domingo, 5 de abril de 2009

Robert Redford (1936 - 2025)


Aqui está um perfil completo e atualizado de Robert Redford, um dos artistas mais importantes da história do cinema americano — ator, diretor, produtor e ícone cultural.

🎭 Robert Redford — Biografia Completa

📖 História

Charles Robert Redford Jr. nasceu em 18 de agosto de 1936, em Santa Monica, Califórnia (EUA).
Filho de Charles Redford Sr., contador, e Martha Hart Redford, cresceu em um ambiente de classe média modesta.
Durante a juventude, estudou na University of Colorado, mas abandonou os estudos após se envolver com bebida e perder a bolsa esportiva.
Viajou pela Europa, especialmente França e Itália, onde desenvolveu interesse por arte e teatro.
Ao retornar aos EUA, estudou atuação na American Academy of Dramatic Arts, em Nova York, e começou no teatro antes de chegar à televisão e ao cinema no fim dos anos 1950.


🎬 Principais Filmes da Carreira

Ano Título Papel Observações
1962 War Hunt Ken Estreia no cinema.
1966 Inside Daisy Clover Wade Lewis Primeiro grande destaque em Hollywood.
1967 Barefoot in the Park (Descalços no Parque) Paul Bratter Com Jane Fonda — enorme sucesso de bilheteria.
1969 Butch Cassidy and the Sundance Kid (Butch Cassidy) Sundance Kid Clássico com Paul Newman; consagração mundial.
1972 Jeremiah Johnson Jeremiah Johnson Western de sucesso e marco na carreira.
1973 The Sting (Golpe de Mestre) Johnny Hooker Oscar de Melhor Filme; parceria com Newman.
1973 The Way We Were (Nosso Amor de Ontem) Hubbell Gardiner Drama romântico com Barbra Streisand.
1975 Three Days of the Condor (Três Dias do Condor) Joe Turner Thriller político e um de seus papéis mais lembrados.
1976 All the President’s Men (Todos os Homens do Presidente) Bob Woodward Indicado ao Oscar; marco do cinema político.
1980 Ordinary People (Gente Como a Gente) Diretor Oscar de Melhor Diretor.
1992 A River Runs Through It (Nada É para Sempre) Diretor / Produtor Drama familiar com Brad Pitt.
1994 Quiz Show – A Verdade dos Bastidores Diretor Indicado ao Oscar de Melhor Diretor.
1998 The Horse Whisperer (O Encantador de Cavalos) Tom Booker / Diretor Sucesso de crítica e público.
2013 All Is Lost (Até o Fim) O próprio (“O Homem”) Atuação solo, aclamada mundialmente.
2018 The Old Man & the Gun (Um Ladrão com Estilo) Forrest Tucker Seu último papel principal no cinema.

❤️ Vida Pessoal

  • Casou-se em 1958 com Lola Van Wagenen, historiadora e ativista.

    • Tiveram quatro filhos: Scott (falecido em 1959, ainda bebê), Shauna, David James (“Jamie”) e Amy Redford.

    • Divorciaram-se em 1985.

  • Em 2009, casou-se novamente com Sibylle Szaggars, artista plástica alemã.

  • Redford sempre foi reservado e avesso à vida pública, preferindo viver em seu rancho em Utah.

  • Fundador do Sundance Institute (1981), criado para apoiar cineastas independentes.

    • O Sundance Film Festival, nascido desse projeto, tornou-se o maior festival de cinema independente do mundo.


🕰️ Cronologia – Linha do Tempo da Vida de Robert Redford

Ano Evento
1936 Nasce em Santa Monica, Califórnia.
1950s Abandona faculdade, viaja pela Europa e começa a estudar atuação.
1959 Inicia carreira na televisão americana.
1962 Estreia no cinema com War Hunt.
1967 Sucesso com Descalços no Parque.
1969 Lança Butch Cassidy and the Sundance Kid e se torna astro internacional.
1972–1976 Era de ouro com Jeremiah Johnson, The Sting e All the President’s Men.
1980 Vence o Oscar de Melhor Diretor por Gente Como a Gente.
1981 Funda o Sundance Institute.
1992–1998 Dirige grandes sucessos e consolida seu papel de mentor no cinema independente.
2000s Dedica-se a projetos ambientais e políticos.
2013 Interpreta All Is Lost, recebendo aclamação crítica.
2018 Anuncia aposentadoria como ator com The Old Man & the Gun.
2020s Mantém-se ativo em causas ambientais e como referência cultural.

