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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Garganta do Diabo

Título no Brasil: Garganta do Diabo 
Título Original: Cold Creek Manor
Ano de Lançamento: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Richard Jefferies
Elenco: Dennis Quaid, Sharon Stone, Stephen Dorff, Juliette Lewis, Christopher Plummer, Kristen Stewart

Sinopse:
Uma família de Nova Iorque, cansada da rotina massacrante da cidade grande, decide comprar uma propriedade no interior. Uma bela casa, com preço bem abaixo de seu real valor de mercado. O problema é que um sujeito que mora na região cresceu ali com sua família. A casa foi perdida para o banco, por dívidas. E ele é um daqueles psicóticos que não vão aceitar que novos moradores se mudem para aquela casa. 

Comentários:
Um filme com estilo daqueles ótimos thrillers de suspense que reinaram durante os anos 90. Assim poderia definir esse bom filme. Com elenco acima da média e uma boa história para contar, esse é aquele tipo de roteiro que nunca deixa o espectador tranquilo, pois há sempre um clima de tensão no ar. Mesmo a bela casa, a bonita família, a piscina no verão, nada consegue amenizar o clima geral. Ficamos com a impressão que algo muito terrível vai acontecer na próxima cena. E acredite nisso mesmo, pois vai acontecer. Só que não espere por exageros e nem cenas sangrentas, afinal esse é um filme da Touchstone, um estúdio que pertence ao império Disney. Sim, tem cenas de suspense e violência, mas nada que fuja do aceitável ou do normal. No fundo o filme também é uma crônica entre choques culturais, envolvendo pessoas cosmopolitas e caipiras sinistros do interior! 

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Mr. Jones

Uma renomada psiquiatra acaba se envolvendo emocionalmente com seu próprio paciente, o maníaco-depressivo Mr. Jones (Richard Gere). Além de ferir o código de ética de sua profissão, ela logo entenderá que também está caminhando por um caminho perigoso por causa do estado mental de seu novo affair. Esse foi um romance dramático que teve uma recepção fria em seu lançamento. Não se tornou um sucesso de bilheteria (bem ao contrário disso) e tampouco conseguiu levantar alguma polêmica em torno de seu argumento. Na verdade foi mais uma tentativa de revitalizar a carreira do galã Richard Gere, naquela altura da carreira já sentindo os desgastes naturais do tempo. O elenco contava com boas atrizes, em especial Anne Bancroft que nunca foi devidamente reconhecida por seu talento dramático. Lena Olin estava muito bonita e charmosa no filme. Ela anda mais do que sumida ultimamente. Uma pena já que sempre a considerei uma das atrizes suecas mais interessantes que já atuaram em Hollywood.

Apesar de toda a negatividade por parte dos críticos na época, eu gostei do filme. Achei interessante, com tema relevante. É de se admirar que o filme tenha sido tão mal recebido de maneira em geral, uma vez que o cineasta Mike Figgis já havia trabalhado e sido muito bem sucedido ao lado de Richard Gere no excelente drama policial "Justiça Cega" três anos antes. "Mr. Jones" obviamente nunca chegou a ser tão bom como o filme anterior, mas também passava muito longe de ser tão ruim como os críticos da época disseram. Embora haja alguns erros na questão da caracterização da sanidade mental do personagem, o fato é que no quesito romance tudo fluiu muito bem, se tornando naturalmente interessante para as fãs do galã Gere. E no final das contas isso era o que realmente importava para seu fã clube feminino.  

