terça-feira, 6 de setembro de 2005

Elvis Presley - Clambake

Clambake (1967) - No começo de janeiro de 1967 o Coronel Parker recebeu um telefonema desesperado. Era Vernon. Ela ligou ao empresário de Elvis com um pedido: que ele arranjasse logo um novo filme para Elvis estrelar porque ele vinha numa orgia de gastanças que estava destruindo todas as suas economias. Vernon era um notório pão duro e ficou horrorizado ao receber as últimas contas de seu filho. Elvis, que sempre foi um conhecido mão-aberta andava exagerando realmente. Ele tinha um novo hobby, um rancho nos arredores de Memphis e estava gastando furiosamente em cavalos, materiais, automóveis e acessórios em geral para o lugar. Era algo sem freios. Para se ter uma ideia Elvis colocou na cabeça que cada membro da Máfia de Memphis teria que ter tudo o que ele tinha naquela rancho. Assim se Elvis tinha um cavalo, todos deveriam ter também seus próprios cavalos. Se Elvis tinha um trailer equipado, todos também deveriam ter um veículo como aquele. Se Elvis tinha um traje completo de cowboy, próprio para o lugar, todos também deveriam estar devidamente equipados. Tudo, claro, pago pelo próprio bolso de Elvis.

O problema é que a carreira de Elvis derrapava. Seus discos já não vendiam bem, as bilheterias de seus filmes decaíam a cada ano e ele não mais realizava shows ao vivo. Não havia mais tanta grana como antes. Elvis porém se indignava quando Priscilla ou Vernon reclamava de seu estilo de vida perdulário. Elvis respondia que o dinheiro era dele e ele gastaria do jeito que bem entendesse. Por essa época Priscilla também começou a se aborrecer pelo fato de Elvis viver sempre ao lado de sua turma, como se fosse um garoto no colegial. Ela tinha esperanças de ter uma vida de casal ao seu lado, para que eles pudessem viver momentos românticos a dois, de mãos dadas pelos campos. Elvis porém enchia seu rancho de gente e estava sempre ao lado dos caras da Máfia de Memphis, que na verdade eram uns caipiras que pouco ligavam para seu romance ao lado da namorada. Elvis também não parecia se preocupar com isso. Os membros da Máfia de Memphis contavam piadas sujas e isso destruía qualquer possibilidade de criar um clima romântico entre eles. Por essa razão Priscilla foi ficando cada vez mais decepcionada com seu comportamento. Ela tinha razão em querer passar mais tempo com Elvis a sós e não ao lado de um bando de caras como aqueles.

De uma forma ou outra o Coronel Parker acabou arranjando um filme para Elvis na United Artists. O roteiro, escrito às pressas por Arthur Browne Jr, não trazia novidades. Era uma derivação de outros filmes passados de Elvis, com muitas garotas, praias e bikinis. Assim que leu o script Elvis deixou claro que havia odiado tudo - as cenas estúpidas, a falta de conteúdo e a precariedade de argumento. De fato era mais uma bobagem adolescente que para um homem como ele, que já havia ultrapassado os trinta anos de idade, soava como algo completamente imbecil e inoportuno. Pressionado pelos gastos porém Elvis cedeu. Ele odiava o fato de ter que voltar para Hollywood para fazer algo assim, ter que gravar mais uma daquelas horrorosas trilhas sonoras cheias de canções ruins. A necessidade porém de colocar as suas contas em dia o fez engolir suas próprias opiniões e Elvis então rumou em direção à costa oeste. Vernon ficou aliviado pois assim ele deixaria o rancho de lado, pelo menos temporariamente.

Antes de entrar no set de filmagem porém Elvis tinha que gravar a trilha sonora. Em fevereiro daquele mesmo ano ele chegou desanimado e cabisbaixo no RCA Studio B em Nashville, Tennessee. Ele havia passado a semana anterior conhecendo o material que gravaria através de gravações demos enviadas pela gravadora e ficara desolado. O material era muito, muito ruim. Um punhado de canções mal escritas, mal feitas, sem melodia decente. Ele ficou tão furioso com o que ouviu que chegou a jogar o disco de demonstração contra a parede, o fazendo em pedaços. Depois reclamou para Priscilla afirmando que aquilo era "um grande monte de m...". Por isso quando entrou em estúdio e cumprimentou Jeff Alexander e Felton Jarvis, Elvis parecia estar com cara de poucos amigos. Resignado, sentado no meio do estúdio Elvis simplesmente sentenciou: "Ok, vamos começar logo para acabar com tudo isso..."

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Way Down In the Jungle Room

Agosto é mês de relembrar a morte de Elvis Presley. A RCA nunca deixa a data passar em branco. Nesse ano de 2016 a gravadora anunciou esse novo CD duplo intitulado "Way Down In the Jungle Room". Como se sabe as últimas sessões de gravação de Elvis em estúdio aconteceram em Graceland, na Sala das Selvas (Jungle Room). É justamente em cima desse material que o CD é composto. Eu gosto muito dessas gravações. A divulgação de takes e ensaios dessa sessão revelou um Elvis de bom humor, brincando com músicos e produtores, tudo em um bom clima, bem ameno.

