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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Alma no Lodo

Título no Brasil: Alma no Lodo
Título Original: Little Caesar
Ano de Produção: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures
Direção: Mervyn LeRoy
Roteiro: W.R. Burnett, Robert N. Lee
Elenco: Edward G. Robinson, Douglas Fairbanks Jr., Glenda Farrell
  
Sinopse:
Little Caesar (Edward G. Robinson) é um bandido que vive de pequenos golpes, como roubos em postos de gasolina. Ao se deparar com a notícia de um grande jornal de Nova Iorque ele percebe a diferença entre ser um bandido pé de chinelo e ser um grande e poderoso gângster de uma grande cidade americana. Assim resolve deixar sua cidade natal e vai até a grande metrópole no objetivo de entrar na gangue de Pete Montana (Ralph Ince). Violento e ambicioso, começa a subir na hierarquia do crime. Após matar um importante comissário de polícia resolve se tornar o chefão de sua própria quadrilha. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. 

Comentários:
Segundo várias biografias de Al Capone esse era o seu tipo preferido de filme. Não é de se admirar, até porque na maioria das vezes os roteiros eram meras adaptações de sua própria vida pessoal. Assim o mais famoso gangster da história se sentia lisonjeado em ser retratado nas telas. Tal como aconteceu com James Cagney, o ator Edward G. Robinson construiu sua carreira interpretando criminosos, gangsters violentos e cruéis. Cagney ainda procurava injetar certos aspectos de humanidade em seus personagens, mas Robinson não estava muito preocupado com isso. Seus bandidos eram violentos, desalmados e cruéis. Ele próprio dizia, sem rodeios, que já nascera com cara de bandido (o que não deixava de ser uma verdade). Nesse filme ele dá vida a Little Caesar, que se tornaria um de seus personagens mais famosos. Aquele tipo de gangster que a platéia adorava odiar! O curioso é que o roteiro gira praticamente em torno dele e de seu comparsa mais antigo, Joe Massara (Douglas Fairbanks Jr), um criminoso incomum que não conseguia se decidir entre escolher o mundo do crime ou da dança (isso mesmo, um gangster que adorava dançar!). O enredo está cheio de assassinatos, crimes violentos, roubos e tiroteios. Esse tipo de filme, realizado na década de 1930, acabaria sendo alvo do Macartismo alguns anos depois, sendo apontado como um exemplo de como Hollywood gostava de glorificar e glamorizar a vida de criminosos infames da época. Não é para tanto. O roteiro parece preocupado o tempo todo em mostrar que o crime não compensa, a ponto inclusive de abrir o filme com uma passagem do Novo Testamento quando Jesus disse: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão!" (Mateus 26:52). O destino de Little Caesar só confirmaria a famosa frase, mostrando claramente as intenções do roteiro. Assim temos aqui um dos mais famosos filmes sobre gangsters da era de ouro do cinema clássico americano. Um belo retrato de uma época violenta e brutal.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Os Irmãos Corsos

Título no Brasil: Os Irmãos Corsos
Título Original: The Corsican Brothers
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Edward Small Productions
Direção: Gregory Ratoff
Roteiro: George Bruce
Elenco: Douglas Fairbanks Jr., Ruth Warrick, Akim Tamiroff, J. Carrol Naish, H.B. Warner, John Emery

Sinopse:
Baseado na obra escrita pelo romancista Alexandre Dumas, o filme conta a história de dois irmãos. Após a morte dos pais eles são separados. Um se torna cavalheiro em Paris. O outro um bandoleiro das montanhas. O destino os unirá novamente, só que de lados opostos.

Comentários:
Tantos filmes foram feitos baseados nos livros de aventuras escritos por Alexandre Dumas. Só que esse enredo, tão bom e divertido, não me lembro de ter visto em produções mais modernas. Minha única referência vem mesmo desse clássico dos anos 1940. O filme, cheio de lutas de capas e espadas, traições e reencontros dramáticos entre os personagens, tem como principal destaque no elenco a presença do ator Douglas Fairbanks Jr. Quando o filme foi lançado esse veterano galã já estava prestes a se aposentar. Ele era um pioneiro, tendo estreado no cinema ainda nos tempos dos filmes mudos. Inclusive um de seus grandes amigos em Hollywood era o comediante Charles Chaplin. Alto, de porte atlético e em termos de atuação apenas um ator mediano, ele conseguiu sobreviver às mudanças promovidas pela chegada do cinema falado. Aqui temos uma de suas últimas atuações. Dentro desse tipo de filme é inegável que ele conseguia se sair muito bem.

Pablo Aluísio.