Mr. Jones (Mr. Jones, Estados Unidos, 1993) Direção: Mike Figgis / Roteiro: Mike Figgis, Eric Roth / Elenco: Richard Gere, Lena Olin, Anne Bancroft / Sinopse: O filme conta a história de Jones (Richard Gere), um homem com problemas psicológicos que acaba se apaixonando por sua terapeuta, uma mulher sensível e sensual. Qual seria o limite ético para essa delicada situação? Filme com roteiro baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Despedida em Las Vegas

Temos nesse filme o último grande trabalho de atuação de Nicolas Cage. E qual é a história que esse filme nos conta? Ben Sanderson (Nicolas Cage), um roteirista fracassado que perdeu tudo por causa de seu alcoolismo, resolve ir até Las Vegas para literalmente beber até morrer! Em sua trajetória de auto destruição ele acaba encontrando consolo, amizade e amor em uma prostituta chamada Sera (Elisabeth Shue). Juntos eles começam uma jornada de exageros de todos os tipos na cidade do pecado, o lugar onde tudo é perdoado, onde as histórias são esquecidas ou não contadas, na cidade de Las Vegas. Inegavelmente temos aqui um grande filme, provavelmente o melhor momento de toda a carreira do ator Nicolas Cage. Hoje em dia Cage coleciona filmes ruins, mas não se engane. Ele é um ator realmente talentoso. Seu único problema é aceitar filmes péssimos para atuar. Porém quando teve a oportunidade mostrou mesmo qut tinha talento de sobra em cena, como nesse filme.

"Despedida em Las Vegas" tem aquele tipo de roteiro ideal para grandes atuações. Sem uma excelente dupla de atuação a história simplesmente não funcionaria. Felizmente tanto Cage como Shue estão particularmente inspirados em seu trabalho. O cenário não poderia ser mais adequado, uma Las Vegas completamente kitsch e excessiva, mas ao mesmo tempo pouco acolhedora e impessoal. Como se trata de um script desenvolvido completamente para os atores o filme acabou rendendo excelentes frutos para sua dupla central. Os dois personagens centrais são almas perdidas. Estão naquela fase da vida em que tudo já pareceu dar errado. Os sonhos e planos naufragaram. Não resta mais esperanças. Então eles decidem afundar na bebida, em festas sem sentido e em muitos excessos etílicos. Dizem que Cage se embebedou de verdade para fazer várias cenas. Talvez por isso esteja tão convincente. O seu trabalho lhe valeu um merecido Oscar. Então é isso,  "Despedida em Las Vegas" é uma excelente opção caso você esteja em busca de grandes atuações. Também apresenta um roteiro bem humano, visceral e verdadeiro que expõe a fragilidade de uma pessoa buscando o caminho da redenção através de sua própria destruição física e psicológica. Uma jornada sem parada rumo ao fim. 

Despedida em Las Vegas (Leaving Las Vegas, Estados Unidos, 1995) Direção: Mike Figgis / Roteiro: Mike Figgis, baseado no romance escrito por John O'Brien / Elenco: Nicolas Cage, Elisabeth Shue, Julian Sand / Sinopse: Um homem decepcionado com sua própria vida parte para uma jornada de excessos e auto destruição em Las Vegas durante um fim de semana alucinado. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Nicolas Cage).

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Justiça Cega

Título no Brasil: Justiça Cega
Título Original: Internal Affairs
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Henry Bean
Elenco: Richard Gere, Andy Garcia, Nancy Travis
  
Sinopse:
Raymond Avilla (Andy Garcia) é um membro da corregedoria do departamento de polícia de Los Angeles que começa uma investigação envolvendo o policial Dennis Peck (Richard Gere). Ele aparenta ser um tira acima de qualquer suspeita, bem visto pelos colegas de profissão. Raymond porém desconfia de sua honestidade nas ruas, já que há muitas evidências apontando contra ele e seu modo de agir. Suas movimentações financeiras levam a crer que há algo de muito obscuro naquele policial tão conceituado em sua profissão.

