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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Os Três Mosqueteiros

Título no Brasil: Os Três Mosqueteiros
Título Original: The Three Musketeers
Ano de Lançamento: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Sidney
Roteiro: Robert Ardrey
Elenco: Lana Turner, Gene Kelly, Vincent Price, Angela Lansbury, Van Heflin, June Allyson

Sinopse:
Um jovem chamado D'Artagnan decide ir para Paris para realizar seu sonho de ser um mosqueteiro do Rei Luís XIII. Ao chegar porém acaba se envolvendo numa grande intriga política com o maléfico Cardeal Richelieu e a nobre perversa Lady de Winter. Adaptação para o cinema da obra de Alexandre Dumas. 

Comentários:
Eu sei que é um clássico do gênero "Capa e Espada". E nem preciso falar da relevância do livro original. Isso todo mundo sabe. Porém o fato é que não consegui gostar dessa versão cinematográfica dos anos 40. E isso é curioso porque sempre gostei dos nomes que formam seu elenco principal. O problema, ao meu ver, vem do roteiro. Ele surge muito truncado, tentando colocar muitas coisas em um curto espaço de tempo. As situações assim vão se atropelando no decorrer da história. E o interessante é que o filme como produção não ficou tão datado. É um filme bem produzido e tudo mais. Só esse humor realmente ficou muito antiquado. O Gene Kelly era um dançarino e um acrobata, então tirou de letra as acrobacias de seu personagem. Só não convence na idade pois já tinha passado da idade certa para interpretar o quase adolescente D'Artagnan. Melhor se sai a dupla de malvados Vincent Price e Lana Turner. Eles mantiveram o nível de atuação em um patamar aceitável. Pelo menos isso. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Scaramouche

Título no Brasil: Scaramouche
Título Original: Scaramouche
Ano de Lançamento: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: George Sidney
Roteiro: Ronald Millar, George Froeschel
Elenco: Stewart Granger, Janet Leigh, Mel Ferrer, Eleanor Parker, Henry Wilcoxon, Richard Anderson

Sinopse:
Na véspera da chegada da Revolução Francesa, um nobre de baixa linhagem tenta se vingar da morte de seu irmão, um rapaz na flor da idade que foi morto por um Marquês sórdido. Para conseguir realizar seus planos, ele se camufla como Scaramouche, um personagem mascarado de teatro, um tipo bufão que se torna o disfarce ideal de seus objetivos de vingança e justiça pessoal. 

Comentários:
Filme muito bem produzido! Chegou a me impressionar o capricho nos figurinos, cenários, reconstituição de época, etc. Nesse aspecto o filme realmente impressiona ao espectador mais criterioso. Agora, o Scaramouche nunca chegou a emplacar muito bem no cinema. Ele tinha vários elementos presentes em outro personagem famoso da época, o Zorro. Só que jamais chegou perto do sucesso do justiceiro mascarado. Penso que a próprio figura do Scaramouche atrapalhava nesse aspecto, afinal ele era um bufão de peças teatrais ao estilo Burlesco, naqueles tempos pré-revolucionários. Não tinha nem o visual e nem o espírito certo para atrair um público mais moderno e mais jovem. Ainda assim devemos elogiar as cenas ricamente coreografadas de lutas de espada e o bom desempenho do ator Stewart Granger. Ele era conhecido como o "Grande Caçador Branco" e tinha o mesmo agente do Rock Hudson. Só que não era apenas um galã, como tantos outros. Como esse filme bem prova, era também um bom ator e tinha também talento para o humor, mesmo que refinado. Enfim, é isso. Para quem aprecia filmes antigos de capa e espada, Scaramouche ainda é uma boa pedida. Um dos melhores já feitos em Hollywood na sua era de ouro. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Marujos do Amor

Título no Brasil: Marujos do Amor
Título Original: Anchors Aweigh
Ano de Produção: 1945
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Sidney
Roteiro: Isobel Lennart, Natalie Marcin
Elenco: Frank Sinatra, Gene Kelly, Kathryn Grayson, José Iturbi, Dean Stockwell, Pamela Britton

Sinopse:
O marujo Clarence Doolittle (Frank Sinatra) se une ao colega de marinha Joseph Brady (Gene Kelly) para aproveitar um fim de semana de folga na maravilhosa Nova Iorque, com todas as suas atrações e pontos turísticos. Filme premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Música (George Stoll). Também indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Comentários:
Esse musical foi produzido e lançado na primeira fase da carreira de Frank Sinatra, quando ele ainda era um dos cantores mais populares do mundo. Como se sabe em pouco tempo sua carreira iria entrar em declínio por causa de problemas pessoais e de saúde e ele ficaria um tempo em baixa, só voltando ao sucesso alguns anos depois quando apareceu em "A Um Passo da Eternidade". Aqui Sinatra contracenou com o dançarino Gene Kelly. Como Sinatra cantava muito, mas dançava pouco e Kelly não era o melhor dos cantores, mas dançava como ninguém, a MGM pensou que a união de dois talentos diferentes iria encaixar bem. Um iria suprir as deficiências do outro em cena. E a dupla deu realmente muito certo. O filme tem aquele estilo muito utópico dos antigos musicais, focando a vida de dois marujos aproveitando a folga em Nova Iorque. Uma das cenas mais lembradas é aquela em que Gene Kelly dança ao lado do ratinho Jerry do desenho animado "Tom e Jerry". Um primor de técnica misturando animação com atores reais. Eu me recordo muito bem que o filme foi bastante exibido nas madrugadas da extinta Rede Manchete no Brasil. Depois disso sumiu da programação. Uma pena porque é divertido, bem coreografado e apresenta excelentes canções.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Quem Era Aquela Pequena?

