sábado, 30 de novembro de 2024

Batman

Revendo Batman de 1989
Apareceu no streaming e decidi rever. Fazia muitos anos que tinha visto pela última vez. Coloque aí décadas de distância. Eu confesso que nem quando vi pela primeira vez gostei muito. E estou falando do lançamento original do filme no final dos anos 80. Eu deveria ter uns 16 anos de idade, por aí. Ainda assim fiquei longe de cair naquela besteira de marketing da tal Batmania. Já era crescido demais para isso e como nunca fui fã de quadrinhos a coisa piorou ainda mais. Assisti, achei OK e nada demais. Vida que segue. 

Então nessa revisão o filme ficou ainda pior. Achei o roteiro mal desenvolvido, cartunesco mesmo. Nada daquele papo de que o Batman desse filme é dark, sombrio. Achei nada disso. Ele é bem quadrinhos mesmo, comics acima de tudo. E esse Michael Keaton e seus biquinhos são particularmente irritantes. O cara simplesmente não deu certo nem como Bruce Wayne e nem como Batman. E não, não se trata do mesmo personagem, tem nuances diferentes por ali. Como Wayne, o Keaton nunca foi grande ator para isso. Como Batman a roupa não ajudou. Ele ficou de pescoço duro, nada bom para enfrentar bandidos em lutas de artes marciais.

Então chegamos no Coringa. Esse sim roubou o filme. Agora isso tem nome e sobrenome: Jack Nicholson. Mesmo em um papel raso e sem profundidade nenhuma, puro comics, lembra, o Jack foi muito bem. Provavelmente porque ele não levou à sério em nenhum momento o personagem e ele estava certo nisso, é um personagem de quadrinhos, nada mais. Vilão de história em quadrinhos, literalmente. Não é Shakespeare. 

Então é isso. Um filme meio vazio. Tem uma direção de arte bonita e nada muito além disso. O roteiro não é tão bom, os demais atores também não são lá essas coisas. Achei a Kim Basinger péssima. Com cara de tonta e nem um pouco tão bonita como dizem. enfim, o tempo cobrou seu preço. O filme já não é tão maravilhoso como um dia disseram que era. Ficou Batdatado! 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Gato de Botas 2

Título no Brasil: Gato de Botas 2: O Último Pedido
Título Original: Puss in Boots: The Last Wish
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Joel Crawford, Januel Mercado
Roteiro: Paul Fisher, Tommy Swerdlow
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Harvey Guillén

Sinopse:
O aventureiro e destemido espadachim Gato de Botas está preocupado. Isso porque ele já usou oito de suas nove vidas. E os desafios não param de chegar até ele. Agora precisa descobrir o lugar onde existe uma árvore mágica, onde ele poderá fazer pedidos, entre eles o de ter suas vidas perdidas de volta! 

Comentários:
Não tem jeito. Não há outra conclusão. A indústria cinematográfica dos Estados Unidos hoje em dia vive especialmente dessas animações ultra lucrativas. Veja o caso desse segundo filme do Gato de Botas. Rendeu nas bilheterias quase 500 milhões de dólares! E olha que nem foi das animações mais badaladas do ano. Se Walt Disney, que sofreu tanto para lançar o primeiro longa-metragem de animação, "Branca de Neve e os Sete Anões", fosse vivo, ele iria ficar mais do que surpreso com o que acontece nos dias de hoje. Mas enfim, deixando tudo isso de lado, temos que admitir que essa é outra boa animação dos estúdios DreamWorks. Tudo muito bem feito e realizado, focado mais em crianças menores, até por volta ali dos 12 anos de idade. Penso que elas vão se divertir e adorar as aventuras desse gato dos antigos contos de fadas. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Morte em LaRoy, Texas

Título no Brasil: Morte em LaRoy, Texas 
Título Original: LaRoy, Texas
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Adastra Films
Direção: Shane Atkinson
Roteiro: Shane Atkinson
Elenco: Dylan Baker, Steve Zahn, John Magaro

Sinopse:
Um assassino profissional chega em uma pequena cidade do Texas para cumprir mais um "serviço" contratado, mas logo encontra problemas. Alguém se faz passar por ele e fica com o dinheiro contratado. Pior do que isso, ele precisa lidar com uma gente estranha e esquisita, que a cada dia se enrola mais em crimes e problemas com a lei. Em certo sentido eles são mais criminosos do que o próprio matador de aluguel. 

Comentários:
Esses texanos formam uma população esquisita, para dizer o mínimo. Eles possuem uma estranha fixação por concursos de miss, são evangélicos fundamentalistas, republicanos reacionários ferrenhos, adoram usar um figurino de cowboy e muitas vezes se enrolam em crimes dos mais diversos tipos. O roteiro desse filme faz uma crônica sobre essa gente. Os personagens são tipos bem conhecidos. Um dos centrais é o marido corno que acaba cometendo um crime, apesar de ter uma personalidade das mais pacatas. Sua esposa é uma ex-miss frustrada que agora precisa lidar com um casamento fracassado e com o fato de se ter tornado amante do irmão do próprio marido! Completa o quadro um detetive particular bem idiota, um profissional que vive de encomendas de morte e um grupo de policiais mais do que imprestáveis. Basicamente um monte de panacas! Enfim, um filme bem mordaz sobre os texanos e seu estranho modo de vida. E eu, devo confessar, acabei gostando de todo esse rocambole. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O Entardecer de uma Estrela

Título no Brasil: O Entardecer de uma Estrela 
Título Original: The Evening Star
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Rysher Films
Direção: Robert Harling
Roteiro: Larry McMurtry, Robert Harling
Elenco: Shirley MacLaine, Jack Nicholson, Bill Paxton, Juliette Lewis, Ben Johnson, Scott Wolf, Miranda Richardson

Sinopse:
Passados vários anos da morte precoce de sua filha, Aurora (Shirley MacLaine) agora luta para criar os netos. Ela já está idosa e cuidar de todos eles se torna algo bem delicado, uma vez que são netos problemáticos, onde um deles acaba se envolvendo com drogas e a outra não sabe muito bem o que deseja fazer de sua vida. E como se isso ainda não fosse o bastante, Aurora acaba reencontrando um velho amor de seu passado. 

Comentários:
Continuação bem tardia do clássico "Laços de Ternura". O filme original foi um marco, vencendo todos os principais prêmios do Oscar em seu ano de lançamento, inclusive o de melhor filme. Então os produtores decidiram fazer uma sequência. Jack Nicholson, que havia vencido o Oscar pelo papel de astronauta no primeiro filme, não queria voltar a esse personagem. Em sua opinião "Laços de Ternura" não deveria ter uma continuação (opinião que também compartilho). Mas a atriz Shirley MacLaine queria muito fazer esse filme e pressionou por anos o colega para voltar. Depois de muita insistência, o bom e velho Jack então aceitou o convite para uma pequena participação especial. O resultado é um bom filme, não há como negar. Eu apreciei saber o que teria acontecido com Aurora e seus netos, mas não era tão necessário se contar essa história. Penso que a atriz Shirley MacLaine teve um segundo momento de reconhecimento em sua veterana carreira, agora na terceira idade e era justamente isso o que ela tentava alcançar. Não a julgo por isso. Ainda assim não tem como comparar esse filme com "Laços de Ternura". Como obra-prima cinematográfica temos apenas o primeiro filme. Esse segundo é meramente uma curiosidade. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Os Vampiros de Salem

Título no Brasil: Os Vampiros de Salem
Título Original: Salem's Lot
Ano de Lançamento: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: Stephen King, Paul Monash
Elenco: David Soul, James Mason, Lance Kerwin

Sinopse:
Um escritor volta para sua cidade natal após muitos anos vivendo fora. Ele deseja escrever um livro sobre uma velha mansão onde, quando criança, passou por uma experiência assustadora. Só que o local agora tem dois novos inquilinos. Tipos estranhos, vindos de longe. Para a cidade é dito que eles querem abrir uma loja de antiguidades, mas há algo muito mais sinistro por trás de tudo. 

