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domingo, 25 de setembro de 2011

Stereophonics - Keep Calm and Carry On

O Stereohonics fecha o ano de 2009 com CD novo na praça. Intitulado Keep Calm and Carry On o novo trabalho do grupo tenta recuperar a velha garra dos primeiros trabalhos. Ficou na intenção. Certa vez John Lennon disse que os Beatles não poderiam voltar aos seus anos iniciais porque simplesmente aqueles jovens do começo da década de 60 não existiam mais. A mesma coisa acontece com o Stereophonics. Eles certamente buscam a garra que tanto os caracterizou em seus primeiros álbuns mas simplesmente não há como voltar no tempo, ainda mais em relação ao grupo que nem mais é formado pelas mesmas pessoas que gravaram o seu primeiro disco. Isso significa que o CD decepciona e não é bom? Absolutamente não. O Stereophonics sempre tem algo interessante a mostrar mesmo quando a fórmula se torna um pouco repetitiva.

Keep Calm and Carry On tem altos e baixos. A primeira faixa She’s Alright com sua percussão de primeira linha pega o ouvinte logo de cara. Como sempre as guitarras surgem nervosas, mostrando um pique que andava em falta nos trabalhos anteriores do grupo. É um bom momento inicial do CD e mostra que o som mais puro do Britpop continua vivo ainda nos dias de hoje. Innocent, com sua harmonia pra cima e vocalização alto astral talvez seja o maior candidato a hit do CD, uma faixa que foi especialmente escrita para fazer bonito nas rádios britânicas.O refrão é pegajoso, como todo sucesso tem que ser. Beerbottle, com seu som tecno soa fora de contexto. Alguns críticos já andaram dizendo por aí que o Stereophonics anda tendo crises de identidade, não se posicionando como banda de britpop, rock alternativo ou indie. Bem, no meio de toda essa esquizofrenia a última coisa que deveria aparecer era uma canção com uma batida assim tão tecno. Não gostei, espero que essa tenha sido apenas uma experiência isolada dentro do som do grupo.

Depois de ouvir três faixas finalmente ouvimos o primeiro Rock do CD. Trata-se de Trouble (nada a ver com o antigo sucesso de Elvis Presley). Aqui finalmente respiramos um pouco do clima do primeiro CD dos galeses. A pegada segue totalmente idêntica, o clima idem. Possivelmente tenha sido composta nos primeiros tempos da banda para só agora aparecer em sua discografia. Cold You Be The One que vem logo a seguir se mostra a grande balada indie do disco. Apesar de um certo clichê no arranjo (com o velho dedilhado no violão que tanto conhecemos das rodinhas indies) a harmonia e a estrutura bonita do refrão nos conquista de imediato. Ideal para ouvir acompanhado. Depois do momento relax o Stereophonics apresenta a faixa I Got Your Number. Embora estruturalmente interessante, com a mesma base seguindo toda a execução falta um certo clímax para a música nos conquistar completamente. Do jeito que está ficou no meio do caminho.

O Britpop volta com Uppercut. O velho refrão pegajoso para tocar na FM está lá, o vocal inconfundível de Kelly também. Vamos ver se essa canção consegue se destacar nas programações. Tem tudo para dar certo. Mas não pára por aí. A forte presença do som Britpop continua com Live ‘N’ Love, uma mistura mediana com guitarras em primeiro plano, refrão feito para grudar na cabeça e letra simples. 100mph provavelmente é o som mais fiel ao som que o grupo vem desenvolvendo desde seu primeiro CD. A harmonia nos remete imediatamente aos dias de Have a Nice Day. O CD fecha as cortinas com três bons momentos: Wonder (não chega a ser uma grande música mas mantém o interesse), Stuck In A Rut (onde o destaque fica para o vocal de Kelly que leva a canção nas costas) e Show Me How (momento lúdico para encerrar muito bem Keep Calm and Carry On). Se fosse para dar uma nota para o conjunto da obra me arriscaria a dar um 8,0. Seria merecido. Se não é o melhor trabalho do grupo pelo menos é bem superior ao último CD do Stereophonics. Pode comprar sem receios, vai valer a pena.

Keep Calm and Carry On
01. She’s Alright
02. Innocent
03. Beerbottle
04. Trouble
05. Cold You Be The One
06. I Got Your Number
07. Uppercut
08. Live ‘N’ Love
09. 100mph
10. Wonder
11. Stuck In A Rut
12. Show Me How

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de setembro de 2011

Stereophonics - Word Gets Around

Quem pensa que o melhor som do Britpop vem do Oasis e da Inglaterra está redondamente enganado. Esse título pertence aos galeses do Stereophonics. Esse trio formado no começo dos anos 90 vem colecionando uma série de sucessos, fazendo com que cinco de seus seis álbuns chegassem ao topo da parada inglesa nos últimos anos. Não é para menos, fazendo um som honesto e sem firulas o Stereophonics prova que o Britpop não é composto apenas por bandas pretensiosas e sem conteúdo. Obviamente Kelly Jones e cia escrevem sobre o cotidiano de suas vidas, de forma simples e comum, porém o forte desse trio realmente é a melodia de suas canções; poucos grupos conseguem compor músicas tão interessantes como eles nesse aspecto.

