Finalizando os comentários sobre esse álbum de Elvis Presley, vamos falar sobre as últimas músicas referentes a esse disco. "I Beg Of You" seguiu a linha básica das canções que fizeram parte desse repertório. Ela foi gravada antes de Elvis ir para a Alemanha, em uma de suas últimas sessões de gravação antes de partir para o serviço militar. É uma boa canção, diria até que um bom momento roqueiro da carreira de Elvis, mas que nunca chegou a se tornar um hit. Tanto que foi deixada de lado. Com os anos Elvis nunca se lembrou dela para usar em shows, etc. Um bom momento que a despeito disso ficou inteiramente no passado de sua carreira.
O curioso é que as dez músicas que fizeram parte do disco original de vinil lançado em 1959 não foram as únicas que Elvis gravou naquela ocasião. Ele registrou outras músicas, mas a RCA Victor resolveu arquivá-las, só as lançando na década seguinte, nos anos 60, quando a música jovem americana já havia trilhado por outros caminhos. Foi uma falha da gravadora no meu ponto de vista. Elas deveriam ter chegado no mercado ainda nos vibrantes anos 50, nos chamados anos dourados do rock americano.
Uma dessas músicas foi "Your Cheatin' Heart" do lendário cantor country Hank Williams. Considerado um dos pais do country and western dos Estados Unidos, ele teve presença marcante em diversas ocasiões dentro da discografia de Elvis Presley. A influência de Williams certamente era enorme na época, sendo que Elvis simplesmente não poderia ignorar o seu legado musical. Essa boa gravação foi para os arquivos da RCA, só chegando ao mercado como música de abertura do disco "Elvis For Everyone" em 1965. Um erro, mas que ao menos foi corrigido, mais de cinco anos depois de ter sido produzida. Como diz o ditado "Antes tarde do que nunca".
Pior aconteceu com "Ain’t That Loving You Baby". Grande música com enorme potencial de se tornar um hit. Só que aqui a RCA Victor errou duas vezes. Primeiro por não lançar a música durante os anos 50, já que ela só chegou ao mercado de forma equivocada em um single obscuro e sem qualquer divulgação nos anos 60. Segundo, por ter escolhido o Take errado. Ora, basta ouvir a versão que foi lançado no disco "Reconsider Baby" de 1985, para entender que aquela era a versão certa para lançamento, não a que foi escolhida para o single, que tinha um ritmo muito estranho e fora do compasso. Enfim, erros e mais erros da gravadora de Elvis. Hoje em dia só podemos lamentar mesmo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 20 de julho de 2005
terça-feira, 19 de julho de 2005
Elvis Presley na Loja de Discos
Elvis Presley na Loja de Discos - Essa foto pode até parecer banal para alguns, mas em meu caso ela é bem significativa. Traz Elvis olhando para as novidades em um loja de discos da época. Logo um dos maiores vendedores de discos de vinil da história. Inclusive um de seus álbuns, o segundo de sua carreira, pode ser vista logo ali ao lado. Tem também álbuns de Little Richard, Perry Como, entre outros. Todos itens que entrariam em extinção, inclusive as próprias lojas de discos, o rock e os discos de vinil (pelo menos por um tempo já que andam na moda, voltando a vender bem nos últimos tempos).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de julho de 2005
sexta-feira, 15 de julho de 2005
Elvis Presley - Loving You
Elvis Presley - Loving You - Fotos do cantor e ator Elvis Presley no filme "Loving You" de 1957. Assim finalizo essa série de textos sobre o álbum "Loving You" que foi o terceiro LP de Elvis pelo selo RCA Victor. Lançado em 1957 o disco alcançou o primeiro lugar nas paradas, demonstrando o grande sucesso que Elvis vinha colecionando naquele começo brilhante de carreira. Independente de ser uma trilha sonora o disco ainda hoje é bastante elogiado pela crítica musical, afinal de contas capturou Elvis e sua voz em um de seus melhores momentos. Uma obra-prima em forma de vinil. Para ter na coleção, sem dúvida alguma. (Pablo Aluísio).