Comentários:
Essa foi a primeira adaptação do livro "A Hora do Vampiro" de Stephen King. Eu assisti agora no formato longa-metragem, mas na realidade essa produção foi lançada como minissérie de televisão nos anos 70. Praticamente todos os personagens importantes do livro estão aqui, mesmo que alguns tenham sido amenizados. Os garotos, por exemplo, são usados apenas como vítimas ocasionais. O roteiro não desenvolve eles em nenhum nível. A produção é boa, elegante, algo até acima da média do que era feita na TV na época. O visual do vampiro Barlow também ficou muito bom. Visual de Nosferatu. Ele é apenas um monstro. Nada muito desenvolvido é usado em relação a esse personagem. E esse é um dos deslizes dessa adaptação. Em termos de elenco o melhor desempenho vem do James Mason. Que classe tinha esse ator! Sua presença mantém o interesse do filme em sua parte inicial. Em geral é uma produção muito boa, diria até elegante. Se há sinais de excesso de apelações desnecessárias, isso se deve ao material original. Não havia mesmo o que fazer por parte dos realizadores dessa adaptação. 

Pablo Aluísio.

Os Olhos de Laura Mars

Título no Brasil: Os Olhos de Laura Mars
Título Original: Eyes of Laura Mars
Ano de Lançamento: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Irvin Kershner
Roteiro: John Carpenter, David Zelag Goodman
Elenco: Faye Dunaway, Tommy Lee Jones, Brad Dourif

Sinopse:
Uma fotógrafa bem popular em Nova Iorque cria um estilo em que imita cenas de crimes nas suas sessões de fotos. O problema é que um assassino começa a reproduzir o cenário dessas fotos de arte em seus crimes reais. Logo um detetive coloca a artista na mira, por ter suspeitas do envolvimento dela naquela série de homicídios. 

Comentários:
Um filme interessante que passeia entre dois gêneros que muitas vezes se unem, a dos filmes de serial killers, com doses de suspense e terror. Essa produção é do final dos anos 70 e uma das curiosidades vem de seu elenco. O policial é interpretado por um jovem Tommy Lee Jones, com uma vasta cabeleira aos ventos! Quem diria... Quem o conhece de filmes mais recentes vai levar um susto por causa de seu visual jovial! Também temos Raul Julia, em um dos seus primeiros papéis no cinema. Um tipo latino, parasita de mulheres mais velhas. Ele é um dos suspeitos dos crimes. Por fim há o talento de Faye Dunaway. Talvez esse não fosse o tipo de filme que ela costumava fazer, por essa razão derrapa em alguns momentos no exagero e no caricato. Só que isso não atrapalha o quadro geral. A única coisa que não gostei muito foi do plot twist final. Achei forçado demais. Nada convincente. Ainda assim não tive arrependimentos de assistir a essa produção dos anos 70 que qualifico tranquilamente como um bom filme. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Rebeldia Indomável

Título no Brasil: Rebeldia Indomável
Título Original: Cool Hand Luke
Ano de Lançamento: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Donn Pearce, Frank Pierson
Elenco: Paul Newman, George Kennedy, Jo Van Fleet, Dennis Hopper, Harry Dean Stanton, Strother Martin

Sinopse:
Lucas 'Luke' Jackson (Newman) é preso por um crime menor. Julgado e condenado, é enviado para uma prisão de trabalhos forçados. No começo tenta se adaptar, mas não demora muito e começa e confrontar os policiais e começa uma série de tentativas de fuga, uma mais bem elaborada do que a outra. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (George Kennedy). 

Comentários:
Um filme muito bom da carreira do ator Paul Newman. Ele interpreta esse prisioneiro que está decidido a jamais se render, sempre procurando por uma forma de fugir. Muitos se lembram desse filme por causa de uma cena em particular, quando o prisioneiro interpretado por Newman faz uma aposta com seus colegas de cela que conseguiria comer 50 ovos de uma só vez! Claro que a coisa toda vira uma loucura e um grande teste de resistência por parte dele! O próprio Paul Newman diria anos depois que por causa dessa cena ela havia parado de comer ovos por anos! Piadas à parte, esse roteiro no fundo louva essas pessoas que são decididas a ir em busca de um objetivo, de qualquer maneira, com obstinação, mesmo que paguem um alto preço por isso! Outro ponto digno de nota vem do elenco de apoio, com destaque para George Kennedy que sempre foi um bom ator, mas ao mesmo tempo sempre subestimado em Hollywood. Aqui, pelo menos, ele foi premiado com o Oscar. Um tardio reconhecimento! Enfim, um bom filme, com elenco afinado e uma boa história de prisão para contar. Não faltando nenhum elemento importante para essa produção dos anos 60 agradar aos apreciadores de cinema clássico. 

Pablo Aluísio.

Sangue, Suor e Lágrimas

Título no Brasil: Sangue, Suor e Lágrimas
Título Original: Fighter Squadron
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Raoul Walsh
Roteiro: Seton I. Miller, Martin Rackin
Elenco: Edmond O'Brien, Robert Stack, Rock Hudson, John Rodney, Tom D'Andrea, Shepperd Strudwick, Arthur Space

Sinopse:
Numa base aérea americana na Inglaterra, durante a segunda guerra mundial, dois oficiais lutam pelo controle dos homens de uma esquadrilha de caças. O objetivo é treinar todos os membros da equipe para um momento chave dentro da guerra, a invasão do norte da França, na Normandia, numa das maiores operações militares da história que passaria a ser conhecida pelo codinome código de "Dia D". A invasão se tornaria o momento da virada na guerra, marcando o começo da vitória aliada no conflito.

Comentários:
Esse filme seria como qualquer outro feito para louvar o heroísmo dos que lutaram na segunda guerra mundial se não fosse por um detalhe importante: foi o primeiro filme da carreira do futuro astro Rock Hudson. Na época Rock ainda era um novato em Hollywood procurando por um lugar ao sol. Ele tinha acabado de assinar um contrato com o agente Henry Wilson e havia caído nas graças do diretor Raoul Walsh que resolveu lhe dar uma oportunidade, pequena é verdade, mas que significou bastante para o ator naquele momento de sua carreira. O papel de Rock é insignificante, ele interpreta um tenente com apenas uma linha de diálogo em cena. Isso porém foi o bastante para chamar a atenção dos produtores que viram potencial ali. Claro, Rock não era um grande ator, mas tinha um visual impecável, era bonito, alto, o estilo galã perfeito para os filmes românticos. A Universal saiu na frente e contratou Rock Hudson. Imediatamente o colocou no programa de treinamento de atores do estúdio (o melhor que havia na cidade) e começou a lapidar seu futuro como grande astro. "Sangue, Suor e Lágrimas" recebeu esse título por causa do famoso discurso do primeiro ministro Winston Churchill que logo no começo da segunda guerra mundial discursou pelo rádio ao povo inglês afirmando que não prometia nada a não ser sangue, suor e lágrimas! No geral o que temos aqui é uma eficiente fita de guerra, com alguns bons momentos de tensão e ação. Não chega a se destacar como outros que eram lançados no mesmo período mas cumpre bem suas pretensões (modestas) do ponto de vista cinematográfico. Além disso só pelo simples fato de ter sido a estreia de Rock Hudson no cinema já vale a sua atenção. Um filme mediano mas certamente histórico dentro da sétima arte. 

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de novembro de 2024

Rolling Stones - Now!

