Título no Brasil: Procura-se Amy
Título Original: Chasing Amy
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Kevin Smith
Roteiro: Kevin Smith
Elenco: Ben Affleck, Joey Lauren Adams, Ethan Suplee
Sinopse:
Holden McNeil (Ben Affleck) e seu amigo Banky Edwards (Jason Lee) tentam ganhar a vida escrevendo histórias em quadrinhos. Eles moram em New Jersey e são amigos desde a infância. Ambos na verdade se consideram até mesmo irmãos, mas esse sentimento de camaradagem acaba ficando abalado quando surge na vida deles a bela jovem Alyssa Jones (Joey Lauren Adams). Holden fica completamente apaixonado por ela e imediatamente começa a ter ciúmes da aproximação de Banky com a garota. O que ele não sabe é que ela tem um segredo que poucos conhecem. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Joey Lauren Adams). Também indicado ao Boston Society of Film Critics Awards na categoria de Melhor Roteiro.
Comentários:
Kevin Smith realizou dois bons filmes tentando retratar a realidade de sua juventude. Um deles, provavelmente o melhor, foi "O Balconista", explorando o niilismo da vida dos jovens americanos da época. Depois sofisticou melhor seu roteiro e escreveu essa bela história de amor platônico, "Procura-se Amy". Em seu lançamento o filme causou uma boa repercussão entre os cinéfilos mais jovens e cults, que procuravam por algo com que se identificar. Não havia como negar que os jovens dos anos 1990 não tinham ainda sido bem retratados na telas até aquele momento. A personagem central, fruto do desejo de todos os marmanjões do roteiro, é na verdade lésbica e por essa razão está pouco interessada no assédio dos caras da região em que vive. Essa forma cool de ser, deixa os seus pretendentes ainda mais loucos por ela. O interessante é que apesar de ser gay ela não apresenta os clichês mais ofensivos que se poderia pensar. Ela é linda, sofisticada, educada, delicada e muito feminina. Isso de certa maneira quebrou muito dos estereótipos que algumas lésbicas tinham sofrido no passado em filmes, principalmente naqueles que as retratavam como pessoas grosseiras e masculinizadas. No mais é aquela coisa, o fruto proibido é sempre mais saboroso, não importa de que gênero ele pertença.
Pablo Aluísio.