quinta-feira, 11 de julho de 2024

O Dublê

O Dublê
Quem está ali por volta dos 50 anos de idade deve se lembrar muito bem da série "Duro na Queda". Foi um sucesso de audiência, inclusive no Brasil. Até linha de brinquedos foi lançada em nosso país. Pois bem, os anos passaram e finalmente o velho projeto de levar "Duro na Queda" para o cinema se tornou realidade. Esse filme é justamente isso. Pena que foi lançado só agora, muitas décadas depois da série original. De qualquer forma está valendo, principalmente para quem curtia os episódios antigos. Infelizmente a distribuidora nacional ignorou todo esse passado e ao invés de intitular o filme de "Duro na Queda" no Brasil preferiu esse título mais do que genérico de "O Dublê". Um erro, porque perdeu o interesse dos fãs brasileiros mais antigos. Muitos deles nem saberão que esse "O Dublê" é na realidade "Duro na Queda". Complicado. 

Esse novo filme é muito bem produzido, na verdade sendo uma grande homenagem para esses profissionais anônimos do cinema. Enquanto eles correm todos os riscos, os atores ficam em seus camarins com ar condicionado esperando as cenas de ação mais difíceis serem filmadas. Depois levam todo o crédito. Realmente uma injustiça, mas faz parte da ilusão do cinema. Dito tudo isso esse filme não me aborreceu. Pelo contrário, levei na pura diversão e acabei gostando do que vi. É um representante do cinema pipoca por excelência. Visto sob esse prisma se torna sem dúvida uma boa diversão, um bom passatempo. 
 
O Dublê (The Fall Guy, Estados Unidos, 2024) Direção: David Leitch / Roteiro: Glen A. Larson, Drew Pearce / Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: Colt Seavers (Ryan Gosling) é um dublê que sofre um sério acidente em uma filmagem. Após passar vários meses se recuperando ele volta para o trabalho, mas dessa vez em um filme dirigido por uma cineasta que teve um longo e conturbado romance com ele. E as coisas vão ficar ainda mais explosivas com a chegada de criminosos que querem colocar tudo a perder. 

Pablo Aluísio.

O Justiceiro: Em Zona de Guerra

Título no Brasil: O Justiceiro: Em Zona de Guerra
Título Original: Punisher: War Zone
Ano de Lançamento: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Lexi Alexander
Roteiro: Nick Santora, Art Marcum
Elenco: Ray Stevenson, Dominic West, Julie Benz

Sinopse:
Frank Castle (Ray Stevenson), conhecido no submundo do crime como "O Justiceiro", acaba se envolvendo bem no meio de uma guerra que está acontecendo entre a máfia e grupos do crime organizado. E essa verdadeira zona de guerra transforma as ruas da cidade em um grande banho de sangue. 

Comentários:
Nessa altura do campeonato eu já assisti a todos os filmes do Justiceiro para o cinema, além da série que começa bem, mas que vai ficando bem ruim conforme os episódios vão passando. Pois bem, esse filme não traz nada de novo ao que já vimos antes nos demais. Provavelmente exagera demais na violência, mas é a tal coisa, não há como fazer um filme com esse personagem que não seja de extrema violência. Faz parte mesmo do conceito dele. Não tem saída. No geral achei o mais cartunesco dos filmes. Esse tem mesmo cara de história em quadrinhos, inclusive o vilão que é bem caricato, com seu rosto retalhado. Os cenários de neon com muitas cores, também demonstram e reforçam bem esse aspecto. De qualquer maneira se você for com expectativas moderadas quem sabe vai até gostar um pouco. No meu caso, no meu julgamento pessoal, achei apenas mais do mesmo. O Justiceiro ainda não ganhou um grande filme. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Akira

Título no Brasil: Akira
Título Original: Akira
Ano de Lançamento: 1988
País: Japão
Estúdio: TMS
Direção: Katsuhiro Ôtomo
Roteiro: Katsuhiro Ôtomo
Elenco: Mitsuo Iwata, Nozomu Sasaki, Mami Koyama

Sinopse:
Em um mundo destruído por uma guerra nuclear, um grupo de jovens motoqueiros, que adoram tocar o terror nas ruas de Tóquio, são envolvidos, até mesmo sem querer, em um grande jogo de poder. Uma energia pouco conhecida pela ciência está prestes a se libertar e isso terá consequências nefastas para toda a população. 

