terça-feira, 12 de agosto de 2008

Crônicas de um Cinéfilo - Texto 12

 Crônicas de um Cinéfilo - Texto 12
A era do videocassete foi muito bom! Na época nos libertou da escravidão de ficarmos presos na programação da TV aberta. Além disso trazia a possibilidade de gravar algo interessante na TV para ver depois (dessa função ainda sinto falta mesmo nos dias de hoje!). Meu primeiro videocassete foi um Sony Betamax. Era baratinho e na minha cidade só havia praticamente uma locadora desse tipo de fita. Nem sempre havia bons filmes para alugar, por essa razão não demorou muito e compramos um videocassete VHS. 

Daí ampliou-se muito as opções pois praticamente todas as locadoras eram VHS. Todo fim de semana havia um pacote de filmes para assistir. E na semana eu sempre alugava algum bom filme pois na saída do colégio onde estudava existiam duas locadoras no caminho. A Sortevideo, onde muitas vezes encontrei bons filmes para ver, e a outra que funcionava na garagem de uma casa cujo nome não me lembro mais no momento.

Essa segunda locadora tinha filmes ótimos! O dono era um cara de universidade, que tinha mais cultura, por isso comprava só filmes bons, alguns que eu nem conhecia. Era um ótimo acervo! E havia locadoras mais povão, tipo a Rex Vídeo, que era uma coisa mais no estilo varejão! Tinha como atendente um jovenzinho homossexual que eu conhecia do meu antigo coléfio e a mulher do dono, que parecia estar eternamente grávida!

O VHS deixou saudades e foi liquidado pelo DVD, sendo que depois esse foi extinto pela internet. A Net inclusive matou muitas tecnologias do mundo dos anos 80. Os filmes chegaram pelo streaming, então hão havia mais a necessidade de ter uma fita física para alugar. Isso acabou com praticamente todas as locadoras de vídeo, inclusive de um amigo meu! Certa vez encontrei ele no cinema e sem pensar muito bem disse a ele que tinha cinco mil filmes baixados na net em meu acervo. Ele viu essa afirmação quase como um insulto e eu só fui me tocar depois que ele havia falido justamente por causa disso! Ops, uma mancada e tanto de minha parte!

Pablo Aluísio. 

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