Rolling Stones - Now!
Os Stones sempre beberam na fonte do blues e do Rhythm and blues e esse álbum só veio para confirmar isso. O grupo foi no passado e trouxe várias músicas importantes de grandes nomes desse estilo musical. Essa verdadeira ode a um passado que estava se perdendo naquela década levou muitos críticos a tecerem elogios significativos a esse disco. É bom lembrar que grupos de rock naqueles tempos nem sempre contavam com o apoio da crítica. Dizia-se que o Rock era um estilo musical menor e sem muita importância. Que os verdadeiros mestres da música estavam sendo deixados para trás por causa desses roqueiros cabeludos que não tinham nada de bom a oferecer. 

Pois bem, nesse aspecto os Stones mudaram a situação, gravando músicas que eram verdadeiras homenagens a esses nomes do passado. Além disso, não podemos nos esquecer, sempre que um velho músico tinha uma de suas músicas gravada por grupos populares como os Stones, eles mesmo sofriam uma melhora em sua situação financeira. Muitos deles eram músicos negros, desempregados, vivendo de programas sociais pagos pelo governo dos Estados Unidos. Para Mick Jagger esse era um aspecto não dito e nem escrito, mas muito importante. Quando eles gravavam essas músicas, ajudavam também seus criadores. 

The Rolling Stones - Now! (1965)
Everybody Needs Somebody To Love
Down Home Girl
You Can't Catch Me
Heart Of Stone
What A Shame
Mona (I Need You Baby)
Down The Road Apiece
Off The Hook
Pain In My Heart
Oh Baby (We Got A Good Thing Goin')
Little Red Rooster
Surprise, Surprise

Pablo Aluísio. 

The Beach Boys - Surfin' U.S.A.

The Beach Boys - Surfin' U.S.A.
Eu sou da opinião de que certos artistas são agradáveis de se ouvir porque são simples. A ideia que deu origem a eles são simples. As músicas possuem 3 ou 4 acordes. Esse é o segredo. E poucos grupos musiciais da história da música foram tão exemplificativos disso como os Beach Boys. Eles eram, no começo da carreira, apenas jovens californianos que faziam música para jovens californianos que curtiam surf e praia. Nada mais. Simples como uma prancha de surf. E é dessa fase inicial do grupo que eu gosto mais. Eu sei que eles depois tentaram evoluir como banda, fazendo projetos ousados como Pet Sounds e tudo mais. Porém nada disso me deixou muito satisfeito ao ouvir. Em se tratando de Beach Boys eu prefiro a simplicidade de sua carreira. E seus álbuns dessa primeira fase são irresistivelmente saborosos!

Esse foi o segundo disco do grupo. E seguia basicamente a sonoridade do primeiro. Uma delícia de se ouvir. E para não deixar dúvidas sosbre o que eles queriam, colocaram logo na capa um surfista surfando um grande tubo, em uma grande onda das praias da Califórnia. Assim não tinha do que se reclamar. Era puro Surf Music e nada além disso. Nada intelectual, nada pretensioso, não queriam mudar o mundo com suas músicas, não queriam passar uma mensagem política... não, nada disso. Só queriam curtir um som num dia na praia. Esse sempre foi o melhor que o Beach Boys tinha a oferecer. Uma maravilhosa de se ouvir. 

The Beach Boys - Surfin' U.S.A. (1963)
Surfin' U.S.A.
Farmer's Daughter
Misirlou
Stoked
Lonely Sea
Shut Down
Noble Surfer
Honky Tonk
Lana
Surf Jam
Let's Go Trippin'
Finders Keepers

Pablo Aluísio. 

sábado, 23 de novembro de 2024

Madonna - Erotica

Madonna - Erotica
Esse foi o álbum que mudou a carreira de Madonna para sempre! Também marcou de forma definitiva o final de sua primeira fase na carreira tanto do ponto de vista musical como também de imagem pública. Madonna deixava praticamente tudo para trás para navegar por novos mares musicais. Foi o primeiro disco conceitual da cantora. As músicas tinham como base a luxúria, a sedução e o sexo. Algumas letras também tratavam da liberdade feminina de viver sua própria sexualidade. O problema da AIDS também não ficou de fora. Foi um disco que levou Madonna definitivamente para o lado progressista, pois a cantora abraçou diversas bandeiras do movimento como o ferminíssimo e a luta pelos direitos da comunidade internacional LGBT. Depois desse disco Madonna virou mesmo a musa definitiva dos homossexuais pelo mundo.

Musicalmente falando é um disco muito ousado. Madonna deixou aquela sonoridade pop dos anos 80 no passado e abraçou outros estilos como a Dance, o House e até mesmo o Hip-hop, que tanto sucesso faziam nas boates e clubs mundo afora. O disco também foi lançado ao lado de um álbum de fotografias quase pornográficas chamado Sex. Foi o começo de uma nova maneira de colocar dois produtos no mercado, uma verdadeira manobra de marketing de mídia. Tanto o livro como o CD fizeram bastante sucesso comercial, sendo que esse último passou a marca dos seis milhões de cópias vendidas. Madonna havia mudado e o seu público havia recebido muito bem todas essas mudanças. Uma nova artista nasceu com esse álbum.

Madonna - Erotica (1992)
Erotica
Fever
Bye Bye Baby
Deeper and Deeper
Where Life Begins
Bad Girl
Waiting
Thief of Hearts
Words
Rain
Why's It So Hard?
In This Life
Did You Do It?
Secret Garden 

Pablo Aluísio. 

George Michael - Older

George Michael - Older
Depois das inúmeras brigas judiciais com a Sony, George Michael ficou longos anos sem lançar nenhum álbum. Estava farto das gravadoras e tudo mais. Queria se distanciar. Depois de coneguir romper seu contrato com a gravadora japonesa na justiça ele finalmente se viu livre para ir para onde bem entendesse. Acabou aceitando o convite do selo norte-americano Virgin. O que o fez ir para essa nova gravadora foi a possibilidade de ter maior liberdade artística. Ele assim decidiu que iria produzir seu próprio material, sem interferências absurdas como havia acontecido no disco anterior. E embora fosse o produtor principal desse trabalho acabou chamando o produtor Jon Douglas para lhe ajudar nessa nova tarefa. 

Como havia passado por muitas coisas e como se sentia mais velho, o cantor decidiu chamar seu novo disco de "Older". Era também uma referência ao fato de que ele iria deixar aquele pop mais dançante dos anos 80 para trás. Queria abraçar novas sonoridades, novos ritmos. Igualmente abraçou uma linha de trabalho mais adulta, com letras falando de temas mais adequados para a sua idade. O resultado ficou realmente muito bom e recebeu elogios da crítica internacional. Não fez o sucesso de seus discos anteriores que tinham vendido milhões de cópias ao redor do mundo, mas também não foi um fracasso comercial conseguindo atingir a sexta posição da parada Billboard, a mais prestigiada do mundo. 

George Michael - Older (1996)
Jesus to a Child
Fastlove
Older
Spinning the Wheel
It Doesn't Really Matter
The Strangest Thing
To Be Forgiven
Move On
Star People
You Have Been Loved
Free

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você

Título no Brasil: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você 
Título Original: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você 
Ano de Lançamento: 2022
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Rio Filme
Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Roteiro: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Elenco: Elis Reina, Tom Jobim, César Camargo Mariano

Sinopse:
Documentário sobre a gravação de um dos álbuns mais importantes da história da Música Popular Brasileira (MPB), quando a cantora Elis Regina se uniu ao maestro e compositor Tom Jobim para a gravação desse disco que se tornaria um dos mais célebres e elogiados da nossa música.  