Título no Brasil: Quem Era Aquela Pequena?
Título Original: Who Was That Lady?
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: George Sidney
Roteiro: Norman Krasna
Elenco: Tony Curtis, Dean Martin, Janet Leigh, James Whitmore, John McIntire, Barbara Nichols

Sinopse:
Mal aconselhado por um amigo, um professor de química afirma falsamente que ele é um agente secreto do FBI, a fim de encobrir sua infidelidade conjugal, mas sua mentira, embora engolida por sua esposa, o coloca em apuros com o verdadeiro FBI, a CIA e a KGB.

Comentários:
No total Dean Martin realizou 66 filmes em sua carreira. Seus maiores sucessos no cinema foram as comédias que rodou ao lado de Jerry Lewis. Depois do film da parceria, ele ainda reencontrou o caminho do sucesso ao lado do amigo Frank Sinatra nos filmes do Rat Pack. Aqui temos um filme diferente nessa filmografia. Uma rara parceria entre Dean Martin e Tony Curtis. Como se sabe Dean Martin havia rompido com Jerry Lewis. Ele considerava que não era valorizado o suficiente pelo sucesso da dupla. Assim partiu para seguir seu próprio caminho. Acabou recebendo convites para filmes bem interessantes. Tony Curtis, um dos grandes galãs da época, contracenou aqui com aquela que iria se tornar sua futura esposa, a bela loirinha Janet Leigh (a mesma atriz da famosa cena do chuveiro de "Psicose"). O filme é bem água com açúcar, como era comum em comédias românticas desse período, mas acabou se destacando entre os críticos, a ponto de levar duas honrosas indicações ao Globo de Ouro! Concorreu ao prêmio na categoria de melhor comédia do ano e para surpresa de muitos o próprio Dean Martin também foi indicado, como melhor ator - categoria comédia ou musical! Quem diria... logo ele que era considerado apenas uma "escada" para o humor escrachado de Jerry Lewis! Pois é, durante toda a sua carreira o Dino foi subestimado... Pelo menos aqui, por um breve período, ele ganhou o reconhecimento que merecia.

Pablo Aluísio.
 

sábado, 19 de dezembro de 2020

Adeus, Amor

Título no Brasil: Adeus, Amor
Título Original: Bye Bye Birdie
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: George Sidney
Roteiro: Michael Stewart, Irving Brecher
Elenco: Ann-Margret, Dick Van Dyke, Janet Leigh, Maureen Stapleton, Bobby Rydell, Jesse Pearson

Sinopse:
Um famoso cantor de rock, ídolo internacional da música jovem, vai até uma cidadezinha perdida no Ohio para gravar seu programa de despedida antes de ir servir o exército americano. Lá é feito um concurso para escolher a fã número 1 dele que ganhará o direito de beijar seu grande ídolo. A adolescente Kim McAfee (Ann-Margret) entra no concurso disposta a sair vencedora.

Comentários:
Um musical simpático, bem humorado e com uma inédita postura de sátira besteirol, algo que era bem raro no começo dos anos 60. Para o cinema em geral o filme revelou a linda Ann-Margret que chamou tanto a atenção do público que o diretor George Sidney a levou para contracenar com Elvis Presley em "Amor a Toda Velocidade". Aliás nada mais conveniente, pois Ann-Margret foi chamada por um cronista de Nova Iorque como a "Elvis de saias". Curiosamente um dos satirizados dentro do enredo é o próprio Elvis, pois o personagem chave da estória é um roqueiro famoso que vai servir o exército deixando suas fãs apavoradas e desesperadas! Era a própria história de Elvis que servia como paródia ao roteiro desse filme.  A produção é apenas mediana. Porém o sabor de nostalgia, principalmente para quem viveu aqueles tempos, é simplesmente impecável. Além disso o espectador é ainda presenteado com a presença carismática da atriz Ann-Margret, aqui bem jovem e no auge de sua beleza. Enfim, deixo a dica desse filme que é pura diversão. Aproveite a festa e caso tenha vivido aqueles anos distantes sinta muitas saudades! Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor música (Johnny Green) e melhor som (Charles J. Rice). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical e melhor atriz - comédia ou musical (Ann-Margret).

Pablo Aluísio.