segunda-feira, 1 de maio de 2000

O Trapalhão na Ilha do Tesouro


O Trapalhão na Ilha do Tesouro
Sim, eu fui criança nos anos 70, então me lembro perfeitamente desse filme. Esse é aquele tipo de produção nacional que só fazia sentido dentro do contexto daquela época. Revendo hoje em dia ficamos pasmos como um filme tão ruim e mal produzido fazia tanta bilheteria nos cinemas. É algo inegável, os filmes dos Trapalhões lotavam as salas de cinemas por todo o país, fazendo a festa dos donos desses estabelecimentos comerciais. Pena que hoje em dia sejam tão fracos numa revisão. Era um cinema muito popular, mas que não resistiu ao tempo. Assim não há como negar, não era um bom cinema nacional. Era comercialmente bem sucedido e apenas isso. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 5 de abril de 2000

Se Versalhes Falasse...


Se Versalhes Falasse...
Versalhes começou como uma casa de caça construída por Louis XIII. Quem transformou essa casa no mais luxuoso palácio da Europa foi Louis XIV. Esse filme mostra o requinte dessa construção maravilhosa. É um musical, com toques de comédia e humor. Mas tem também um pouco de história e drama. O elenco conta com Claudette Colbert, Michel Auclair, Jean-Pierre Aumont e Jean-Louis Barrault. A direção ficou a cargo de Sacha Guitry e o filme chegou nas telas de cinema pela primeira vez em 1954.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 4 de abril de 2000

Tudo Isto e o Céu Também


Tudo Isto e o Céu Também
All This, and Heaven Too, 1940
Direção: Anatole Litvak
Roteiro: Rachel Field, Casey Robinson
Elenco: Bette Davis, Charles Boyer, Jeffrey Lynn
Sinopse: O comportamento irracional de uma duquesa em relação à governanta de seus filhos desencadeia eventos trágicos que mudarão a vida de sua família para sempre.

Pesquisa: Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de abril de 2000

A Lenda de Enéas

Título no Brasil: A Lenda de Enéas
Título Original: La leggenda di Enea
Ano de Lançamento: 1962
País: Itália
Estúdio: Mercury Films
Direção: Giorgio Venturini
Roteiro: Publius Vergilius, MaroAlbert Band
Elenco: Steve Reeves, Giacomo Rossi Stuart, Carla Marlier

Sinopse: 
Enéias lidera fugitivos da Guerra de Troia para novas terras na Itália e deve lidar com novas ameaças ao seu povo.

Comentários:
Mais um filme com o brutamontes Steve Reeves. O cinema italiano estava a todo vapor na época. O que me chamou mais atenção nesse filme é a direção de arte. As armaduras, por exemplo, são bem diferentes. Não se parecem em nada com outros filmes da época. E de beleza na arte, vamos convir, os italianos sabiam tudo. Desde a era da renascença é bom lembrar. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 2 de abril de 2000

O Diabo Branco


O Diabo Branco
Outro filme de Steve Reeves rodado na Itália! O roteiro conta a história de Hadji Murad, um chefe checheno do século XIX que liderou seus guerreiros em uma luta contra as forças invasoras do czar russo. Como se pode ver nessa rápida sinopse temos uma mudança no tema dos filmes do ator. Essa produção chamada originalmente de " Agi Murad il diavolo bianco" foi lançada nos Estados Unidos com o nome de White Warrior. Lançado em 1959, o filme foi dirigido por Riccardo Freda. O elenco ainda contava com Giorgia Moll e Scilla Gabel. 

Pablo Aluísio. 

Hércules e a Rainha da Lídia


Hércules e a Rainha da Lídia
Segundo filme do Steve Reeves como o herói e semideus da mitologia grega, o lendário Hércules! A história é bem interessante: Enquanto negocia a paz entre dois irmãos que disputam o trono de Tebas, um Hércules amnésico é seduzido pela malvada Rainha Onfale. Essa é uma produção italiana intitulada "Ercole e la regina di Lidia", lançada originalmente em 1959 contando ainda em seu elenco com Sylva Koscina e Patrizia Della Rovere.

Pablo Aluísio. 

sábado, 1 de abril de 2000

A Guerra de Troia


A Guerra de Troia
Steve Reeves continuou com seus épicos gregos, mas agora um tanto fora da mitologia, entrando no mundo da literatura clássica. Esse "La guerra di Troia" (seu título original italiano), lançado em 1961 é bem isso. Um filme com uma produção até bem melhor do que os filmes anteriores. Esse épico dos tempos da Grécia clássica foi dirigido por Giorgio Ferroni e contava ainda em seu elenco com as beldades Juliette Mayniel e Lidia Alfonsi. Por fim não podemos esquecer também do Cavalo de Troia, um dos ícones mais lembrados da história da literatura. Sim, ele está no filme, no meio da ação! Espadas à postos! 

Pablo Aluísio. 