Comentários:
Esse documentário é muito bom. Resgataram algumas imagens raras da gravação desse disco que foi realizada nos Estados Unidos. São imagens, em sua maioria, filmadas por Super-8, que muitos pensavam estar perdidas para sempre. Só que as acharam e isso se tornou a base desse resgate histórico musical. Um dos fatos mais curiosos desse filme é que ele mostra que no começo Elis Regina queria apenas gravar algumas poucas músicas com Tom Jobim para aquele que seria seu novo disco. Ele faria apenas uma participação especial. Só que Tom era um tipo de profissional perfeccionista, que queria o controle de tudo, então não demorou muito para ele assumir todo o controle do novo disco. Quem acabou virando a participação especial foi a Elis! Enfim, entre problemas ocorridos na gravação, por causa desse estilo controlador do Tom, até algumas dificuldades adicionais por causa da personalidade da Elis, o que resultou de tudo isso foi sem dúvida um disco simplesmente magistral da MPB. E esse filme é sem dúvida o definitivo sobre toda essa história. 

Pablo Aluísio.

Roberto Carlos - Roberto Carlos (1974)

Esse era o único disco de Roberto Carlos que havia em minha casa paterna, o que não deixa de ser curioso pois sempre gostamos muito de música. Assim o Rei deveria ter tido mais representatividade em nossa discoteca familiar. Só que não aconteceu. De qualquer forma os discos do Roberto Carlos sempre tinham uma ou duas faixas que faziam sucesso absurdo nas rádios e todos acabavam conhecendo seu repertório, não havia para onde fugir, era um cantor presente na vida de todos os brasileiros, quer você gostasse dele ou não! O Roberto Carlos era realmente um cantor de música popular, que atingia em cheio o povão brasileiro. 

E nesse álbum em particular a faixa "O Portão" se tornou extremamente popular. É uma daquelas músicas do Roberto que nunca saíram da programação das rádios, até os dias de hoje. Duvida? Ligue em alguma estação AM que garanto que mais cedo ou mais tarde ela vai tocar, seja qual for o dia da semana. Infelizmente, o Roberto Carlos ou a gravador CBS, não dava nome aos seus LPs. Assim a única foram de identificar todos eles era pelo ano de lançamento. De qualquer maneira deixo a dica desse álbum do cantor. Muito bom, bonito e repleto de músicas românticas. 

Roberto Carlos - Roberto Carlos (1974)
Despedida
Quero Ver Você De Perto
O Portão
Ternura Antiga
Você
É Preciso Saber Viver
Eu Quero Apenas
Jogo De Damas
Resumo
Deusa Da Minha Rua
A Estação
Eu Me Recordo (Yo Te Recuerdo)

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Jornada para o Inferno

Título no Brasil: Jornada para o Inferno
Título Original: Butcher's Crossing
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Saban Films
Direção: Gabe Polsky
Roteiro: Gabe Polsky
Elenco: Nicolas Cage, Fred Hechinger, Jeremy Bobb

Sinopse: 
No século XIX um jovem decide abandonar a prestigiada universidade de Harvard. Ele vai parar no oeste selvagem e se alia a um veterano caçador de peles de búfalo. O plano seria subir a montanha para ir numa região isolada, onde um grande rebanho de búfalos está pronto para ser caçado. Uma verdadeira fortuna em peles. 

Comentários:
Mais uma boa notícia para quem gosta do trabalho do ator Nicolas Cage. Aqui está mais um bom filme da recente safra de bons filmes desse ator que sempre foi muito querido no Brasil. E quando elogio esse filme não estou fazendo favor a ninguém. O filme é realmente bom! Um western com aquele estilo dos velhos faroestes. Há todo um público que adora esse tipo de filme nos dias atuais, então o filme é mais do que bem-vindo. Cage, perfeito em sua caracterização, interpreta esse caçador de peles de búfalo. Careca, com barba cheia e uma mente obcecada pela fortuna, ele leva esse pequeno grupo de homens para regiões inóspitas. E essa caçada não será menos do que trágica. Por fim, para coroar um filme tão bom e interessante, o espectador é informado que as filmagens ocorreram em uma reserva nativa no coração dos Estados Unidos, onde vive um dos últimos rebanhos selvagens de búfalos da América. Nos tempos do velho oeste existiam milhões de cabeças desse animal, mas a caça foi tão intensa que hoje em dia existem alguns poucos milhares da espécie. Assim, com teor de conscientização ecológica, o filme desce as cortinas com a mensagem certa. Enfim, está mais do que recomendado para os cinéfilos. 

Pablo Aluísio.

A Praia

Título no Brasil: A Praia
Título Original: The Beach
Ano de Lançamento: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge, Alex Garland
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tilda Swinton, Daniel York

Sinopse:
Um jovem norte-americano, em férias pela Ásia, ouve falar de uma praia maravilhosa, realmente paradisíaca, ainda inexplorada por turistas. Instigado pela lenda ele decide fazer uma viagem até lá e realmente a encontra. Um lugar muito bonito, mas também perigoso, que colocará sua vida em risco. 

Comentários:
Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de Titanic, que havia se tornado o filme de maior bilheteria da história, o ator Leonardo DiCaprio poderia escolher qualquer filme, qualquer super produção de Hollywood naquela época. Só que para surpresa de todo mundo ele acabou optando por esse filme menor, sem grande expressividade. Não foi uma boa escolha. O filme realmente apresentava muitos problemas de roteiro e foi arrasado pela crítica em seu lançamento. Havia mesmo uma enorme pressão sobre o Leo e ao que tudo indica ele preferiu mesmo apostar em algo mais modesto. O filme até que não é tão ruim como os críticos falaram, mas temos que reconhecer que de fato é bem esquecível e nada marcante. Tem uma história simples, que até se torna interessante em alguns momentos, mas no geral realmente se torna algo decepcionante para um ator que vinha de um sucesso tão grandioso como Titanic. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Conquista Sangrenta

Título no Brasil: Conquista Sangrenta 
Título Original: Flesh+Blood
Ano de Lançamento: 1985
País: Holanda
Estúdio: Riverside Films
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Paul Verhoeven
Elenco: Rutger Hauer, Jennifer Jason Leigh, Tom Burlinson, Jack Thompson, Susan Tyrrell, Fernando Hilbeck

Sinopse:
Um grupo de mercenários ajuda um velho nobre militar a conquistar uma cidade. E não demora muito para que todos eles sejam traídos. Expulsos da localidade, eles ganham o campo, atuando como bandidos e ladrões. Ao encontrar uma velha estátua de um santo se sentem abençoados e começam a espalhar terror por onde passam, até que decidem invadir um bonito castelo que não está tão bem seguro como seus moradores pensam. 

Comentários:
Quando esse filme foi lançado houve quem dissesse que era o filma mais sujo, violento e cruel sobre a Idade Média já produzido. Eu não chegaria a tanto, mas tampouco nego que todas essas características estejam mesmo em cada cena. De certo modo temos aqui um roteiro sensacionalista que apela em diversos momentos. Por exemplo, não era necessária incluir uma cena de estupro coletivo com uma ainda bem jovem Jennifer Jason Leigh. Aquilo me soou bem gratuito. Outros aspectos aconteceram mesmo na era medieval, como a jogada por cima das muralhas de corpos infectados pela Peste Negra. E justamente por causa desses momentos tão sórdidos acredito que Hollywood acabou abrindo as portas para o diretor Paul Verhoeven. Ele de fato iria viver um momento de ascensão em sua carreira nos anos que viriam. De uma maneira ou outra, não podemos negar que, apesar de seus óbvios excessos, esse ainda é um bom filme. Até porque a Idade Média passou longe de ser aquele momento histórico colorido que alguns filmes do passado mostraram. Estava mais para a crueldade desse roteiro mesmo. 

Pablo Aluísio.

