dos seus fãs, é claro! 

Spinout (S.Wayne / B. Weisman / D. Fuller) - Ao contrário do filme, que é destituído de valor artístico, a parte musical de Spinout traz pela primeira vez em muitos anos de trilhas sonoras fracas, uma seleção bastante interessante de momentos e até mesmo algumas músicas excelentes da carreira de Elvis - "Down in the Alley", "I'll Remember You" e "Tomorrow is a long Time" de Bob Dylan. Isso se deveu a um fator que ocorreu nos bastidores da RCA Victor em 1966. Por motivos de saúde o produtor de Elvis, Chet Atkins, teve que se afastar dos estúdios. Isso abriu caminho para que os trabalhos musicais de Elvis fossem providenciados por um novo produtor: Felton Jarvis. Ao contrário de Atkins, que apesar de ser um produtor e músico talentoso estava muito acomodado, Jarvis chegava com muita vontade de mostrar serviço. Resolveu embelezar as músicas de Elvis com novos arranjos e lhes dar maior qualidade harmônica, mesmo que essas fossem apenas canções descartáveis de filmes. Enfim, finalmente havia um sopro de ar fresco pairando dentro dos estúdios da RCA Victor. 

All That I Am - (S. Tepper / R.C. Bennett) - A prova viva de que Felton Jarvis vinha para ficar! Nesse caso o produtor pegou uma música despretensiosa que fazia parte da trilha e resolveu escrever um belíssimo arranjo de cordas em violino! A nova versão ficou tão bela que, com a concordância de Elvis, Jarvis resolveu lançá-la em single antes do filme. O resultado foi tão satisfatório que a música chegou ao Top 20 na Inglaterra, se tornando também bem conhecida no resto da Europa. Nesse compacto europeu ela foi lançada como lado A, ao contrário do single americano original que vinha com "Spinout" no lado principal e com "All That I am" no lado B. O disco com a trilha sonora se saiu melhor que o filme e conseguiu também ser Top 20 nos EUA (18º lugar entre os mais vendidos). Um excelente sinal de mudanças positivas nas combalidas trilhas sonoras de Elvis nesse período.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

domingo, 19 de dezembro de 2010

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 108

Os presentes de natal de Elvis
Data: janeiro de 1960 / Fonte: "Elvis e Eu" / Texto: Priscilla Presley e Sandra Harmon / Photo: RCA Victor / Local: Hollywood, USA. 

O Natal em Graceland - "Feliz Natal!"- exclamou Elvis, orgulhoso, entregando-me um cachorrinho cor de mel, de seis semanas. "Oh! Elvis, é a coisinha mais linda que eu já vi!" - Abracei-o e ouvi um latido abafado entre nós - "Oh Honey, desculpe!". Involuntariamente eu acabara de batizar o cachorrinho de Honey. Era véspera de Natal. Elvis rezara por um natal branco e - como resposta ao seu pedido - naquela noite caíram dez centímetros de neve. A reunião em torno da árvore de Natal incluía Vernon e Dee, os três filhos dela - David, Billy e Ricky - o círculo íntimo com suas mulheres e mais um punhado de outros amigos e parentes de Elvis. Todos se mostraram simpáticos e me fizeram saber que era bem vinda, embora parecesse estranho me ver a mim e não Anita Wood ao lado de Elvis. Anita partilhara o Natal com ele nos dois últimos anos. Havia ocasiões em que eu não podia deixar de especular se Elvis ainda sentia saudades dela. Não era fácil para ele se separar das pessoas. Eu sabia disso. 

Foi divertido observar Elvis abrir os presentes. "Era exatamente o que eu estava precisando, outra caixa de jóias" - disse ele rindo desembrulhando a quarta da noite. Ele olhou para Gene Smith, uma das poucas pessoas que era capaz de fazê-lo rir sistematicamente. "Foi você que me deu isso, Gene?" - "Não, El, não fui eu" - respondeu Gene. "Pensando bem, não podia ser você, Gene. É bom gosto demais" - todos riram com Elvis. "Poxa, E, como você pode dizer uma coisa dessas?" - murmurou Gene, em seu arrastado sotaque sulista. "Muito fácil" - Elvis estreitou os olhos - "Basta olhar pra você Gene, um exemplo vivo do mau gosto" Fingindo estar ofendido, Gene afastou-se coçando a cabeça, enquanto todos riam. Embora houvesse muitas brincadeiras, eu sentia uma tristeza em Elvis quando nossos olhos se encontravam. 

