segunda-feira, 6 de maio de 2019

O Despertar de Um Assassino

É baseado em uma ótima graphic novel que por sua vez foi escrito através das recordações de um amigo de Jeff Dahmer. Quem foi ele? Um dos mais infames psicopatas dos Estados Unidos, um homem capaz de atos de pura selvageria alucinada, ao ponto inclusive de praticar canibalismo com restos mortais de suas vítimas. Seus crimes horrendos porém não estão no filme. O que encontramos aqui são flashs de sua adolescência, nos anos 70. Ele se parece com qualquer outro estudante de sua escola, um pouco diferente em pequenos aspectos que também por si só não explicariam o assassino cruel que se tornou. É apenas um jovem tentando ganhar aceitação entre colegas de sua idade. Nada diferente de outros jovens como ele.

No meio disso porém já começam a aparecer certos sintomas de sua psicopatia que iria lhe dominar dentro de alguns anos. A obsessão em recolher animais mortos, por exemplo, já era um claro sinal de que alguma coisa não ia bem em sua mente. Seu comportamento um pouco errático, que iria se agravar nos anos seguintes, também deixam pistas. Há uma cena, já no final, quando o próprio amigo de Dahmer percebe que há algo errado no ar, que mostra bem isso. Ele dá uma desculpa qualquer para se afastar dele, ou seja, seu sexto sentido indicou que ele estava de alguma forma em perigo. Escapou de se tornar uma de suas primeiras vítimas. Enfim, assista ao filme pelo que ele revela nas entrelinhas. Afinal um serial killer não nasce da noite para o dia. É, ao contrário disso, um longo processo que vai se criando com o passar dos anos. O começo da loucura assassina de Dahmer está aqui! É um filme assustador por contar uma história que realmente aconteceu.

O Despertar de Um Assassino (My Friend Dahmer, Estados Unidos, 2017) Direção: Marc Meyers / Roteiro: Marc Meyers, John Backderf / Elenco: Ross Lynch, Alex Wolff, Anne Heche  / Sinopse: O filme conta a adolescência do assassino serial Jeff Dahmer. Sua história antes dos terríveis crimes que iria cometer em sua fase adulta.

Pablo Aluísio.

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