Essa animação francesa é de encher os olhos. Uma adaptação excelente do clássico livro de Jack London, material de origem de primeira linha. Já havia sido adaptado antes, com sucesso, pelos estúdios Walt Disney. Agora virou essa caprichada animação a cargo do talentoso diretor Alexandre Espigares. A história é bem conhecida, mostrando o lobo Caninos Brancos desde seu nascimento no meio da floresta, até a separação de sua mãe e seu contato com os seres humanos. Ele inicialmente passa a puxar o trenô de um nativo, depois é vendido, indo parar nas mãos de um criminoso que organiza rinhas de lutas de cães.
Sua sorte muda quando finalmente passa a ser criado por um xerife e sua bondosa esposa, mas o chamado da vida selvagem mais uma vez se mostra forte e irresistível, sendo que ele decide voltar para a mesma floresta de picos montanhosos gelados onde nasceu. Uma história maravilhosa, que em certos momentos apresenta sinais de uma rudeza e crueldade que cheguei até mesmo a duvidar se esse tipo de material seria mesmo indicado para as crianças. Um aspecto interessante é que os animais são retratados com realismo, enquanto os seres humanos surgem em traços de caricatura. Boa decisão que reforça o lado mais sórdido de certos personagens. Em suma, animação classe A. Simplesmente perfeita. Nota 10.
Caninos Brancos (Croc-Blanc, França, 2018) Direção: Alexandre Espigares / Roteiro: Philippe Lioret, Serge Frydman, baseados na obra escrita por Jack London / Elenco: Raphaël Personnaz, Virginie Efira, Dominique Pinon / Sinopse: Caninos Brancos é um Lobo. Nascido na floresta, ele acaba tendo contato com o ser humano, conhecendo o lado mais sórdido e malvado do homem. Filme pemiado pelo Annecy International Animated Film Festival.
Pablo Aluísio.