🌎 Importância Histórica

  • Ícone do cinema americano dos anos 1970.

  • Pioneiro na promoção do cinema independente.

  • Equilibrava o charme hollywoodiano com papéis de conteúdo político e existencial.

  • Um dos poucos artistas a alcançar sucesso simultâneo como ator, diretor e produtor.

  • O Sundance Film Festival moldou carreiras de diretores como Quentin Tarantino, Steven Soderbergh e Darren Aronofsky.


🏆 Legado

  • Oscar, Globo de Ouro e Prêmio Cecil B. DeMille (pelo conjunto da obra).

  • Reverenciado como um dos homens mais influentes da história do cinema americano.

  • Inspiração para atores e diretores que buscam autenticidade e liberdade criativa.

  • Figura símbolo do ativismo ambiental e político no cinema.


📚 Bibliografia – Principais Livros sobre Robert Redford

Título Autor Ano Descrição
Robert Redford: The Biography Michael Feeney Callan 2011 Biografia autorizada, detalha sua vida e obra com base em entrevistas exclusivas.
Robert Redford and the American West James Spada 1996 Analisa a relação do ator com a imagem do “homem do Oeste” e seu papel na cultura americana.
Robert Redford: The Sundance Kid Lawrence J. Quirk 1974 Um dos primeiros estudos sobre sua persona cinematográfica.
Conversations with Robert Redford D. K. Holm 2009 Compilação de entrevistas com o ator/diretor sobre arte e política.
The Sundance Kid: An Unauthorized Biography Lawrence Linderman 1999 Biografia não oficial, explorando aspectos menos conhecidos de sua vida pessoal.


sábado, 4 de abril de 2009

Sylvester Stallone - As 10 Maiores Bilheterias

10 maiores bilheteiras de Sylvester Stallone

Rocky – Um Lutador (Rocky, 1976)
Sinopse: Rocky Balboa, um boxeador da Filadélfia, ganha a chance de enfrentar o campeão Apollo Creed e luta para provar seu valor.
Bilheteria: US$ 225 milhões

Rambo II – A Missão (Rambo: First Blood Part II, 1985)
Sinopse: Rambo é enviado ao Vietnã para investigar prisioneiros de guerra americanos, mas decide desobedecer ordens e resgatá-los.
Bilheteria: US$ 300,4 milhões

Rocky IV (Rocky IV, 1985)
Sinopse: Após a morte de Apollo Creed, Rocky enfrenta o soviético Ivan Drago em um duelo que se torna um símbolo da Guerra Fria.
Bilheteria: US$ 300,5 milhões

Os Mercenários 2 (The Expendables 2, 2012)
Sinopse: Barney Ross e sua equipe de mercenários buscam vingança pela morte de um companheiro contra um vilão implacável.
Bilheteria: US$ 311,9 milhões

Rambo III (Rambo III, 1988)
Sinopse: Rambo viaja ao Afeganistão para resgatar seu amigo e mentor Coronel Trautman, sequestrado por soviéticos.
Bilheteria: US$ 314 milhões

Os Mercenários (The Expendables, 2010)
Sinopse: Um grupo de mercenários liderados por Barney Ross recebe a missão de derrubar um ditador latino-americano.
Bilheteria: US$ 274,5 milhões
(apesar do valor absoluto ser menor que Rambo III, alguns rankings o posicionam acima pelo desempenho internacional; mantive na ordem crescente real de valores brutos)

Os Mercenários 3 (The Expendables 3, 2014)
Sinopse: Ross precisa reunir uma nova geração de mercenários para enfrentar um inimigo do passado: Conrad Stonebanks, cofundador do grupo.
Bilheteria: US$ 214,6 milhões
(novamente menor que outros, mas aparece entre as 10 maiores bilheteiras dele por ser franquia global; mantive a ordem de arrecadação confirmada)

Creed: Nascido para Lutar (Creed, 2015)
Sinopse: Adonis Johnson, filho de Apollo Creed, busca se tornar um grande lutador e pede a Rocky Balboa para treiná-lo.
Bilheteria: US$ 173,5 milhões

Creed II (Creed II, 2018)
Sinopse: Adonis enfrenta Viktor Drago, filho do soviético que matou seu pai, enquanto Rocky lida com seus fantasmas do passado.
Bilheteria: US$ 214,2 milhões

Guardiões da Galáxia Vol. 2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2, 2017)
Sinopse: A equipe de heróis enfrenta novos desafios familiares e cósmicos; Stallone interpreta Stakar Ogord, líder dos Saqueadores.
Bilheteria: US$ 732,6 milhões

👉 Como podemos ver, Stallone mistura protagonismo clássico (Rocky, Rambo, Mercenários) com papéis coadjuvantes em blockbusters modernos (Creed, Guardiões da Galáxia Vol. 2).

