quarta-feira, 5 de abril de 2000

Se Versalhes Falasse...

Título no Brasil: Se Versalhes Falasse
Título Original: Si Versailles m'était conté…
Ano de Lançamento: 1954
País: França
Estúdio: Gaumont
Direção: Sacha Guitry
Roteiro: Sacha Guitry, Jean Aurenche
Elenco: Sacha Guitry, Claudette Colbert, Michel Auclair, Gérard Philipe, Jean Marais, Micheline Presle

Sinopse:
O filme percorre três séculos da história da França, contados a partir das paredes do lendário Palácio de Versalhes, que “fala” e testemunha os acontecimentos mais marcantes do reinado de Luís XIV até a Revolução Francesa. Misturando drama, humor e romance, a narrativa apresenta figuras históricas como Madame de Pompadour, Luís XV, Maria Antonieta e Luís XVI, mostrando intrigas, paixões e conspirações que marcaram a corte francesa.

Comentários: 
Na direção desse filme temos um dos mais respeitados diretores da história do cinema europeu, Sacha Guitry. Com inteligência e até bom humor ele praticamente fez um guia do famoso palácio francês, passeando por sua história. Foi uma produção luxuosa, se tornando o filme francês mais caro da época, contando com centenas de figurantes, figurinos luxuosos e filmagens em locações reais dentro do Palácio de Versalhes. O elenco também era o melhor do cinema francês quando o filme foi realizado. Reuniu alguns dos maiores atores franceses da década de 1950 como Gérard Philipe, Jean Marais e Claudette Colbert (estrela de Hollywood que retornava à França após anos de carreira nos EUA). Do ponto de vista histórico o roteiro não foi lá muito fiel aos fatos, preferindo optar por apresentar uma visão mais irônica daquele passado. E isso definitivamente não se revela um defeito do filme, muito pelo contrário. O filme fez muito sucesso de bilheteria na França e foi muito elogiado pela crítica, chegando a ser indicado ao prestigiado prêmio BAFTA na categoria de de Melhor Filme.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de abril de 2000

A Lenda de Enéas

Título no Brasil: A Lenda de Enéas
Título Original: La leggenda di Enea
Ano de Lançamento: 1962 
País: Itália, França, Iugoslávia 
Estúdio: Mercury Films 
Direção: Giorgio Venturini
Roteiro: Ugo Liberatore, Albert Band 
Elenco: Steve Reeves, Carla Marlier, Giacomo Rossi Stuart, Liana Orfei, Gianni Garko, Mario Ferrari 

Sinopse:
Após a queda de Troia, Enéas lidera os sobreviventes troyanos em direção à Itália, buscando fundar uma nova pátria. Chegando ao Lácio, ele tenta negociar com o rei Latino para se estabelecer com seu povo, mas enfrenta oposição de Turno, rei dos Rutuli, que vê nos recém-chegados uma ameaça. Conflitos, intrigas e batalhas se desenrolam enquanto Enéas luta para cumprir seu destino, enfrentar inimigos, conquistar o amor de Lavínia e estabelecer paz em meio ao caos. 

Comentários:
Mais um filme com o brutamontes Steve Reeves. O cinema italiano estava a todo vapor na época. O que me chamou mais atenção nesse filme é a direção de arte. As armaduras, por exemplo, são bem diferentes. Não se parecem em nada com outros filmes da época. E de beleza na arte, vamos convir, os italianos sabiam tudo. Desde a era da renascença é bom lembrar. O filme era inspirado em um clássico do mundo antigo, na Eneida de Virgílio, o épico romano, adaptando seu enredo mitológico para o cinema de aventura. Steve Reeves, ícone do gênero por sua presença física e músculos, interpretou Enéas. Outros nomes do elenco traziam Giacomo Rossi Stuart (como Eurialo), Liana Orfei (como Camilla), Gianni Garko (como Turno) e Carla Marlier (como Lavínia). A Trilha sonora era de autoria do compositor Giovanni Fusco e a direção de arte foi do talentoso Angelo Lotti, contribuindo para a atmosfera épica e visual grandioso típico do gênero. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 2 de abril de 2000