Comentários:
Eu me lembro muito bem quando a animação Akira foi lançada em VHS no Brasil nos anos 80. Foi um acontecimento mesmo, virou até capa de revista de cinema no Brasil. Nos anos 80 era complicado assistir uma animação feita para o cinema, ainda mais japonesa. Pois bem, os anos passaram e só agora fui assistir. Penso que sem dúvida é uma animação bem à frente de seu tempo. O conceito do próprio Akira é uma coisa bem surreal, quase psicodélico. Bem fora do comum. Os japoneses realmente possuem uma cultura diferenciada e bem podemos perceber isso assistindo a esse filme. Dito isso, creio que Akira realmente não é para todos os públicos. Nem é animação para crianças. Tem muitos elementos complicados de digerir nessa história. Provavelmente por essa mesma razão essa animação tenha sido tão influente ao longo desses anos. É de fato bem diferenciada. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de julho de 2024

Quincy

Título no Brasil: Quincy 
Título Original: Quincy
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Tribeca Films
Direção: Alan Hicks, Rashida Jones
Roteiro: Alan Hicks, Rashida Jones
Elenco: Quincy Jones, Michael Jackson, Frank Sinatra, Marvin Gaye, Tony Bennett (em imagens de arquivo). 

Sinopse:
Documentário sobre a vida e a obra do produtor musical Quincy Jones. Em uma longa entrevista, ele relembra o começo difícil de sua vida, de garoto pobre, até sua redenção pela música, primeiro como membro de famosas orquestras, passando pela sua fase de produtor onde trabalhou ao lado de alguns dos maiores nomes da música dos Estados Unidos. 

Comentários:
Quincy Jones realmente foi um dos mais importantes produtores musicais da história. Ele produziu discos para grandes artistas, entre eles Michael Jackson e Frank Sinatra. Agora, no alto de seus mais de 90 anos de idade, a Netflix produziu ese documentário para celebrar essa vida tão rica, artisticamente falando. E ele relembra ora com carinho, ora com tristeza, de sua trajetória. Deixa muitos elogios para Frank Sinatra, com quem sempre terá um gesto de gratidão e até mesmo de vários artistas da Motown e do cenário musical de sua época. Só não fala muito de Michael Jackson com quem trabalhou no disco mais vendido da história, Thriller. Durante sua entrevista ele afirmou que Michael roubava músicas de outros artistas, não lhes dando o devido reconhecimento pela autoria delas. Com receio de processo, os produtores desse documentário resolveram cortar essa parte. Não faz mal. De qualquer forma o documentário é mais do que precioso para quem aprecia a história da música norte-americana no século XX. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Inverno de Sangue em Veneza

Título no Brasil: Inverno de Sangue em Veneza
Título Original: Don't Look Now
Ano de Lançamento: 1973
País: Reino Unido, Itália
Estúdio: Casey Productions
Direção: Nicolas Roeg
Roteiro: Allan Scot, Chris Bryant
Elenco: Julie Christie, Donald Sutherland, Hilary Mason

Sinopse:
Após a morte traumática da filha, uma criança de 8 anos de idade, um casal britânico se muda para Veneza na Itália. O marido trabalha em restauração de obras de arte antigas, que são encontradas em velhas igrejas. Só que algo parece estar muito errado na realidade em que ele agora supõe viver. Adaptação para o cinema da obra da escritora Daphne Du Maurier.

Comentários:
Muitos anos antes de "O Sexto Sentido" o cinema nos apresentou uma história em que o protagonista estava morto e não sabia. Esse é o centro dessa história que na superfície mais parece um drama psicológico. Todos os méritos dessa história vão para a escritora Daphne Du Maurier. Ao longo do tempo vários de seus livros foram adaptados para o cinema, dando origem a clássicos da história do cinema como "Os Pássaros" e "Rebecca - A Mulher Inesquecível". O filme, todo rodado em Veneza, procura captar o estilo de autora, apostando mais na sutileza e na construção do suspense. Por isso não espere por nada óbvio demais, o que no final das contas é um ponto muito positivo da produção. Inclusive as coisas são tão sutis que até mesmo o plot twist do filme, quando o protagonista se dá conta de sua situação, vai confundir o espectador. Enfim, um dos melhores trabalhos da carreira de Donald Sutherland, falecido recentemente. Nesse filme ele teve a chance de mostrar todo o seu talento. 

