Achei fraco, pelo menos o primeiro episódio dessa nova série. Eu tenho lembranças antigas do Texas Ranger Walker. Para quem é mais velho vai ser fácil se lembrar da série original que passava no SBT e era estrelada por Chuck Norris, o baixinho mais enfezado dos filmes de ação dos anos 80. Na realidade tirando a presença do Norris não havia nada de muito especial naquele antigo programa de TV. Só que agora os produtores resolveram trazer o mesmo projeto de volta, mas claro, com mudanças significativas. A primeira delas é que eles estão tentando fazer uma nova série que não seja só pancadaria, chutes e pontapés. Eles querem mais conteúdo, um trabalho a mais para os roteiristas.
Assim o novo Texas Ranger Walker tem vários problemas emocionais. Após a morte da esposa, um caso aberto que ele não conseguiu resolver, o policial partiu para um retiro que durou longos onze meses. Deixou para trás os dois filhos adolescentes e foi afogar sua depressão em bebida, muita bebida. Quando retorna tem um monte de problemas familiares a resolver. Os filhos ficaram traumatizados, estão depressivos e a filha acaba se envolvendo até mesmo com problemas com a lei. Para um Texas Ranger nada poderia ser pior que isso. Enfim, ao contrário do Walker de Chuck Norris que resolvia tudo na porrada, esse aqui tem crises existenciais. Derrama até lágrimas dos olhos. Homem sensível. Já imaginaram o Norris chorando em algum momento? Eu não! É o sinal dos novos tempos!
Walker (Estados Unidos, 2021) Direção: Steve Robin / Roteiro: Christopher Canaan / Elenco: Jared Padalecki, Molly Hagan, Keegan Allen, Violet Brinson / Sinopse: A vida dura de um Texas Ranger que precisa resolver casos policiais perigosos ao mesmo tempo em que tenta superar problemas familiares envolvendo a morte de sua esposa.
Pablo Aluísio.