O Diabo Branco

Título no Brasil: O Diabo Branco
Título Original: Agi Murad il diavolo bianco
Ano de Lançamento: 1959 
País: Itália, Iugoslávia 
Wikipedia
Estúdio: Majestic Films 
Direção: Riccardo Freda 
Roteiro: Lev Tolstoy, Gino De Santis 
Elenco: Steve Reeves; Giorgia Moll; Scilla Gabel; Renato Baldini; Gérard Herter; Milivoje Živanović 

Sinopse:
Agi Murad, um chefe tchetcheno no século XIX, lidera seus guerreiros contra as forças do czar russo. Ele se destaca por sua coragem e habilidade de combate, sendo conhecido como “O Diabo Branco” pelos russos devido à sua ferocidade e valentia. Em meio a conflitos, intrigas palacianas e rivalidades, Agi Murad também vive tensões pessoais, principalmente pelo amor de mulher disputada entre diferentes facções. Enfrentando traição, brutalidade militar e dilemas morais, ele luta para proteger seu povo e manter sua honra. 

Comentários: 
O filme se baseia no romance Hadji Murat, do grande e consagrado escritor Lev Tolstoy. A história retrata o famoso líder caucasiano e sua resistência contra o expansionismo russo. Outro filme de Steve Reeves rodado na Itália! O roteiro conta a história de Hadji Murad, um chefe tribal do século XIX que liderou seus guerreiros em uma luta contra as forças invasoras do czar russo. Como se pode ver nessa rápida sinopse temos uma mudança no tema dos filmes do ator. Essa produção chamada originalmente de " Agi Murad il diavolo bianco" foi lançada nos Estados Unidos com o nome de White Warrior e dividiu opiniões, o que era esperado, pois se vivia a Guerra Fria em todo o seu apogeu. O filme foi todo rodado em regiões montanhosas da Itália e Iugoslávia, aproveitando locações externas para reforçar a ambientação histórica das montanhas do Cáucaso. O resultado ficou muito bom e trouxe uma bela fotografia para o filme como um todo. O filme acabou misturando diversos elementos populares da época, como aventura, romance, ação e rivalidade política. O público gostou bastante do que viu nos cinemas.

Pablo Aluísio. 

Hércules e a Rainha da Lídia

Título no Brasil: Hércules e a Rainha de Lídia
Título Original: Ercole e la regina di Lidia 
Ano de Lançamento: 1959 
País: Itália, França
Estúdio: Galatea Film
Direção: Pietro Francisci 
Roteiro: Ennio De Concini, Pietro Francisci 
Elenco: Steve Reeves, Sylva Koscina, Sylvia Lopez, Mimmo Palmara, Sergio Fantoni, Gabriele Antonini 

Sinopse:
Após cumprir suas lendárias façanhas, o herói Hércules (Steve Reeves) viaja em missão diplomática com o príncipe Ulysses para a cidade de Tebas. No caminho, Hércules bebe de uma nascente que faz perder sua memória e acaba preso aos caprichos da rainha Omphale, soberana de Lídia. Enquanto luta para recuperar sua identidade e voltar à missão, ele também intervém numa guerra civil entre os irmãos Polinices e Etéocles pelo trono de Tebas, enfrenta desafios fantásticos e tenta salvar sua esposa Iole, tudo em meio a batalhas, traições e encantamentos. 

Comentários: 
Segundo filme do Steve Reeves como o herói e semideus da mitologia grega, o lendário Hércules! A história é bem interessante: Enquanto negocia a paz entre dois irmãos que disputam o trono de Tebas, um Hércules amnésico é seduzido pela malvada Rainha Onfale. Essa é uma produção entre Itália e França, lançada bem no auge da popularidade dos filmes épicos italianos. Esse tipo de filme era chamado na época de “péplum” (no Brasil, “espada e sandálias”). O diretor de fotografia desse filme, Mario Bava, se tornaria anos depois bastante conhecido por dirigir filmes italianos clássicos de terror. O roteiro também era bem interessante, colocando lado a lado elementos da mitologia original com inovações cinematográficas para o público que ia aos cinemas. O resultado comercial foi excelente, se tornando um dos filmes italianos de melhor bilheteria naquele ano. 

Pablo Aluísio.