Words Get Around, seu álbum de estréia (o único que não chegou ao topo da parada britânica) traz uma coleção de belos momentos. A voz de bebum de pub de Kelly Jones se enquadra perfeitamente nas harmoniosas linhas das melhores canções do álbum: Traffic, Local Boy in The Photography e A Thousand Trees. Ao contrário do Oasis, que muitas vezes prefere um som estrondoso e no último volume, o Stereophonics aposta nas entrelinhas de uma musicalidade mais cadenciada e bem executada, reforçando por letras bem compostas, retratando as experiências de um jovem comum vivendo nos dias de hoje no outrora glorioso império Britânico. Além de conseguirem apresentar músicas mais consistentes o Stereophonics consegue tudo isso sem perder a garra que se espera de toda banda de rock. Isso está bem claro em faixas como a ótima Too Many Sandwiches, onde as guitarras ecoam ao fundo sem ofender ou machucar nossos tímpanos. Aqui o som pesado está a serviço de uma balada que deixaria um Paul McCartney orgulhoso. Enfim, o CD é essencial para quem quiser conhecer o melhor do movimento Britpop, mostrando a todos que se o Rock está em crise ao redor do mundo, certamente a apatia e a falta de talento ainda não atingiram as ilhas britânicas, pois o grande número de bandas inglesas, escocesas, irlandesas e galesas está aí para comprovar que o bravo Rock´n´Roll vive e vai mundo bem na terra da Rainha.

Stereophonics - Word Gets Around
1. A Thousand Trees
2. Looks Like Chaplin
3. More Life in a Tramps Vest
4. Local Boy in the Photograph
5. Traffic
6. Not Up To You
7. Check my Eyelids for Holes
8. Same Size Feet
9. Last of the Big Time Drinkers
10. Goldfish Bowl
11. Too Many Sandwiches
12. Billy Davey's Daughter

Pablo Aluísio.

Stereophonics - Pull The Pin

A história é praticamente a mesma em quase todas as bandas da história. Um grupo de amigos se reúnem, formam um conjunto de Rock, chegam ao sucesso, alcançam as paradas mas então... sem muita explicação as coisas começam a ficar diferentes, rixas surgem, brigas internas pipocam em todos os lugares, o stress das viagens e das gravações se tornam insuportáveis e um belo dia a banda simplesmente explode... ou implode. Desde que o Rock foi inventado não dá outra coisa...O Stereophonics vive algo parecido. O grupo, formado por amigos do País de Gales, conseguiu a proeza de lançar cinco excelentes CDs, desde que despontou para o sucesso nos anos 90 mas aí... A banda quase acabou em 2005 quando Kelly Jones se desentendeu com o batera Stuart Cable, o que acabou resultando em sua expulsão do grupo. Stuart acusou Kelly de tentar dominar a todos e impor sua opinião pessoal sobre os demais. O clima nervoso e tenso acabou passando para o novo CD do grupo, Language. Sex. Violence. Other? - um dos mais pesados e ruidosos trabalhos do Phonics.

Depois da saída de Stuart, Kelly trouxe ao grupo o guitarrista do The Manvils, Mark Parry. Com nova formação o grupo saiu em turnê e demonstrou, pelo menos no palco, que tantas confusões internas não tinham ainda afetado a banda. Isso na realidade só seria mesmo percebido com o lançamento desse CD, Pull The Pin, que chegou nas lojas no final de 2007. Apesar do sucesso (primeiro lugar na Inglaterra), a sonoridade do grupo soou de certa forma cansada para o público. Muitas críticas foram feitas ao Stereophonics pelos principais órgãos de imprensa britânicos. Será que Kelly Jones, depois de tantas brigas e desentendimentos havia perdido o toque de Midas? Não é para tanto. Pull The Pin certamente não é o melhor álbum do Stereophonics mas conseguiu manter uma certa consistência. Claro que não existem aqui grandes hits ou maravilhosas canções como nos álbuns anteriores. Isso de certa forma causou estranheza entre os admiradores da banda galesa. Mas analisando agora, com mais calma e sem o rebuliço de seu lançamento, Pull The Pin me soa bem melhor. Talvez a primeira audição não tenha sido das melhores mas agora podemos apreciar melhor o som do grupo, que não está pior, simplesmente está diferente.

Entre os destaques podemos citar a canção que virou single antes do lançamento do CD, It Means Nothing, balada deliciosa que lembra muito os melhores momentos do Stereophonics como Have a Nice Day e o excelente arranjo de guitarras de My Friends, que tocou bastante nas rádios quando visitei Londres no final de 2007, mostrando que o grupo continuava com a mesma pegada de sucesso que sempre os caracterizou. É isso, Pull The Pin merece uma segunda audição e uma segunda avaliação. Em breve certamente o Stereophonics estará com CD novo nas lojas e esperamos que dessa vez o grupo de Kelly Jones acerte totalmente no tom.

