
Em "Padre" quem dá o ar da graça é o grande ator Christopher Plummer (embora tenha ainda uma presença digna, seu papel nada oferece para que possamos aproveitar algo em cena); já Paul Bettany repete seu papel de "Legião", ou seja, um sujeito raso, unidimensional, sem nada a acrescentar, apenas bancando o durão que chuta os traseiros dos vilões (Em "Legião" eram anjos, aqui são vampiros lesmas nada carismáticos ou sofisticados). Não conheço a Graphic Novel e nem nunca li mas esse Padre aqui desse filme não tem carisma nenhum, o que torna tudo mais complicado para o espectador. Ao contrário de um "Hellboy" que era cheio de alma, bom humor e carisma, Padre não tem nada disso. É frio, distante, não tem nenhum tipo de empatia e provavelmente os vampiros que o combatem tenham mais alma que ele, pois assim como o personagem o filme também não parece ter qualquer tipo de profundidade em sua realização. Apenas um vácuo no final das contas.
Padre (Priest, Estados Unidos, 2010) Direção: Scott Charles Stewart / Roteiro: Cory Goodman / Elenco: Cam Gigandet, Christopher Plummer, Paul Bettany, Karl Urban / Sinopse: Vampiros e humanos lutam pelos séculos afora. Após ter sua sobrinha sequestrada por vampiros um Padre resolveu sair em sua busca enfrentando grandes combates pelo caminho.
Pablo Aluísio.