Algo bem diferente do que foi divulgado por anos e anos em diversas biografias. Antes da revelação desse material muito se escreveu sobre um Elvis deprimido e armado, completamente raivoso por ter que gravar novas canções em sua mansão, em um "estúdio" improvisado, sem qualquer tipo de profissionalismo. Bobagem. É certo que gravar em Graceland não era a mesma coisa que gravar em um estúdio profissional da RCA em Nashville. Aspectos absurdos e amadores - como, por exemplo, o telefone tocando bem no meio da gravação de uma faixa - era algo meio decepcionante, porém não vamos desmerecer esse rico manancial de grandes canções apenas por detalhes como esse. Assim o que o ouvinte vai ter a chance de ouvir aqui é o outro lado da história, com Elvis bem à vontade (afinal de contas ele estava gravando em sua própria casa), se divertindo e tirando onda com seus músicos. Tudo de muito bom astral e divertido.

Elvis Presley - Way Down In the Jungle Room (2016)
Disc 1 - The Masters: 1. Way Down / 2. She Thinks I Still Care / 3. Bitter They Are, Harder They Fall / 4. Pledging My Love / 5. For The Heart / 6. Love Coming Down / 7. He'll Have To Go / 8. Blue Eyes Crying In The Rain / 9. Hurt / 10. Never Again / 11. Danny Boy / 12. Solitaire / 13. Moody Blue / 14. It's Easy For You / 15. I'll Never Fall In Love Again / 16. The Last Farewell / Disc 2 – The Outtakes1. Bitter They Are, Harder They Fall - take 1 / 2. She Thinks I Still Care – take 10 / 3. The Last Farewell - take 2 / 4. Solitaire - take 7 / 5. I'll Never Fall In Love Again – take 5 / 6. Moody Blue – take 1 / 7. For The Heart – take 1 / 8. Hurt – take 3 / 9. Danny Boy – take 9 / 10. Never Again - take 9 / 11. Love Coming Down – take 3 / 12. Blue Eyes Crying In The Rain – take 4 / 13. She Thinks I Still Care – (alternate version) take 2 / 14. It's Easy For You - take 1 / 15. Way Down – take 2 / 16. Pledging My Love – take 3 / 17. For The Heart – take 4.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Elvis Presley - Polk Salad Annie

Abaixo uma lista de versões de "Polk Salad Annie" que merecem ser conhecidas pelos fãs de Elvis Presley. Obviamente há centenas de outras, uma vez que Elvis realmente cantou bastante essa canção em seus concertos dos anos 1970. De qualquer forma é um levantamento inicial (e interessante) para quem gosta dessa singular faixa da carreira de Elvis.

FTD Spring Tours 77 - Polk Salad Annie dá seus primeiros sinais e logo nos primeiros momentos descobrimos que estamos na presença de uma versão especial. Muito mais movimentada e bem arranjada, a Polk Salad Annie de 1977 nada fica a dever a suas predecessoras do começo da década. Primeira constatação importante: Elvis está a mil! O grupo fecha com ele e capricha no apoio que não lhe falta em nenhum momento da execução de seu grande hit! Até mesmo o naipe de metais se mostra altamente feliz nessa noite. Aliás esse show de Milwaukee é muito interessante, muito recomendado para quem quiser ouvi-lo na íntegra. Infelizmente para esse CD só utilizaram essa versão, o que deixará todos com água na boca certamente. Elvis vai no comando da animação e segura muito bem a vibração ao lado de seus músicos, lá pelo meio ele desliza levemente e perde um pouco de fôlego, para logo se recuperar e encerrar a música com tudo! O final dessa versão é a melhor que já ouvi dessa música! Elvis e a TCB Band colocando pra quebrar mesmo e botando abaixo o ginásio. Apoteose pouca é bobagem! Nota 10! Data da gravação: 27 de abril de 1977.

FTD Elvis On Tour The Rehearsals - A versão de estúdio de Polk Salad Annie desse CD é um ensaio e já traz Elvis um pouco desligado e desinteressado de tudo à sua volta. Sutilmente Elvis vai levando ela meio que no controle remoto. Nas partes em que seu tédio é mais visível Elvis vai murmurando a letra. Nem no final eletrizante Elvis se empolga e termina a canção com um indisfarçável ar de preguiça ao bocejar "blablablablablabla...." Difícil segurar o riso ao perceber como Elvis estava de saco cheio nessa ocasião! Data da gravação: 31 de março de 1972.

FTD One Night in Vegas - A Polk Salad Annie desse CD empolga! Apesar de ter sido um dos símbolos máximos da temporada anterior, de fevereiro de 1970, Elvis resolveu repetir a dose, principalmente pela vibração que ela proporcionava entre seu público. Nessa época Elvis ainda declamava a introdução da canção explicando a letra para quem não era natural da Louisiana, mas depois ele dispensou esse preciosismo e nas versões que viriam ele entrava logo na parte principal da canção e mandava ver em seu ritmo! Com o uso excessivo da canção ao longo dos anos ela foi se modificando um pouco, com altos e baixos. Aliás ela serviria também como um termômetro nos anos que viriam. Como, pela sua própria natureza, ela demandava muita energia, logo os fãs sabiam de antemão se Elvis estava bem ou não em um show apenas ouvindo essa canção. Uma versão meia boca significava que Elvis não estava muito bem, já uma versão a mil significava justamente o contrário, que Elvis faria um concerto daqueles! Depois do show ao vivo o CD nos traz cinco canções retiradas de um ensaio feito por Elvis seis dias antes do show. Qualidade sonora de sofrível para ruim, se bem que para falar a verdade no final das contas isso não importa. Data da gravação: 10 de agosto de 1970.