Não pude deixar de recordar o que ele me dissera certa ocasião na Alemanha: "O Natal em Graceland nunca mais será o mesmo sem mamãe. Será terrível para mim e não sei se sou capaz de suportar a solidão. Mas acho que conseguirei de alguma forma. Deus me dará a força necessária." Querendo distraí-lo, estendi um presente de papel muito colorido e disse: "Aqui está mais um, que você esqueceu de abrir". Era o meu presente, uma caixinha musical, que eu deliberadamente deixara por último. Prendi a respiração enquanto ele abria. No momento em que ele levantou a tampa, soaram os acordes de "Love me Tender". "Adorei! Juro que adorei, Cilla! Muito Obrigado!" Havia um brilho intenso nos seus olhos e desejei sempre poder fazê-lo feliz assim. De todas as celebrações e datas durante o ano o Natal sempre foi o preferido de Elvis. Além do aspecto religioso, sempre forte em Elvis, havia a sempre presente lembrança dos natais passados ao lado de sua querida mãe Gladys. Um feliz Natal para todos! 

If Every Day Was Like Christmas (Red West) - Música natalina lançada em single para o natal de 1966. Sob o comando de Felton Jarvis, Elvis registra uma das melhores melodias de sua carreira. Nota-se claramente o avanço de qualidade em relação às trilhas sonoras do mesmo período. Primor de interpretação de Elvis Presley em todos os aspectos. O single foi lançado com "How Would You Like To Be" no lado B, sendo essa uma reprise do filme "It Happened At World's Fair" (Loiras, ruivas e morenas, no Brasil). A música foi gravada nas mesmas sessões de "I'll Remember You" e "Indescribably Blue" em junho de 1966 e quando lançada em novembro desse mesmo ano chegou ao top 10 britânico.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 107

Elvis for Everyone
Data: 1965 / Fonte: site EPHP (Pablo Aluísio) / Texto: Pablo Aluísio / Photo: MGM Pictures / Local: Hollywood, USA. 

Elvis for Everyone - Nos anos 60 Elvis Presley tentou conciliar uma carreira de ator no cinema com seu lado musical. Nesta fase muitas foram as trilhas sonoras de seus filmes. Mas foi justamente neste período que foi lançado um dos mais curiosos discos de sua carreira, uma colcha de retalhos sonora inventada pelos produtores e executivos da RCA Victor. O LP foi chamado de "Elvis for Everyone". Para compor o disco a RCA Victor vasculhou seus arquivos atrás de gravações perdidas de Elvis. E sem dúvida acharam muita coisa relevante e importante, inclusive duas canções de Elvis da época da Sun Records. Pode-se inclusive afirmar que este disco foi uma salvação para muitas músicas de Elvis que poderiam muito bem se perder nos porões empoeirados de sua gravadora, mas que felizmente foram resgatadas do esquecimento bem a tempo. Parte das músicas foram retiradas das sessões que foram realizadas para a composição de um disco de Elvis que jamais foi lançado. 

Ao longo dos anos esse disco acabou sendo batizado de "The Lost Album", o disco perdido de Elvis. Curioso mesmo é acompanhar como todas essas faixas foram sendo espalhadas em diversos discos diferentes da carreira de Elvis em épocas diversas e sem nenhum critério de classificação. Além das faixas da Sun e do The Lost Album, "Elvis for Everyone" trazia ainda algumas músicas de filmes de Elvis que não havia sido lançadas antes, canções de filmes como "Follow That Dream", "Flaming Star" e "Wild in The Country". Por fim o disco ainda contou com a coordenação do produtor Chet Atkins que tentou de alguma forma colocar a bagunça em ordem. Essas são as principais faixas do disco "Elvis for Everyone": 

Your Cheatin Heart (Hank Williams) - Clássico da música country gravada por Elvis pouco antes de ir servir o exército americano na Alemanha. Curiosa homenagem de Elvis a Hank Williams, considerado um dos pais do country and western daquele país. Elvis inclusive deixou um pouco seu aspecto criativo de lado e resolveu seguir um arranjo mais conservador. Nunca havia sido lançada antes na carreira do Rei do Rock. 

