Mostrando postagens com marcador Olivia Wilde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Olivia Wilde. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de julho de 2015

Renascida do Inferno

Título no Brasil: Renascida do Inferno
Título Original: The Lazarus Effect
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Relativity Studios
Direção: David Gelb
Roteiro: Luke Dawson, Jeremy Slater
Elenco: Olivia Wilde, Mark Duplass, Evan Peters
  
Sinopse:
Um grupo de pesquisadores estudando os efeitos do coma no ser humano acaba descobrindo, por puro acaso, um novo soro que parece ter propriedades desconhecidas da ciência. Uma delas é trazer animais de volta à vida, mesmo após terem sido dados como mortos. Algo assim teria um impacto profundo na medicina. Depois de literalmente ressuscitar um cão durante uma experiência, uma das jovens cientistas, Zoe (Olivia Wilde), acaba morrendo eletrocutada. Seu noivo, Frank (Mark Duplass), em profundo desespero, resolve trazer ela de volta do mundo dos mortos, o que vai se revelar uma péssima ideia.

Comentários:
Ok, você já assistiu muitas vezes esse argumento em filmes anteriores. Basicamente é uma releitura de "Frankenstein" de Mary Shelley. Essa coisa de cientista usando correntes elétricas e soros químicos para ressuscitar corpos dados como mortos não é novidade desde 1818 quando o livro original do monstro mais famoso da literatura foi lançado. É a velha história da ciência como vilã na mãos de pesquisadores sem ética alguma ou preocupação com questões religiosas. Eles ousam ir além, passando por todos os limites e acabam pagando caro por isso, por sua ousadia sem barreiras. A principal personagem desse filme é uma jovem pesquisadora chamada Zoe. A primeira coisa que você deve saber sobre ela é que a garota parece ter um trauma em seu passado. Quando ela era apenas uma criança presenciou um grande incêndio no hotel onde estava hospedada. 

Enquanto tentava escapar pelas chamas, atravessando um longo corredor, ela acabou  ouvindo os gritos de desespero dos hóspedes presos em seus quartos, morrendo queimados. Mesmo tendo sido uma garotinha muito religiosa ela com os anos foi deixando sua fé de lado, concentrando seus esforços apenas para se tornar uma boa cientista, uma pesquisadora renomada. Ignorando suas raízes católicas ela acaba entrando de corpo e alma nesse projeto chamado Lazarus, uma tentativa de ressuscitar pessoas mortas. Quando ela própria passa pelo processo descobre que mexeu com forças poderosas, que não consegue compreender totalmente. Assim o terror de "Renascida do Inferno" acaba sendo mais psicológico, o que poderá decepcionar alguns fãs do gênero. No geral o resultado é sem novidades e pode até ser considerado um pouco fraco demais. Não existem cenas verdadeiramente assustadoras. No máximo existem pequenos sustos apenas. Mesmo assim vale ao menos conhecer nem que seja para sentir saudades da obra de Mary Shelley, essa sim imortal.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tron O Legado

Título no Brasil: Tron O Legado
Título Original: Tron Legacy
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Edward Kitsis, Adam Horowitz
Elenco: Jeff Bridges, Michael Sheen, Olivia Wilde, John Hurt
  
Sinopse:
Décadas após os acontecimentos do primeiro filme e do desaparecimento de Kevin Flyyn (Jeff Bridges), seu filho Sam (Garret Hedlund) resolve desvendar o mistério de seu sumiço. Não tardará para que ele também consiga adentrar o universo virtual de Tron para enfrentar inúmeros perigos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Sonoros (Gwendolyn Yates Whittle e Addison Teague).

Comentários:
“Tron Uma Odisséia Eletrônica” foi considerado um projeto ousado na época de seu lançamento há exatos 30 anos. Esse “Tron O Legado” tenta seguir o fio da meada do primeiro filme, obviamente se aproveitando do avanço atual em que se encontra os efeitos digitais no cinema. O problema é que já se passou muito tempo do primeiro filme e os que gostaram dele na época já não são mais os mesmos que frequentam as salas de cinema hoje em dia. Como se sabe o grande público hoje é formado basicamente por jovens e adolescentes. Logo a maioria nunca assistiu ao primeiro filme e só conheceu Tron de nome mesmo (isso se conhecer realmente). Assim estamos na presença de uma continuação muito tardia que tenta seguir os eventos do filme anterior sem muito sucesso. Por essa razão o roteiro se torna um pouco confuso e truncado – personagens surgem do nada e o roteiro conta com o fato, pouco provável, de que o espectador conheça ou se lembre de todos eles lá do filme de 1982. Não é o caso da esmagadora maioria dos que pagaram para ver esse “Tron o Legado”. O que se salva no meio de tudo isso realmente é a qualidade inegável de suas cenas no aspecto técnico. Se em 1982 tudo soava como algo bem primitivo, agora os efeitos se mostram bem mais eficientes e absurdamente bem produzidos. A Disney também optou por uma escolha inteligente pois ao mesmo tempo em que abraça a nova tecnologia também procura respeitar o design da primeira produção, tentando manter o mesmo universo, com as mesmas ideias e praticamente a mesma direção de arte. Claro que se formos comparar com o filme original a diferença será substancial em termos de qualidade dos efeitos, mas isso é, de qualquer forma, um mero detalhe. O roteiro desse novo Tron não é muito inspirado. No fundo é a velha trama envolvendo o bem contra o mal só que em um mundo cibernético e virtual. Ao custo de 170 milhões de dólares – um orçamento robusto – o filme aos trancos e barrancos e amparado por marketing agressivo conseguiu se tornar um sucesso apenas razoável de bilheteria, não talvez ao ponto de virar uma nova franquia. De qualquer modo o filme é indicado tanto para os quarentões que viram o primeiro filme na sua infância como também para os que estão chegando agora nesse mundo singular.

Pablo Aluísio.