FTD The Impossible Dream - A seguir chega a hora de uma das melhores músicas da carreira de Elvis e um símbolo seus nos palcos nos anos 70, a super funk rock frenética Polk Salad Annie. Umas das mais dinâmicas músicas dos shows de Elvis, Polk era usada para Elvis mostrar seu novo estilo de dança, uma mescla de caratê com os rebolados das décadas passadas. A versão aqui apresentada é razoável. Elvis já havia abandonado a parte falada e introduzido no meio um solo de baixo de Jerry Sheff, porém aqui novamente Elvis encurta a música, cortando o solo de Jerry pela metade. Data da gravação: 28 de janeiro de 1971. (Victor Alves)

FTD Southern Nights - Antes de iniciar Polk Salad Annie Elvis começa a canção Burning Love, porém a interrompe logo nos primeiros versos. A situação fica um pouco embaraçosa, principalmente depois que ele tenta se lembrar da letra e não consegue. Então sua vocalista começa a lhe passar a letra do primeiro verso, Elvis se enche um pouco daquela coisa toda e parte logo para Polk Salad Annie. Aqui podemos perceber que Elvis, depois de cinco shows seguidos, já estava um pouco de saco cheio. Ele nem insiste em tentar terminar (ou melhor dizendo começar) Burning Love, ele simplesmente a descarta! Aliás verdade seja dita, Burning Love nunca foi parte de sua lista de músicas preferidas, tanto que ele foi praticamente levado a gravá-la em estúdio e depois que ela se tornou um grande hit ele se viu na obrigação de apresentá-la nos concertos, mas quase sempre sem muito envolvimento e emoção. A versão de Polk Salad Annie desse último concerto em Huntsville é muito boa e interessante. Percebe-se claramente que Elvis se empenha em cantar direito, até mesmo para acabar com a má impressão deixada pelo fiasco de "Burning Love". Como as versões dessa época Elvis não apresentam a introdução falada e parte logo para a segunda parte da canção. Enfim, mais uma versão de "Polk Salad Annie" para a sua coleção das milhares de outras. O destaque maior fica mesmo com a participação da banda TCB e principalmente pelos solos do baixista Jerry Scheff (que chegou a tocar com os Doors em seu último disco, "L.A. Woman"). Pura paulada! Data da gravação: 1 de junho de 1975.

Polk salad Annie (Tony Joe White) - Some of you all never been down South too much... / I' gonna tell you a little story, so you'll understand where I'm talking about / Down there we have a plant that grows out in the woods and the fields, / and it looks something like a turnip green. / Everybody calls it Polk salad. Now that's Polk salad. / Used to know a girl that lived down there and she'd go out in the evenings to pick a mess of it... / Carry it home and cook it for supper, 'cause that's about all they had to eat, But they did all right. / Down in Louisiana / Where the alligators grow so mean / Lived a girl that I swear to the world / Made the alligators look tame / Polk salad Annie / 'Gators got your granny / Everybody said it was a shame / For the mama was working on the chain-gang / What a mean, vicious woman / Everyday before suppertime / She'd go down by the truck patch / And pick her a mess of Polk salad / And carry it home in a tote sack / Polk salad Annie / 'Gators got you granny / Everybody said it was a shame / 'Cause the mama was working on the chain-gang / Whoo, how wretched, dispiteful, straight-razor totin' woman, / Lord have mercy. / Sock a little Polk salad to him / Yeah, you know what, yeah, yeah / But daddy was a lazy and a no-count / Claimed he had a bad back / All her brothers were fit for / Was stealing watermelons out of my truck / For once Polk salad Annie / 'Gators got your granny / Everybody said it was a shame / For the mama was working on the chain-gang / Sock a little Polk salad to him / You know what meets a meal mention / You sock a little / Hey, hey, hey, yeah, yeah / Chic a bon, chic a bon, chic a bon bon bon bon / Chic a bon, chic a bon, chic a bon bon bon bon / Sock a little Polk salad to him / You know what meets a meal mention / Sock a little Polk salad to him / You know what meets a meal mention / Chinc, chinc, chinc, chin, ling, ling ling / Chinc, chinc, chinc, chin, ling, ling ling / Chinc, chinc, chinc, chin, ling, ling ling / (BMI) 4:40 - Data de gravação: 19 de fevereiro de 1970 - Local: International Hotel Showroom, Las Vegas.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - História, Discografia, Fotos e Documentos

Escrito por Gillian G. Gaar, esse novo livro intitulado "Elvis Presley - História, Discografia, Fotos e Documentos" não me pareceu grande coisa. É um daqueles lançamentos que primam mais pelo capricho na edição (em termos de fotos, qualidade de papel, etc) do que propriamente por seu conteúdo.

São apenas 120 páginas a um preço um pouco salgado (R$ 140,00 em média). Um dos chamarizes promocionais do livro afirma que ele traz uma série de reprodução de documentos raros, etc Bom, esse é o tipo de coisa que só interessa mais a quem é colecionador de memorabilia. Quem estiver em busca de informações e detalhes sobre a biografia de Elvis ou sua carreira ficará um tanto decepcionado.