Conan, o Bárbaro

Título no Brasil: Conan, o Bárbaro
Título Original: Conan the Barbarian
Ano de Lançamento: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: John Milius
Roteiro: John Milius
Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Max von Sydow

Sinopse:
Quando criança, Conan (Arnold Schwarzenegger) viu seus pais serem mortos por uma horda de violentos guerreiros. Levado como escravo ele consegue sobreviver e agora, adulto e com enorme força, está pronto para vingar a morte deles e enfrentar um estranho culto que venera justamente o assassino de seus pais no passado. 

Comentários:
Depois de muitos anos revi esse clássico do cinema brucutu dos anos 80. Olha, o filme sobreviveu bem ao tempo. O diretor John Milius tinha fama de doido entre os produtores de Hollywood, mas sabia muito bem o que estava fazendo. Ele fez um filme sem excessos, sem exageros, na medida certa para o personagem dos quadrinhos e da literatura pulp dos anos 30. Sabia que Arnold Schwarzenegger não era um ator, mas uma montanha de músculos, então deu a ele o mínimo de diálogos para falar em cena. E como o austríaco estava no auge de sua forma física na época, ele realmente não precisava atuar em nada, apenas mostrar seu físico de brutamontes. Até os vilões são bacanas. James Earl Jones e Max von Sydow estão no filme para lhe dar prestígio, o que funcionou muito bem. Enfim, é o filme definitivo desse personagem. Nada melhor do que isso foi feito antes ou depois sobre esse bárbaro selvagem. 
 
Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Scaramouche

Título no Brasil: Scaramouche
Título Original: Scaramouche
Ano de Lançamento: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: George Sidney
Roteiro: Ronald Millar, George Froeschel
Elenco: Stewart Granger, Janet Leigh, Mel Ferrer, Eleanor Parker, Henry Wilcoxon, Richard Anderson

Sinopse:
Na véspera da chegada da Revolução Francesa, um nobre de baixa linhagem tenta se vingar da morte de seu irmão, um rapaz na flor da idade que foi morto por um Marquês sórdido. Para conseguir realizar seus planos, ele se camufla como Scaramouche, um personagem mascarado de teatro, um tipo bufão que se torna o disfarce ideal de seus objetivos de vingança e justiça pessoal. 

Comentários:
Filme muito bem produzido! Chegou a me impressionar o capricho nos figurinos, cenários, reconstituição de época, etc. Nesse aspecto o filme realmente impressiona ao espectador mais criterioso. Agora, o Scaramouche nunca chegou a emplacar muito bem no cinema. Ele tinha vários elementos presentes em outro personagem famoso da época, o Zorro. Só que jamais chegou perto do sucesso do justiceiro mascarado. Penso que a próprio figura do Scaramouche atrapalhava nesse aspecto, afinal ele era um bufão de peças teatrais ao estilo Burlesco, naqueles tempos pré-revolucionários. Não tinha nem o visual e nem o espírito certo para atrair um público mais moderno e mais jovem. Ainda assim devemos elogiar as cenas ricamente coreografadas de lutas de espada e o bom desempenho do ator Stewart Granger. Ele era conhecido como o "Grande Caçador Branco" e tinha o mesmo agente do Rock Hudson. Só que não era apenas um galã, como tantos outros. Como esse filme bem prova, era também um bom ator e tinha também talento para o humor, mesmo que refinado. Enfim, é isso. Para quem aprecia filmes antigos de capa e espada, Scaramouche ainda é uma boa pedida. Um dos melhores já feitos em Hollywood na sua era de ouro. 

Pablo Aluísio.

A Árvore da Vida

Título no Brasil: A Árvore da Vida 
Título Original: Raintree County
Ano de Lançamento: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Edward Dmytryk
Roteiro: Millard Kaufman, Ross Lockridge Jr
Elenco: Elizabeth Taylor, Montgomery Clift, Eva Marie Saint, Rod Taylor, Lee Marvin, Agnes Moorehead

Sinopse:
Um jovem nortista se apaixona e se casa com uma garota do Sul. Ela tem segredos em seu passado, como a morte misteriosa de toda a sua família em um grande incêndio nunca devidamente explicado. E com a chegada da guerra civil, que colocou como inimigos o Norte e o Sul dos Estados Unidos, a situação fica ainda mais delicada entre o casal que se ama, mas que nunca conseguiu ser realmente feliz. 

Comentários:
Esse filme tenta seguir os passos do grande clássico "E O Vento Levou", mas não consegue chegar em seu objetivo.  Enquanto o original era grandioso e épico, esse só consegue ser um tanto indeciso, pois passeia em vários estilos cinematográficos tentando se encontrar, mas nunca chegando a um bom termo. Nas cenas românticas nunca decola. Na cenas de campo de batalha nunca impressiona. E nos momentos em que tenta fazer humor (como na corrida no meio da cidade) a coisa toda fica sem graça. É um filme longo e em muitos momentos cansativo. Nem o elenco está muito bem. Montgomery Clift nunca funcionou muito bem em papéis meramente românticos e Elizabeth Taylor era muito jovem para dar a profundidade psicológica que sua personagem exigia. Isso fica bem claro nos momentos em que ela perde a razão, caindo nas raias da loucura. Assim temos um filme grande, mas que nunca consegue mesmo se tornar um grande filme. Uma pena pelos nomes envolvidos, pois particularmente sempre fui fã de todos eles. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O Sol por Testemunha

Título no Brasil: O Sol por Testemunha 
Título Original: Plein soleil
Ano de Lançamento: 1960
País: França
Estúdio: Robert et Raymond Hakim
Direção: René Clément
Roteiro: Patricia Highsmith, René Clément
Elenco: Alain Delon, Maurice Ronet, Marie Laforêt, Romy Schneider, Erno Crisa, Frank Latimore

Sinopse:
Tom Ripley (Delon) vai até a Itália com o objetivo de trazer de volta à França um jovem aspirante à pintor, filho de família rica, que está há anos viajando pelo velho continente. Na presença dele, o pobre Ripley começa a invejar e cobiçar sua riqueza, o que dará origem a um terrível crime que ele vai tentar esconder a todo custo. 

Comentários:
Como se pode perceber com a existência desse filme clássico do cinema europeu, não é de hoje que se produzem adaptações de Ripley para o cinema. Nos anos 90 tivemos "O Talentoso Ripley" e mais recentemente a ótima minissérie "Ripley" da Netflix que considero a melhor adaptação. Só que voltemos a esse filme. Estrelado pelo maior astro francês da época, Alain Delon, esse filme fez sucesso, inclusive nos Estados Unidos e também no Brasil. Muita gente ficou chocada com o personagem de Delon, pois era basicamente um assassino golpista, só que realmente esqueceram que esse astro francês tinha mesmo uma atuação especializada também nesses tipos marginais. Basta assistir a esse filme para bem comprovar isso. No quadro geral é um bom filme, com pequenas ressalvas. O ritmo do cinema europeu é bem diferenciado, por isso o público acostumado com o estilo do cinema americano vai estranhar um pouco. Também há pulos e saltos na história. E Houve sem dúvida um receio no final de mostrar Ripley triunfando, o que mostrou um certo medo dos realizadores com as críticas e a reação do público. Apesar disso, minha avaliação do filme sem dúvida é positiva! Recomendo para quem nunca assistiu. 

Pablo Aluísio.

O Visitante Noturno

Título no Brasil: O Visitante Noturno
Título Original: The Night Visitor
Ano de Lançamento: 1971
País: Suécia
Estúdio: Hemisphere Pictures
Direção: Laslo Benedek
Roteiro: Guy Elmes, Samuel Roeca
Elenco: Max von Sydow, Trevor Howard, Liv Ullmann

Sinopse:
Depois de ser acusado injustamente de um assassinato que ele não cometeu, um homem é enviado para um manicômio judiciário. De uma maneira ou outra, ele consegue arranjar uma forma de fugir do lugar durante as madrugadas para se vingar de todos os culpados de seu condenação. 

