Mostrando postagens com marcador História dos Estados Unidos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História dos Estados Unidos. Mostrar todas as postagens

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln

Ele foi o 16.º Presidente dos Estados Unidos, de 1861 a 1865. Sempre lembrado pelos historiadores como um dos maiores presidentes da história daquele país. Teve origem humilde, tendo nascido em uma pequena cabana de madeira do interior do país. Seu destino era ser um lenhador, tal como havia sido seu pai, mas o jovem Lincoln tinha outros planos. Autodidata, aprendeu a ler sozinho e começou a comprar livros, sua grande paixão na juventude. Tinha ótima oratória e mais tarde se tornou advogado. Todas essas vitórias vieram de méritos pessoais próprios. Ele nunca desistiu de procurar por uma vida e um futuro melhor. 

Eleito presidente dos Estados Unidos, pelo Partido Republicano, ainda em suas origens, enfrentou uma das maiores crises da história americana: a Guerra Civil. De um lado os estados do Sul, agrários e rurais, atrasados, com economia baseada na mão de obra escrava. Esses estados sulistas queriam continuar com o sistema desumano da escravidão. Do outro lado estavam os estados do Norte, industrializados e cosmopolitas, com economia moderna, que achavam a escravidão uma mancha na nação. O confronto entre essas duas posições políticas deu origem a uma guerra sangrenta que levaria á morte mais de 600 mil homens nos campos de batalha por todo o país. 

E a morte também visitou a família de Lincoln. Seu jovem filho Willie de 11 anos morreu de tifo. A primeira-dama Mary Todd ficou completamente desolada. E assim como havia acontecido com a esposa do presidente Franklin Pierce, ela também começou a fazer sessões de espiritismo na Casa Branca para entrar em contato com o filho que havia falecido. Lincoln não acreditava em tais coisas e mandou investigar o tal médium. Mais tarde se descobriu ligações desse verdadeiro charlatão chamado Nettie Colburn com um grupo de sulistas que conspiravam sobre a morte do presidente. 

Só que o presidente tinha questões mais sérias a resolver. A Guerra Civil se prolongou por muitos anos, com um custo econômico, social e de vidas humanas enorme! Lincoln, com a ajuda do Exército da União e de grandes generais como Grant, venceu a guerra. Só que o preço foi bastante alto. Os estados do Sul ficaram devastados. As grandes fazendas de algodão foram consumidas em chamas. As grandes cidades viraram escombros. A economia sulista estava destruída completamente. O exército confederado havia lutado bravamente e a vitória da guerra foi alcançada após muitas batalhas sangrentas. 

O ressentimento confederado jamais foi superado, culminando na morte do presidente no Teatro Ford na capital da nação. Um ator chamado John Wilkes Booth era um radical extremista das causas do Sul. Ele conseguiu entrar no teatro por ser ator. Ninguém jamais desconfiaria dele. Então Booth conseguiu entrar, sem muitos problemas, no camarim presidencial, enquanto o presidente assistia a uma peça. Ele foi entrando sorrateiramente e deu um tiro por trás, na traição, na nuca de Lincoln. O presidente não morreu de forma imediata, agonizando por horas na Casa Branca. Após muita perda de sangue não resistiu e faleceu. Seu assassinato chocou os Estados Unidos e o mundo. Lincoln era bastante admirado. 

Em um primeiro momento o assassino conseguiu fugir, mas foi cercado, dias depois, em uma fazenda. Quando atirou em Lincoln ele havia pulado do camarim do presidente em direção ao palco. Nesse processo acabou quebrando sua perna, mas seguiu em frente, montando em um cavalo, sumindo noite adentro. Vários dias depois foi finalmente encontrado. Ele estava escondido dentro de um celeiro que foi incendiado pelos policiais. Quando saiu para fugir das chamas acabou sendo baleado. Os policiais afirmaram que ele resistiu à prisão e havia saído do celeiro com arma na mão, atirando para todos os lados, em direção aos homens da lei. Não houve como sobreviver pois a reação foi imediata. Ali mesmo caiu morto, após ser atingido por vários tiros. 

A morte de Lincoln marcou o fim de uma era. Foi o momento em que os Estados Unidos finalmente deram um basta na escravidão. O preconceito racial e a sociedade separada entre brancos e negros ainda resistiria por muitas décadas, principalmente nos estados do sul, mas as correntes da escravidão estavam rompidas para sempre. E coube a Lincoln essa grande tarefa. Foi sem dúvida o seu maior legado. E é justamente por essa razão que ainda hoje seu nome é celebrado nos livros de história. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Presidente dos Estados Unidos Ulysses Grant

Presidente dos Estados Unidos Ulysses Grant
Ele era considerado um aluno medíocre na Academia Militar de West Point. Desde jovem sempre enfrentou problemas com o alcoolismo, mas aos trancos e barrancos se formou, se tornando assim oficial do exército dos Estados Unidos. Seu primeiro posto foi o de tenente. O que mudou seu destino para sempre foi o advento da guerra civil dos Estados Unidos. Conforme o conflito avançava, ele ia subindo na carreira militar. A cada nova vitória, ganhava um posto militar de maior hierarquia. Em pouco tempos se tornou General! 