Claro que há as inúmeras listas que já estamos acostumados a encontrar em lançamentos como esse como lista de álbuns, singles, filmes, etc. A questão é que esse tipo de coisa é facilmente encontrado na internet nos dias de hoje, assim como as várias fotos que recheiam o livro. Não há nenhuma deles especialmente rara ou de complicada localização na web. Assim, colocando os prós e contras na balança, o lançamento só vai lhe interessar mais se você estiver em busca de um livro de encadernação luxuosa em sua coleção, para colocar na sua biblioteca, ou então para mostrar para as visitas. Como conteúdo de fundo, para pesquisa e estudo, o livro é destituído mesmo de maior importância.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de setembro de 2005

Elvis Presley - Sweet Caroline / Release Me

Release Me:
FTD Elvis On Tour The Rehearsals - Aqui temos uma versão de estúdio bem pouco conhecida de "Release Me". Não que a faixa ao vivo, oficial, do disco "On Stage", não seja boa, nada disso. Ela é excelente. O que acontece é que como essa é gravada em estúdio tem muito mais qualidade sonora e de arranjo. Ouçam como ela é muito mais suave, tem muito mais ritmo, enfim como ela é agradável. Nas gravações ao vivo existe toda aquela produção inerente aos concertos para causar impacto no público. Todos aqueles arranjos de metais, muitas vezes super exagerados! Mas ouça essa versão. Nada disso está presente. Elvis, a banda TCB e os vocalistas de apoio estão totalmente entrosados, estão ótimos. Repare como até mesmo o grupo vocal de Elvis está bem mais discreto e oportuno. A melodia se perdeu um pouco no palco. Isso é decorrência do fato de que todo cantor que está se apresentando sente a necessidade de mexer com o público. Nesse processo muitas belas melodias perdem parte de seu charme. No estúdio tudo é mais calmo, mais ponderado, sem pressa e sem necessidade de levantar as pessoas que estão lhe assistindo. Essa "Release Me" de estúdio ficou bem bonita, impossível não notar.

FTD The Impossible Dream - "Release Me" faz parte do repertório desse CD, o que não deixa de ser uma surpresa já que a canção entrava e saia dos concertos, sendo bem inconstante. Na época em que o concerto desse CD foi realizado Elvis não costumava cantá-la com muitas frequência. Não havia razão aparente para que Elvis a descartasse de tempos em tempos. Essa falta de regularidade muitas vezes fazia com que o cantor esquecesse da letra, a mudando ao seu bel prazer. Nessa versão que ouvimos aqui Elvis muda a letra novamente, mas nada muito prejudicial. Para os especialistas as melhores versões da música são de 1972. Eu discordo em parte pois sou particularmente fã da versão oficial do "On Stage". De qualquer forma a música foi seguindo Presley até o fim. Ela fez parte do último show da carreira de Elvis em Indianapolis.

FTD Southern Nights - Aqui temos "Release Me" gravada na tarde do dia 1º de junho de 1975 em Huntsville. Embora não fosse nenhuma novidade, ainda era uma estranha no ninho no repertório de Elvis nesse ano de 1975. Aqui Elvis desacelera a velocidade normal da canção, o que a prejudica, pois seu ritmo correto, que foi utilizado na versão master do disco "On Stage", é muito mais satisfatório. A sensação que Elvis passa aqui é de estar com pouca vontade de levar em frente e terminar a música. Vale como registro, mas certamente não é a melhor versão presente na vasta discografia do artista.

Release Me (Stevenson - Miller) - Oh Yeah, You Like, Please play hard now / Oh please release me, let me go / For I just don't love you anymore / To waste our lives would be a sin / Oh, oh, oh, Release me and let me love again / I have found a new love dear / And I will always want her near / Her lips are warm while yours are cold / Oh, oh, oh, Release me, my darling let me go / Oh Please release me, let me go / For I just don't love you anymore / To waste our lives would be a sin / Oh, oh, oh, Release me and let me love again / Oh Please release me, let me go / For I just don't love you anymore / To waste our lives would be a sin / Oh, oh, oh, Release me and let me love again / Let me go, oh release me, my darling / Let me go / (BMI) 3:48 - Data de gravação: 18 de fevereiro de 1970 - Local: International Hotel Showroom, Las Vegas.

Sweet Caroline:
FTD One Night in Vegas - A versão de "Sweet Caroline" desse CD é bem mais interessante. Originalmente apresentada por Neil Diamond, a música se encaixou muito bem na lista de músicas que Elvis apresentava naquele momento. Ela tinha aparecido na vida musical de Elvis na temporada anterior, de fevereiro de 1970. Tanto que foi lançada oficialmente no disco "On Stage, February 1970" que trazia dez canções gravadas ao vivo (oito delas sendo registradas nessa segunda temporada da carreira de Elvis). Divertida e suave na medida correta acabou sendo uma das mais queridas do público brasileiro. Seu estilo único, aliado ao fato de que a versão original de Neil Diamond nunca chegou a ser muito conhecida em nosso país, fez com que ela se tornasse bem mais popular entre os fãs brasileiros de Elvis Presley. Uma melodia de bom gosto, acima de tudo.