quinta-feira, 14 de julho de 2005
Elvis Presley - Separate Ways / Always on My Mind
Outro single de sucesso da carreira de Elvis, outro que fez parte dos trabalhos do filme "Elvis On Tour". Hoje em dia as pessoas ficam surpresas pelo fato de que o grande hit "Always on My Mind" ter sido lançado como lado B desse compacto. Bom, temos que contextualizar historicamente a questão. Na verdade "Always on My Mind" só iria se tornar esse sucesso todo que conhecemos nos anos 80. Até então a faixa era considerada mesmo um autêntico Lado B de Elvis em sua carreira. Só para se ter uma idéia essa música não foi lançada no Brasil nos anos 70 e nem tempouco virou um sucesso comercial. Pelo contrário, foi completamente ignorada por anos e anos. Só depois, uma década depois, conseguiu finalmente se destacar, virando aí sim um grande sucesso na voz de Elvis Presley. Hoje em dia é uma de suas gravações mais conhecidas.
Em 1972, ano em que esse single foi lançado, a música de trabalho era mesmo "Separate Ways" que eu considero uma bonita balada. Em minha visão a música foi gravada por Elvis por motivos bem óbvios. Ele estava se separando de sua esposa Priscilla, em um divórcio que iria ser bem dolorido para o casal. Assim era um tanto óbvio que Elvis iria se identificar com a letra. Bem gravada, com Elvis empenhado nos vocais, a música nunca chegou a ser um grande hit. Curiosamente seria aproveitada depois novamente pela RCA que iria criar um álbum com seu nome. Assim como havia com o single "Burning Love" a RCA aproveitaria as duas canções do single para abrir os respectivos lados A e B, recheando o resto do disco com gravações B de seus filmes em Hollywood.
Pablo Aluísio.
Em 1972, ano em que esse single foi lançado, a música de trabalho era mesmo "Separate Ways" que eu considero uma bonita balada. Em minha visão a música foi gravada por Elvis por motivos bem óbvios. Ele estava se separando de sua esposa Priscilla, em um divórcio que iria ser bem dolorido para o casal. Assim era um tanto óbvio que Elvis iria se identificar com a letra. Bem gravada, com Elvis empenhado nos vocais, a música nunca chegou a ser um grande hit. Curiosamente seria aproveitada depois novamente pela RCA que iria criar um álbum com seu nome. Assim como havia com o single "Burning Love" a RCA aproveitaria as duas canções do single para abrir os respectivos lados A e B, recheando o resto do disco com gravações B de seus filmes em Hollywood.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de julho de 2005
Elvis Presley - Burning Love / It's A Matter of Time
Esse foi o single mais vendido da carreira de Elvis Presley nos anos 70. Gravado em meio aos trabalhos do filme "Elvis On Tour", assim que o compacto foi lançado chegou aos primeiros lugares entre os mais vendidos. Um sucesso até facilmente explicável. As pessoas por essa época, inclusive os fãs, reclamavam que Elvis estava muito centrado na country music e no repertório de baladas. Havia chegado a hora de balançar um pouco as coisas, com uma música pulsante, com ritmo forte, que trouxesse a lembrança dos velhos tempos de roqueiro de Elvis. Em meu ponto de vista foi justamente isso que transformou "Burning Love" em um grande hit para Elvis. O sucesso foi tão grande que a RCA resolveu lançar um álbum com o nome da música, muito embora todo o restante do repertório desse disco fosse composto apenas por músicas de filmes antigos de Elvis.
