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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Face a Face com o Diabo

Faroeste estrelado por Jeffrey Hunter. Na história um casal decide deixar New Orleans para ir embora rumo ao velho oeste. Uma mina de ouro muito promissora espera por eles. Após extrair o valioso metal, acabam sendo alvos de um bando de criminosos mexicanos que armam um cerco a eles. O marido reage ao ataque, usando inclusive bananas de dinamite, mas elas acabam causando um desmoronamento de rochas da encosta. Ele assim fica preso sob pedras e objetos que caíram da montanha. Sua esposa então parte em busca de ajuda numa pequena cidade cheia de ladrões e traficantes de armas. É justamente lá que encontra Joe Collins (Jeffrey Hunter) e suplica por sua ajuda, para que salve seu esposo da morte certa no deserto. Esse western spaghetti é bem interessante por vários aspectos. O principal deles é a presença do ator americano Jeffrey Hunter. 

Depois de um começo muito promissor em Hollywood, onde chegou a interpretar até mesmo Jesus Cristo no clássico "Rei dos Reis", sua carreira entrou em declínio. Depois de alguns fracassos Hunter resolveu mudar de ares, indo até a Europa onde estrelou esse faroeste italiano. Seu personagem, Joe Collins, é um ex-oficial da cavalaria americana que agora vive em uma cidade infestada de criminosos. Expulso do exército ele vaga sem rumo, alcoólatra e sujo. Para sobreviver acaba até mesmo traficando armas para um bandoleiro mexicano assassino chamado "Chato", conhecido por invadir e saquear vilas indefesas, matando mulheres e crianças pelo caminho, ou seja, alguém muito longe da imagem de mocinho dos filmes de western.

Mesmo assim, com esse histórico nada promissor, ele resolve ajudar essa jovem mulher que está desesperada em busca de ajuda após o marido ficar soterrado no alto das montanhas. Collins então forma um bando para ir com ele até lá, salvar o sujeito. Nesse grupo há todos os tipos de escória que você possa imaginar. Há um cafetão sem qualquer escrúpulo, um falso padre que na verdade rouba viajantes e um famigerado traficantes de armas. O resultado, embora longe do memorável, me agradou bastante. Jeffrey Hunter, por exemplo, se despiu de sua imagem de galã americano e surge na tela envelhecido, rústico e excessivamente bronzeado (no mal sentido da palavra, nada estético, queimado mesmo do sol do deserto). Com uma linguagem bem de acordo com o estilo do western spaghetti, esse filme no final de tudo acaba se revelando uma excelente diversão.

Face a Face com o Diabo (Joe... Cercati Un Posto Per Morire!,  Itália, 1968) Estúdio: Aico Films, Atlantis Film / Direção: Giuliano Carnimeo / Roteiro: Lamberto Benvenuti / Elenco: Jeffrey Hunter, Pascale Petit, Giovanni Pallavicino / Sinopse: Jovem pistoleiro ajuda um casal que foi roubado por um bando de ladrões mexicanos do deserto. Eles querem todo o ouro de uma mina explorada pela esposa e seu marido.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de julho de 2006

Sartana, o Matador

Título no Brasil: Sartana, o Matador
Título Original: Sono Sartana, il vostro becchino
Ano de Lançamento: 1969
País: Itália
Estúdio: Società Ambrosiana Cinematografica (SAC)
Direção: Giuliano Carnimeo
Roteiro: Tito Carpi, Enzo Dell'Aquila
Elenco: Gianni Garko, Klaus Kinski, Frank Wolff, Ettore Manni, Giovanni Petrucci, Lorenzo Piani

Sinopse:
O pistoleiro Sartana (Gianni Garko) chega em uma pequena cidade do velho oeste. Durante uma partida de cartas no saloon as coisas fogem do controle. Ele é acusado de roubo e passa a ser perseguido por um vilão local que está decidido a eliminá-lo de todas as formas. Logo as ruas da pequena cidade passam a ser manchadas de sangue. 

Comentários:
Esse western spaghetti ainda hoje é considerado um dos melhores filmes com o personagem Sartana. Fez tanto sucesso nos cinemas europeus que chegou a ser lançado nos Estados Unidos com o pomposo título de "Eu Sou Sartana, o Anjo da Morte". Curiosamente na versão americana o ator Gianni Garko passou a ser chamado de John Garko, pois para os americanos seu nome era complicado de pronunciar. Além da boa trilha sonora e dos diversos duelos múltiplos que acontecem durante o filme, ainda podemos destacar a boa presença de Klaus Kinski. Com sua cara de maluco insano e sórdido, ele era a personificação perfeita para interpretar vilões em filmes como esse. Enfim, pura diversão com o melhor do cinema italiano dos anos 60. 