FTD The Impossible Dream - Outra surpresa desse CD é a presença de uma versão ao vivo de "Sweet Caroline", sempre uma música de alegre adição ao repertório (para desespero de Jerry Sheef, que já declarou em entrevistas que odiava essa música!). Cantada desde janeiro de 70, a música começa, porém Elvis pede para parar logo no início e ainda diz: “É assim que nós fazemos as coisas aqui!”. Muito antiprofissional! (Victor Alves)

Sweet Caroline (Neil Diamond) - Where it began, I can't begin to know when / But then I know it's growing strong / Oh, wasn't the spring, whooo / And spring became the summer / Who'd believe you'd come along / Hands, touching hands, reaching out / Touching me, touching you / Oh, sweet Caroline / Good times never seem so good / I made him climb to believe it never would / And now I, I look at the night, whooo / And it don't seem so lonely / We fill it up with only two, oh / And when I hurt / Hurting runs off my shoulder / How can I hurt when holding you / Oh, one, touching one, reaching out / Touching me, touching you / Oh, sweet Caroline / Good times never seem so good / Oh I made him climb to believe it never would / Ohhh, sweet Caroline, good times never seem so good / (ASCAP) 2:55 - Data de gravação: 16 de fevereiro de 1970 - Local: International Hotel Showroom, Las Vegas.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - FTD Roustabout

Agora em junho chega nas lojas o novo CD da coleção FTD (Follow That Dream) trazendo uma edição especial da trilha sonora do filme "Roustabout" (no Brasil, "Carrossel de Emoções"). Segundo foi anunciado serão no total 33 faixas, trazendo o álbum original (contando inclusive com a canção "I´m Roustabout" que só foi encontrada muitos anos depois de sua gravação), vários takes alternativos, outtakes e masters remixadas. Um aspecto curioso é que algumas versões que só apareciam no filme (e não na trilha original de 1964) também estão no CD.

Infelizmente para os colecionadores as sessões não foram encontradas preservadas na íntegra, mas apenas parte delas. Por isso há excessos de takes alternativos de certas canções, enquanto que de outras o CD não trará absolutamente nada! A faixa título do álbum é a que terá mais takes. Serão sete registros, trazendo praticamente toda a sessão em que Elvis tentou chegar na master dessa gravação. As músicas "Little Egypt", "Poison Ivy League" e "Hard Knocks" também estão bem representadas nessa nova edição, principalmente por causa da qualidade sonora dos takes recuperados dentro dos arquivos da RCA Victor em Nashville.

Particularmente gosto dessa trilha sonora. Ela tem uma sonoridade agradável, para se dizer o mínimo. O filme também é bem simpático, com enredo versando sobre um jovem motoqueiro (Elvis Presley) que chega em um parque de diversões meio decadente, em crise financeira. Aos poucos o talento do rapaz vai se sobressaindo, trazendo novamente um bom movimento para aquele estabelecimento à beira da falência. É até um resgate de um tipo de parque tradicional que já naquela época ia se tornando cada vez mais raro de encontrar. Elvis está com ótimo visual, seu personagem é até bem rebelde (mas dentro dos padrões de seus filmes) e algumas cenas são até hoje lembradas, como àquela em que seu personagem anda dentro de uma esfera da morte com sua motocicleta.

O filme foi dirigido por John Rich e tinha a grande estrela de Hollywood do passado Barbara Stanwyck no elenco. Não era muito comum Elvis contracenar com atrizes e atores muito famosos porque o Coronel Parker exigia que apenas Elvis fosse a estrela máxima de seus filmes. No mais outro fato digno de nota em relação à essa trilha sonora é que em pleno auge da Beatlemania Elvis conseguiu um grande sucesso de vendas com esse álbum, chegando inclusive ao primeiro lugar da Billboard Hot 100 - algo que foi bastante celebrado por ele e seu empresário. Infelizmente essa trilha sonora também foi a última de grande sucesso comercial de sua discografia.

Elvis Presley - FTD Roustabour (2017)
The Original Album 01 Roustabout  / 02 Little Egypt / 03 Poison Ivy League  / 04 Hard Knocks  / 05 It's A Wonderful World  / 06 Big Love Big Heartache  / 07 One Track Heart  / 08 It's Carnival Time  / 09 Carny Town  / 10 There's A Brand New Day On The Horizon  / 11 Wheels On My Heels  / Bonus Track: 12 I'm A Roustabout (take 10/M) 2:13Outtakes And Remixed Masters: 13 Little Egypt (AO take 15/M, record version)  / 14 Little Egypt (revised, AO take 21, part used for movie version)  / 15 Poison Ivy League (BO take 7/M)  / 16 Hard Knocks (CO take 11/M, record version)  / 17 Hard Knocks (COV take 4, movie version)*  / 18 Its A Wonderful World (DO take 13/M)  / 19 Its A Wonderful World (DO take 17, instrumental)*  / 20 Big Love Big Heartache (EO take 17/M)  / 21 One Track Heart (FO take 5/M)  / 22 It's Carnival Time (HO take 2/HOV take 9/M, record version)  / 23 It's Carnival Time (HO take 2/HOV take 12, movie version)*  / 24 Carny Town (JO take 9/M)  / 25 There's A Brand New Day On The Horizon (KO take 5/M)  / 26 Wheels On My Heels (LO take 7/M)  / 27 Roustabout (NOV takes 1-5*, 6)  / 28 Roustabout (NOV takes 7*, 8)  / 29 Roustabout (NOV take 9, movie version)*  / 30 Roustabout (NOV takes 10-12)*  / 31 Roustabout (NOV take 13)*  / 32 Roustabout (NOV takes 14-16)* 2:58  / 33 Roustabout (NOV take 17/M, record version) 2:15 / * Material Inédito.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de setembro de 2005

Elvis Presley - FTD Elvis At Madison Square Garden

E os lançamentos de junho não param. Previsto para chegar nas lojas no próximo dia 28, o selo FTD (Follow That Dream) anunciou esse novo CD chamado "FTD Elvis At Madison Square Garden". Como se sabe em 1972 Elvis finalmente chegou em Nova Iorque para uma série de apresentações ao vivo no majestoso Madison Square Garden, um dos ginásios mais representativos da cidade. Elvis jamais havia se apresentado ao vivo em Nova Iorque até aquele momento, o que era um absurdo em vista de sua carreira de sucesso. Era o último grande nome da música mundial que chegava nos palcos da cidade.