Memphis, Tennessee (Chuck Berry) - Faixa retirada das sessões do "The Lost Album". Muito bem arranjada e executada por Elvis e banda. Sem dúvida essa canção não poderia passar em branco na sua carreira, não só por sua importância na história do Rock como também pelo fato de ter o nome de sua querida cidade. Elvis e Chet Atkins deram um tratamento de luxo e à altura desse clássico moderno de Chuck Berry. Aliás Elvis sempre se deu muito bem com músicas compostas por Chuck Berry. Essa não foge à regra, sendo um grande momento da carreira de Elvis e que deve ser conhecido por todos. 

Sound Advice (Giant / Baum / Kaye) - Elvis e violão. Essa é uma canção que fez parte da trilha sonora de "Follow That Dream" (Em cada sonho um amor, no Brasil). Curiosamente ela jamais havia sido lançada antes, nem mesmo no EP da trilha do filme. É uma das melhores músicas Pop da carreira de Elvis. Outras faixas de filmes que fizeram parte desse disco foram: "Santa Lucia" (de Viva Las Vegas), "In My Way" e "Forget Me Never" (de Wild In The Country) e "Summer Kisses, Winter Tears" (de Flaming Star). 

Finders Keepers, Losers Weepers - (Dory Jone / Ollie Jones) - Música que foi gravada nas sessões do The Lost Album. Este disco deveria ter sido lançado pois as músicas gravadas estão entre as melhores de Elvis nos anos 60. Entre as gravações do The Lost Album estão "Devil in Disguise", "Please Don't Drag That String Around", "Long Lonely Highway" e a própria "Memphis, Tennessee". Isso sem dúvida demonstra como foram produtivas essas sessões. 

Tomorrow Night (S. Coslow / W. Gross) - A história dessa canção é bem interessante. Elvis a gravou na Sun Records e foi arquivada. Quase dez anos depois Chet Atkins resolveu fazer um arranjo totalmente novo sobre o antigo acompanhamento dos Blue Moon Boys. As participações de Scotty Moore e Bill Black foram apagadas só preservando mesmo o vocal original de Elvis. Depois Atkins resolveu chamar um grupo de músicos e praticamente regravou um novo arranjo. Sem dúvida o resultado ficou muito bom mas não agradou muito aos fãs mais puristas que sempre preferiram a versão original, que foi lançada finalmente em CD na coleção "The King of Rock'n'Roll". Vale pela curiosidade de conhecer uma versão B que só foi lançada nesse disco. 

O disco "Elvis For Everyone" foi lançado em agosto de 1965 e chegou ao top 10 da parada americana e ao oitavo lugar entre os mais vendidos na Inglaterra. Apesar de seu bom êxito nas paradas internacionais os fãs brasileiros ficaram a ver navios na época pois o disco não foi lançado no Brasil, só chegando nas lojas em 1982 como parte do pacote "Pure Gold" da RCA, que relançou vários discos da carreira de Elvis Presley. Antes tarde do que nunca.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 106

His Hand In Mine
Data: novembro de 1960 / Fonte: site EPHP (Pablo Aluísio) / Texto: Pablo Aluísio / Photo: RCA Victor / Local: Nashville. 

His Hand In Mine 
Ao retornar do Exército em 1960, Elvis resolveu realizar um de seus sonhos, gravar um álbum de canções religiosas. A realização deste trabalho foi fruto de muito empenho pessoal do próprio Elvis, o empresário dele, o coronel Parker, não via com bons olhos a gravação deste disco, pois temia prejuízos financeiros com sua realização. Elvis bateu o pé e exigiu que iria fazer o disco, com ou sem a aprovação dele. E assim o fez. O disco foi chamado de "His Hand in Mine" e é hoje considerado um de seus mais bonitos trabalhos. 

O disco fez um enorme sucesso, para espanto de Parker e da RCA, e provou que Elvis estava certo. A intenção de Elvis na realidade na gravação deste disco era homenagear a sua mãe, que havia morrido poucos anos antes. Segundo as próprias palavras de Elvis este disco era "um trabalho de amor". Ele participou efetivamente de todos os arranjos, de todo o trabalho de direção musical, praticamente monopolizou todas as fases da produção, realmente o verdadeiro produtor do disco foi o próprio Elvis. Escolheu as canções pessoalmente levando como critério de escolha a importância delas em sua vida, por isso o disco é recheado de canções da metade do século, algumas mais agitadas e algumas spirituals. As gravações foram realizadas em Nashville em outubro de 1960. 

