sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Muito Barulho por Nada

Título no Brasil: Muito Barulho por Nada
Título Original: Much Ado About Nothing
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Renaissance Films
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: William Shakespeare, Kenneth Branagh
Elenco: Kenneth Branagh, Emma Thompson, Keanu Reeves, Kate Beckinsale, Denzel Washington

Sinopse:
Ao retornar de uma campanha militar vitoriosa, um jovem príncipe precisa agora lidar com uma série de parentes, familiares e conhecidos, que não são nada facéis de lidar. Logo ele entende que vencer no campo de batalha seria bem mais fácil do que viver no meio daquelas pessoas. 

Comentários:
William Shakespeare também escreveu peças de humor, de comédia. Claro que poucos sabem disso. Então nos anos 90 o talentoso Kenneth Branagh resolveu adaptar para o cinema esse texto do consagrado escritor. Sempre foi um trabalho menor dele, quase desconhecido fora do círculo dos especialistas em sua obra imortal. Penso que é algo interessante, mas não pense que vai dar rolar de rir com esse filme. O humor no tempo em que a peça foi escrita é bem diferente do humor dos dias atuais. Isso fica bem óbvio desde o começo. E em termos de público brasileiro a coisa ficará ainda mais complicada. O texto rebuscado de William Shakespeare torna a história um tento complicada de ser entendida por um brasileiro médio. Assim fazer rir uma pessoa comum em nosso país vai ser quase um milagre! De qualquer maneira procure conhecer o filme, nem que seja pelo ótimo elenco que ele apresenta. 

Pablo Aluísio.

Nos Tempos do VHS - Jean-Claude Van Damme

Nos Tempos do VHS - Jean-Claude Van Damme
Para falar a verdade eu nunca gostei muito dos filmes do belga Jean-Claude Van Damme. Nos tempos do VHS seus filmes eram considerados, entre os que gostavam de fitas de ação, como produções de terceira ou quarta categoria. Eram bem ruins, principalmente os primeiros que chegaram nas locadoras. Isso não significa que não tinha admiradores. No Brasil, por exemplo, seus filmes eram bem comercializados, faziam sucesso nas locadoras de vídeo VHS. E ele soube bem aproveitar esse mercado. Afinal nem sempre havia lançamentos com Stallone ou Arnold Schwarzenegger, então suas produções baratas cobriam um certo vácuo do mercado. 

Esse filão de filmes de artes marciais sempre existiu. Sempre reinou no Oriente em produções feitas em Hong Kong. Nos anos 60 até mesmo virou modinha nos Estados Unidos, principalmente com os filmes de Bruce Lee. Depois de sua morte o subgênero afundou novamente, só ressurgindo de novo nos anos 80 com filmes lançados em VHS, com muita coisa de Ninjas, Samurais e coisas do tipo. O Jean-Claude Van Damme veio nessa onda. 

Puxando pela memória penso que seus primeiros filmes foram lançados por aqui pela Paris Filmes, que começou pequena e depois foi ganhando mais robustez. Eram grandes fitas VHS com embalagens até bem trabalhadas. Isso ajudou a vender o Van Damme em nosso pais. Depois ele fez também filmes que foram lançados pela América Vídeo com suas capinhas de papelão que imitavam a bandeira dos Estados Unidos. Esse selo ganhou fama por lançar as tranqueiras da produtora Cannon em nosso país. 

Só bem mais tarde, já nos anos 90, é que o belga começou a fazer filmes melhores, com bons diretores em produções mais bem caprichadas. Os dias dos filmes podreiras ficariam para trás por um tempo. Ele estava pronto para ir para o primeiro escalão dos action heroes. Só que é aquela coisa, acabou tropeçando nas próprias pernas. Ele se envolveu com drogas e aí sua carreira foi afundando cada vez mais. Acabou voltando para o ponto onde começou, fazendo pequenos filmes B, sem qualquer relevância. Hoje, já bem envelhecido, o ator e lutador segue na luta. Só que seus filmes só circulam mesmo entre seus veteranos admiradores. Para o público em geral ele não tem mais qualquer relevância. 

Pablo Aluísio.