Por essa razão houve uma grande expectativa e repercussão por parte da imprensa e do público. Grandes nomes foram prestigiar Elvis em seus concertos, entre eles John Lennon e George Harrison. Todos queriam conferir o grande astro se apresentando pela primeira vez na big apple (como NYC era carinhosamente chamada por seus moradores). Sucesso de público e crítica, os concertos se tornaram um marco na volta de Elvis aos palcos, já que ele havia passado praticamente toda a década anterior se concentrando apenas em sua carreira em Hollywood, fazendo um filme atrás do outro, ano após ano.

Para muitos a grande expectativa e repercussão da presença de Elvis em Nova Iorque fez com que ele se empenhasse ao máximo em seus shows, resultando tudo em concertos bem acima da média, com Elvis dando o melhor de si em termos de performance e energia nos palcos. O estranho de tudo é que na época estava se realizando as filmagens de um documentário sobre as turnês de Elvis pelos Estados Unidos, mas absurdamente os produtores não filmaram esses históricos concertos, o que até hoje causa transtorno em todos os fãs. Para preencher essa lacuna imperdoável muitos lançamentos estão explorando os shows de Elvis no Madison em 1972.

Agora temos aqui esse novo CD do selo FTD. É um box, com o show de Elvis realizado no dia 9 de junho de 1972 e um livro de 300 páginas trazendo fotos, informações, detalhes técnicos, reportagens da época, etc. Infelizmente o concerto está em qualidade audience, o que deixa muito a desejar em termos de qualidade sonora. Mesmo assim é sempre interessante conferir mais um material que tem como tema essa semana realmente histórica na carreira de Elvis Presley, quando ele finalmente chegou para conquistar a maior metrópole dos Estados Unidos, Nova Iorque.

Elvis Presley - Elvis At Madison Square Garden (2017)
1) Also Sprach Zarathustra / 2) That's All Right / 3) Proud Mary / 4) Never Been To Spain / 5) Until It's Time For You To Go / 6) You Don't Have To Say You Love Me / 7) You've Lost That Loving Feeling / 8) Polk Salad Annie / 9) Love Me / 10) All Shook Up / 11) Heartbreak Hotel / 12) Teddy Bear/Don't Be Cruel / 13) Love Me Tender / 14) Blue Suede Shoes / 15) Hound Dog / 16) Bridge Over Troubled Water  / 17) Suspicious Minds / 18) Introductions by Elvis / 19) For The Good Times / 20) American Trilogy / 21) Funny How Times Slips Away / 22) Can't Help Falling In Love / 23) Closing Vamp.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Elvis Las Vegas ´74

Outro lançamento do selo FTD (Follow That Dream) que está chegando nas lojas. Esse aqui se chama "Elvis Las Vegas ´74". O título é auto explicativo, trazendo dois concertos realizados por Elvis em sua segunda temporada em Las Vegas durante o ano de 1974, ambos gravados no mesmo dia (24 de agosto), um no Dinner Show (show com jantar, ao estilo tradicional, geralmente realizado às oito da noite) e o Midnight Show (apresentação que era geralmente feita próxima da meia-noite, o segundo show do dia, onde os jantares eram trocados por drinks e petiscos).

A boa notícia é que o ano de 1974 vinha sendo negligenciado pelo selo FTD, talvez por não existir mesmo muitas gravações de Elvis nessa temporada em Las Vegas. A nota ruim, dissonante, é que embora seja o material até considerado raro, a qualidade sonora não é tão boa. Os engenheiros de som de Las Vegas que gravavam essas fitas dos shows do cantor não tinham consciência que seria algo tão valioso no futuro, por essa razão nem sempre a qualidade de som era caprichada. Mesmo assim é um registro importante até porque sem essas fitas não teríamos a chance de ouvir Elvis nessas apresentações.

No repertório eu destacaria algumas músicas interessantes. No Dinner Show temos Elvis cantando "It’s Midnight" do disco "Promised Land". O detalhe curioso é que o álbum ainda não havia sido lançado, o que tornava a música completamente inédita para os ouvidos dos fãs que foram ao show. O mesmo valia para "If You Talk In Your Sleep", que era uma tentativa por parte de Elvis em renovar um pouco a seleção musical das apresentações. No Midnight Show mais surpresas: Elvis trazia o rock de Chuck Berry "Promised Land" que iria dar nome ao seu próximo álbum a chegar nas lojas. O CD também traz bonus songs do dia 28, com as novas interpretações no palco de " Help Me" e "My Boy", todas músicas novas, raramente cantadas por Elvis nos shows até aquele momento. Para os fãs que foram até Las Vegas foi um presente e tanto.

Outro aspecto que chama a atenção é que o ano de 1974 foi particularmente polêmico na carreira de Elvis. Muitos autores salientam o fato de que o Rei do Rock vinha passando por uma fase tumultuada em sua vida pessoal. Ele aumentou o consumo de drogas, o que trouxe problemas no palco. Por essa época Elvis fez shows onde nem tudo saiu conforme o script. Ele chegou a fazer concertos bem ruins, desastrosos, que ficaram notórios por esses acontecimentos. Pela primeira vez o público começou a perceber que havia algo de errado com ele, principalmente por causa desses deslizes. De qualquer forma esse novo item é uma bela dica de aquisição para colecionadores em geral. Ouvir Elvis no ano de 1974 sempre chama a atenção dos fãs e admiradores do Elvis de palco, dos concertos ao vivo. Não deixe de adquirir esse novo CD.