Elvis declarou: "Esse disco será uma forma de mostrar minha gratidão para com os quartetos gospel. Acho que praticamente conheço todos os hinos já feitos. Adoro ficar sozinho ao piano, em Graceland, tocando essa música". No final de 1960, Elvis afirmou a um repórter que "His Hand in Mine" havia se tornado o seu trabalho musical de que tinha mais orgulho. O disco ficou na lista dos mais vendidos durante todo o ano seguinte, se tornando mais um grande êxito em sua carreira. 

His Hand In Mine (Mosie Lester) - Como tema principal do disco Elvis escolheu essa conhecida canção gospel de Mosie Lester. Como sempre fazia, Elvis resolveu modificar o arranjo da música original. Para isso ele realçou ainda mais a presença do quarteto gospel que o acompanhava. Depois modificou o acompanhamento instrumental dando destaque especial ao piano, ao contrário do órgão da versão de Mosie Lester. Por fim, resolveu trocar a seqüência original do refrão, aproveitando para modificar também o tempo da canção. Enfim, Elvis a reconstruiu ao seu gosto e como sempre suas escolhas se revelaram bem vindas, pois sem dúvida deram mais consistência a essa antiga canção gospel. 

Milk White Way (Elvis Presley) - Mais um exemplo do poder de trabalho de Elvis dentro dos estúdios. Aqui ele transformou mais uma vez uma tradicional canção religiosa para lhe dar um sabor todo especial. As mudanças foram ótimas, a música, antes mais lenta e melancólica, se transformou nas mãos de Elvis em um momento alto astral do disco. Elvis a deu ritmo e embalo. Se não fosse pela letra gospel poderia até ter entrado em qualquer disco convencional de sua carreira. Completamente diferente da tradicional canção religiosa, tanto que a RCA resolveu até mesmo lhe dar os créditos de autoria da música. Nota 10 para Elvis, que provou mais uma vez que realmente tinha ritmo correndo em suas veias. 

Swing Down Sweet Chariot (Elvis Presley) - Outra música que foi totalmente arranjada e adaptada por Elvis. O mais importante sobre essas gravações religiosas de Elvis é o fato dele ter trazido o gingado típico das músicas de R&B ao Gospel. Misturar gêneros e fundi-los sempre foi uma coisa natural para Elvis, que aliás detestava rotular qualquer tipo de ritmo ou música. Como disse Sam Phillips: "Elvis era daltônico", ou seja, ele não queria distinguir as canções de que gostava, para ele pouco importava o rótulo, seja a música fosse classificada como branca, negra, rock, pop, gospel; para Elvis isso não tinha importância, pois para ele tudo era música, tudo era mágica.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 105

G.I. Blues (Saudades de um pracinha)
Data: abril de 1960 / Fonte: site EPHP (Pablo Aluísio) / Texto: Pablo Aluísio / Photo: Paramount Pictures / Local: Hollywood, USA. 

Saudades de um pracinha 
Trilha Sonora do quinto filme de Elvis Presley que no Brasil recebeu o título de "Saudades de um Pracinha". O filme foi dirigido por Norman Taurog e produzido por Hal Wallis e contava em seu elenco com Juliet Prowse (a atriz era na época um dos casos amorosos de Frank Sinatra). Este filme seria o percursor dos filmes de Elvis nos anos sessenta com seus roteiros fracos e trilhas de gosto duvidoso. Apesar de tudo, "G.I.Blues" apresenta alguns momentos interessantes sendo uma de suas melhores trilhas nessa período. Elvis porém não gostou nada dos resultados mas preferiu manter sua decepção só para si. Neste mesmo ano Elvis iria realizar dois projetos de alto nível artístico. 

O primeiro foi a gravação do disco gospel "His Hand in Mine", velho sonho do cantor. O outro foi a realização do filme "Flaming Star" (estrela de fogo, 1960), western dirigido pelo aclamado diretor Don Siegel e co-estrelado pela atriz Barbara Eden. Este filme foi bastante elogiado pela crítica e se tornou um bem sucedido veículo para o sonho de Elvis em se tornar um ator respeitado. Ambos os filmes, "Flaming Star" (estrela de fogo, 1960) e "G.I.Blues" (saudades de um pracinha, 1960) foram grandes sucessos de bilheteria. Já a trilha sonora de "G.I. Blues" concorreu ainda nesse mesmo ano a 4 prêmios Grammy, ficando 10 semanas em primeiro lugar na Billboard, sendo classificada na lista dos mais vendidos por incríveis 111 semanas (recorde absoluto). 