Comentários:
Foi bem interessante assistir a um filme onde um jovem Max von Sydow interpretava um sujeito bem atlético, que conseguia escalar altos muros, subir em árvores altas, tudo com o objetivo de buscar vingança contra pessoas (e familiares) que o tinham enviado para uma espécie de hospício para criminosos. O jogo consistia em fugir nas madrugadas para acertar contas, voltando para o manicômio pela manhã sem ser visto. Um filme acima de tudo curioso, embora muitas vezes soe pouco plausível por causa das fugas mirabolantes do protagonista. Fica complicado aceitar que as autoridades seriam tão incompetentes a ponto de não perceberem o que estaria acontecendo. Ainda assim vale assistir, principalmente, como já frisei, pela atuação física e atlética do Max von Sydow. Vai ser uma surpresa e tanto para quem apenas o conhecia já idoso, interpretando personagens da terceira idade no cinema americano. 

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de novembro de 2024

Marilyn Monroe

Marilyn Monroe 
Estamos lançando o segundo livro de Cinema Clássico de nossos blogs. O primeiro trazia a filmografia e a vida do ator Marlon Brando. Agora trazemos um livro com 190 páginas com todos os filmes comentados da atriz Marilyn Monroe. Além de textos sobre sua vida, curiosidades, fatos interessantes, etc. Um ótimo presente de Natal nesse fim de ano para aquele seu amigo cinéfilo ou sua namorada que esteja interessada nessa grande Deusa da Sétima arte! Segue abaixo um resumo desse novo livro de Marilyn, inclusive com os links para adquirir a edição nos principais sites de vendas de livros na internet. 

Nesse livro você encontrará uma grande quantidade de informações sobre a atriz Marilyn Monroe. A filmografia completa dessa grande estrela do cinema está comentada filme a filme. Dados pessoais de sua vida pessoal, seus casamentos conturbados, além de crônicas e textos sobre ela. Como adicional ainda encontrará uma seleção dos melhores livros, filmes e discos dessa inesquecível estrela de Hollywood. Para comprar o Livro da Marilyn click nos links abaixo:




Pablo Aluísio. 

sábado, 16 de novembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 3

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 3
Em 1964 enquanto Elvis estava gravando músicas para trilhas sonoras como essa, a Beatlemania tomava conta dos Estados Unidos. O único artista grande o suficiente para enfrentar essa invasão britânica era o próprio Elvis Presley. Só que preso em contratos draconianos com os estúdios e as companhias cinematográficas, ele na verdade nada poderia fazer. Não tinha mesmo material de qualidade para enfrentar o furacão Beatles que devastava toda a América (e o mundo!). 

Então para o fã de Elvis daquela época só sobrava ir nas lojas de discos para comprar um exemplar dessa trilha sonora para ouvir em casa. Um fato digno de nota é que não há grandes hits nesse álbum. Nenhuma das músicas tocou nas rádios com consistência e nem se destacou nas paradas. Embora o disco tenha até vendido bem, realmente não trazia material relevante para Elvis naquele momento crucial de sua carreira. E quando isso acontece, já sabemos bem, o próprio artista deixa de ser relevante! 

O Lado A da trilha sonora fechava com duas canções pop. Duas músicas que eu até simpatizo de certa maneira, mas que ficavam muito distantes daquele Elvis roqueiro que revolucionou o mundo da música nos anos 50. "Catchin' On Fast" até tinha bom ritmo e poderia até mesmo ser trabalhada pela RCA nas rádios, mas a gravadora parecia muito preguiçosa nesse aspecto. Como praticamente tudo que Elvis lançava trazia lucro, eles nem mais se esforçavam em divulgar melhor o material. 

Eu gosto de "Tender Feeling". Essa balada era uma amostra que Elvis estava muito bem nos vocais, ainda mais em músicas românticas. É uma bela canção que se tivesse sido lançada alguns anos antes iria se destacar nas paradas musicais. Apesar de todos os problemas Elvis nunca perdeu seu talento para esse tipo de canção, essa era a verdade. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 3

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 3
Há duas músicas de Carl Perkins nesse disco dos Beatles. "Honey Don't" é a primeira. Esse country music foi escolhido a dedo por John Lennon para ser a faixa que Ringo Starr cantaria no álbum. Como se sabe os Beatles sempre deixavam uma música para Ringo cantar nos discos oficiais do grupo. Era uma maneira de valorizar o baterista, fazendo com que ele ganhasse auto confiança em si mesmo. E o timbre de Ringo era muito adequado para esse tipo de sonoridade. Nos primeiros discos dos Beatles sempre que surgia um country no estúdio, todo mundo já sabia, essa faixa seria gravada pelo Ringo.

"Everybody's Trying to Be My Baby" foi a outra composição de Carl Perkins que os Beatles escolheram para fazer parte do disco. Carl Perkins era um artista da Sun Records, a mesma gravadora de Memphis que havia descoberto Elvis Presley e Johnny Cash, entre outros tantos pioneiros da primeira fase do rock americano. Os Beatles eram fãs dessa geração de artistas. 

Na época era bem complicado achar um disco de Perkins na Inglaterra, mas eles conheciam suas músicas, principalmente por causa do rádio. O fato de Liverpool ser um dos portos mais movimentados da Inglaterra também ajudava aos rapazes. Havia sempre algum marinheiro disposto a vender cópias de discos para eles. E assim os Beatles foram conhecendo a nata da música dos Estados Unidos.  

"Kansas City / Hey-Hey-Hey-Hey!" era outro cover do rock americano. Essa foi composta pela excelente dupla Leiber e Stoller, que escreveram alguns dos maiores sucessos da carreira de Elvis Presley. É interessante que a ideia do medley surgiu quando os Beatles estavam em turnê nos Estados Unidos. Eles iriam tocar na cidade de Kansas City e improvisaram esse número para homenagear o público dessa cidade americana. A coisa deu tanto certo, teve tão boa receptividade, que John e Paul decidiram fazer uma versão de estúdio. Ficou, como era de esperar, realmente excelente.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Garganta do Diabo

Título no Brasil: Garganta do Diabo 
Título Original: Cold Creek Manor
Ano de Lançamento: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Richard Jefferies
Elenco: Dennis Quaid, Sharon Stone, Stephen Dorff, Juliette Lewis, Christopher Plummer, Kristen Stewart

Sinopse:
Uma família de Nova Iorque, cansada da rotina massacrante da cidade grande, decide comprar uma propriedade no interior. Uma bela casa, com preço bem abaixo de seu real valor de mercado. O problema é que um sujeito que mora na região cresceu ali com sua família. A casa foi perdida para o banco, por dívidas. E ele é um daqueles psicóticos que não vão aceitar que novos moradores se mudem para aquela casa. 

Comentários:
Um filme com estilo daqueles ótimos thrillers de suspense que reinaram durante os anos 90. Assim poderia definir esse bom filme. Com elenco acima da média e uma boa história para contar, esse é aquele tipo de roteiro que nunca deixa o espectador tranquilo, pois há sempre um clima de tensão no ar. Mesmo a bela casa, a bonita família, a piscina no verão, nada consegue amenizar o clima geral. Ficamos com a impressão que algo muito terrível vai acontecer na próxima cena. E acredite nisso mesmo, pois vai acontecer. Só que não espere por exageros e nem cenas sangrentas, afinal esse é um filme da Touchstone, um estúdio que pertence ao império Disney. Sim, tem cenas de suspense e violência, mas nada que fuja do aceitável ou do normal. No fundo o filme também é uma crônica entre choques culturais, envolvendo pessoas cosmopolitas e caipiras sinistros do interior! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O Crime do Padre Amaro

Título no Brasil: O Crime do Padre Amaro 
Título Original: El crimen del padre Amaro
Ano de Lançamento: 2002
País: Espanha, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tristar 
Direção: Carlos Carrera
Roteiro: Vicente Leñero
Elenco: Gael García Bernal, Ana Claudia Talancón

Sinopse:
Um jovem padre chega numa pequena cidade para começar a trabalhar. Logo chama a atenção das jovens do lugar pois é um rapaz jovem e bonito. E ele não demora muito a se relacionar às escondidas com uma adolescente. E as coisas ficam ainda mais complicadas quando a moça revela ao namorado de batina que está grávida dele! 