Elvis Presley - Las Vegas ´74 (2017)
Disc 1 - August 20th 1974 – Dinner Show
01) CC Rider / 02) I Got A Woman/Amen / 03) Love Me / 04) If You Love Me (Let Me Know) / 05) It’s Midnight / 06) Big Boss Man / 07) Fever / 08) Trying To Get To You / 09) Love Me Tender / 10) All Shook Up / 11) I’m Leavin’ / 12) Softly As I Leave You / 13) Hound Dog / 14) You Gave Me A Mountain / 15) Polk Salad Annie / 16) Introductions (part missing) / 17) If You Talk In Your Sleep / 18) Why Me Lord / 19) (Let Me Be Your) Teddy Bear/Don’t Be Cruel / 20) Heartbreak Hotel / 21) Bridge Over Troubled Water / 22) Hawaiian Wedding Song / 23) Let Me Be There / 24) Can’t Help Falling In Love / Bonus Song: (Recorded September 2, Midnight Show) 25) It’s Now Or Never (second version)

Disc 2 - August 20th 1974 – Midnight Show
01) CC Rider / 02) I Got A Woman/Amen / 03) Love Me / 04) If You Love Me (Let Me Know) / 05) It’s Midnight / 06) Proud Mary / 07) Trying To Get To You / 08) Big Boss Man / 09) Fever / 10) Promised Land / 11) Love Me Tender / 12) All Shook Up / 13) I’m Leavin’ / 14) Softly As I Leave You / 15) Hound Dog / 16) You Gave Me A Mountain / 17) Polk Salad Annie / 18) Introductions / 19) If You Talk In Your Sleep / 20) Why Me Lord / 21) (Let Me Be Your) Teddy Bear/Don’t Be Cruel (incomplete)  / 22) Hawaiian Wedding Song (incomplete) / 23) Let Me Be There / 24) Can’t Help Falling In Love / Bonus Songs (Recorded August 28, Dinner Show): 25) Help Me 26) My Boy 27) How Great Thou Art.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Elvis Presley - Dragonheart

Elvis Presley - Dragonheart - Este lançamento do selo FTD (Follow That Dream) ficou mais conhecido pela polêmica causada pelos fãs americanos de Elvis (considerados os mais chatos do planeta!). Acontece que alguns fã clubes protestaram formalmente contra a gravadora por causa do mau gosto da capa!!! (que bobagem!). A BMG USA até pensou em retirar o CD do mercado e confeccionar uma nova capa, mas depois chegou a conclusão que isso estava era no fim das contas se transformando em uma tremenda publicidade grátis para o lançamento. Coisas de marketing. Eu particularmente não acho a capa tão pavorosa assim, existem piores na discografia de Elvis.

Mas e o CD? Esse traz um show inédito da carreira de Elvis gravado em 1974, com ótima qualidade de som. Esse ano de 1974 ficou marcado por diversos acontecimentos nos concertos de Elvis. As críticas começaram a soar mais severas porque Elvis começou a se apresentar de forma desconexa, muitas vezes ignorando o público, errando muito as letras, isso quando não acontecia algo mais grave no palco. Hoje em dia os biógrafos de Elvis consideram 74 o ano mais alucinado de Elvis. Segundo alguns autores Elvis começou a flertar perigosamente com drogas mais pesadas (inclusive cocaína!) o que acabou prejudicando bastante suas apresentações. Ele havia perdido a velha elegância que havia marcado durante tantos anos seus concertos ao vivo, segundo a própria Priscilla Presley.

Esse show gravado em South Bend dá uma ideia de seus problemas. O show é de mediano para fraco. Elvis parece disperso, sem foco. Além disso falha em canções que exigiam mais dele como por exemplo o clássico "Bridge Over Troubled Water". De novidade interessante, por outro lado, temos versões ao vivo de ".It's Midnight" (do álbum Promised Land) e ".Let Me Be There" (que eram novidades de repertório na época!). "Big Boss Man" também era outra boa adição, uma música que de certa maneira havia sido mal lançada em sua época original, mas que ganhava uma segunda chance ao vivo. Para muitos ela nunca chegou a funcionar muito bem, mas essa é uma opinião de menor importância. "Steamroller Blue" era outra boa canção, que servia para melhorar e diversificar seu repertório naqueles dias. Havia sido lançada como single (com uma estranha capa com uma máquina a vapor!) e levava Elvis de volta ao bom e velho blues. 

Como brinde o CD ainda traz duas faixas gravadas em  College Park, considerado até bem pouco atrás como o show mais "louco" da carreira de Elvis. O curioso é que quando a gravação desse concerto finalmente foi lançada alguns anos atrás - em qualidade Audience, nada boa - tudo pareceu mais normal do que se dizia. Pelo visto a lenda em torno do College Park era só isso mesmo, uma lenda bem contada e repetida por anos e anos a fio. Em suma, temos aqui um título da FTD (Follow That Dream) que é pelo menos interessante. Por todos esses aspectos esse é um CD que realmente vale a pena ter na coleção, mesmo com essa capa de gosto duvidoso!