Eis as principais canções desse grande sucesso de Elvis nos cinemas: 
Frankfort Special (Sid Wayne / Sherman Edwards) - Elvis interpreta esta divertida canção em um trem! Pois é, como havia várias músicas na trilha então não se devia desperdiçar tempo para apresentá-las. O ritmo aliás lembra o som de um trem em movimento. De qualquer forma vale por ser um momento de alto astral do disco e do filme. A trilha do outro filme de Elvis em 1960, "Flaming Star" (estrela de fogo, 1960)", contava com as seguintes canções: "Summer Kisses, Winter Tears", "Flaming Star", "Britches" e "A Cane and A Starched Collar", esta última aliás, a única cantada por Elvis no filme. 

Wooden Heart (adapt:Kaempfert / Wise / Weisman) - A melhor música de todo o disco. É baseada na canção folclórica Alemã "Muss I Denn". A cena que Elvis a apresenta no filme (com as marionetes) é a melhor parte de toda a película. A canção foi lançada em compacto na Alemanha e no restante da Europa alcançando um tremendo sucesso. O Single norte-americano com "Wooden Heart" só foi lançado no final de 1964, ou seja, quatro anos depois!!! É digno de nota a ótima adaptação do maestro alemão Bert Kaempfert e o acordeonista Jimmie Haskiell. Ela foi gravada no dia 27 de Abril nos estúdios Radio Recorders em Hollywood. 

Pocketfull Of Rainbows (Wise / Weisman) - Elvis faz dueto com Juliet Prowse no filme, porém a versão lançada no disco só conta com a voz do cantor, o que é um alívio. É uma típica canção lenta e romântica dos filmes de Elvis nos anos sessenta. Os compositores desta música iriam compor diversos temas para Elvis durante sua carreira. A Letra traz uma mensagem bonita: "todos temos que ter um arco íris no nosso bolso nos momentos difíceis da vida". 

Blue Suede Shoes (Carl Perkins) - Uma nova versão para o clássico de Carl Perkins. Apesar de ser muito bem arranjada com um ótimo acompanhamento ela não consegue se tornar melhor do que a versão do cantor para o disco "Elvis Presley" (1956). Algo se perdeu, talvez falte um pouco de garra e pique nesta versão. Porém sem dúvida é um dos pontos altos de todo a trilha. Elvis não a canta no filme, ela só aparece quando um soldado liga um jukebox. 

Shoppin Around (Tepper / Bennet / Schroeder) - O ritmo é muito empolgante além de ser muito bem executada, porém mais uma vez fica evidente a fragilidade da letra. Esta aliás é uma característica de muitas canções de filmes de Elvis nos anos 60: um bom balanço com letras frágeis. O filme "Saudades de um pracinha" foi lançado na segunda metade de 1960 e se tornou um dos filmes de maior bilheteria do ano. A trilha sonora logo bateu a marca de mais de um milhão de cópias vendidas e liderou o top 10 da Billboard. Elvis também liderou a lista dos filmes mais vistos e abriu caminho de uma vez para sua carreira de ator de cinema em Hollywwod, com tudo de bom e ruim que isso acabou significando para sua carreira.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 104

G.I. Elvis - Parte II
Data: 12 de outubro de 1958 / Fonte: "Elvis, documento histórico" / Texto: Lu Gomes / Photo: U.S.Army / Local: Bad Nauheim, Alemanha Ocidental. 

Sessões de autógrafos 
Goethhestrasse 14 foi onde os Presleys moraram em Bad Nauheim, por 15 longos meses. A vida nessa casa era uma rotina que nunca variava. Às 4:30 hs da manhã, Lamar acordava para esquentar o motor do carro de Elvis, uma BMW esporte branca. Quando Elvis acordava, todo mundo também tinha que acordar: essa era uma regra não escrita. Vovó e Elizabeth iam para a cozinha preparar a comida que era feita para agradar ao paladar de uma única pessoa, mas que era servida para todos. Bacon e ovos fritos, geléia, manteiga, café e pêssegos em calda. Depois do Breakfast, 

Elvis entrava no carro e dirigia 17km até a base. 
Assim que ele partia, todo mundo voltava para a cama, só acordando mais tarde, no horário normal, para iniciar suas tarefas diárias. O volume de correspondência era enorme, e virtualmente toda pessoa naquela casa aprendeu a falsificar a assinatura de Elvis. O jantar era servido às seis horas e, à noite, acontecia a cerimônia de autógrafos. Elvis estabeleceu esse ritual para que sua família não fosse incomodada em horas impróprias. Assim os autógrafos só eram concedidos durante meia hora, todas as noites. Uma placa na janela da casa, escrita em inglês e alemão avisava: "autógrafos entre 7:30 a 8:00 da noite somente, por favor" Durante o dia, a rua ficava calma e deserta. 

