Mostrando postagens com marcador Monstro: a História de Ed Gein. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Monstro: a História de Ed Gein. Mostrar todas as postagens

domingo, 3 de dezembro de 2000

Monstro: A História de Ed Gein


Monstro: A História de Ed Gein
Essa série de terror da Netflix está dando o que falar! Aqui vão algumas polêmicas e reações envolvendo Monstro: A História de Ed Gein, terceira temporada da série antológica Monster da Netflix, baseada em notícias, críticas especializadas e discussões do público. 

As imprecisões históricas e acusações de ficção exagerada
Uma das maiores críticas à série é de que ela mistura demasiadamente fato e ficção, inventando relacionamentos, motivações e cenas que não têm respaldo em registros históricos. Por exemplo, a trama insinua (ou mostra) um romance entre Ed Gein e Adeline Watkins, noivado, ou cumplicidade em crimes, quando na realidade os registros apontam apenas que Adeline era conhecida dele, que pode ter rejeitado propostas, e que ela própria desmentiu muitos boatos. Também há cenas que extrapolam evidências — como representações de violência extrema ou envolvimento dele em mortes não comprovadas, como a de seu irmão ou de uma jovem chamada Evelyn Hartley, que na série aparece associada de forma fictícia.

Essas distorções têm alimentado o debate sobre o quanto produções de true crime podem (ou devem) dramatizar para prender o público, e onde está o limite ético entre retratar horrores reais e explorar o sofrimento de vítimas ou familiares para efeito dramático ou de choque.

Reações da crítica e do público
As reações foram mistas — algumas pessoas elogiaram a produção, a ambientação, a atuação, o cuidado em explorar o estado mental de Gein e o impacto psicológico de seus traumas. Mas há críticas contundentes também: muitos críticos apontam que, apesar da produção visual e da atuação, a série se perde em subtramas exageradas, numa narrativa fragmentada, e em tom por vezes sensacionalista.

No Rotten Tomatoes, por exemplo, a aprovação da crítica ficou em torno de 45%, com base em avaliações recentes, o que indica uma recepção que mistura insatisfação com reconhecimento de méritos. A parte do público parece mais tolerante, ou até interessada nessas dramaturgias que se afastam dos fatos, mesmo reconhecendo os exageros.

Defesa dos criadores e argumento sobre o propósito artístico
Os criadores da série, especialmente Ian Brennan, rebateram as acusações de sensacionalismo. Ele afirma que a intenção não é explorar o sofrimento, mas sim mergulhar na mente de Gein para tentar compreender como traumas, isolamento e condições mentais contribuíram para seus atos. Brennan disse que “é importante contar a história completa, mesmo com partes difíceis de assistir” e que o horror interior da personagem é central, não apenas o horror físico ou chocante.

Também foi enfatizado que certos elementos fictícios ou reinterpretados servem para provocar reflexão sobre o gênero true crime em si — como a atração que o público sente por histórias reais de crime, o dilema ético de dramatizar tragédias, e a questão de como essas narrativas moldam nossa percepção de monstros, trauma, loucura.

Impactos e questões éticas levantadas
Uma das grandes polêmicas é sobre o respeito às vítimas e famílias. Quando se altera ou inventa aspectos de casos reais, há risco de ferir pessoas ligadas aos casos, ou de causar confusão sobre o que de fato ocorreu. Alguns espectadores reclamam que a série “vende” exageros dramáticos como se fossem verdades, o que pode comprometer a memória histórica dos eventos.

Também há um debate maior sobre o consumo de true crime como entretenimento: até que ponto o público quer ver horror real e o sofrimento humano? E para que serve mostrar traumas tão extremos? É educativo? É exploração? A série provoca essas perguntas, intencionalmente ou não. Alguns afirmam que ela ultrapassa o limite do que é necessário para contar uma história, empregando violência explícita e cenas perturbadoras talvez para chocar mais do que para iluminar.

Chad G. Petersen. 

10 Curiosidades sobre a série Monstro: a História de Ed Gein


Aqui vão 10 curiosidades sobre a série Monster: The Ed Gein Story (em português, Monstro: A História de Ed Gein) — algumas confirmadas e outras que mostram até onde ela mistura fatos com ficção:
  1. Inspiração para clássicos do horror
    A série enfatiza como os crimes reais de Ed Gein influenciaram filmes famosos como Psicose (Norman Bates), O Massacre da Serra Elétrica (Leatherface) e O Silêncio dos Inocentes (Buffalo Bill). (Observatório do Cinema)

  2. Mudança no comando criativo
    Ao contrário das temporadas anteriores de Monster, esta terceira não é criada por Ryan Murphy — embora ele participe como produtor associado. O showrunner principal desta temporada é Ian Brennan. (Wikipedia)

  3. Transformação física do protagonista
    Charlie Hunnam, que interpreta Ed Gein, passou por uma mudança física significativa para o papel. Ele perdeu cerca de 13,6 kg para se adequar à interpretação. (Observatório do Cinema)

  4. Mistura de fato e ficção
    Há várias cenas dramatizadas que não têm evidência na vida real — por exemplo, o suposto assassinato do irmão Henry por Ed, mostrado na série, não está comprovado historicamente. (indy100)

  5. Personagem “romântico” dramatizado
    A série insere a personagem Adeline Watkins como interesse romântico de Ed, com uma relação bastante romantizada. Histórias sugerem que essa relação foi exagerada pela mídia; ela mesma depois negou parte das declarações que deram essa versão. (Marie Claire)

  6. Presença de Hitchcock e sua obra referenciada
    Alfred Hitchcock aparece como personagem na trama (interpretado por Tom Hollander), justamente por causa da influência que os crimes de Gein tiveram no gênero de horror e em filmes como Psicose. (Wikipedia)

  7. Controvérsias sobre gênero e identidade
    A série aborda (e tenta desassociar) mitos conflituosos sobre Gein e sua relação com identidade de gênero, cross-dressing, etc. Há uma cena com Christine Jorgensen (ícone trans) que, na trama, ajuda Ed a entender algumas das suas fantasias/obsessões. (Netflix)

  8. Final simbólico e reflexivo
    No episódio final há uma cena significante em que adolescentes tentam roubar a lápide de Ed Gein — algo baseado em acontecimentos reais, já que sua lápide foi furtada várias vezes. (Netflix)

  9. Recepção crítica negativa em muitos aspectos
    Apesar da produção, figurino e atuação serem elogiados em alguns casos, a série foi criticada por muitos por sua narrativa pouco focada, uso excessivo de violência gráfica e imprecisões factuais. (Wikipedia)

  10. Duração, episódios e ambientação
    São 8 episódios, ambientados nos anos 1950, no interior do Wisconsin. A série mostra o Ed Gein mais velho, sua vida isolada, sua relação com a mãe, seus delírios, e como ele chega aos extremos que chocam, conectando isso também à cultura pop de horror. (Netflix)