Elvis Presley - Dragonheart (Live in South Bend on Oct. 1, 1974) - (FTD #26) 82876-53366-2 - : 1.See See Rider 3:42 2.I Got A Woman/Amen 6:56 3.Love Me 1:29 4.Blue Suede Shoes 1:24 5.It's Midnight 3:46 6.Big Boss Man 2:35 7.Fever 3:38 8.Love Me Tender 2:14 9.Hound Dog 2:04 10.Heartbreak Hotel 2:21 11.If You Love Me 2:50 12.Bridge Over Troubled Water 4:25 13.Introductions 5:01 14.Lawdy Miss Clawdy 1:36 15.Introductions 0:51 16.All Shook Up 1:00 17.Teddy Bear/Don't Be Cruel 2:02 18.Let Me Be There 3:22 19.It's Now Or Never 2:34 20.You Gave Me A Mountain 3:14 21.Johnny B. Goode 4:00 22.Hawaiian Wedding Song 2:31 23.Steamroller Blues 2:48 24.Can't Help Falling In Love 1:39 25.Closing Vamp and Announcements 0:56 (Bonus tracks) 26.Alright, Okay, You Win (74-09-29 Detroit) 27.Trying To Get To You (74-09-28 College Park) 28.Blue Christmas (74-09-28 College Park).

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - FTD A Date With Elvis

Mais um CD duplo lançado pelo selo FTD (Follow That Dream) nesse ano de 2017. Eu particularmente tenho minhas reservas quando a FTD lança álbuns especiais de meras coletâneas da discografia oficial de Elvis Presley, Tudo bem que "A Date With Elvis" tem seu espaço de importância dentro da coleção de discos do cantor, mas será que realmente seria mesmo necessário fazer uma edição dupla desse disco? Não seria mais inteligente simplesmente fazer um box com as músicas da Sun Records, por exemplo?

Isso tudo porque "A Date With Elvis" foi um LP (designação dos tempos do vinil) que não tinha muito critério. A RCA Victor apenas reuniu algumas gravações dos tempos da Sun, uniu a músicas de trilhas sonoras e faixa avulsas que estavam arquivadas, colocou tudo no mesmo pacote e o lançou. A ideia principal era não deixar o mercado sem novidades sobre Elvis enquanto ele estava servindo o exército na Alemanha. O título obviamente era uma jogada de marketing, para deixar suas fãs adolescentes na época sonhando com o ídolo distante.

Curiosamente se formos nos ater apenas nas dez canções que realmente fizeram parte do disco original, vamos perceber que a FTD resolveu investir pouco nelas, muito provavelmente por falta mesmo de material inédito em seus arquivos. Afinal hoje em dia é bem complicado localizar takes alternativos de músicas que foram gravadas há tanto tempo! A coisa piora em relação às que foram gravadas na Sun Records. O produtor Sam Phillips simplesmente não costumava arquivar o resto das sessões de gravação. O que sobrava da edição final era simplesmente jogado na lata de lixo!

Assim o selo acabou criando esse CD 2 intitulado " Private Recordings from Germany", todo composto por gravações amadoras, informais, feitas por Elvis enquanto estava na Alemanha. Ele simplesmente sentava-se ao piano após um dia de trabalho duro no quartel do exército e cantava um pouquinho, muitas vezes apenas para animar um pouco o ambiente de seu círculo mais íntimo de amigos e namoradas. Esse material já fora explorado antes, em um lançamento da própria FTD. Assim não vejo muito interesse nesse relançamento, mesmo com capa nova e encartes de luxo.

Elvis Presley - FTD A Date With Elvis (2017)
Disc 1: Blue Moon Of Kentucky / Young And Beautiful / Baby I Don't Care / Milkcow Blues Boogie / Baby Let's Play House / Good Rockin' Tonight / Is It So Strange / We're Gonna Move / I Want To Be Free / I Forgot To Remember To Forget / Bonus Songs: I Don't Care If The Sun Don't Shine / Let Me / Stereo and Binaural: Young And Beautiful / Baby I Don't Care / We're Gonna Move / I Want To Be Free (movie version, Splice of takes 10, 12 & 13) (binaural) / I Want To Be Free (record version, Splice of takes 11 & final ending take 5) (binaural) / Is It So Strange (take 1) / Is It So Strange (takes 2-9) / Is It So Strange (take 10) / Is It So Strange (take 11) / Is It So Strange (take 12, Original master take).

Disc 2 - Private Recordings from Germany: I'm Beginning To Forget You / I Can't Help It (ending only) /Mona Lisa / I Can't Help It / Guitar Piece / Danny Boy (1) / Danny Boy (2) / Loving You (incomplete) / Talk / I'm Beginning To Forget You (2) / Christmas / I'm Beginning To Forget You (3) / I'm Beginning To Forget You (4) / I Asked The Lord (1 incomplete) / I Asked The Lord (2 incomplete) / Apron Strings (1) / Soldier Boy / I Asked The Lord (3 incomplete) / I Asked The Lord (4) / I Asked The Lord (5) / Earth Angel / I Will Be True / There's No Tomorrow / I'll Take You Home Again Kathleen (slow 2) / Que Sera, Sera / Hound Dog / I Asked The Lord (6) / I'll Take You Home Again Kathleen (fast 2) / Apron Strings (3) / The Titles Will Tell / Send Me Some Lovin' / The Fool (1) / The Fool (2 incomplete) / The Fool (3) / The Fool (4) / Badly Distorted Audio: I'll Take You Home Again Kathleen (fast 1) / I'll Take You Home Again Kathleen (slow 1) / Apron Strings (2) / It's Been So Long Darling.

Pablo Aluísio.