Esse interessante documentário chegou essa semana na grade de programação da plataforma Netflix. Ele mostra a rotina de treinamentos e competições de uma nadadora italiana de alta profundidade. Eu já tinha tido contato com esse esporte através do cinema, no muito bom filme francês "Imensidão Azul" de Luc Besson (quem ainda lembra?). É o mesmo esporte, um dos mais perigosos do mundo, onde o competidor (no caso aqui, uma competidora) deve mergulhar em linha reta, sem qualquer equipamento de oxigênio, para tentar vencer. Quem descer em maior profundidade, vence. O problema é que alguns desportistas já morreram fazendo essa modalidade esportiva. Geralmente o nosso cérebro simplesmente "desliga" com a falta de oxigênio e dependendo da profundidade que o mergulhador está, ele acabará morrendo.
Há assim uma história de superação e outra de tristeza contada aqui. Na superação vemos essa mergulhadora italiana tentando superar o recorde mundial de uma russa, que inclusive morreu ao tentar bater seu próprio recorde, anos atrás. A parte triste vem com uma morte de um dos principais protagonistas dessa história que está sendo cotada ao vivo, em tempo real, no documentário. Pois é, como eu disse, há elevado risco de vida nessa prática esportiva, por isso o mergulho em profundidade é considerado um dos esportes com maior potencialidade de letalidade no mundo. Quem conseguir sobreviver, quem sabe, poderá ser a grande vencedora...
De Tirar o Fôlego (The Deepest Breath, Estados Unidos, 2023) Direção: Laura McGann / Roteiro: Laura McGann / Elenco: Alessia Zecchini, Kristof Coenen, Stephen Keenan, Audrey Mestre / Sinopse: Documentário da Netflix contando a rotina de treinos e competições de uma mergulhadora italiana determinada a bater o recorde mundial de mergulho em profundezas.
Pablo Aluísio.