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de julho de 2006

O Pistoleiro das Sete Colinas

Título no Brasil: O Pistoleiro das Sete Colinas
Título Original: Lo chiamavano Tresette
Ano de Lançamento: 1973
País: Itália
Estúdio: CCR Studios
Direção: Giuliano Carnimeo
Roteiro: Tito Carpi
Elenco: George Hilton, Cris Huerta, Evelyn Stewart, Rosalba Neri, Antonio Monselesan, Umberto D'Orsi

Sinopse:
O pistoleiro Tresette (George Hilton) é contratado para um serviço de extremo perigo. Ele deverá, ao lado de um homem da lei, um xerife, garantir a segurança do carregamento e transporte de um milhão de dólares em ouro, viajando por terras infestadas de bandidos e facínoras que desejam colocar as mãos em toda aquela fortuna. 

Comentários:
Esse personagem do pistoleiro Tresette foi até bem popular dentro do universo dos filmes italianos de faroeste, o nosso conhecido Western Spaghetti. Foram vários filmes com ele. Nesse aqui foi interpretado pelo ator George Hilton, velho conhecido dos fãs desse estilo de cinema. Ele esteve nos populares filmes "Com Sartana Cada Bala é Uma Cruz" e "Tempo de Massacre". No caso desse filme aqui houve várias críticas em relação a um humor fora de tom. Espectadores que curtiam o faroeste italiano na época reclamaram que havia muitas cenas de humor e isso não era bem o que eles estavam esperando. De certo modo isso também retratava um certo desgaste do spaghetti, afinal seu auge, seus anos de maior criatividade, tinham ficado para trás. De qualquer forma vale a pena conhecer, principalmente para entender as mudanças que o estilo vinha passando, principalmente a partir da década de 1970. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Com Sartana Cada Bala é Uma Cruz

Sartana foi um dos personagens mais populares do chamado western spaghetti. Só para se ter uma ideia, foram realizados mais de vinte filmes com esse pistoleiro. O curioso é que como era comum no cinema italiano nem sempre Sartana aparecia em cena com as mesmas características pessoais ou de personalidade. Na verdade era mais um nome comercial do que qualquer outra coisa. A mesma coisa acontecia com Django e depois com Ringo. Não se tratava necessariamente do mesmo pistoleiro, mas sim de uma marca comercial para atrair bilheteria. Nesse faroeste "Com Sartana Cada Bala é Uma Cruz" ele é um caçador de recompensas que vaga pelo deserto em busca de procurados pela lei. Num gesto de pura sorte acaba encontrando todo um grupo de homens procurados trabalhando como escolta de uma carruagem carregada de ouro das minas da região. Antes que consiga colocar as mãos nos bandidos, todos eles são sumariamente mortos após um ataque. 

Para não perder a viagem e o trabalho de caçador de recompensas, Sartana então decide ir em busca do carregamento, para se vingar dos que mataram os homens que procurava e também para colocar as mãos na fortuna do rico metal. Afinal de contas ele não poderia sair no prejuízo. No seu caminho acaba surgindo outro pistoleiro lendário, Sabbath (Charles Southwood), um sujeito bem afetado. Andando todo de roupa branca, de forma elegante, com sombrinha feminina e lendo poemas ele mais parece um enrustido no meio de um oeste brutal e cheio de homens rudes. Mas por baixo de toda a delicadeza se esconde um ás do gatilho.

Quem interpretou Sartana nessa produção foi o ator George Hilton, nome americanizado de um ator, ora vejam só, nascido no Uruguai. Seu nome real era Jorge Hill Acosta y Lara. O divertido em Jorge é que ele deixa transparecer durante todo o filme um jeito irônico, como se estivesse prestes a cair na risada, pois como todos sabemos dentro do faroeste Spaghetti o exagero estava sempre presente nos tiroteios, nas lutas e nos excessivos closes dos olhos dos atores. Infelizmente para quem gostou de ver o ator na pele de Sartana esse foi seu único filme em que interpretou o famoso pistoleiro. O roteiro não é grande coisa, diria até bastante derivativo de outras fitas semelhantes, mas não vejo isso como um defeito. Os filmes desse estilo seguiam padrões que eram esperados pelo público. Era uma fórmula certeira que sempre agradava. Sartana assim cumpre todos os requisitos, sem falhas. No geral é realmente um bom Spaghetti, divertido, exagerado, com muitos tiros e balas voando para todos os lados, o que acaba confirmando exatamente aquilo que o título nacional promete, uma vez que Sartana realmente não desperdiçava munições. Quando ele atirava era realmente morte certa!

Com Sartana Cada Bala é Uma Cruz (C'è Sartana... vendi la pistola e comprati la bara, Itália, 1970) Direção: Giuliano Carnimeo / Roteiro: Tito Carpi / Elenco: George Hilton, Charles Southwood, Erika Blanc / Sinopse: Sartana (George Hilton) é um caçador de recompensas do velho oeste que planeja tomar posse de uma fortuna em ouro pertencente a um rico mas corrupto comerciante. Antes disso porém terá que enfrentar outro pistoleiro famoso, o estranho Sabbath (Charles Southwood).

Pablo Aluísio.