Comentários:
O escritor Eça de Queiroz nasceu, viveu e morreu em um dos países mais católicos do mundo, Portugal. Então ele certamente conhecia muito da hipocrisia dos religiosos. Sabia do que estava escrevendo. E essa história é uma pedra na janela da lalsa moralidade cristã. O protagonista é um padre... e também um canalha, um crápula, um hipócrita e acima de tudo um sujeito que não sente o menor remorso pelas coisas que faz. Tudo vale para não manchar sua carreira no clero! E o texto é tão bem escrito que você até mesmo simpatiza com ele no começo, para depois ver tudo desmoronar com suas atitudes infames! Imagine, um padre correr para uma clínica clandestina de aborto para esconder o fato de que engravidou uma adolescente! Poucas coisas seriam piores do que isso...  Assim a força da história original, do livro que deu origem a tudo, se mantém firme. É uma crônica sobre a hipocriria criminosa que reina em certos setores da religião. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Pacto de Redenção

Título no Brasil: Pacto de Redenção
Título Original: Knox Goes Away
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Brookstreet Pictures
Direção: Michael Keaton
Roteiro: Gregory Poirier
Elenco: Michael Keaton, Al Pacino, Ray McKinnon

Sinopse:
Um assassino profissional percebe que algo de errado está acontecendo com sua mente. Ele então procura ajuda médica e descobre que está sofrendo de uma terrível doença neurológica que o fará perder tudo em um curto espaço de tempo. E isso é um péssimo momento para ocorrer pois ele precisa ajudar o filho que matou um homem, além de acertar todos os elos que ainda o ligam ao mundo. 

Comentários:
Depois do sucesso de "Os Fantasmas Ainda Se Divertem" o ator Michael Keaton tem vivido um renascimento de sua carreira. Em Hollywood sempre foi assim. Um filme de sucesso dá possibilidade a um ator, mesmo que decadente, de fazer uns 3 ou 4 filmes para ver se o sucesso voltou realmente. E esse "Pacto de Redenção" vai nessa linha. Eu gostei do filme, o roteiro tem ideias mais do que interessantes, como a de ter um protagonista prestes a perder tudo por causa de uma doença neurológica semelhante ao Mal de Alzheimer. Em pouco tempo ele vai esquecer as pessoas que conhece, a história de sua vida, a capacidade de pensar e interagir com o mundo ao seu redor! Ele tem pouco tempo e muito a perder. Já sofrendo dos primeiros efeitos da doença ele tenta escapar, ao mesmo tempo que tenta salvar o filho da prisão, o mesmo que ele teve uma péssima relação por anos. Por causa da situação do personagem principal esse filme também tem um toque de tristeza e solidão. Poucas doenças são tão terríveis como essa. Ao perder sua capacidade cognitiva e de memória, o assassino de Keaton não se torna apenas um personagem banal de filmes desse estilo, mas algo mais, alguém que está afundando na escuridão de sua própria mente. Ele é a personificação da figura trágica na beira do abismo. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Ligação Sombria

Título no Brasil: Ligação Sombria
Título Original: Sympathy for the Devil
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Hammerstone Studios
Direção: Yuval Adler
Roteiro: Luke Paradise
Elenco: Nicolas Cage, Joel Kinnaman, Alexis Zollicoffer

Sinopse:
Indo para o hospital para acompanhar a esposa no trabalho de parto, um homem comum é surpreendido quando um estranho entra em seu carro, pela porta de trás. Portando uma arma de fogo, ele diz ao surpreso motorista que ele deve dirigir, pegar a estrada e seguir em frente. O que de fato estaria acontecendo?

Comentários:
Nos últimos anos o ator Nicolas Cage realmente tem feito muitos filmes ruins. Porém tenho percebido uma melhora na qualidade de seus filmes mais recentemente. Ainda não são filmes excelentes e nem relevantes, mas a situação tem melhorado como um todo. Esse aqui, por exemplo, é bem satisfatório. Além da boa história que conta, se parecendo bastante com o tipo de thriller que era bem comum nos anos 90, ainda traz um parceiro de cena para Cage que vale a pena. O ator Joel Kinnaman é um dos melhores profissionais de atuação que surgiu nesses últimos anos em Hollywood. Com ele em cena, o Cage até mesmo melhorou atuando! É a diferença que faz atuar com um bom ator nas cenas de um filme. Então o saldo final é inegavelmente positivo. Com duração na medida certa e bom roteiro, esse pode ser considerado um salto de qualidade na irregular filmografia do Cage. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Zona de Risco

Título no Brasil: Zona de Risco
Título Original: Land of Bad
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Volition Media Partners
Direção: William Eubank
Roteiro: William Eubank, David Frigerio
Elenco: Russell Crowe, Liam Hemsworth, Luke Hemsworth

Sinopse:
Um esquadrão de miliares do grupo de operações especiais do exército dos Estados Unidos é enviado para um país distante para resgatar um agente da CIA que foi feito refém por terroristas islâmicos. Uma operação de alto risco, monitorada por um oficial em base militar. E logo as coisas saem do controle. 

Comentários:
Um bom filme da recente safra da filmografia do ator Russell Crowe. Ele certamente não tem mais idade e nem forma física para interpretar um dos soldados no campo dessa missão sigilosa e perigosa. Mas se sai muito bem como o militar que fica na base monitorando e orientando a operação, pilotando um drone de combate e espionagem. Mesmo gordo a ponto de não conseguir fechar sua farda, Russell Crowe tem um bom papel e se se sai  muito bem. Seu personagem fica indignado com a negligência que impera dentro da base. Enquanto ele e uma assistente ficam focados na operação, os outros militares da base ficam assistindo jogos pela TV. Aquele tipo de militar que não serve pra nada, um tipo muito em voga, inclusive em nosso país. Enfim, com doses certas de ação e bom desenvolvimento de todos os personagens, esse é um dos bons recentes filmes do veterano Russell Crowe.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de novembro de 2024

Divertida Mente 2

Título no Brasil: Divertida Mente 2
Título Original: Inside Out 2
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Pixar
Direção: Kelsey Mann
Roteiro: Meg LeFauve; Dave Holstein
Elenco: Amy Poehler, Maya Hawke, Kensington Tallman

Sinopse:
A garota Riley chega na adolescência. Uma fase muito complicada na vida de qualquer pessoa. Ela precisa enfrentar os novos desafios, como ir para um novo colégio, tentar entrar no time de hockey, fazer novas amizades e não deixar as amigas do passado para trás. Vai ser trabalho em dobro para todos os seus sentimentos, aqui mostrados como personagens cheios de atitude! 

Comentários:
Fez um enorme sucesso de bilheteria, faturando 1 bilhão e seiscentos milhões de dólares! Incrível mesmo, ainda mais se sabendo que o primeiro filme havia sido lançado já há algum tempo. Mais um grande êxito comercial envolvendo essa dobradinha da Pixar com a Disney. E vamos ser sinceros, o roteiro é muito redondinho e a história é muito original e bem bolada. Colocar os sentimentos humanos como personagens foi mesmo uma grande ideia! É uma daquelas animações que divertem não apenas as crianças, mas os adultos também, porque no fundo lida com sentimentos e momentos de superação. Além disso como o próprio título tão bem sugere, é um daqueles filmes divertidos, que nunca deixam a bola cair, onde está sempre acontecendo algo interessante. Então, diante disso tudo, a conclusão é uma só: mereceu todo o sucesso alcançado! 

