Nessa altura do andar da carruagem fica até mesmo complicado saber quantas adaptações do livro "Os Três Mosqueteiros" já foram produzidas para o cinema. É algo que começou lá na era do cinema mudo e que continua até os dias de hoje. Cada década parece ter sua versão, trazendo inovações para o enredo, novas visões de seus diretores, etc. Então chegamos nessa nova versão intitulada "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan". É uma produção francesa, ponto positivo, pois estão lidando com um livro que faz parte da cultura de sua nação. O filme também foi todo rodado na França, país que sempre valorizou sua riqueza arquitetônica, preservando os prédios antigos, inclusive palácios dos tempos em que a história se passa. Nada poderia ser mais adequado.
A história se passa nos tempos do Rei Luís XIII. Esse monarca enrentou muitos problemas envolvendo conflitos religiosos e políticos que havia entre católicos e protestantes. Ele era até um líder sensato, mas tantas eram as conspirações para tirar sua coroa que em determinado momento teve que agir de forma mais enérgica. E aí entrava na história os mosqueteiros, guarda especial do trono francês. Na história aqui contada temos um jovem que um dia sonha em se tornar um mosqueteiro do rei. Seu nome era D'Artagnan. Ele sai do interior da França e acaba indo para Paris, caindo bem no meio de uma trama política para destronar Louis XIII. Gostei do filme e muito embora apresente alguns problemas pontuais, ainda é um bom filme. E sem dúvida foi uma das versões mais sóbrias que assisti da imortal obra de Alexandre Dumas.
Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan (Les trois mousquetaires: D'Artagnan, França, 2023) Direção: Martin Bourboulon / Roteiro: Martin Bourboulon / Elenco: François Civil, Vincent Cassel, Romain Duris / Sinopse: Nos tempos do reinado de Luís XIII da França, o mosqueteiro Athos é condenado à morte por um crime obscuro. Ao mesmo tempo chega em Paris um jovem chamado D'Artagnan que vai se envolver bem no meio da trama que assola a corte real francesa.
Pablo Aluísio.