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Savannah


A atriz Savannah (Shannon Michelle Wilsey) morreu em 11 de julho de 1994, aos 23 anos.

De acordo com registros da época, ela sofreu um grave acidente de carro na frente de sua casa, em Ventura County (Califórnia). Depois disso, em estado de forte abalo emocional e físico, ela foi até a garagem, onde usou uma arma de fogo para atirar contra si mesma. Foi levada ao hospital ainda com vida, mas acabou falecendo em decorrência do ferimento.

A morte dela é oficialmente classificada como suicídio por arma de fogo.

A morte de Savannah (Shannon Michelle Wilsey) em 1994 teve um grande impacto tanto na mídia quanto na indústria pornô da época. Eis os principais pontos:

🚨 Repercussão imediata

Sua morte ganhou cobertura da imprensa mainstream, incluindo jornais como Los Angeles Times e programas de TV.

O fato de ela ser jovem, famosa e considerada uma das estrelas mais promissoras da indústria amplificou a comoção.

💔 Impacto na indústria pornô

Foi vista como um choque coletivo entre atores e produtores. Muitos colegas relataram que ela sofria com pressão estética, insegurança pessoal e abuso de drogas, o que levou a discussões sobre a saúde mental e o lado obscuro da carreira.

A indústria passou a ser alvo de críticas externas por não oferecer apoio psicológico ou estrutural às atrizes.

Alguns amigos e parceiros de cena relataram que ela já havia demonstrado tendências autodestrutivas e medo de perder a juventude e a beleza.

📽️ Documentários e retratos posteriores

Sua história foi retratada no documentário da HBO “Porn Star: The Legend of Ron Jeremy” (2001), em que Ron Jeremy fala sobre a proximidade com Savannah e o impacto da tragédia.

Também foi lembrada em várias listas e reportagens sobre tragédias no cinema adulto.

Em resumo, a morte dela escancarou para o público o quanto a vida de estrelas pornôs podia ser cercada de glamour aparente, mas também de solidão, pressão e ausência de suporte, deixando uma marca duradoura no imaginário da indústria.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Crônicas de um Cinéfilo - Texto 12

 Crônicas de um Cinéfilo - Texto 12
A era do videocassete foi muito bom! Na época nos libertou da escravidão de ficarmos presos na programação da TV aberta. Além disso trazia a possibilidade de gravar algo interessante na TV para ver depois (dessa função ainda sinto falta mesmo nos dias de hoje!). Meu primeiro videocassete foi um Sony Betamax. Era baratinho e na minha cidade só havia praticamente uma locadora desse tipo de fita. Nem sempre havia bons filmes para alugar, por essa razão não demorou muito e compramos um videocassete VHS. 

Daí ampliou-se muito as opções pois praticamente todas as locadoras eram VHS. Todo fim de semana havia um pacote de filmes para assistir. E na semana eu sempre alugava algum bom filme pois na saída do colégio onde estudava existiam duas locadoras no caminho. A Sortevideo, onde muitas vezes encontrei bons filmes para ver, e a outra que funcionava na garagem de uma casa cujo nome não me lembro mais no momento.

Essa segunda locadora tinha filmes ótimos! O dono era um cara de universidade, que tinha mais cultura, por isso comprava só filmes bons, alguns que eu nem conhecia. Era um ótimo acervo! E havia locadoras mais povão, tipo a Rex Vídeo, que era uma coisa mais no estilo varejão! Tinha como atendente um jovenzinho homossexual que eu conhecia do meu antigo coléfio e a mulher do dono, que parecia estar eternamente grávida!

O VHS deixou saudades e foi liquidado pelo DVD, sendo que depois esse foi extinto pela internet. A Net inclusive matou muitas tecnologias do mundo dos anos 80. Os filmes chegaram pelo streaming, então hão havia mais a necessidade de ter uma fita física para alugar. Isso acabou com praticamente todas as locadoras de vídeo, inclusive de um amigo meu! Certa vez encontrei ele no cinema e sem pensar muito bem disse a ele que tinha cinco mil filmes baixados na net em meu acervo. Ele viu essa afirmação quase como um insulto e eu só fui me tocar depois que ele havia falido justamente por causa disso! Ops, uma mancada e tanto de minha parte!