Pablo Aluísio.

O Lobisomem de Londres

Título no Brasil: O Lobisomem de Londres
Título Original: Werewolf of London
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stuart Walker
Roteiro: John Colton, Robert Harris
Elenco: Henry Hull, Warner Oland, Valerie Hobson

Sinopse:
O especialista em botânica Wilfred Glendon (Henry Hull) viaja até uma distante e isolada região do Tibet em busca de uma planta rara, que dá uma flor em poucos dias do ano. Uma vez lá acaba sendo atacado por um animal desconhecido e violento. Apesar dos vários ferimentos sobrevive e decide voltar a Londres. Uma vez na capital inglesa descobre que há algo muito errado com ele, pois está fadado a virar um lobisomem na próxima lua cheia. 

Comentários:
Muitos anos antes de "O Lobisomem" (1941) - considerado erroneamente como o primeiro filme sobre lobisomens do cinema americano - a Universal investiu nessa fita muito curiosa, "Werewolf of London". De certa maneira tudo o que o público veria depois no filme clássico com Lon Chaney Jr seria explorado aqui. Há todo um enredo preparando o espectador para o momento em que o protagonista finalmente vira o famoso monstro do folclore e sai atacando pelas ruas da charmosa cidade londrina (que infelizmente foi recriada em parte nos estúdios americanos de Hollywood). Obviamente que uma produção como essa, realizada nos distantes anos 1930, soará atualmente como inocente e sem maiores surpresas, mas na época tenha certeza que impressionou a muitos. A produção é B, mas tudo é compensado com um clima muito bem feito, com neblinas e sombras. Infelizmente o diretor não viveria muito para ver a influência que seu filme teria dentro do cinema de terror. Ele morreu pouco tempo depois, curiosamente no mesmo ano em que o clássico imortal sobre essa fera, "O Lobisomem", chegava nas telas de cinema com enorme sucesso.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de julho de 2024

Wasp Network: Rede de Espiões

Título no Brasil: Wasp Network: Rede de Espiões
Título Original: Wasp Network
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: RT Features
Direção: Olivier Assayas
Roteiro: Olivier Assayas, Fernando Morais
Elenco: Penélope Cruz, Wagner Moura, Ana de Armas, Edgar Ramírez, Gael García Bernal, Leonardo Sbaraglia

Sinopse:
Na década de 1990 um grupo de agentes secretos cubanos é enviado para os Estados Unidos com a missão de se infiltrar na comunidade cubana na Flórida. O objetivo seria descobrir os planos dos imigrantes cubanos que planejavam derrubar o regime de Fidel Castro em uma ampla operação de contrarrevolução. 

Comentários:
A história desse filme foi baseada em fatos reais que eu particularmente desconhecia. Mal sabia que o serviço secreto de Cuba era tão bom a ponto de enganar a CIA dentro de seu próprio país! Pois foi isso mesmo que aconteceu. Esses agentes cubanos entraram nos Estados Unidos alegando perseguição política. Logo ganharam o asilo do governo norte-americano. Então eles se infiltravam dentro da comunidade de imigrantes cubanos na Flórida para descobrir por dentro os planos dos cubanos exilados para derrubar Fidel e sua turma comunista que havia chegado ao poder em Havana e que nem pensavam em largar o comando do país. O filme conta com um elenco muito bom, se destacando o ator Wagner Moura, interpretando o cubano mais brasileiro que você vai ver no cinema. Não tem jeito, por mais bom ator que ele seja, o jeitão Brazuca fica bem evidente desde a primeira cena. Certas coisas não há como esconder. Está no DNA verde e amarelo mesmo! 

Pablo Aluísio.

South Park - Pós Covid

Título no Brasil: South Park - Pós Covid 
Título Original: Park: Post Covid
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount
Direção: Trey Parker
Roteiro: Trey Parker
Elenco: Trey Parker, Matt Stone, April Stewart

Sinopse:
Anos depois da pandemia de Covid, os efeitos ainda são fortes em South Park. Agora adultos, os garotinhos do passado apenas são lembranças. E eles acabam se encontrando novamente após muitos anos, para surpresa de todos eles, que tomaram rumos diferentes na vida. 

