Essa é uma produção inglesa que tenta pegar carona naquele velho filão de aventuras arqueológicas. Basicamente temos um grupo de pessoas que procura colocar as mãos em um artefato que pertenceu ao Rei Midas. Sim, aquele lendário monarca da antiguidade que segundo as lendas transformava tudo o que tocava em ouro! O tal objeto é uma caixa, que se cair em mãos erradas pode trazer riquezas ilimitadas ao seu novo dono, causando com isso inúmeros problemas ao mundo. Como se pode perceber não há nada de muito relevante, a não ser uma tentativa do atual cinema inglês em seguir os passos do americano Indiana Jones, com resultados bem modestos em termos artísticos.
Inegavelmente o filme tem boa produção. Figurinos luxuosos, cenários bem feitos e elenco muito bom, contando inclusive com dois atores que sempre gostei: Michael Sheen e Sam Neill. O problema básico é que mesmo com todo esse luxo a coisa não funciona, ou melhor colocando a questão, não funcionará se você tiver mais de 12 anos de idade. Sim, esse filme é um produto meramente juvenil, bem adequado para crianças e adolescentes, ao estilo das aventuras do Tio Patinhas. Para os mais velhos a coisa toda soará bem banal e sem graça. O roteiro é baseado na obra desse autor inglês contemporâneo chamado G.P. Taylor, que escreve livros para adolescentes. Penso que sua criação ficaria melhor em uma adaptação para os quadrinhos. Para o cinema faltou mesmo maior conteúdo.
O Aventureiro: A Maldição da Caixa de Midas (The Adventurer: The Curse of the Midas Box, Inglaterra, Bélgica, Espanha, 2013) Direção: Jonathan Newman / Roteiro: Christian Taylor, Matthew Huffman / Elenco: Michael Sheen, Lena Headey, Sam Neill, Ioan Gruffudd / Sinopse: Um artefato milenar, a caixa do Rei Midas, passa a ser procurado e disputado por um grupo de pessoas, entre eles o agente do governo Johnny Charity (Michael Sheen) e o vilão Otto Luger (Sam Neill), o milionário dono de um hotel onde supostamente o objeto arqueológico está enterrado há séculos.
Pablo Aluísio.