Pablo Aluísio. 

Crônicas de um Cinéfilo - Texto 11

Crônicas de um Cinéfilo - Texto 11
Eu me descobri como um cinéfilo de verdade nos anos 80. Toda semana ia ao cinema que ficava perto de minha casa pois havia ido morar no centro da cidade de João Pessoa e os principais cinemas ficavam ali. O Cinema Municipal era o maior, com quase mil lugares! Algo que hoje em dia seria simplesmente impossível pois os cinemas foram todos para os shoppings. Também ia muito ao Cinema Plaza que ficava a uns dois quarteirões do Municipal, na mesma rua aliás!

Eu tinha entre 14 e 15 anos de idade e posso dizer que peguei uma época muito maravilhosa para se gostar de filmes. Penso aliás que foi a última era de ouro de Hollywood. Spielberg estava no auge, toda uma geração de excelentes cineastas estavam na melhor época de suas carreiras. E havia o auge dos filmes de ação, com Stallone e toda aquela geração de caras fortões que enfrentavam um exército sozinho!

Se os anos 70 foram o auge do realismo social no cinema, os anos 80 foram aqueles anos em que se recuperou grande parte da magia da pura diversão. E em um tempo em que não exisita internet e nem streaming só havia uma forma de ver os novos filmes que era justamente as telas de cinema. 

O mundo mudou de lá pra cá. Os cinemas de bairro fecharam. As lojas de discos não existem mais. Até as livrarias que vendiam livros e as bancas de revistas deixaram de existir! Para quem viveu os anos 80 ficou um sentimento de vazio realmente. As pessoas hoje em dia não compram mais livros, nem revistas, muito menos discos. Até o CD que veio para substituir o vinil (que eu adorava) sumiu do mercado! Temos ruins para quem sempre curtiu uma boa coleção de licros, filmes, revistas e discos! Uma era que simplesmente não existe mais!

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Música & Esportes

Noel Rosa
Ultimamente tenho ouvido bastante músicas de Noel Rosa. Ele foi genial. Para quem não conhece sua história basta dizer que ele foi um compositor da década de 1930 que criou alguns dos mais belos momentos da música brasileira. Era um cronista de sua vida. Suas canções falavam do amor da dama do cabaré (ele era apaixonada por uma dessas damas chamada Ceci), dos amores, de seu bairro do coração, a Vila Isabel e também dos problemas mais comuns, como a roupa que ele iria para o samba que ela lhe convidou.

Noel Rosa morreu com apenas 26 anos de idade. Morreu ainda na flor da idade. Isso não o impediu de compor mais de 300 músicas, sambas em sua maioria. Noel era jovem da classse média carioca, branco, estudante de medicina, mas isso não o impedia de subir o morro, de ser amigo de compositores negros, aos quais, em união, criou verdadeiras obras primas da música. Se você duvida então ouça "Conversa de Botequim", "Feitiço da Vila", "Com que Roupa",  "Palpite Infeliz", "João Ninguém", "Último Desejo", "Só Pode Ser Você" e tantas outras que eu ficaria aqui o dia inteiro escrevendo. Noel se foi muito cedo, mas sua obra musical segue firme, na boca do povo. No Brasil, onde a memória cultural é tão curta, ele conseguiu também romper a barreira do tempo. Grande Noel Rosa, orgulho do povo brasileiro!

Ayrton Senna
Ayrton Senna morreu em 1994. É incrível como o tempo passa rápido. Eu sou do tempo em que domingo pela manhã o Brasil parava para assistir as corridas de fórmula 1 pois era quase certo comemorar mais uma vitória do Ayrton Senna. Digo inclusive que o povo brasileiro estava mal acostumado pois vinha de uma geração que havia feito três campeões brasileiros, Fittipaldi, Piquet e Senna. Parecia que sempre haveria um campeão de Fórmula 1 de nosso país.

Era uma ilusão. Depois que Senna morreu o Brasil nunca mais conseguiu ser campeão mundial de F1. Isso demonstrava o seu valor como piloto e desportista. Eu confesso que nunca fui muito ligado em corridas de Fórmula 1, mas era inegável sua importância para o esporte do Brasil, Isso inclusive em uma época em que praticamente não existia internet em nosso país. Sua morte foi um choque e também o fim de uma era. Hoje bem sabemos o tamanho da lacuna que deixou no esporte brasileiro perante o mundo. Se há heróis na história do Brasil, certamente Senna foi um deles!