Stereophonics - Pull The Pin (2007)
1. Soldiers Make Good Targets
2. Pass the Buck
3. It Means Nothing
4. Bank Holiday Monday
5. Daisy Lane
6. Stone
7. My Friends
8. I Could Lose Ya
9. Bright Red Star
10. Ladyluck
11. Crush
12. Drowning

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Stereophonics - Decade in the Sun

O Rock inglês está vivo. Respirando por aparelhos, mas vivo! Aqui temos um apanhado muito bom do trabalho do Stereophonics. Eles foram mais do que generosos, colocando nada mais, nada menos, do que 40 músicas nessa coletânea dupla da banda. A iniciativa teve alvo certo: os Estados Unidos. O rock europeu está cada vez mais se fechando em nichos e ao contrário do que acontecia na época dos Beatles e Rolling Stones já não consegue mais despertar atenção dos americanos, que continuam se afundando na lama com cantores de raps e bonequinhos pop de porcelana. Assim o rock feito e produzido na nossa querida e velha ilha procura por novos mercados e lançamentos como esse servem como um verdadeiro cartão de apresentação. 

Infelizmente pelo andar da carruagem temos que reconhecer que o rock britânico (colocando-se nesse bolo todos os grupos ingleses, galeses e escoceses) dificilmente consegue atravessar o Canal da Mancha. Nem na França conseguem mais se destacar (sendo a Alemanha, por outro lado, ainda um bom lugar para se tocar e ouvir bom rock, de qualidade). Sinais dos novos tempos. Quem perde são os ouvintes de outros países, pois grupos como Stereophonics são bem ricos em termos de letras e melodias. Pena que no mundo de hoje isso seja bem menos valorizado do que deveria ser. Preferem mesmo se amarrar em rappers cheios de marra e ídolos pop de cabeça vazia. Vai entender a mente dessa gente...

Título Original: Decade in the Sun - Best of Stereophonics
Artista / Banda: Stereophonics
Ano de Produção: 2008
País: Inglaterra
Estúdio: Universal Music, Sony Music
Produção: Bird & Bush, Kelly Jones, Jim Lowe

Lista de Músicas:
Disco One: 1. Dakota 2. The Bartender and the Thief 3. Just Looking 4. Have a Nice Day 5. Local Boy in the Photograph 6. Maybe Tomorrow 7. Superman 8. Pick a Part That's New 9. My Own Worst Enemy 10. I Wouldn't Believe Your Radio 11. You're My Star 12. Mr. Writer 13. Step on My Old Size Nines 14. Devil 15. It Means Nothing 16. A Thousand Trees 17. Vegas Two Times 18. Traffic 19. More Life in a Tramps Vest 20. Handbags and Gladrags / Disc Two: 1. Madame Helga 2. Bank Holiday Monday 3. Rewind 4. My Friends 5. Climbing the Wall 6. Mama Told Me Not to Come 7. Since I Told You It's Over 8. Moviestar 9. Not Up To You 10. Getaway 11. I Stopped to Fill My Car Up 12. Carrot Cake and Wine 13. Billy Davey's Daughter 14. Raymond's Shop 15. Stone 16. I'm Alright (You Gotta Go There to Come Back)  17. The First Time Ever I Saw Your Face 18. Same Size Feet 19. She Takes Her Clothes Off 20. Hurry Up and Wait.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Stereophonics - Performance and Cocktails

Stereophonics - Performance and Cocktails
Esse foi o segundo álbum da banda inglesa Stereophonics. Esse disco tem um sabor de nostalgia em meu caso particular porque quando ele foi lançado e estourou nas paradas de sucesso das ilhas britânicas, eu me encontrava em Londres por questões profissionais. Então era mesmo o som que estava no ar na época, tocando nas rádios, nos pubs, em todos os lugares. E o som do grupo estava mesmo alcançando uma maturidade incrível para músicos tão jovens, ainda tentando encontrar um caminho sonoro para se seguir. Eu atribuo esse profissionalismo de certo modo precoce aos produtores Steve Bush e Marshall Bird que sem dúvida fizeram um excelente trabalho. Basta ouvir a sonoridade do álbum para bem perceber isso. 

Outro aspecto digno de nota vem da capa. A foto usada mostra um casal se beijando no lado de fora de uma das prisões de segurança máxima da Inglaterra. É uma foto jornalística que realmente chama a atenção não apenas pela espontaneidade do momento, mas também pelo simbolismo. A garota parece ter o olhar perdido, um tanto melancólico. Na época eu interpretei esse beijo como o último dado antes de seu namorado entrar na prisão. O beijo de despedida de um relacionamento que parece fadado ao fracasso em pouco tempo. Enfim, mais um detalhe dentro desse que é um dos meus discos preferidos do Britpop. 

Stereophonics - Performance and Cocktails (1999)
Roll Up and Shine
The Bartender and the Thief
Hurry Up and Waitde
Pick a Part That's New
Just Looking
Half the Lies You Tell Ain't True
I Wouldn't Believe Your Radio
T-Shirt Sun Tan
Is Yesterday, Tomorrow, Today?
A Minute Longer
She Takes Her Clothes Off
Plastic California
I Stopped to Fill My Car Up

Pablo Aluísio.