Com a popularidade cada vez mais crescente do MMA era de se esperar que mais cedo ou mais tarde a moda iria para o cinema. Esse “A Jaula” é justamente isso, uma tentativa de atrair o público das lutas para o filme. O roteiro é bem simplório e o orçamento modesto. No fundo o que se acompanha mesmo são as várias sequências de lutas, todas realizadas na chamada “Jaula”, um lugar dentro da prisão onde apostas são feitas de forma ilegal. Contando com o apoio do diretor corrupto um prisioneiro chamado Anton Vargas (Vinnie Jones) promove apostas e fica cada vez mais rico e poderoso com elas. A coisa toda fica ainda mais interessante depois que é armada uma simulação para colocar em cana o policial Danny (Tony Schiena) que inclusive colocou vários dos detentos atrás das grades. Agora todos querem destruí-lo no ringue e ele não terá como escapar de também entrar na jaula para lutar por sua vida.
“A Jaula” se apoia bastante nos combates entre os presos mas até nisso se revela não muito promissor. Não há nenhum grande combate digno de nota. Obviamente como o elenco conta com lutadores profissionais da modalidade a pancadaria é pelo menos competente mas é muito pouco. Há uma tentativa de dar algum conteúdo para o personagem Danny, lhe dando uma vida emocional e de amizade com outro detento mais velho que começa a lhe servir como treinador mas fora isso tudo é bem raso e derivativo. Há personagens caricaturais – inclusive uma policial oriental que usa uma peruca esquisita – e excesso de machismo (as mulheres só aparecem para transar com os grandalhões) mas isso não será problema para os adeptos do cinema estilo casca grossa. Se você gosta de pancadaria e filmes com lutas ao modelo MMA arrisque, possa ser que venha ser do seu agrado.
A Jaula (Locked Down, Estados Unidos, 2011) Direção: Daniel Zirilli / Roteiro: D. Glase Lomond, Daniel Zirilli / Elenco: Tony Schiena, Dave Fennoy, Vinnie Jones / Sinopse: Policial é acusado injustamente e enviado para uma penintenciária de segurança máxima onde são realizadas lutas na chamada "Jaula".
Pablo Aluísio.