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quarta-feira, 23 de março de 2011

A Ressurreição de Jesus

O texto aqui exposto é baseado em opinião de historiadores que estudaram o tempo em que Jesus viveu. Acreditar ou não na ressurreição de um homem como Jesus é questão de fé. Não se trata de uma crítica contra quem acredita. Dito isso vamos ao tema. Para historiadores Jesus não ressuscitou. Essa afirmação se baseia não apenas na questão puramente científica, onde nenhum ser humano jamais ressuscitou, mas também em fatos históricos. Hoje acredita-se que Jesus foi um camponês vindo da Galileia que realmente foi crucificado pelos romanos. Devemos partir desse fato básico para analisar o resto do que nos conta os evangelhos (nem todos, pois a ressurreição não está em todos os evangelhos, pois mais estranho que isso possa parecer ao leitor!).

Olhando para a arqueologia descobre-se que poucos restos mortais de pessoas crucificadas foram preservados pelo tempo. Para falar a verdade a arqueologia histórica possui apenas um osso do pé de um crucificado que sobreviveu ao passar dos milênios. Os romanos eram assassinos profissionais e os soldados que cuidavam da crucificação tinham técnicas especiais para executar os condenados. A tese de que Jesus não ressuscitou, mas apenas sobreviveu ao ato de tortura chamado crucificação não faz o menor sentido. Os romanos jamais deixariam isso acontecer. E os corpos dos crucificados não eram retirados da cruz. Eles ficavam pendurados, apodrecendo, sendo comidos por aves de rapinas e cães selvagens. Era parte do horror da intimidação do império Romano.

Então se o corpo de Jesus desceu da cruz realmente morto, o que aconteceu depois? Segundo o evangelho um homem chamado José de Arimatéia teria pedido a Pilatos que o corpo de Jesus fosse retirado da cruz para que ele o sepultasse em uma tumba recém escavada na rocha. Historiadores do período acreditam que esse homem citado no evangelho jamais existiu. E de que se tal pedido fosse feito a Pilatos ele jamais autorizaria a descida do corpo da cruz. Pilatos era um homem cruel e um déspota assassino de massas. Assim José de Arimatéia seria um personagem de literatura. Isso se baseia no fato de que os Romanos não iriam deixar tirar o corpo de Jesus da cruz. Como escrevi, os Romanos deixavam os mortos ali pendurados como exemplo para os demais. Não havia exceção.

Sem descida do corpo da cruz e sem que Jesus fosse levado para uma tumba, não haveria ressurreição. A narrativa do Novo Testamento ficaria sem base. Então seguindo o exemplo do que costumeiramente acontecia, o que teria acontecido com o corpo de Jesus? Ele teria ficado na cruz por dias, talvez até semanas, até que sobrasse muito pouco. Depois disso os Romanos jogariam os restos mortais em local não sabido do povo. Um ossário com os restos de outros executados. Era uma forma de evitar peregrinações e cultos. Será que foi isso mesmo que aconteceu? Os historiadores se baseiam no que normalmente acontecia naqueles tempos. É algo cruel, mas não devemos nos esquecer que aqueles tempos eram violentos e cruéis por definição.

Pablo Aluísio.