O Gigante de Maratona


O Gigante de Maratona
Clássico do estilo sandálias e espadas estrelado pelo "Hércules" Steve Reeves, com direção de uma trinca de diretores: Jacques Tourneur, Bruno Vailati e Mario Bava. Na sinopse temos um soldado grego liderando a luta contra um exército persa invasor. O filme era intitulado originalmente de "La battaglia di Maratona" e foi lançado em 1958. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 2 de março de 2000

Minha Vida de Cinéfilo - Texto II

Minha Vida de Cinéfilo - Texto II
Eu tenho a opinião de que quem viveu os anos 80 viveu também o auge da paixão por filmes e cinema. A era do Vídeocassete explodiu então todo mundo queria consumir filmes e filmes. Meus amigos na escola falavam sobre cinema, minha turma era muito ligada na sétima arte! Era um clima bem diferente dos dias de hoje. Havia muitas publicações de revistas no Brasil. Provavelmente a primeira revista de cinema que comprei na minha vida foi a Cinemin. Era uma boa revista, com muitas matérias interessantes. Uma revista de formato grande, que era até ruim de colecionar por isso! O papel de dentro era preto e branco, mas as capas costumavam ser muito bem feitas, bonitas. Eu me recordo da capa com Aliens, o Resgate e Jogo Bruto. Tive essas duas edições e muito mais. Infelizmente as perdi com o tempo e me arrependo muito disso!

Agora, a revista de cinema da minha vida foi a Set. Era uma publicação da Abril. Que revista boa! Colecionei ao longo dos anos, da edição 1 até a última. Era um tempo bom! Nas revistas de cinema eu ficava informado sobre os novos filmes, ao mesmo tempo que ia aprendendo a cada nova leitura. Foi a minha universidade de cinéfilo. Esse é um tempo que não existe mais! Sequer existem mais bancas de revistas e jornais agora! Eu até hoje fico chocado com essa nova realidade. Adoro a internet, mas esse meio de revistas e jornais impressos não precisava ter sido varrido do mapa como foi! Em minha opinião isso foi bem trágico para a cultura de um modo em geral. 

Por volta de 1985 eu passei a ir aos cinemas todas as semanas. Se tivesse filme bom estreando, pode ter certeza que eu estava lá. O ingresso era muito barato e não havia cinema em shopping centers. Eram ainda os velhos cinemões de bairro. Os que eu frequentava ficava no centro da minha cidade. Eles se chamavam Municipal (o melhor, com os principais lançamentos do mês) e o Plaza (onde passavam os filmes de segunda categoria). Ficavam na mesma rua, com uma pequena distância entre eles. 

Como estudava pela manhã ia aos cinemas à tarde, geralmente nas segundas ou quartas (que tinha preço promocional). Foi uma época muito feliz da minha vida. Eu era jovem, estudante, adorava cinema e música, mas não o tipo de som que a garotada da minha idade curtia. Eu gostava de Rock Clássico como Elvis Presley, os Beatles, etc. Curioso, mesmo após tantos anos eu ainda tenho o mesmo gosto musical. Acho que ninguém superou esses artistas do passado! E hoje, cinquentão, fico feliz em olhar para trás e ver que eu sempre tive um excelente gosto musical. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 1 de março de 2000

Minha Vida de Cinéfilo - Texto I

Minha Vida de Cinéfilo - Texto I
Eu sempre gostei de assistir a filmes, mas nos anos 70 eu era apenas uma criança que via os filmes do Jerry Lewis e do Elvis Presley na Sessão da Tarde. Não tenho muitas lembranças desse tempo, mas eu tenho recordações vivas de ter assistido a alguns filmes como "A Fantástica Fábrica de Chocolates" e de ter amado esse filme. Até hoje a trilha sonora quase me faz chorar!

Também tenho vagas recordações de Superman I e algum filme dos Trapalhões. Não me lembro se vi no cinema mesmo! Provavelmente fui ao cinema nessa idade, bem jovem, ainda morando no interior de SP, mas o tempo apagou essa recordação. Sequer tenho lembranças das salas de cinema na cidade onde nasci! Eu não tenho lembranças, nos anos 70, de nenhum outro filme mais marcante ou de ter conhecido algum ator americano de cinema pelo nome. A minha paixão por cinema só iria surgir mesmo nos anos 80. 

Eu saí da infância provavelmente por volta de 1985. Mesma época em que começou a explodir a febre do videocassete no Brasil! A primeiro locadora que entrei ficava no centro da minha cidade. Era uma produtora de vídeo que também alugava filmes. Na época eu nem entendia direito como esse novo comércio iria funcionar. Havia fichas técnicas na parede da locadora. Daí você puxava a fichinha e lia o nome dos atores, do diretor e do elenco, além da sinopse claro. Acho que essa locadora se chamava Comvideo. 

Eu fui ter videocassete bem mais tarde. Acho que no ano de 1986. Não era um VHS, mas um Betamax! A alegria de ter um videocassete em casa ficou meio na metade, porque só havia uma locadora Betamax na minha cidade. De VHS havia dezenas de locadoras. Então eu sempre ia na locadora e saía de lá sem nada, porque os bons filmes já tinham sido alugados. Era meio complicado. Só que eu não desistia, ia quase todo dia na locadora com a farda do colégio Marista e a bolsa no ombro! 

Só que havia uma questão que eu só fui descobrir depois. O Betamax como tecnologia era melhor do que o VHS. A fita era menor, mais portátil e tinha muita qualidade. O problema é que a Sony monopolizou o Beta, então todas as outras fabricantes foram para o VHS. O egoísmo da Sony meio que destruiu seu próprio formato! 

Pablo Aluísio.