O Presidente Lincoln gostava dele. Grant cumpria as ordens e enfrentava de frente o exército confederado. Ao contrário de outros Generais da União que ficavam sempre receosos de perder alguma batalha e manchar suas reputações, Grant ia em frente, sem medo. Certa vez o Secretário de Defesa criticou Lincoln diretamente por estar dando cada vez mais poder para Grant. Lincoln não aceitou essas críticas, dizendo: "Eu sei que ele tem problemas com bebidas, mas esse homem luta! Ele luta! E vence as batalhas que precisamos que ele vença! Ele é bem melhor do que a maioria dos Generais da União!". Lincoln, muito pragmático, sabia que precisava de resultados concretos no front de guerra. Grant era o homem certo para isso. Ele não ficava adiando suas operações militares por meses e meses como certos medalhões do exército. Ele ia em frente, enfrentando a Confederação sem medo da derrota! 

O curioso é que Grant continuou bebendo como nunca durante a Guerra Civil. Não raro já estava bêbado ao meio-dia! Mesmo assim ia para o combate de peito aberto. Talvez o alcoolismo tenha lhe dado a coragem suficiente para enfrentar grandes desafios. E isso também colaborou para se tornar mais próximo de seus soldados. Eles também bebiam muito antes, durante e depois de uma grande batalha! 

Vitória após vitória nas batalhas, veio finalmente a vitória definitiva na guerra, depois de cinco longos anos de luta violenta onde milhares de americanos perderam suas vidas! A consagração de Grant como militar veio numa tarde quente quando ele recebeu diretamente das mãos do próprio general inimigo a rendição dos exércitos da Confederação. O velho General Lee era uma verdadeira lenda e o fato de Grant ter recebido sua rendição em mãos o transformou também em lenda! O povo do Sul chorou como nunca esse dia! O grande Lee, considerado invencível, admitia sua derrota e da Confederação dos estados sulistas. Era o fim da guerra civil. 

Com essa fama, Grant tentou uma carreira na política e se tornou muito bem sucedido, se elegendo presidente dos Estados Unidos após alguns anos. O povo dos Estados Unidos ainda chorava a morte de Lincoln e parecia sensato eleger o maior General da União para ocupar o posto do presidente assassinado. Grant não foi um chefe do poder executivo federal muito brilhante. O problema com as bebidas se acentuou durante seu mandato, mas em seu favor podemos também dizer que se não foi um grande presidente, tampouco fez besteira ou cometeu grandes erros na Casa Branca. Foi um presidente regular, até moderado e no final das contas cumpriu sua missão constitucional. Trouxe estabilidade política para uma nação que ainda não havia se curado as feridas da guerra. Para um homem que havia sido considerado como um medíocre na Academia Militar, Grant até que se deu muito bem em sua carreira tanto como militar, como político. 

Pablo Aluísio. 

Presidente dos Estados Unidos Franklin Pierce

Ele foi o 14º Presidente dos Estados Unidos. Foi presidente entre os anos de 1853 a 1857. Não foi um período feliz para os Estados Unidos. A questão envolvendo a escravidão parecia ser algo sem solução. Os estados do Norte queriam o fim da escravidão, mas os estados do Sul, que tinham sua economia fortemente embasada na escravidão, não aceitavam libertar a mão de obra dos escravos. Os trabalhadores que viviam e morriam nas grandes plantações de algodão eram todos escravizados. Os fazendeiros iriam lutar até o fim para manter essa situação.

Fraco de temperamento, o presidente Pierce não apenas deixou de resolver esse problema, como também o piorou, elaborando leis fracas que eram baseadas apenas na sua indecisão. Nortistas e Sulistas ficaram insatisfeitos com o presidente e sua popularidade despencou. Seu maior problema foi não ter tomado um lado, ficando sempre em cima do muro, sem decidir nada. Para muitos ele plantou as raízes da futura guerra civl que iria assolar os Estados Unidos em poucos anos.

Na questão pessoal sua situação era ainda mais complicada. Seu filho de 11 anos morreu em um terrível acidente de trem. Sua esposa, a primeira-dama Jane Appleton, não conseguiu superar o trauma da perda de seu único filho, ainda mais sendo ele uma criança. Ela se isolou em seu quarto na Casa Branca e entrou em profunda depressão. Na época se dizia que ela estava tendo crises de "melancolia" que era o termo usado para definir depressão. 

Desesperada, mandou chamar um médium para entrar em contato com a alma do filho falecido. De uma forma ou outra começou a dizer ao marido que estava conseguindo ver o garoto pelos corredores da Casa Branca, embora não conseguisse se comunicar com ele. Esse garotinho acabou se tornando um dos fantasmas mais famosos da residência dos presidentes americanos. Muitos deles, nos anos seguintes, confessariam que realmente viram um garoto com roupas antigas correndo pelos cômodos da famosa mansão presidencial. 

Mesmo com as experiências espirituais ela não conseguiu se recuperar. Morreu jovem e precocemente. Pior para o marido que também não conseguiu a reeleição. Inconformado e entregue ao alcoolismo, nunca mais superou a perda da mulher e do jovem filho, também morrendo relativamente jovem. Uma triste história de uma família que conseguiu chegar ao mais alto cargo político dos Estados Unidos, mas que uma vez lá só encontrou a infelicidade e a depressão. 

Pablo Aluísio.