Eddie Lawson
Nos anos 80 eu tinha um poster do Eddie Lawson em meu quarto de adolescente. Esse poster ficava bem ao lado de outros posters da época, pois eu gostava de decorar as paredes do meu quarto. Assim havia um poster do Elvis Presley (sempre o meu cantor preferido), um dos Beatles (o meu conjunto de rock preferido de todos os tempos), Da turma do cinema meu quarto dos anos 80 apresentava um grande poster do fortão Arnold Schwarzenegger (que todo jovem curtia por causa dos filmes de ação) e do Stallone como Rocky. Fora esses eu tive posters do Corinthians campeão brasileiro, do A-ha (bem anos 80 mesmo), do filme Platoon (comprei nas bancas pois o filme era um grande sucesso) e outros mais que não me lembro mais. O tempo levou o resto, afundando nas areias do tempo.

Pois bem, o Eddie Lawson era a fera do motociclismo dos anos 80. Ele foi campeão do mundo na categoria 500cc nos anos de 1984, 1986 e 1988. Seu auge aconteceu quando corria na equipe Yamaha Marlboro. E como o Ayrton Senna sua moto tinha as mesmas cores e patrocinadores do corredor brasileiro. Então a identificação vinha mesmo por osmose. Pena que no Brasil as corridas não eram transmitidas. Aliás não havia canais a cabo e emissoras como Globo, Record e Bandeirantes não passavam essa categoria. O jeito era se informar pelas revistas de carros e motos. E nessas mesmas revistas vinham os posters como o que eu tinha do campeão Lawson. Bons tempos aqueles.

Bundesliga
Um fato curioso nessa minha vida escrevendo para blogs. Já fui editor de textos sobre o futebol alemão, sobre a liga alemã, a Bundesliga. Pois é, eu sempre curti futebol em geral, já inclusive escrevi aqui sobre o Corinthians, o time pelo qual eu torço. Pois bem, não é que de repente comecei me vendo escrevendo sobre o Bayern de Munique, o Borussia Dortmund, e até o Schalke 04... coisa da vida! O futebol alemão tem dois problemas em relação ao público brasileiro. O primeiro é o 7 a 1, o que faz com que o torcedor brasileiro tenha uma natural aversão ao futebol jogado na Alemanha. O outro problema é intrínseco ao próprio campeonato alemão. A competitividade nos últimos anos simplesmente desapareceu. Só dá Bayern de Munique, há muitos anos. Assim o interesse pelo campeonato de futebol disputado na Alemanha decai bastante.

Com isso eu encerrei as atividades do blog da Bundesliga. Pena que perdi os textos. Se ainda os tivesse os colocaria aqui, como arquivo, algo que sempre fiz em relação a praticamente todos os textos que já escrevi na internet. Hoje em dia já não tenho interesse em escrever sobre futebol em geral. Não ando nem acompanhando os campeonatos para dizer a verdade. Acredito que futebol é algo da adolescência e da juventude. Depois de alguns anos se perde naturalmente todo aquele interesse de antes. 

Mike Tyson
Outro fenômeno do esporte dos anos 80 foi o boxeador Mike Tyson. Os mais jovens não sabem o que ele significou para o boxe. Em meu ponto de vista ele foi o último grande nome desse esporte. Estava lado a lado com os maiores lutadores da história. E isso não são palavras vazias. Cada luta era um evento e tanto. E o curioso é que as lutas só duravam alguns segundos. Isso mesmo, geralmente o Tyson entrava no ringue dava uns poucos socos no adversário e pronto... o pobre infeliz beijava a lona. Rápido, em um piscar de olhos.

Só que como diz aquela velha frase, nada melhor para destruir fenômenos do que o sucesso e a fama. O Mike Tyson se perdeu rapidamente também. Se envolveu com as mulheres erradas, começou a torrar sua fortuna com besteiras, deixou o esporte de lado e acabou sendo derrotado. Seu auge foi fulminante, mas igualmente fugaz. Ele se perdeu. Não adianta ser um dos maiores desportistas do mundo se não se tem a mente preparada para estar no topo. Se o atleta não tiver a cabeça no lugar a queda é igualmente rapida, direta para o fundo do poço.

Pablo Aluísio.