Comentários:
Essa animação de South Park é muito divertida! Não apenas pelas piadas com a Covid e a Pandemia, mas também pelo fato de trazer todos os personagens adultos! Quem nunca pensou em como eles seriam no futuro?... Pois é, aqui vai uma visão bem divertida sobre isso, com destaque para o mais escrotinho deles, o Cartman. Ele cresceu, se tornou judeu e rabino! Ora, vejam que absurdo! Logo ele que quando garoto era um verdadeiro capeta! Dando lições de moral nos outros, que eles definitivamente não levam à sério, ele se junta aos velhos amigos para tentar descobrir quem matou o Kenny! Pois é, ele morreu no futuro também, após virar um cientista com jeitão de hippie. Enfim, as boas risadas estão garantidas com essa animação! Se você curte South Park não deixe de assistir. 

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de julho de 2024

O Rei dos Mágicos

Título no Brasil: O Rei dos Mágicos
Título Original: The Geisha Boy
Ano de Lançamento: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Tashlin
Roteiro: Frank Tashlin
Elenco: Jerry Lewis, Marie McDonald, Sessue Hayakawa

Sinopse:
Um mágico fracassado consegue uma segunda chance, viajando para o Oriente para apresentar seus números de mágica para militares e soldados dos Estados Unidos que estão lutando em um país distante. E ele, no Japão, acaba encontrando o amor de sua vida, resolvendo ser também o pai adotivo de um garotinho perdido. 

Comentários:
Nos anos 70 e 80 eu assistia a esses filmes do Jerry Lewis na Sessão da tarde. Na minha mente de criança e pré-adolescente esses filmes soavam muito divertidos. Revendo agora aos 50 anos eles não possuem obviamente o mesmo brilho do passado. Ainda assim a lembrança nostálgica ainda os melhoram. Até parecem ser melhores do que realmente são. O Jerry Lewis fez esse filme no Japão e não precisou de muito esforço para ganhar a simpatia de seu público, ainda mais usando uma criança para segurar as pontas nas cenas mais, digamos, sem graça. De bobo o Jerry não tinha nada! Então o filme ainda mantém seus bons momentos. É meio feijão com arroz, bem rotineiro do que ele vinha fazendo naquela época, mas ainda assim interessante. Isso sem deixar de salientar que sem dúvida foi um de seus filmes menos memorávies e menos marcantes. 

Pablo Aluísio.

Eva Braun: Sua Vida com Hitler

Título no Brasil: Eva Braun: Sua Vida com Hitler
Título Original: Eva Braun: Her Life with Adolf Hitler
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: History Films
Direção: Ulli Lommel
Roteiro: Ulli Lommel
Elenco: Eva Braun, Adolf Hitler, Heinrich Himmler

Sinopse:
Documentário realizado com cenas gravadas pela própria Eva Braun, a namorada e depois esposa do tirano ditador Hitler. Nessas imagens caseiras capturadas por uma câmera de 16mm, vemos Eva Braun, seus amigos e familiares, curtindo a vida. Cenas com Hitler também foram capturadas, trazendo o ditador em momentos mais privados. 

Comentários:
Esse documentário tem um valor histórico inestimável pois recuperou muito material que havia sido gravado pela própria Eva Braun. Agora, devo dizer, me causou muito desconforto. Ver aquelas pessoas todas se divertindo, curtindo suas vidas, enquanto milhões morriam nos campos de batalha por toda a Europa e nos campos de concentração do holocausto, é mesmo de revirar o estômago! Essa Eva Braun parecia ser mais uma jovem sem noção das coisas, um tanto ingênua, mas pelo que vivia, igualmente perversa. Nas suas palavras o terror nazista parece ser algo até trivial, sem importância! Um horror, realmente! Em um dos momentos mais marcantes o narrador explica que todas as pessoas daquelas imagens estariam mortas em menos de um ano com a derrota do III Reich! De fato, a derrota de Hitler levou todos eles para o lixo da história, inclusive a cadela nazista Eva Braun! Não poderia haver um final mais feliz do que esse! 

Pablo Aluísio.