Já o lado B vinha com a balada romântica "It's A Matter of Time", música bonita, bem arranjada, contando com um lindo solo de violão que atravessava praticamente toda a faixa. Elvis, por sua vez, a cantou com sobriedade, com a ternura que a letra exigia. Há uma cena no filme "Elvis On Tour" mostrando Elvis gravando a faixa. Os produtores acompanharam Elvis até o estúdio onde a cena foi filmada. Se trata de uma imagem rara pois Elvis raramente se deixava filmar ou fotografar enquanto gravava seus álbuns nos anos 70. Com seu óculos de aviador, Elvis arrasava em mais uma grande performance vocal. Enfim, eis aqui um single realmente campeão, não apenas no aspecto comercial, mas também em seu valor artístico.
Pablo Aluísio.
Já o lado B vinha com a balada romântica "It's A Matter of Time", música bonita, bem arranjada, contando com um lindo solo de violão que atravessava praticamente toda a faixa. Elvis, por sua vez, a cantou com sobriedade, com a ternura que a letra exigia. Há uma cena no filme "Elvis On Tour" mostrando Elvis gravando a faixa. Os produtores acompanharam Elvis até o estúdio onde a cena foi filmada. Se trata de uma imagem rara pois Elvis raramente se deixava filmar ou fotografar enquanto gravava seus álbuns nos anos 70. Com seu óculos de aviador, Elvis arrasava em mais uma grande performance vocal. Enfim, eis aqui um single realmente campeão, não apenas no aspecto comercial, mas também em seu valor artístico.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - An American Trilogy / The First Time Ever I Saw Your Face
Single excelente da carreira de Elvis Presley. Pena que o lado B com a maravilhosa canção "The First Time Ever I Saw Your Face" nunca teve os méritos reconhecidos. A vocalização de Elvis nessa canção é, sem favor algum, uma das mais belas de toda a sua carreira. Sem exagero algum, essa interpretação de Elvis chega ao ponto de me arrepiar. Grande momento, com Elvis mostrando todo o seu talento como grande cantor que foi. Perceba que nessa música ele deixou seu estilo forte de lado, para surgir de forma suave, introspectivo. É, em minha opinião, uma das mais belas performances vocais de Elvis nos anos 70. Para levantar e aplaudir de pé, com louvores! Linda demais a canção!
Já o lado A teve muito mais reconhecimento por parte dos fãs. E muito disso se deve ao próprio Elvis. Ele fez questão de levar "An American Trilogy" para os palcos, para os seus maiores shows, entre eles o próprio "Aloha From Hawaii" onde a canção teve seu lugar de destaque. Foi inclusive nas faixas desse álbum que a grande maioria dos fãs de Elvis conheceram a música. No Brasil, por exemplo, foi através desse disco duplo que a canção chegou pela primeira vez em nosso mercado, uma vez que o single por aqui não chegou a ser lançado na época. Fruto da união de 3 hinos tradicionais, entre eles um verdadeiro hino não formal das tropas confederadas na guerra civil, esse medley de trio foi mesmo um ápice para Elvis, tanto nos discos como principalmente nos concertos ao vivo, onde nitidamente ele explodia em emoção ao cantá-la. Grande momento, mostrando o Elvis Presley grandioso dos anos 70; na sua última década de vida.
Pablo Aluísio.
Já o lado A teve muito mais reconhecimento por parte dos fãs. E muito disso se deve ao próprio Elvis. Ele fez questão de levar "An American Trilogy" para os palcos, para os seus maiores shows, entre eles o próprio "Aloha From Hawaii" onde a canção teve seu lugar de destaque. Foi inclusive nas faixas desse álbum que a grande maioria dos fãs de Elvis conheceram a música. No Brasil, por exemplo, foi através desse disco duplo que a canção chegou pela primeira vez em nosso mercado, uma vez que o single por aqui não chegou a ser lançado na época. Fruto da união de 3 hinos tradicionais, entre eles um verdadeiro hino não formal das tropas confederadas na guerra civil, esse medley de trio foi mesmo um ápice para Elvis, tanto nos discos como principalmente nos concertos ao vivo, onde nitidamente ele explodia em emoção ao cantá-la. Grande momento, mostrando o Elvis Presley grandioso dos anos 70; na sua última década de vida.
Pablo Aluísio.
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