Mas quando a hora mágica se aproximava, uma pequena multidão se formava diante da casa. Elvis aparecia vestindo seu uniforme e assinava capas de discos, retratos, cartões postais, etc. Nunca houve nenhuma desordem ou violência durante essas sessões de autógrafos, mas depois de um tempo elas começaram a aborrecê-lo. Nesse ponto a rotina foi alterada, Lamar ou Red, iam lá fora e explicavam que Elvis estava indisposto, mas mesmo assim fazia questão de assinar os souvenirs das fãs. Lamar e Red coletavam as coisas, entravam na casa, Elvis assinava ou eles mesmos forjavam a assinatura do cantor e voltavam para devolver tudo, enquanto os fãs esperavam pacientemente. Depois dessa cerimônia, a família sentava-se na sala para o balanço do dia. Elvis ia ao piano tocar alguma canção, ou então escutar a estação de rádio das forças armadas ou seus discos preferidos. 

Lá pelas nove horas, Elvis estava com fome novamente e, depois do lanche, subia para seu quarto e dormia dando boas risadas com a revista Mad. Nos fins de semana, Elvis convidava alguns companheiros do exército para irem à sua casa. Rex Mansfield (na foto ao lado de Elvis), Joe Esposito e Charlie Hodge. Lá pela meia noite de Sexta feira todos saíam. Se alguém demonstrasse cansaço ou relutância, em ir, Elvis pegava quatro ou cinco bolinhas, conseguidas com o farmacêutico da base, e fazia o cara tomar. E iam todos para Frankfurt. A diversão favorita de Elvis nessa moderna cidade era uma contorcionista que trabalhava numa boate. Impressionado pela forma que ela contorcia o corpo, Elvis finalmente foi apresentado à dama e saíram algumas vezes. 

Todos os rapazes se deliciavam pensando no que essa garota poderia fazer na cama. Mas The Pelvis nunca divulgou que tipo de relacionamento ele manteve com a "rosquinha", como a moça foi apelidada. Durante esse inverno, Vernon conheceu Dee Stanley, mulher de um sargento que lá servia e com quem tinha três filhos. Dispostos a casar, Dee iniciou a ação de divórcio contra o marido e, em junho, ela e Vernon foram visitar Elvis no hospital militar de Frankfurt, onde ele estava confinado com tonsilite (inflamação das amígdalas) Vernon e Dee queriam a permissão para o casamento. "Senhora Stanley" – disse Elvis deitado na cama – "quero que meu pai seja feliz. Ele é um pai e um marido maravilhoso, e eu sempre quis Ter um irmão. Agora, terei três. Só precisamos acrescentar outro quarto em Graceland"

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 103

Teen Angel
Data: 12 de setembro de 1959 / Fonte: "Elvis, documento histórico" / Texto: Lu Gomes / Photo: American Photo Library / Local: Frankfurt, Alemanha Ocidental. 

Elvis dá baixa no exército e volta para os Estados Unidos - Nem bem Vernon encontrou sua mulher, Elvis também achou a sua. Foi em agosto de 1959, que ele conheceu Priscilla Ann Beaulieu. Sentado na sala num fim de semana à noite, ele viu entrar a mais bela adolescente do mundo. Priscilla parecia um anjo de 14 anos. Ela veio com Currie Grant, um colega de Elvis, e ficou até às onze horas. Quando Priscilla voltou para sua casa (na cidade de Weisbaden) seus pais estavam à sua espera. Não haveria mais visitas a esse tal de Elvis Presley. Priscilla nem se incomodou, pois não pensava que Elvis quisesse vê-la de novo. Imagine sua surpresa quando soube por intermédio de Grant que Elvis estava querendo um novo encontro no fim de semana. Junto com Grant, ela acabou persuadindo os pais. 

