
A nova versão de Conan foi fracasso de público e crítica lá fora. Depois de assistir ao filme chego na conclusão que foi merecido. Devo dizer que dos filmes aspirantes a blockbuster de 2011 esse é dos piores. O argumento não foi bem desenvolvido, não há empolgação na estória do filho (no caso Conan) buscando a vingança pela morte de seu pai (interpretado por Ron Perlman, aliás a única coisa que presta no filme inteiro). Além do desenrolar sem ritmo Conan tem uma produção feia, sem inspiração. Os vilões, pai e filha, são fracos e exagerados, beirando o ridículo. O filme também é completamente sem foco. Mas o pior de Conan é o ator que o interpreta. Jason Momoa é completamente medíocre, horrível em cena. Ator de carisma zero não consegue dizer uma linha de diálogo com eficiência. Também não consegue passar nenhuma veracidade em seu sentimento de vingança que afinal o move durante a trama inteira. Aliás ele não consegue expressar sentimento nenhum - e para piorar luta mal, em cenas de ação sem inspiração e emoção. A sua partner em cena é interpretada pela atriz Rachel Nichols, um rostinho bonito que também não tem nenhum talento. Os efeitos especiais são pobres e derivativos (lembrando até os da franquia da Múmia). Enfim, não foi dessa vez que o velho e querido Conan conseguiu retornar ao cinema em grande estilo. No final das contas o filme só serve mesmo para deixar os fãs do Cimério com saudades do Arnold Schwarzenegger no papel...
Conan, o Bárbaro (Conan the Barbarian, Estados Unidos, 2011) Direção: Marcus Nispel / Roteiro: Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer, baseado na obra de Robert E. Howard / Elenco: Jason Momoa, Ron Perlman, Rose McGowan / Sinopse: Conan é um bárbaro criado em um ambiente hostil e selvagem após ter seus pais mortos por uma tribo rival. Adulto parte em busca de vingança.
Pablo Aluísio.