Comentários:
Um muito bem realizado thriller policial colocando em lados opostos dois atores carismáticos, Richard Gere e Andy Garcia. Gere interpreta um policial manipulador, mulherengo e desonesto que descobre que as ruas podem lhe trazer muito dinheiro. Usando de todos os tipos de extorsões e chantagens ele começa a reunir um belo patrimônio pessoal. Incompátivel com o que ganha, suas contas bancárias logo chamam a atenção da corregedoria. Andy Garcia interpreta Raymond Avilla, o agente encarregado de desmascarar sua vida de crimes. Ele é um mauricinho, que se veste de forma impecável, com cabelo engomadinho e que não goza de popularidade entre os demais policiais. Bem diferente do estilo de Peck (Gere), que é popular, falastrão e querido entre seus colegas. O problema é que o primeiro está na linha e o segundo é um contumaz violador da lei. Roteiro bem trabalhado, apoiado basicamente nas diferenças de estilos dos dois personagens principais, sempre prontos a destruírem um ao outro. O cenário é as ruas violentas de Los Angeles. Por falar nisso uma crítica comum que se fez ao filme em seu lançamento foi a de que o diretor inglês Mike Figgis não tinha familiaridade suficiente com o dia a dia da costa oeste americana, em especial de suas grandes cidades, para rodar um filme de caos urbano como esse. Bobagem, tudo já estava devidamente criado em seu roteiro, então era apenas uma questão de não atrapalhar um enredo que já era bom o suficiente por si próprio. Então é isso, "Internal Affairs" é um bom filme policial, onde se inverte a ordem natural das coisas nesse tipo de filme, sendo que os membros da corregedoria dessa vez é que são os mocinhos da estória. Está bem recomendado.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de setembro de 2012

Por Uma Noite Apenas

Max Carlyle (Wesley Snipes) é um bem sucedido profissional que consegue conciliar o sucesso na carreira com uma bem estruturada família. Ao visitar um amigo de longa data que sofre de Aids, Charlie (Robert Downey Jr.), ele por acaso acaba conhecendo a sensual Karen (Nastassja Kinski). Após uma breve aproximação materializada numa aventura de apenas uma noite, ambos acabam se reencontrando tempos depois com consequências para todos. Detalhe: ela também era casada! "Por Uma Noite Apenas" é uma tentativa de mudança de ares na carreira de Wesley Snipes. Aqui ele tenta emplacar como galã, embora o resultado tenha sido bem abaixo das expectativas. Ao seu lado ressurge em cena a bela Nastassja Kinski que tanto sucesso fez na década de 80 mas que andava realmente sumida das telas e dos palcos. Em termos de elenco o curioso mesmo é ver Robert Downey Jr em papel coadjuvante servindo de escada para os demais atores que interpretam os personagens centrais. Downey Jr estava passando por problemas profissionais decorrentes do uso abusivo de drogas e tinha que aceitar o que lhe aparecia pela frente. Aqui ele está correto mas contido.

"Por Um Noite Apenas" foi dirigido e roteirizado pelo cineasta Mike Figgis. Seu texto é uma vitrine das complicadas relações amorosas do mundo atual onde traições ocorrem a todo momento por variados motivos. No caso o personagem de Wesley Snipes representa o homem bem sucedido tanto do ponto de vista profissional quanto familiar, que não precisava em hipótese algum trair sua esposa mas o faz sem motivo aparente. A traição pela simples traição. Obviamente que o roteiro coloca algumas armadilhas moralistas no meio do caminho dos personagens infiéis. Mas mesmo esse viés conservador não atrapalha a produção em si, que é muito chic, sofisticada. Vale a pena ser conhecido e assistido por pelo menos uma vez. Um filme diferente que levanta bons temas sobre os motivos da traição masculina no dias que se seguem.

Por Uma Noite Apenas (One Night Stand, Estados Unidos, 1997) Direção: Mike Figgis / Roteiro: Mike Figgis / Elenco: Wesley Snipes, Nastassja Kinski, Robert Downey Jr.,Ming-Na, Kyle MacLachlan / Sinopse: Um homem e uma mulher casados resolvem trair seus conjuges numa noite trazendo várias consequências para suas vidas pessoais.

Pablo Aluísio.