Pablo Aluísio.

Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue

Título no Brasil: Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue
Título Original: Wonder Woman: Bloodlines
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Justin Copeland, Sam Liu
Roteiro: Drew Johnson, William Moulton Marston
Elenco: Rosario Dawson, Jeffrey Donovan, Marie Avgeropoulos

Sinopse:
A Mulher Maravilha entra em atrito com sua própria mãe e acaba deixando a sua ilha de origem, a das amazonas, para trás. Só que o Reino de sua mãe, a Rainha, é invadido por figuras mitológicas, como a Medusa. E então Diana precisa retornar para defender sua terra natal. 

Comentários:
De todas as personagens da DC Comics, a Mulher Maravilha segue sendo uma das mais populares, mesmo após décadas de sua criação. E com a valorização das mulheres ela ficou ainda mais empoderada e importante dentro da galeria da editora de quadrinhos. Essa animação é muito boa, tem uma história que prende a atenção e joga muito bem com esses seres mitológicos da antiguidade, entre elas a Medusa. Só uma cena me incomodou no final de tudo. É aquela em que a Mulher Maravilhsa provoca sua própria cegueira para enfrentar Medusa, que transforma todas as pessoas que olham para ela em pedra. Achei muito forte para uma animação que no fundo vai ser assistida por crianças. Então é bom os pais darem uma olhada antes de passar para os filhos. Fora isso, nada fora de rota. É de fato uma animação muito bem produzida. 

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de novembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 2

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 2
Quando esse filme foi anunciado pela MGM muitas pessoas em Hollywood acharam que viria coisa boa. Afinal o filme seria dirigido por Gene Nelson, que tinha grande prestígio dentro do mundo dos musicais. Ele era um cineasta prestigiado por causa de seus filmes do passado. O problema é que era um homem da velha escola que não gostava de Elvis! Ele, na verdade, odiava rock! E Elvis, como seu maior nome, não ganhava nenhuma simpatia por parte do diretor. O filme havia sido imposto pela MGM e Nelson teve que aceitar com medo de ser processado por quebra de contrato com o estúdio. 

Assim Gene Nelson passou a trabalhar como aqueles técnicos de futebol que odeiam o craque de seu próprio time! Fez o filme, cumpriu contrato, mas sem nenhum capricho, sem nenhum cuidado artístico com o que estava fazendo. Estava sempre mau humorado, mostrando toda a sua má vontade de estar ali no set de filmagens. Filmava tudo em única tomada. Não estava nem aí! Numa das cenas um dos casais de bailarinhos caiu por cima do outro, levando um tombo! Em qualquer produção B essa cena seria refeita, mas não por Nelson. Ele colocou a cena assim mesmo no filme. Agindo de forma nada profissional. 

A sorte para os ouvintes da trilha sonora é que isso tudo aconteceu depois que o disco havia sido gravado. Então Elvis estava dando o melhor de si nas músicas do álbum, sem ser contaminado por Gene Nelson. "There's Gold in the Mountains" era até bem relaxante. Outra faixa composta pelo trio Bernie Baum, Bill Giant e Florence Kaye. Eles inclusive fizeram praticamente quase todas as canções do disco. 

"One Boy, Two Little Girls" era uma boa baladinha romântica. Por essa época, não me perguntem a razão, as trilhas sonoras de Elvis tinham essa mania de colocar numerais em seus títulos. Já tinha acontecido antes com a trilha de "Girls, Girls, Girls". Enfim, uma faixa que mostrava que Elvis ainda estava bem afinado para esse tipo de música com sentimentos românticos juvenis. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 2

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 2
"Eight Days a Week" quase virou canção tema do filme "Help!". Ela foi intitulada originalmente de "Oito braços para lhe abraçar" que era uma tremenda apelação de marketing para fisgar as fãs adolescentes dos Beatles. Depois de algum tempo John Lennon começou a achar tudo aquilo brega demais (e obviamente era algo bem pegajoso e bregoso), por isso o título da música foi finalmente mudado. 

É interessante também notar que os Beatles estavam bem pressionados para completar um disco para as festas de final de ano, por isso eles encaixaram essa música nesse álgum. Inicialmente ela foi pensada para fazer parte de "Help!", mas os Beatles mudaram de opinião sobre isso. Assim ela foi finalmente escalada para o "For Sale". Fez bem, se encaixando perfeitamente no repertório desse disco.

"Words of Love" é um cover dos Beatles com a imortal balada romântica escrita por Buddy Holly. Paul McCartney sempre foi um fã de carteirinha desse pioneiro do rock americano, a tal ponto que anos depois iria comprar os direitos autorais de toda a obra de Buddy Holly, que morreu muito jovem em um acidente de avião. Nesse mesmo evento trágico morreram também Ritchie Valens (de La Bamba) e Big Bopper, outro roqueiro da época. Como forma de homenagem e referência os Beatles então decidiram gravar essa criação imortal de Holly. Ficou linda a gravação, simplesmente irretocável. Um dos grandes momentos do disco.

"Mr. Moonlight" é outro cover. Foi composta por Roy Lee Johnson. Era uma daquelas canções que ninguém esperava encontrar em um disco dos Beatles na época. A sonoridade lembra o som que era mais comum nas décadas de 1930 e 1940, tendo pouco ou nada a ver com a imagem e a sonoridade dos Beatles naquela época. Pode-se inclusive imaginar como as fãs adolescentes dos Beatles se sentiram a ouvir algo tão fora da rota quando compraram o disco. Na parte interna do álbum havia uma grande foto dos Beatles na frente de ídolos da era do cinema mudo americano. Pois bem, isso sim era algo que combinava com "Mr. Moonlight".

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Coringa: Delírio a Dois

Título no Brasil: Coringa: Delírio a Dois
Título Original: Joker: Folie à Deux
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Scott Silver, Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Lady Gaga, Brendan Gleeson

Sinopse:
Preso em um hospício para criminosos violentos, o infame asilo Arkham, o Coringa começa a ir para julgamento pela morte de cinco pessoas, inclusive de um apresentador sensacionalista de televisão. Só que ele está muito debilitado em sua saúde mental, tendo uma série de delírios em série. Nessa mente doentia não se consegue mais separar a realidade das alucinações que passa a sofrer. 

Comentários:
Esse filme sofreu uma série de críticas negativas desde que surgiu nos cinemas. A maioria do público também não gostou do que viu. Achei tudo isso muito injusto. O filme não é ruim, no meu ponto de vista. Pelo contrário, achei muito bom! O que as pessoas não entenderam é que tudo o que se vê na tela está sendo mostrado sob o ponto de vista subjetivo do personagem, do Coringa. Sua mente está deteriorada, claramente sofrendo de problemas de saúde mental. Por isso as coisas parecem meio surreais, sem nexo, sem racionalidade. Os números musicais entram nesse pacote de insanidade. Enquanto tenta sobreviver a um julgamento e a uma realidade terrível, preso em uma instituição psiquiátrica, a mente do Coringa vai tentando de alguma forma trazer algo feliz para seus pensamentos. Daí os números musicais, meros delírios de sua mente. O próprio termo delírio está no título do filme! Lamento que as pessoas não entenderam esse filme. Eu o considero muito bom mesmo, acima da média do que vemos atualmente nos cinemas. É um filme para se pensar e até mesmo ter compaixão do próprio Coringa, por mais estranho que isso possa vir a parecer. Um dos melhores filmes do ano! 

Pablo Aluísio.