quinta-feira, 1 de maio de 2025

Hypnotic - Ameaça Invisível

Hypnotic - Ameaça Invisível 
Não gostei muito. Tem tantos clichês que o roteiro cai muitas vezes em suas próprias armadilhas. Na história temos um sujeito que lamenta a morte de sua filha e o fim de seu casamento. Essas são coisas colocadas como verdadeiras desde a primeira cena, mas calma lá, estamos na presença de uma daquelas histórias em que nada é realmente da forma que se passa na tela. O protagonista interpretado por um pouco envolvido Ben Affleck está na verdade lidando com uma agência do governo americano que usa grandes hipnotizadores para criarem novas realidades ao seu interesse. Então já deu para entender que o personagem do Affleck pode estar muito bem preso dentro de sua mente, pensando que sua realidade existe, mas que na verdade não passa de uma hipnose. 

E aqui está o maior problema dessa história. Em determinado ponto o espectador vai perder o chão embaixo dos seus pés. Nada mais vai parecer realidade. É uma reviravolta atrás da outra. Na quinta ou sexta vez que isso acontece a tendência de quem está assistindo ao filme é desistir de tudo, da história, dos personagens, de tudo. Cansei! É algo que se torna muito cansativo e até mesmo irritante. Afinal de roteiradas estamos cheios, não é verdade? Então o roteiro curte mesmo essa coisa de jogar na cara do espectador de que tudo que ele viu não existe, é hipnose. Então se levantar da cadeira e ir embora do cinema acaba virando uma grande tentação. Quem aguentar até o final saiba que a surpresa final (depois de tantas outras) nem é tão bem bolada assim. Eu até achei decepcionante! Ficamos com aquela sensação de que no fundo, no fundo, só perdemos um bom tempo vendo esse filme esquecível. Enfim, uma história desastrada e desastrosa. Não vale a pena. 

Hypnotic - Ameaça Invisível (Hypnotic, Estados Unidos, 2023) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Robert Rodriguez, Max Borenstein / Elenco: Ben Affleck, Alice Braga, JD Pardo / Sinopse: Agente de uma agência secreta do governo dos Estados Unidos passa a perceber que tudo o que ele pensa ser verdade sobre o seu passado e sua vida pessoal pode muito bem ser uma grande ilusão causada por hipoose de última geração. 

Pablo Aluísio. 

3 comentários:

  1. "Tem tantos clichês que o roteiro cai muitas vezes em suas próprias armadilhas"
    Pablo:
    O cliche se tornou a ferramenta do roteirista pouco talentoso. Eu mal estou conseguindo assistir a filmes e séries recentes devido a essa praga que me faz adivinhar até o resultado final, não dos filmes apenas, mas das cenas.
    Insuportável.

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  2. Esses roteiros andam cansativos. Antigamente roteiristas eram escritores. Hoje em dia roteiristas são formados em universidades como a UCLA, onde eles são ensinados nas memsas fórmulas que estamos acostumados a ver em milhares de filmes. Talento realmente não se ensina.

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