Currie Grant fez um bom serviço, explicando que Elvis era um jovem exemplar, que vivia com o pai e a avó de forma respeitosa, e que as festas de fim de semana eram inocentes reuniões onde moças e rapazes tocavam piano e cantavam, comendo pizzas e tomando refrigerantes. Quando ao problema de Priscilla chegar tarde em casa, Elvis colocaria um carro à disposição, para trazê-la e levá-la. Naquele fim de semana, Priscilla voltou a Bad Nauheim. Gradualmente o ritmo de suas visitas mudou para duas ou três vezes por semana e, eventualmente, quatro vezes por semana. Lamar ia buscá-la em Wiesbaden, logo no começo da noite, e dirigia uma hora até chegarem em Bad Nauheim. Depois, no fim da noite, outra longa viagem de volta. Assim que a freqüência dessas visitas aumentou, seu objetivo mudou. 

Agora, em vez de festinhas em volta do piano, o famoso herói sexual, e sua "teen angel" passavam a noite no quarto sozinhos, conversando sobre carros, cinema e maquiagem. Mas o que pensavam os Beaulieus, ao ver sua filhinha ir passar a noite com um notório símbolo sexual? Bem, quando Priscilla contou a Elvis que as mentiras que era forçada a inventar para explicar porque chegava em casa tão tarde da noite, não estavam mais colando, e que isso poderia por um fim às visitas, Elvis decidiu ir direto ao coração do problema. Ele e Vernon telefonaram aos Beaulieus e marcaram uma visita. O que disseram aos pais de Priscilla não se sabe exatamente, mas é bastante provável que tenham explicado que, um dia, quando Elvis deixasse o exército e restabelecesse sua carreira artística, ele iria querer se casar e cuidar da família. Embora nenhuma promessa de casamento tenha sido feita nesse primeiro encontro, essa idéia estava implícita na mente de todos. A Sra Beaulieu chegou a dizer a filha que sua relação com Elvis representava a "oportunidade de sua vida". 

Por volta de setembro de 1959, Elvis viu os primeiros sinais de que sua carreira estava revivendo. Hal Wallis veio de Hollywood para supervisionar o trabalho de uma 2ª unidade de produção, que iria filmar algumas cenas de fundo para o primeiro filme de Elvis depois do exército. Logicamente, o filme iria explorar dramaticamente suas aventuras na Alemanha, como recruta do Tio Sam. Elvis não gostou nada da idéia, mas guardou seu descontentamento só para si. Ele queria papéis que não apenas explorassem versões fantasiosas de sua vida, mas nunca disse nada ao produtor Wallis. Elvis passaria toda a sua longa carreira em Hollywood lamentando-se do fato de não ganhar bons papéis. O que ele nunca aprendeu é que atores não ganham bons papéis – eles exigem. Os últimos meses na Alemanha passaram rapidamente. Três semanas antes de dar baixa, Elvis mandou sua família de volta para Memphis. No dia final ele embarcou em um DC 7 no aeroporto de Frankfurt, de volta aos Estados Unidos. 

Single nas lojas: 
A Fool Such As (B.Trader) - Lançada originalmente em 1952 por Hank Snow pela RCA. Balada romântica excepcional que marcou toda uma época! A vocalização dos Jordanaires se faz presente de forma maravilhosa pois ecoa em harmonia com a voz do Rei. Elvis chegou a concorrer a um Grammy de "Melhor canção do ano" por esta música. Ela foi gravada no dia 10 de junho de 1958 contando com as preciosas colaborações de Chet Atkins na guitarra (que iria se tornar o produtor de Elvis nos anos sessenta), Floyd Cramer no piano e Buddy Harmon nos bongôs. "A Fool Such As I" se tornou um dos maiores sucessos da carreira de Elvis. Mesmo ausente, servindo o exército na Alemanha, Elvis alcançou o primeiro lugar nas paradas inglesas e o segundo nas paradas americanas. Confirmando que sua popularidade continuava em alta no mundo todo. 

I Need Your Love Tonight (Wayne/Reichner) - Aqui esta uma ótima canção pop que possui um ritmo gostoso e fluente. Elvis a gravou em Nashville, a capital da música country and western, no dia 10 de junho de 1958 naquela que foi sua última sessão de gravação antes de servir o exército americano. Foi lançada como Lado B do single "A Fool Such As I" em março de 1959 atingindo o quarto lugar nas paradas.

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio.